SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Estudo da maturação do café por estímulo mecânico
    (2003) Alves, José Donizeti; Nacif, Antônio de Pádua; Livramento, Darlan Einstein do; Bartholo, Gabriel Ferreira; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A maturação dos frutos do cafeeiro é desuniforme e tem como conseqüência a queda na qualidade final do produto ou a colheita escalonada, o que aumentaria o custo de produção. Na tentativa de uniformizar a maturação, químicos com base na síntese de etileno, têm sido recomendados. Entretanto, os resultados advindos dessa prática não são consistentes, uma vez que a ação deste hormônio depende do seu teor endógeno, das condições climáticas e de outros fatores. Em virtude desses fatos e partindo do princípio de que um estresse moderado leva, de maneira geral, à produção de etileno e ou de ácido abscísico, objetivou-se neste experimento, submeter uma lavoura de café ao estímulo mecânico provocado pelo vento a fim de verificar o seu efeito na uniformidade da maturação dos frutos no momento da colheita. Para tanto, foi instalado um ensaio na Fazenda Experimental da EPAMIG, em São Sebastião do Paraíso - MG, com 16 épocas de estímulo mecânico, em um delineamento em blocos ao acaso com três repetições. Cada repetição foi formada por 10 plantas, sendo as oito centrais, a parcela útil. A espécie utilizada foi a Coffea arabica L., variedade Catuaí IAC 15, de oito anos de idade, plantada em um espaçamento de 3,5 x 0,7 m. Os tratamentos consistiram em submeter as plantas à ação do vento originado de um atomizador acoplado a um trator na velocidade de 5 Km/h, com 1200 rpm no motor, o que resultou na tomada de potência, uma rotação de 540 rpm. Este estímulo mecânico foi aplicado cinco vezes em cada lado das fileiras, nas seguintes épocas: E1 = Agosto; E2 = Setembro; E3 = outubro; E4 = novembro de 2001 e E5 = Abril; E6 = Maio de 2002 e E7 = Agosto + Abril; E8 = Agosto + Maio; E9 = Agosto + Abril + Maio; E10 = Setembro + Abril; E11 = Setembro + Maio; E12 = Setembro + Abril + Maio; E13 = Outubro + Abril; E14 = Outubro + Abril; E15 = Outubro + Abril + Maio e E16 = Abril + Maio. Durante a colheita, em julho de 2003, foi avaliada a percentagem de frutos verdes, cerejas, passas e secos em uma amostra de 100 frutos por parcela. Os resultados permitem concluir que todos os tratamentos diferiram da testemunha e proporcionaram uma menor percentagem de frutos verdes com o predomínio de frutos passas e secos e por último, cerejas. Como a colheita foi realizada no mês de julho, verifica-se que ela poderia ser antecipada em pelo menos trinta dias, onde predominariam os frutos cerejas. Quanto à época de aplicação dos tratamentos, verificou-se que apenas uma aplicação desse estímulo mecânico (vento) no período da floração ou no período de pré-colheita, foi suficiente para antecipar e homogeneizar a maturação dos frutos. Estudos procurando verificar as bases fisiológicas desse evento estão em andamento.
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    Análise do balanço hídrico seqüencial decendial (2002) para a região cafeeira de Mococa, SP
    (2003) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Nacif, Antônio de Pádua; Bardin, Ludmila; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O cafeeiro arábica é afetado nas suas diversas fases fenológicas pelas condições meteorológicas, principalmente a distribuição pluviométrica e temperatura do ar, que interferem na fenologia e na produção de grãos tanto nos aspectos quantitativos como qualitativos. Uma das formas de se caracterizar os períodos com excedentes e deficiências hídricas é através do balanço hídrico seriado ou seqüencial, normalmente utilizado no monitoramento agrometeorológico em base diária, decendial (10 dias), semanal ou mensal. Este trabalho apresenta o balanço hídrico seqüencial decendial com análise das condições termopluviométricas para Mococa, SP, região produtora de café arábica. Para a estimativa da disponibilidade hídrica do solo, utilizou-se o modelo de balanço hídrico de Thornthwaite & Mather (1955), em nível decendial, considerando a capacidade de água disponível de 100 mm. Os dados termopluviométricos são da estação meteorológica do IAC, localizada em Mococa, SP (latitude: 21°28’ S; longitude: 47°01’ W; altitude: 665m). A temperatura média mensal ocorrida de janeiro a dezembro foi de 23,8°C, estando 1,4°C acima da média normal, 22,4°C, para o mesmo período. Em outubro/2002 ocorreu a maior temperatura média (27,7°C) e julho/2002 a menor (19,7°C). Em relação à média normal, esses valores mostraram uma elevação da temperatura média do ar em torno de 4,4°C em outubro e de 0,7°C em julho. Em 2002, o total pluviométrico de janeiro a dezembro atingiu 1.448 mm, sendo que 48,7% das chuvas concentraram-se em janeiro-fevereiro e 33% em novembro-dezembro. Houve um excedente hídrico de 474 mm (janeiro e fevereiro) e outro de 114 mm (novembro e dezembro). De março a meados de novembro, a deficiência hídrica acumulada foi de 418 mm. A precipitação pluviométrica acumulada no período de janeiro a março esteve acima da média histórica, o que permitiu um bom desenvolvimento vegetativo dos cafeeiros e um bom início de granação dos frutos. A partir de março, teve início o período seco nesta região causando deficiência hídrica acentuada no solo. Abril foi um mês bastante seco, onde a deficiência hídrica atingiu 67 mm, o que comprometeu a formação dos botões florais (florada setembro/outubro) nesta região. Normalmente, entre abril e junho, ocorre também a maturação dos frutos, e a ocorrência de déficits hídricos moderados nesse período beneficiam a qualidade do produto. A deficiência hídrica elevada (209 mm), ocorrida entre abril e julho, associada às temperaturas elevadas nesta região influenciaram a fase final da granação e principalmente o período de maturação dos frutos. Com a chegada das chuvas em agosto, veio a primeira florada, bastante precoce. As chuvas ocorridas a partir de setembro, ocorreram de forma irregular e insuficientes, estendendo o período com déficit hídrico até o final do ano, provocando um baixo índice de enfolhamento das lavouras. Em meados de outubro, teve início um período com altas temperaturas, em média 5°C acima das médias históricas. Esta condição atípica provocou o crescimento vegetativo das plantas, retardando a floração das lavouras que tiveram alta produção em 2002, com possíveis conseqüências negativas para a produção de 2003.