SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/517

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 4 de 4
  • Item
    Umidade do solo em cultivo consorciado de cafeeiro e bananeira prata anã
    (2003) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro, Mário José; Gallo, Paulo Boller; Ortolani, Altino Aldo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de determinar os efeitos do cultivo consorciado de cafeeiro com bananeira Prata relacionados à condição hídrica do solo, foi realizado um experimento em Mococa-SP. O monitoramento da umidade do solo foi realizado em cultivo consorciado de cafeeiro, cv. Icatu, plantado no espaçamento 4x1m, consorciado com bananeira Prata Anã, plantada no espaçamento 8x8 metros e em um cultivo de cafeeiros a pleno sol, plantado no mesmo espaçamento do cultivo consorciado. As medidas da umidade volumétrica do solo (cm 3 de água/cm 3 solo) nos dois sistemas de cultivo foram realizadas durante o período de novembro de 2001 a janeiro de 2003, com sonda de Neutrons (CPN, modelo 503 DR) calibrada para o solo onde foi realizado o experimento. As amostragens foram realizadas na projeção da copa do cafeeiro, nas profundidades de 25, 55 e 85 cm., em três repetições, em intervalos semanais a decendiais, sendo que no sistema consorciado as medições foram realizadas na forma de "grid" em quatros pontos do sistema, com o objetivo de se obter uma média do sistema. Calculou-se o armazenamento de água no solo somando-se os valores da lâmina de água armazenada em cada camada, que foram obtidas pelo produto entre a umidade do solo e a profundidade da camada. Os resultados indicam que, no período chuvoso, de novembro de 2001 a março de 2002, o ponto de amostragem situado ao lado das bananeiras apresentou valores inferiores de armazenamento de água no solo em relação aos outros pontos do sistema consorciado ou mesmo do cultivo a pleno sol, principalmente se consideradas as amostragens nas profundidades mais superficiais (25 e 55 cm). Com as podas das bananeiras ocorridas no final de dezembro e no mês de março, além do inicio da estação seca, ocorrida em abril, estas diferenças diminuíram, fazendo com que os valores de armazenamento neste ponto de amostragem se tornassem iguais ou superiores aos níveis do cultivo a pleno sol. Os demais pontos de amostragem dentro do sistema consorciado apresentaram valores semelhantes ou superiores ao cultivo pleno sol, principalmente a partir de abril de 2002 (início da estação seca), fazendo com que a média de armazenamento no sistema consorciado se mantivesse superior ao cultivo a pleno sol durante o período seco (abril a outubro). Verificou-se também que o aumento do armazenamento de água no solo após a ocorrência de chuvas posteriores a um período seco, sempre foi maior na parcela consorciada (meses de maio, julho, agosto e novembro) em relação ao cultivo a pleno sol, tendo como principal influência à camada mais superficial de medidas.
  • Item
    Monitoramento agrometeorológico e o comportamento da cultura do cafeeiro
    (2003) Brunini, Orivaldo; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Pedro, Mário José; Blain, Gabriel C.; Brunini, Andrew P. C.; Caputi, Eduardo; Santos, Ricardo L. dos; Brigante, Rodrigo S.; Almeida, Ellen L. de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O método do balanço hídrico proposto por Thornthwaite-Mather foi adaptado e convertido para monitorar as condições agrometeorológicas do cafeeiro, englobando as diversas características de solo e clima. O modelo permite que diferentes localidades sejam avaliadas concomitantemente podendo ser traçadas as diretrizes necessárias para controle e mitigação das adversidades meteorológicas, em especial geada e seca, e orientar as regiões mais afetadas e dar suporte a estimativa de quebra da produtividade agrícola. Os parâmetros básicos de estrada no sistema são: a) localidade e coordenadas geográficas; b) tipo de solo que é representado pela capacidade de retenção da água; c) temperatura do ar (Máxima e Mínima) e precipitação pluviométrica. A evapotranspiração potencial é estimada pelo método de Camargo & Camargo (1983) com os ajustes propostos. Os resultados até o presente mostram que o sistema é dinâmico permitindo que as condições hídricas sejam monitoradas no intervalo de tempo necessário, permitindo ainda que a simulação seja refeita e alterada para acompanhar características específicas da cultura ou do período interessado, sem perda da análise original. Uma das virtudes básicas do processo de simulação é que parâmetros básicos nos modelos, de estimativa de produção agrícola como a relação ETR/ETP, ou mesmo deficiência hídrica acumulada sejam automaticamente produzidos, permitindo ainda a espacialização destes índices,como mapas agroclimáticos sejam feitos, tornando visível as distintas condições agrometeorológicas. Por outro lado uma sub-rotina, englobando a cultura e os termos do Balanço Hídrico, permite determinar as condições de desenvolvimento da cultura, como favoráveis, desfavoráveis ou críticas, e o possível efeito na produção. O impacto da seca sobre a cultura é avaliado rotineiramente pelo Índice Padronizado de Precipitação (SPI) e pelo Índice de Estresse Hídrico, que é dado pela relação IEH=( 1 - ETR/ETP).As análises do SPI são feitas considerando-se períodos de recorrência 1, 3, 9 e 12 meses, permitindo que seja avaliado não só as condições atuais de precipitação e sua flutuação no mês de referência(SPI-1), mas também maiores como doze meses (SPI-12) onde uma visão completa do comportamento hídrico, desde a ultima colheita até a colheita do ano em curso.Os períodos de alta restrição hídrica observada no Estado de São Paulo, como nos anos 1999/2001 puderam ser adequadamente avaliados, e prognosticado o efeito sobre a cultura de modo geral.O Índice de Estresse Hídrico(IEH) por outro lado permite que períodos específicos da cultura como início de formação de frutos, ou florescimento possam ser avaliados,pois além de considerar a precipitação pluviométrica,considera também o efeito térmico.
  • Item
    Modelo agrometeorológico de monitoramento e de estimativa de quebra de produtividade como subsídio à previsão de safra de café (Coffea arabica L.) : Resultados preliminares
    (2003) Camargo, Marcelo Bento Paes de; Santos, Marco Antônio dos; Pedro, Mário José; Fahl, Joel Irineu; Brunini, Orivaldo; Meireles, Elza Jacqueline Leite; Bardin, Ludmila; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Uma consistente estimativa antecipada da produção de café no Brasil requer o conhecimento do tripé "Área-Tempo- Produtividade". A área pode ser estimada através das tecnologias de imagens de satélite georeferenciadas a campo como base para o mapeamento geoprocessado e consequente cadastramento das áreas cafeeiras. O tempo é importante, pois uma estimativa consistente deve ser obtida antecipadamente, pelo menos até o último bimestre do ano anterior à produção. Finalmente, o conhecimento da produtividade antecipada do cafeeiro é fundamental para bem caracterizar a produção final e consequentemente a previsão de safras. A produtividade é influenciada por vários fatores, como a utilização de insumos, preços, avanços técnicos, fatores biológicos e principalmente climáticos. Este último pode ser bem caracterizado através de modelos de monitoramento agrometeorológico, que consideram que cada fator climático exerce um certo controle na produtividade por influenciar em determinados períodos críticos da cultura, como o florescimento ou formação de grãos. Este trabalho tem como objetivo desenvolver e testar modelos fenológico-agrometeorológicos para monitoramento e estimativa da quebra relativa de produtividade esperada do café, que consideram os efeitos ambientais aos processos fisiológicos determinantes da produção. Dados climáticos, fenológicos e de produtividade de mais de 40 localidades representativas de regiões cafeeiras dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná estão sendo considerados. O componente fenológico do modelo visa estimar as épocas de início da "plena floração" do cafeeiro arábica, baseado na quantidade de calor acumulado necessário para que as gemas florais completem a maturação, ficando prontas para a antese plena quando o somatório de graus-dia a partir de abril atinge 1.590 GD. O componente agrometeorológico do modelo considera diferentes coeficientes de sensibilidade ao estresse hídrico (deficiência) e térmico (geada e temperatura elevada) em forma de penalização multiplicativa durante as fases fenológicas da cultura. O componente hídrico é baseado nos resultados de balanço hídrico sequencial, a nível decendial (10 dias). A deficiência hídrica é quantificada através do déficit de ET relativa [1-ETr/ETp], ajustados por diferentes fatores de sensibilidade da cultura (Ky) ao deficit hídrico acontecidos nas diferentes fases fenológicas na forma de produtório. ETr e Etp correspondem à evapotranspiração real e potencial. A parametrização dos valores de Ky está sendo feita a partir de observações experimentais e de acordo com a fenologia bienal do cafeeiro. O componente térmico do modelo se baseia na ocorrência de temperaturas máximas ou mínimas, ocorridas durante as fases fenológicas críticas e que interferem na produtividade da cultura. Diferentes modelos matemáticos estão sendo testados (linear, exponencial, logístico, gaussiano, etc) que relacionam quebra de produtividade em função da ocorrência de temperaturas mínimas absolutas do ar inferiores a 2°C, ou seja, sob condições de geadas e temperaturas máximas do ar superiores a 34°C durante a fase fenológica crítica do florescimento. O modelo de estimativa de quebra de produtividade foi testado para diversas regiões cafeeiras do Brasil. Resultados preliminares indicam que o modelo multiplicativo de penalização baseado em informações agrometeorológicas e fenológicas tem potencial para monitorar e estimar a quebra de produtividade esperada para diferentes regiões cafeeiras podendo servir como importante subsídio aos trabalhos de previsão de safra.
  • Item
    Escala para avaliação de estádios fenológicos do cafeeiro arábica
    (2003) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro, Mário José; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Thomaziello, Roberto Antonio
    É proposta uma escala de avaliação de desenvolvimento de estádios fenológicos do cafeeiro arábica, com notas variando de 0 a 11, baseada em fotografias de cada fase, principalmente para o período reprodutivo, desde o estádio de gemas dormentes até o estádio de grão seco. O primeiro estádio ocorre após o período de repouso das gemas dormentes nos nós dos ramos plagiotrópicos (0-Gema dormente) quando é verificado um aumento substancial do potencial hídrico nas gemas florais maduras, devido principalmente a ocorrência de um "choque hídrico" provocado por chuva ou irrigação. Neste estádio, as gemas entumecem (1-Gema entumecida) e os botões florais crescem devido a grande mobilização de água e nutrientes (2-Abotoado), se estendendo até a abertura das flores (3-Florada), e posterior queda das pétalas (4-Pós-florada). Após a fecundação principia a formação dos frutos, fase essa denominada de "chumbinho" (5-Chumbinho), onde os frutos não apresentam crescimento visível. Posteriormente, os frutos se expandem (6-Expansão dos frutos) rapidamente até atingir seu tamanho máximo, mantendo o interior do grão com consistência aquosa. Atingindo seu crescimento máximo, segue a fase de grão verde (7-Grão verde), quando ocorre a solidificação dos líquidos internos dando formação aos grãos. Para a diferenciação do final da fase 6 e início da fase 7 é necessário realizar um corte longitudinal em alguns frutos para se verificar o início da solidificação interna dos grãos. A partir da fase "verde cana" (8-Verde cana) se caracteriza o início da maturação, quando os frutos começam a mudar de cor (verde para amarelo), evoluindo até o estádio "cereja" (9-Cereja), já podendo diferenciar o cultivar de fruto amarelo ou vermelho. A seguir, os frutos começam a secar (10-Passa) até atingir o estádio "seco" (11-Seco). Durante a safra de 2001/2002 a escala foi utilizada em diferentes cultivares de café em experimentos localizados em Campinas e Mococa, Estado de São Paulo, onde mostrou-se útil para estudos que possibilitarão a identificação das variáveis climáticas relacionadas com o desenvolvimento, expansão e maturação dos frutos para as diferentes cultivares de café arábica nas diversas regiões de cultivo.