SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Extrato etanólico de própolis (EEP) no controle da cercosporiose (Cercospora coffeicola Berk. & Cooke) e no desenvolvimento de mudas de cafeeiro
    (2007) Pereira, Cassiano Spaziani; Silva, Adriano Alves da; Guimarães, Rubens José; Pozza, Edson Ampélio; Embrapa - Café
    Neste trabalho foi verificado o efeito do Extrato etanólico de própolis (EEP) sobre a intensidade da cercosporiose e o desenvolvimento de mudas, de cafeeiro. O experimento foi instalado em casa-de-vegetação, em mudas da cultivar Catuaí vermelho IAC-99, submetidas às doses do contraste 0 % (testemunha) e 10 doses (0,05; 0,1; 0,2; 0,6; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 5,0 %) de EEP confeccionado com 16 % de Própolis bruta e 84 % de álcool, diluídas em água, aplicadas a cada quinze dias, a partir do dia 01 de junho até o dia 05 de setembro de 2002. Conclui-se que: O EEP aplicado via foliar, em mudas de cafeeiro, diminui a incidência e a severidade da cercosporiose, de forma mais eficiente na concentração de 1,79, e o EEP não prejudica o desenvolvimento das plantas.
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    Extrato etanólico de própolis (EEP) no controle da cercosporiose do cafeeiro (Cercospora coffeicola Berk. & Cooke)
    (2007) Pereira, Cassiano Spaziani; Carvalho, Sebastião Júlio de; Guimarães, Rubens José; Pozza, Edson Ampélio; Embrapa - Café
    Foi utilizada uma lavoura em produção da cultivar Rubi MG-1192, de fevereiro a agosto de 2003, testando-se diferentes porcentagem de própolis bruta no extrato (2,52; 16 e 28 %) e doses de EEP na calda de pulverização (0,0; 1; 2; 3 e 4%), avaliando-se tanto o controle da cercosporiose do cafeeiro (Cercospora coffeicola Berk & Cooke), concluiu-se que: A cercosporiose teve sua incidência diminuída, porém nos meses de abril e maio. b) A severidade da cercosporiose, não reduziu com a aplicação foliar do EEP, em lavouras em produção.
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    Extrato etanólico de própolis (EEP) no controle da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix Berk e Br.)
    (2007) Pereira, Cassiano Spaziani; Carvalho, Sebastião Júlio de; Guimarães, Rubens José; Pozza, Edson Ampélio; Embrapa - Café
    Neste trabalho foi se avaliado o uso de EEP no controle da ferrugem do cafeeiro em lavoura de cinco anos em plena produção, da cultivar Rubi MG-1192. O período de avaliação da doença foi de fevereiro a agosto de 2003. Foram testadas, diferentes porcentagem de própolis bruta no extrato (2,52; 16 e 28 %) e diferentes concentrações de EEP na calda de pulverização (0,01; 1; 2; 3 e 4%). Foi avaliado o controle da ferrugem do cafeeiro e ainda possíveis retenções das folhas às plantas, devido a presença da própolis. Neste experimento concluiu-se que: Em cafeeiros em produção, a aplicação foliar da própolis, mostrou efeito protetor, por meio da diminuição da incidência da ferrugem, principalmente nos meses de junho, julho e agosto, a aplicação foliar de EEP não reduziu a severidade dessas doenças, em lavouras em produção e a aplicação foliar do EEP, não proporcionou retenção ou desfolha do cafeeiro, após a colheita.
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    Extrato etanólico de própolis (EEP) na inibição da germinação de urediniosporos da ferrugem do cafeeiro Hemileia vastatrix Berk & Cooke
    (2007) Pereira, Cassiano Spaziani; Carvalho, Sebastião Júlio de; Guimarães, Rubens José; Pozza, Edson Ampélio; Embrapa - Café
    Foram realizados dois experimentos em laboratório com o propósito de verificar a possibilidade do uso de Extrato etanólico de própolis no controle de doenças de plantas. No primeiro experimento foi testado o contato de urediniosporos de ferrugem com cinco diferentes concentrações de um extrato etanólico de própolis (EEP), (0; 0,5; 1,0; 1,5; 2) da região de Lavras - MG. No segundo foram testadas no laboratório cinco diferentes própolis brutas de diferentes regiões de Minas Gerais e São Paulo, na confecção de cinco extratos diferentes, neste experimento, para todos os extratos foi usada a mesma concentração de 5ml de extrato/litro de água. As própolis brutas testadas do segundo experimento foram as seguintes: Própolis verde da região de Lavras - MG, própolis marrom (brown) de Lavras - MG, Própolis marrom (brown) de São Carlos - SP; Própolis marrom (brown) de Ribeirão Vermelho - MG e Própolis (Brown) de Hortolândia - SP (CH). Todos os extratos utilizados no dois experimento foram confeccionados com 350 gramas de cera de própolis em 2 litros de álcool de cereais, sendo o período de confecção dos extratos de 30 dias.
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    Escala diagramática para avaliação da severidade da mancha de Phoma do cafeeiro (Coffea arabica)
    (2005) Salgado, Mirian; Pereira, Ricardo Tadeu Galvão; Pozza, Edson Ampélio; Pfenning, Ludwig Heinrich; Embrapa - Café
    A mancha de Phoma do cafeeiro é uma importante doença em determinadas regiões produtoras de café, ocasionando danos foliares e seca de ponteiros. Para avaliar a severidade da mancha de Phoma do cafeeiro foi construída uma escala diagramática representando sete níveis de severidade da doença. O coeficiente de regresão (R2) entre os valores reais e os estimados foi superior a 0,75 para todos os avaliadores. Os resíduos absolutos, severidade estimada menos severidade real, nunca foram superiores a 8%. A acurácia foi variável, sendo o coeficiente angular da reta da equação igual a 1 para a maioria dos avaliadores.
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    Análise do padrão espacial da atrofia dos ramos do cafeeiro nas regiões Sul e Zona da Mata de Minas Gerais
    (2003) Barbosa, Juliana Franco; Souza, Ricardo M. de; Pozza, Edson Ampélio; Boari, A. J.; Oliveira, Luciene R. de; Almeida, Anderson Resende; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O agente etiológico da atrofia dos ramos do cafeeiro (ARC) é Xylella fastidiosa, uma bactéria fastidiosa limitada ao xilema e transmitida por cigarrinhas Hemipteras (Cicadellidae). Além dessas informações, pouco se sabe sobre a epidemiologia desta doença. O presente trabalho objetivou estudar o progresso da atrofia dos ramos do cafeeiro no tempo e o padrão das plantas afetadas, visando caracterizar a distribuição espacial da doença em duas regiões do Estado de Minas Gerais: Sul e Zona da Mata. Antes do início do estudo do padrão espacial da ARC, foi realizado o acompanhamento dos sintomas característicos da doença no campo, pois os sintomas podem ser confundidos com deficiência mineral e associação com outros patógenos. A confirmação dos sintomas foi realizada a partir de 30 amostras coletadas e analisadas por PCR. Por meio da avaliação dos sintomas da atrofia dos ramos do cafeeiro, foram mapeados talhões de 1200 plantas, sendo 12 linhas de 100 plantas. Foram analisados três talhões de café da cultivar Catuaí Vermelho de três em três meses em duas regiões do município de Lavras, MG. O padrão atual da atrofia dos ramos do cafeeiro foi avaliado em uma única avaliação no mês de setembro. Foram avaliados nove talhões distribuídos nos municípios de Lavras, Varginha, Elói Mendes, Araponga e Canaã, MG. As plantas de cada talhão apresentavam intervalos de idade diferentes. Foram coletadas as coordenadas geográficas das lavouras, em cada município, com o emprego do sistema de posicionamento geográfico GPS. O mapeamento da área foi feito a partir de dados binários (presença ou ausência de sintomas) anotados para cada planta. Para uma nova avaliação, as plantas sintomáticas foram adicionadas aos mapas anteriores, obtendo-se assim o número acumulado de plantas com a ARC e a sua posição. Foi considerado que uma planta de café sintomática numa avaliação será sempre doente nos mapas seguintes, mesmo não apresentando sintomas em algumas das avaliações posteriores. Para o estudo do padrão espacial, foram aplicadas as seguintes análises: seqüências ordinárias, índice de dispersão e análise de dinâmica e estrutura de focos. Em todos os talhões avaliados, considerando-se a área como um todo, foi observada uma tendência à agregação ou formação de reboleira. Nas avaliações individuais, alguns talhões apresentaram padrão aleatório ou casualizado. O padrão das plantas com distribuição aleatória foi evidente em lavouras mais novas, no início da epidemia. O número de focos cresceu com o aumento da incidência da doença. Os focos da ARC diminuíram sua compacidade conforme a incidência aumentou. Os focos apresentaram tamanhos, em média, inferiores a três plantas. O aumento no número médio de plantas por foco seguiu um padrão exponencial. Em contrapartida, a porcentagem de focos unitários diminui conforme o aumento na incidência.
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    Efeito do silício na intensidade da cercosporiose em mudas de cafeeiro
    (2003) Botelho, Deila M. S.; Pozza, Edson Ampélio; Pozza, Adelia Aziz Alexandre; Carvalho, Janice Guedes de; Botelho, César Elias; Souza, Paulo Estevão de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo deste estudo foi avaliar a intensidade da cercosporiose (Cercospora coffeicola Berk. & Cooke) em mudas de cafeeiro, cultivar Catuaí IAC 99, em função de diferentes doses de silicato de cálcio e de sódio adicionadas ao substrato. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, obedecendo-se um arranjo fatorial 2 x 4, com duas fontes de silício: silicato de cálcio (CaO- 18%, SiO- 63%) e silicato de sódio (Na 2 O- 18%, SiO 2 - 63%) e as doses 0; 0,5; 1 e 2 g de silicato de cálcio e de sódio, as quais correspondem a 0; 0,315; 0,63 e 1,26 g de SiO 2 por quilo de substrato, respectivamente. A unidade experimental foi composta por nove plantas, uma por recipiente. Foram realizadas cinco avaliações quinzenais para obter o número de plantas doentes, o número de folhas lesionadas por planta, número de lesões por folha, o número total de lesões por planta. Ao término das avaliações, foram mensurados os teores de Si e de lignina contidos nas mudas. A área abaixo da curva de progresso do número de folhas lesionadas por planta (AACPNFL) e a área abaixo da curva de progresso do número de lesões por folha (AACPLF) não apresentaram diferença significativa com adição de silício ao substrato. A área abaixo da curva de progresso do total de lesões (AACPTL) foi influenciada pela interação fonte x doses, com menor valor observado na dose de 0,84 g de silicato de sódio. As doses de silicato (SiO 2 ) influenciaram tanto a área abaixo da curva de progresso do número de plantas doentes (AACPPD) como a concentração de lignina nas folhas. Observou-se decréscimo linear para AACPPD e aumento na concentração de lignina até a dose de 0,52 g de silício. O teor de SiO 2 no caule apresentou maior média para a fonte silicato de sódio e aumento na concentração do elemento a partir da dose de 0,52g de SiO 2 .
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    Ocorrência de Xylella fastidiosa em cafeeiro nas regiões Sul e Zona da Mata de Minas Gerais
    (2003) Barbosa, Juliana Franco; Souza, Ricardo M.; Boari, A. J.; Pozza, Edson Ampélio; Oliveira, Luciene R. de; Almeida, Anderson Resende; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    No Brasil, a atrofia dos ramos do cafeeiro foi relatada pela primeira vez em café em 1995, por Paradela Filho et al. no Estado de São Paulo. Estudos constataram a presença de X. fastidiosa em lavouras de Minas Gerais, Paraná e Bahia. Este trabalho teve como objetivo o levantamento da ocorrência desta bactéria associada ao cafeeiro nas regiões Sul e Zona da Mata de Minas e a obtenção de isolados destas áreas para preservação e estudos posteriores de virulência e patogenicidade. Para o levantamento foram visitados 10 municípios da região Sul, sendo coletadas 30 amostras por município e 8 municípios da Zona da Mata, sendo coletadas 23 amostras por município. As amostras coletadas foram encaminhadas ao Laboratório de Bacteriologia da Universidade Federal de Lavras e analisadas pela técnica de PCR. A presença de X. fastidiosa foi detectada em amostras dos municípios de Lavras, Ijaci, Aguanil, Cristais, Três Pontas, Campos Gerais, Varginha, Nepomuceno, Alfenas, Viçosa, Teixeiras, Coimbra, Manhuaçu, Manhumirim, Canaã, Araponga e São Miguel do Anta, tanto em plantas sintomáticas como em plantas aparentemente sadias. Amostras provenientes do município de Campo Belo apresentaram resultado negativo. Foram obtidos 22 isolados provenientes de Lavras e 1 isolado de Varginha. A ocorrência de X. fastidiosa em cafeeiro foi menor que 50 % nas duas regiões amostradas. A maior porcentagem de amostras infectadas foi detectada em cafeeiros com mais de 10 anos de idade. A bactéria encontra-se disseminada nos cafezais das regiões Sul e Zona da Mata de Minas Gerais.
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    Influência da temperatura e do tempo de incubação no crescimento micelial e produção de conídios in vitro de espécies de Phoma do cafeeiro
    (2003) Salgado, Mirian; Pozza, Edson Ampélio; Berger, Richard D.; Pfenning, Ludwig Heinrich; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A seca dos ponteiros do cafeeiro pode ter como agentes etiológicos fungos do gênero Phoma. Até o momento, o efeito da temperatura no crescimento de diferentes espécies de Phoma foi pouco estudado. Na Colômbia, esse agente etiológico está associado a sérios danos às lavouras cafeeiras. Estas lavouras estão normalmente localizadas em altitudes de 1400 a 2000 m de altitude com temperatura entre 17 e 20°C, alta umidade relativa no período chuvoso e pouca densidade luminosa. A combinação dessas variáveis resulta em alta incidência da doença (Gomez et al., 1977, Fitopatologia Colombiana 6: 73). As variáveis climáticas influenciam o crescimento dos patógenos e a intensidade das doenças de maneira a constituir o principal fator do ambiente no progresso de epidemias (Campbell & Madden 1990, Introduction to Plant Disease Epidemiology). As espécies Phoma tarda, Phoma exigua var. noackiana e Phoma costarricensis foram identificadas como agentes etiológicos da seca de ponteiros de cafeeiros em áreas produtoras dos estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo (Salgado & Pfenning, 2000, I. Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, Anais, 183). O objetivo do trabalho foi avaliar, in vitro, o efeito da temperatura e do tempo de incubação no crescimento micelial, produção e germinação de conídios. Os isolados testados foram obtidos de lesões em folhas e hastes do cafeeiro coletadas no Sul de Minas Gerais, Phoma tarda (MS-13), Phoma costarricensis (MS-10) e Phoma exigua var. noackiana (MS-41). Os isolados foram transferidos para placas de Petri contendo meios de cultura V8 e incubadas em BOD nas temperaturas de 15, 20, 25, e 30°C, com fotoperíodo de 12 horas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Ajustaram-se as equações de regressão para as superfícies de resposta, de modo que as variáveis independentes foram temperatura e dias de crescimento. Os pontos de máximo crescimento e produção de conídios foram obtidos pela derivada das equações em relação à temperatura e dias de crescimento. Foram avaliados o diâmetro das colônias diariamente e a produção e germinação de conídios aos 9, 12, 15, 18, 21 e 24 dias. A germinação também foi medida às 12, 24 e 48 horas após permanência dos conídios em água. Para o crescimento das colônias, as temperaturas ótimas e o número de dias de incubação para o fungo atingir toda a borda da placa foram de 22,3°C e 10 dias para Phoma tarda, 22,3° C e 9 dias para Phoma exigua var. noackiana e 23,3° C e 7 dias para Phoma costarricensis. Em relação à produção de conídios, as temperaturas ótimas e o número de dias necessários para haver maior produção de conídios após incubação foram 15°C e entre 20 a 24 dias para a Phoma tarda, 25°C e entre 16 e 17 dias para a Phoma exigua e 22°C e 22 dias para a Phoma costarricensis. Para Phoma tarda a maior taxa de germinação (80%) foi obtida próxima a 10 dias de incubação em todas as temperaturas avaliadas após 36 horas em água. Para a taxa de germinação máxima dos conídios de Phoma costarricensis, aproximadamente 50%, a melhor temperatura foi a de 15°C, próximo aos 15 dias de incubação, tanto às 12 quanto às 36 horas após colocar os esporos na água. Para a Phoma exigua a temperatura ótima de germinação foi de 15° C após os 20 dias de incubação das plantas com valores máximos de aproximadamente 50, 75 e 90% de germinação às 12, 24 e 36 horas em água, respectivamente. Observou-se grande variabilidade no comportamento das espécies quanto ao crescimento micelial e à produção e germinação de conídios em função da temperatura e o tempo de permanência em meio de cultura.
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    Extrato etanólico de própolis no controle de cercospora em mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2003) Pereira, Cassiano Spaziani; Silva, Adriano Alves da; Guimarães, Rubens José; Pozza, Edson Ampélio; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Nogueira, Denismar Alves; Botelho, Deila Magna dos Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O presente trabalho teve como objetivo verificar o potencial fungistático do extrato etanólico de própolis e verificar uma dose mínima deste sobre os conídios de Cercospora coffeicola. Conduziu-se o presente trabalho entre os meses de julho a outubro de 2002 no Departamento de Fitopatologia em estufa com controle de temperatura e umidade, utilizando-se uma própolis bruta da região de Lavras-MG. O extrato foi preparado com própolis bruta e álcool, sendo feita a seguinte proporção em peso: 16 grs de própolis bruta e 84 grs de álcool de cereais, com diluição posterior em água até se obterem as doses planejadas no experimento. Antes da diluição em água, a própolis ficou imersa em álcool de cereais por cerca de 30 dias, formando o extrato, que em seguida foi pesado para a obtenção dos tratamentos (doses) e posteriormente coado em papel de filtro para evitar entupimento de bicos durante a pulverização nas mudas. Utilizaram-se 220 mudas da cultivar Catuaí IAC 99 (susceptíveis a cercospora) que foram plantadas em vasos de 3 litros, utilizando-se o substrato composto por 700 litros de terra de subsolo, 300 litros de esterco de curral, 5 kg de super simples e 1,0 kg de KCL por metro cúbico de substrato. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com tratamentos, ou seja, 11 doses de extrato alcoólico (0; 0,05; 0,1; 0,2; 0,6; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; e 5 %) e 5 repetições com 4 mudas por parcela. Foram realizadas 6 avaliações a cada 15 dias, sendo que a aplicação do extrato ocorreu sempre 5 dias após cada avaliação. As características avaliadas foram: número de folhas lesionadas/planta, porcentagem de folhas lesionadas/planta e número de lesões/planta para se verificar o efeito dos tratamentos sobre o fungo. Após a primeira aplicação e avaliação, foi realizada uma inoculação com concentração de 2,5 ´ 10 4 conídios de cercospora por mL. Concluiu-se, pelos resultados encontrados, que a própolis possui efeito sobre a cercospora do cafeeiro e que pode ser utilizado como um importante fungicida natural para controle desta doença. Também foi possível concluir que as doses utilizadas não diferiram entre si, porém com controle eficiente da cercospora em relação à testemunha.