SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
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Resultados da Pesquisa
Item Propriedades químicas de um latossolo vermelho (VE) sob mata nativa e sistemas de produção orgânico, em conversão e convencional do cafeeiro (Coffea arabica L.) na região sul de Minas Gerais(2001) Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Alvarenga, Maria Inês Nogueira; Guimarães, Rubens José; Mourão, Moisés; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféCom o objetivo de caracterizar sistemas de produção de café orgânico {O}, em conversão {E} e convencional {CV}, foram avaliadas características químicas de um Latossolo Vermelho-Escuro (LE), em relação a um fragmento de mata nativa {MN}. Em duas fazendas sob influência de condições similares de solo, clima e relevo apresentando a mesma cultivar (Acaiá IAC-474-19) e idade da lavoura (5 anos), foi realizado um levantamento de dados por um período de um ano, sendo a amostragem realizada em julho/99. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. O solo foi amostrado em duas profundidades (0-20 e 20-40 cm), para determinação da fertilidade. Constatou-se que os sistemas {O}, {E} e {CV} melhoraram a fertilidade do solo, em comparação ao solo sob fragmento de mata nativa. Os manejos adotados nos diferentes sistemas de produção estudados provocaram, na camada superficial da região da projeção da copa dos cafeeiros, incrementos no pH e nos valores de Ca, Mg, K, P, S, Zn, B, CTC do solo, SB, V% e diminuição do Al trocável. Esses efeitos foram mais pronunciados no café orgânico, seguido pelo café em conversão.Item Propriedades físicas de um latossolo vermelho-escuro sob mata nativa e sistemas de produção de café orgânico, em conversão e convencional(2001) Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Alvarenga, Maria Inês Nogueira; Guimarães, Rubens José; Mourão, Moisés; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAs propriedades físicas de um Latossolo Vermelho-Escuro (LE) sob cafeeiros em sistemas de produção orgânica {O}, em conversão {E} e convencional {CV} foram estudadas em relação a um fragmento de mata nativa {MN}. Em duas fazendas contíguas localizadas na cidade de Santo Antônio do Amparo em Minas Gerais, apresentando a mesma cultivar (Acaiá IAC-474-19), idade (5 anos) e tipo de solo, em julho de 1999, foram coletadas amostras de solo na região de projeção da copa das plantas, na profundidade de 0-20 cm, e avaliadas segundo a metodologia corrente. Foram feitas análises de argila dispersa em água (ADA), densidade de partículas (Dp), densidade do solo (Ds), estabilidade de agregados em água, macroporosidade e microporosidade, porosidade total (VTP), umidade atual e teor de matéria orgânica. O sistema {CV} apresentou maior teor de matéria orgânica e microporosidade, e os sistemas {E} e {O} apresentaram maior ADA. A estabilidade de agregados foi maior no solo sob {MN}, seguido dos sistemas sob cultivo do cafeeiro, devido à permanência de maior porcentagem de agregados na peneira com malhas maiores que 2,0 mm de diâmetro. Em relação à condição natural de ocorrência do LE, os sistemas de produção do cafeeiro contribuíram positivamente para a conservação dos atributos físicos após cinco anos de implantação da lavoura.Item Caracterização da qualidade de grãos de cafés (Coffea arabica L.) colhidos no pano e no chão, provenientes de sistemas de manejo orgânico, em conversão e convencional(2001) Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Mourão, Moisés; Guimarães, Rubens José; Chagas, Sílvio Júlio de Rezende; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO sistema de produção e tipo de colheita do cafeeiro (C. arabica L.) foram avaliados na cidade de Santo Antônio do Amparo/MG, com o intuito de determinar sua influência sobre a qualidade do grão. Foram considerados os sistemas orgânico {ORG}, em conversão {ECV} e convencional {CONV} e as colheitas no pano e no chão. Em duas fazendas contíguas, apresentando a mesma cultivar (Acaiá IAC 474-19), idade (5 anos) e tipo de solo (Latossolo Vermelho-Escuro), foram retiradas amostras em julho/1999, avaliadas segundo a metodologia corrente. A influência do sistema de produção e tipo de colheita foi significativa em todas as variáveis analisadas. Os cafés colhidos no chão apresentaram qualidade inferior, estando associados a maiores teores de fenólicos totais (%) e acidez titulável (ml NaOH 0,1N.100g -1 de amostra). O sistema {ECV} foi, mesmo tratando-se de colheita no pano, de qualidade inferior. Os sistemas {CONV} e {ORG} apresentaram melhor desempenho quando colhidos no pano; entretanto, assinalam-se diferenças quanto à maior concentração de açúcares redutores (%) e não-redutores (%) no sistema convencional e maior atividade da polifenoloxidase (U.minuto.g -1 de amostra), teor de cafeína (%) e açúcares totais (%) no sistema orgânico.Item Características das lavouras e infraestrutura empregada na pós colheita do café amostradas no programa de regionalização da qualidade do café da região sul de Minas Gerais - BIOEX/CNPq/EPAMIG(2000) Freitas, Renil Franklin de; Chalfoun, Sára Maria; Mourão, Moisés; Pereira, Marcelo Cláudio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO cultivo dos cafezais de forma adequada por si não garante a obtenção de um produto de boa qualidade, cuidados na colheita e processamento devem ser incluídos como por exemplo colher o café evitando o contato com o solo, lavar os frutos colhidos e separar as impurezas, realizar a secagem sem expor o café às chuvas entre outras práticas Este trabalho como parte do programa de regionalização da qualidade do café no Sul de Minas Gerais BIOEX/CNPq/EPAMIG teve como objetivo estudar 170 propriedades de café amostradas na região Sul de Minas Gerais quanto a estrutura e tecnologia empregadas para preservar a qualidade do café. Um questionário foi utilizado para coletar as informações a respeito das propriedades e das lavouras de café. As propriedades foram agrupadas de acordo com o tamanho da lavoura em hectares, pequena menos que 10, média de 10-50 e grande maior 50. A colheita do café foi realizada entre os meses março e novembro sendo este período subdividido em três fases a depender da quantidade de chuvas. A primeira fase (C/S) caracterizada pela diminuição das chuvas, a segunda fase (S) com índices pluviométricos muito baixos e constantes e a terceira fase (C/S) caracterizadas pelo início da estação chuvosa. A maioria dos cafezais amostrados (93,7%) ocupavam áreas maiores que 10 hectares. A cultivar mais utilizada foi a Mundo Novo com 94,48% de freqüência, seguida pela Catuaí com 85,9%, sendo que 66,26% das propriedades utilizaram as cultivares Mundo Novo e Catuaí em combinação. A cultivar Catuaí tem amadurecimento dos frutos mais uniforme e é mais precoce que a Mundo Novo, como conseqüência disto tem-se período de colheita mais extenso em 71,3% das grandes e em 42,2% das médias propriedades O controle da ferrugem e do bicho-mineiro foram realizados pela maioria das propriedades, já o controle da broca foi realizado pela maioria das grandes e pequenas propriedades e por somente 22,2% das médias propriedades. Com os dados obtidos neste trabalho não foi possível detectar o motivo porque poucas propriedades de tamanho médio realizaram o controle da broca. A colheita por derriça no pano ocorre em 66,3% do total de propriedades amostradas, porém 16,9% ainda colhem por derriça no chão. Este resultado reflete o cuidado dos produtores no sentido de evitar o contato dos frutos com o chão reduzindo a da qualidade do produto, mas que ainda pode ser melhorado. O uso de terreiro revestido cimento para a secagem dos frutos de café ocorre em 89,8% das propriedades, apenas 3,6% usam terreiro de chão sem nenhum revestimento. A secagem em terreiros sem revestimento é considerado um ponto crítico de contaminação por fungos que praticamente está resolvido no Sul de Minas Gerais. O uso de secador mecânico e do lavador-separador aparece em mais de 80% das propriedades grandes e médias, porém apenas 25% dos pequenos proprietários adotam essas duas práticas.