SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Caracterização da anatomia foliar do cafeeiro arábica após períodos chuvoso e seco
    (Embrapa Café, 2013) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Nardin, Carla Fernanda; Fazuoli, Luiz Carlos; Braghini, Masako Toma
    A seca é um dos fatores que limitam o desenvolvimento e a produtividade dos cafeeiros. O objetivo desse trabalho foi estudar a anatomia de folhas desenvolvidas em períodos chuvoso e seco, de onze genótipos de Coffea arabica L., descritos anteriormente como tolerantes ou sensíveis ao déficit hídrico, visando identificar caracteres estruturais de tolerância à seca. Foram mensuradas diversas características da planta: dimensões e índice estomático; espessura das epidermes e do mesofilo; diâmetro do pecíolo e da nervura principal; espessura do floema e xilema e, diâmetro e freqüência de elementos de vasos do xilema na nervura principal e no pecíolo. Diferenças observadas na estrutura foliar dos genótipos avaliados entre as condições de desenvolvimento da folha (períodos chuvoso e seco), indicaram haver uma plasticidade anatômica favorável às condições de seca. As estratégias anatômicas foliares desenvolvidas pelo cafeeiro, no período seco, que foram consideradas como adaptativas foram: maiores espessuras do parênquima paliçádico e do limbo total e, maiores raios do floema e xilema no pecíolo e na nervura principal. Deste modo, Geisha, Semperflorens, BA10, IAC H 8105-7 (‘Catuaí Vermelho IAC 81’ X BA10), IAC H 8421-2 (‘Mundo Novo IAC 471-5’ X BA10) e as cultivares Catuaí Vermelho IAC 81 e Catuaí Vermelho IAC 144 foram considerados os genótipos que apresentaram características anatômicas que favorecem maior tolerância à seca.
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    FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO EM CULTIVARES DE CAFEEIRO ARÁBICA
    (2009) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Embrapa - Café
    As fases de indução e diferenciação de gemas reprodutivas no cafeeiro não são totalmente conhecidas, mas estão relacionadas com fatores fisiológicos como o fotoperíodo, intensidade de luz, água, temperatura e relação C/N. O meristema axilar de ramos plagiotrópicos inicia a organização de inflorescências sob condições ambientais indutivas. Esse trabalho objetivou estudar a diferenciação das gemas florais e a frutificação de cultivares de cafeeiro arábica desenvolvidos em Campinas-SP. O estudo foi realizado em três cultivares de cafeeiros adultos de Coffea arabica L.: ‘Catuaí IAC 81’; ‘Obatã IAC 1669-20’ e ‘Tupi IAC 1669-33’. Lâminas contendo cortes longitudinais-axiais foram analisadas para a caracterização dos estágios de diferenciação histológica das gemas. O desenvolvimento reprodutivo foi avaliado através de medidas de características fenológicas do crescimento de flores e frutos, das trocas gasosas fotossintéticas e do potencial hídrico. Os resultados indicaram que em fevereiro houve formação de gemas em todas as cultivares e, a partir de abril iniciou-se a diferenciação para gemas reprodutivas nas cultivares Obatã e Tupi e, em maio na ‘Catuaí’. No mês de junho quase todas as cultivares possuíam botões florais, com exceção da ‘Catuaí’, que apresentou um atraso no desenvolvimento. O pico de produção de botões florais ocorreu em julho, em todas as cultivares. A ‘Catuaí’ produziu maior número de frutos e o potencial hídrico das folhas também foi menor (menos negativo), indicando que foi mais eficiente no controle da água, em condições de acentuado estresse hídrico no solo.
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    EFEITOS DE NÍVEIS DE LUZ NA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E PRODUTIVIDADE DE PLANTAS DE Coffea arabica
    (2009) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Dias, Adriana Aparecida; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Embrapa - Café
    Apesar da importância da luz nos processos de floração e frutificação do cafeeiro, ainda são poucas as informações disponíveis sobre esse assunto. O conhecimento do efeito da intensidade de luz na floração e frutificação do cafeeiro permitiria definir níveis de sombreamento, ou densidades de plantio, adequados para maximizar o desenvolvimento, a produção e a sustentabilidade dessa cultura. Durante três anos consecutivos, a floração, o desenvolvimento e maturação dos frutos, e a produção foram avaliados em plantas de Coffea arabica L. cv. Catuaí, cultivadas em quatro regimes de luz, 30%, 50%, 70% e 100% da luz solar, com o uso de telas sombrites. Verificou-se que no ano de 2005, o aparecimento de gemas indiferenciadas iniciou em fevereiro e apresentou sensível queda a partir do início de abril, com exceção das plantas de pleno sol, onde o decréscimo ocorreu em maio. No início de junho praticamente todas as gemas já haviam se diferenciado em reprodutivas, com exceção das plantas de pleno sol, cujo processo de diferenciação permaneceu até final de agosto. No ano de 2006, em fevereiro, a maioria das gemas indiferenciadas já estavam presentes, e como no ano anterior, em meados de junho, em todos os tratamento as gemas já estavam diferenciadas em reprodutivas, inclusive as de pleno sol. A frutificação, avaliada pelo número de frutos presentes nos 3o, 4o e 5° nós (contados do ápice para a base de ramos plagiotrópicos), no ano de 2006, foi significativamente maior nos tratamentos sombreados, em relação às plantas cultivadas a pleno sol. Ao contrário, nos anos de 2007 e 2008 as plantas cultivadas a pleno sol mostraram maior número de frutos do que os tratamentos sombreados. O número de frutos presentes nos 3o, 4o e 5° nós foi diretamente relacionado com a produção, que mostrou as mesmas oscilações. Contudo, considerando a produção média dos três anos agrícolas, não houve diferença entre os tratamentos de luz. De modo geral, na colheita, as plantas cultivadas a pleno sol mostraram maior porcentagem de grãos passa e menor porcentagem de grãos verdes, em relação aos tratamentos sombreados. Comparando-se esses resultados com os dados anatômicos, verificou-se que o sombreamento antecipou o desenvolvimento das gemas e a abertura dos botões florais, em relação às plantas cultivadas a pleno sol, mas, nesse último tratamento o desenvolvimento e maturação dos frutos foram mais rápidos.
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    Avaliação comparativa da anatomia foliar e do dano causado por Leucoptera coffeella em cafeeiros resistentes e susceptíveis ao inseto)
    (2003) Ramiro, Daniel Alves; Guerreiro, Oliveiro; Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Matthiesen, Sílvia Chebabi; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O bicho-mineiro das folhas do cafeeiro, Leucoptera coffeella, vem se caracterizando nas últimas décadas como a principal praga da cultura no Brasil. Visando à obtenção de variedades de Coffea arabica resistentes ao bicho mineiro, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) realiza um programa de desenvolvimento genético de plantas resistentes, através de cruzamentos convencionais, utilizando como fonte de resistência a espécie diplóide Coffea racemosa. Este projeto propôs uma avaliação comparativa da anatomia foliar e do dano causado pelo inseto nas espécies parentais C. arabica e C. racemosa, e em indivíduos selecionados de progênies com diferentes níveis de resistência pertencentes às gerações RC 5 e F 2 RC 4, com o objetivo de fornecer ferramentas para uma futura identificação dos genes que codificam para resistência das plantas/inseto. Foram estudadas cinco plantas adultas de cada material genético em condição de campo. Os estudos anatômicos foram efetuados em folhas do terceiro e quarto pares, a contar do ápice caulinar, que foram cortadas transversalmente e fixadas em lâminas permanentes. A avaliação consistiu em trinta medições de cada indivíduo da espessura das cutículas adaxial e abaxial, epiderme superior e inferior, parênquimas paliçádico e lacunoso, espessura total da folha e porcentagem do mesófilo foliar representada pelo parênquima paliçádico. Para a avaliação das lesões, as folhas das plantas estudadas foram infestadas em gaiolas de criação do inseto. Posteriormente, foram mantidas em câmara úmida e em seguida fixadas em lâminas permanentes, um e quatro dias após a eclosão das lagartas. A avaliação consistiu em medições do diâmetro das lesões causadas pelo bicho mineiro no parênquima paliçádico das folhas. As comparações dos tecidos foliares revelaram que à exceção das espessuras do parênquima paliçádico e da cutícula inferior, as espécies C. arabica e C. racemosa têm as demais estruturas anatômicas bastante distintas uma da outra. É importante salientar que as lagartas de L. coffeella se alimentam exclusivamente das células do parênquima paliçádico e embora não tenham sido observadas diferenças estatísticas entre as espécies parentais, no que concerne a espessura deste tecido, observou-se que a porcentagem do mesófilo foliar representada pelo parênquima paliçádico é bastante superior na espécie C. racemosa. A cutícula superior e as epidermes superior e inferior são mais espessas em C. racemosa, enquanto o parênquima lacunoso é maior em folhas de C. arabica.As avaliações realizadas em plantas resistentes e suscetíveis selecionadas nas gerações F 2 RC 4 e RC 5 revelaram que nenhum dos tecidos avaliados difere entre estes dois grupos. No entanto, como observado nas espécies parentais, estes grupos de plantas são distintamente caracterizados pelo nível de resistência ao bicho mineiro, o que sugere que as características anatômicas avaliadas não devem estar relacionadas com o mecanismo de resistência a L. coffeella. Entre as espécies C. arabica e C. racemosa, assim como entre as populações resistentes e suscetíveis, o dano médio provocado pelas lagartas de L. coffeella foi significativamente diferente. O diâmetro médio das lesões foi cerca de duas vezes superior na espécie C. arabica e três vezes superior na população C. arabica x C. racemosa (Suscetível). De modo semelhante, em média, o dano mensurado quatro dias após eclosão das lagartas (1,033mm) foi estatisticamente superior ao observado um dia após a eclosão (0,358mm), evidenciando o desenvolvimento larval e a destruição gradual do tecido foliar. As lesões verificadas um dia após eclosão em C. racemosa e C. arabica x C. racemosa (Resistente) foi significativamente inferior ao verificado em C. arabica e C. arabica x C. racemosa (Suscetivel), no mesmo período. A julgar pelo dano causado pelas lagartas um e quatro dias após eclosão em populações com diferentes níveis de resistência, pode-se considerar que a resistência das plantas estaria relacionada à redução no inseto, da digestibilidade de substâncias presentes no parênquima paliçádico.
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    Efeito da Xylella em cafeeiro na região de Garça-SP
    (2003) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Paradela, Osvaldo; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A bactéria Xylella fastidiosa vem causando problemas para a agricultura, uma vez que sua presença, associada a diversos fatores de estresse, provoca um decréscimo na produção devido à diminuição no número e tamanho dos frutos e à morte dos ramos. Este trabalho objetivou avaliar, comparativamente, a estrutura de plantas com e sem sintomas visuais de infecção por Xylella em tecidos de cultivares de Coffea visando quantificar a porcentagem de obstrução de vasos do xilema nas diferentes partes da planta: folha (nervura principal e pecíolo), caule e raiz de modo a estabelecer a região da planta onde ocorre maior concentração desta bactéria. Também foi avaliada a distribuição das classes de infecção nas diferentes partes da planta nos materiais genéticos de cafeeiro. Os estudos foram efetuados em um experimento de enxertia instalado em Garça (SP), em 1986, com delineamento de blocos ao acaso, com dez tratamentos e cinco repetições, sendo o espaçamento de 3,5 x 2,0 m e, as parcelas, de quatro covas, cada uma com duas plantas. Como porta-enxerto, utilizaram-se duas progênies de C. canephora - Apoatã IAC 2258 e IAC 2286 - e uma de C. congensis - IAC Bangelan coleção 5. Como enxerto, empregaram-se dois cultivares de C. arabica: Catuaí Vermelho IAC H 2077-2-5-81 e Mundo Novo IAC 515-20. Também se efetuaram auto enxertias no Catuaí e no Mundo Novo, considerando-se, como testemunha, as plantas não enxertadas desses cultivares. Para o estudo anatômico, foram obtidas amostras aleatórias, em abril de 2000 (período de estresse hídrico), de cinco plantas de cada tratamento, sendo uma planta representativa de cada parcela. De cada planta, foram retirados ramos aparentemente sadios e ramos com sintomas de infecção. De cada um dos ramos foram utilizados cinco segmentos de 0,5 cm de comprimento de caule, raiz e do pecíolo e de 0,25 cm 2 do limbo de folhas adultas de cada planta amostrada. Estes tecidos foram fixados em solução alcoólica etílica (50%) de formaldeído-ácido acético, incluídos em parafina e cortados em micrótomo rotativo manual e em criostato na espessura de 12 mm e corados com safranina-alcian blue. A obstrução dos vasos do xilema foi estimada nos diferentes tecidos, totalizando 150 observações por amostra. A fim de se estabelecerem cinco classes de infecção, foram obtidos os quartis a partir da amostra de um experimento idêntico instalado em Mococa, em adição ao de Garça, após a retirada das estimativas iguais à zero da amostra. As classes de infecção estimadas foram: 1- sem infecção; 2- pouco infectado; 3- regularmente infectado; 4- muito infectado e 5- extremamente infectado. A primeira classe correspondeu às amostras com ausência de vasos obstruídos e as classes de 2 a 5, corresponderam, respectivamente, do primeiro ao quarto quartis. Uma vez estabelecidos os quartis, todas as observações foram arranjadas nas classes de modo a visualizar-se a distribuição de freqüência da obstrução dos vasos do xilema relacionada às classes de infecção nos diferentes tecidos e materiais genéticos. Os resultados das médias da proporção de obstrução mostraram que o pecíolo e o caule foram os tecidos mais representativos do efeito da bactéria no cafeeiro na região de Garça. Através da distribuição de frequência das obstruções dos vasos observou-se que havia na composição da amostra de cada cultivar, tanto vasos desobstruídos como vasos pouco ou muito obstruídos, isto é, numa dada porção da planta foi observada obstrução zero e logo acima obstrução classe 5. No caule, na maioria dos ramos dos dez materiais genéticos com sintoma, houve predominância das classes 4 e 5; no pecíolo, variou muito entre as classes 1 e 4; no limbo houve predominância das classes 1 a 3. Tanto na raiz como nos ramos sem sintoma da bactéria houve predominância da classe 1.
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    Variação sazonal da severidade da bactéria Xylella fastidiosa em cultivares de cafeeiro na região de Garça-SP
    (2001) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Paradela, Osvaldo; Sugimori, Mauro Hideo; Conagin, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Plantas infectadas pela bactéria Xylella fastidiosa apresentam sintomas morfológicos externos característicos, como ramos com entrenós mais curtos, comprimento dos pecíolos e da área foliar também menores e, em um estágio mais avançado da infecção, ocorre senescência das folhas mais maduras, tornando o ramo desprovido de folhas ou com pequeno número de folhas reduzidas no seu ápice. O sintoma interno dessa doença é uma obstrução dos vasos do xilema por "gomas". O objetivo deste trabalho foi estudar a severidade da bactéria em plantas de Coffea arabica enxertado sobre Coffea canephora e Coffea congensis no município de Garça-SP ao longo de dois períodos do ano. A fim de se estimar a severidade da bactéria, foram dadas notas de 1 a 4 às plantas, descritas a seguir: 1 - 0 a 25% de ramos com sintoma morfológico externo; 2 - 26 a 50% dos ramos com sintomas; 3 - 51 a 75% dos ramos com sintoma; e 4 - 76 a 100% de ramos com sintoma. As notas entre os cultivares e entre os períodos foram avaliadas através do teste de Friedman e verificou-se que no período de março/abril não ocorreram diferenças entre os cultivares, enquanto no período de chuvas as diferenças foram significativas. O Catuaí enxertado sobre ele mesmo e o Mundo Novo não enxertado foram os materiais que apresentaram danos mais severos. Fazendo comparações entre os dois períodos, verificaram-se diferenças significativas apenas para os cultivares Catuaí e Mundo Novo enxertados sobre eles mesmos e para o Mundo Novo não enxertado.
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    Relação entre os sintomas morfológicos externos de cafeeiro infectado pela Xylella fastidiosa e a porcentagem de obstrução dos vasos do xilema
    (2000) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Paradela, Osvaldo; Sugimori, Mauro Hideo; Gallo, Paulo Boller; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Estudaram-se as relações entre os sintomas morfológicos externos apresentados por cafeeiro infectado pela bactéria Xylella fastidiosa, e a porcentagem de obstrução dos vasos do xilema em diferentes partes da planta, visando compreender as causas dos seus distúrbios fisiológicos. Ainda é desconhecido se os sintomas morfológicos e fisiológicos apresentados pelo cafeeiro são devidos ao efeito direto da infecção pela bactéria X. fastidiosa ou se o esgotamento nutricional e outros fatores de estresse predispõem a planta ao agravamento dos sintomas. Tem sido sugerido que a causa principal dessa doença é uma disfunção no sistema condutor de água, que está relacionada com as oclusões dos vasos do xilema por "gomas", porém, existem divergências na literatura se estas oclusões seriam suficientes para causar um estresse hídrico. Analisaram-se amostras dos cultivares comerciais de Coffea arabica L. enxertados sobre C. canephora Pierre ex Froehn e C. congensis Froehn. As amostras foram coletadas em experimento instalado em Mococa-SP, no espaçamento de 3,5 x 2,0 m, com duas plantas por cova. Como porta-enxerto, utilizaram-se duas progênies de C. canephora (Apoatã IAC 2258 e IAC 2286) e uma de C. congensis ( IAC Bangelan coleção 5), tolerantes a nematóides e, como enxerto, dois cultivares de C. arabica (Catuaí vermelho IAC H 2077-2-5-81 e Mundo Novo IAC 515-20). Também efetuaram-se auto-enxertias em Catuaí e Mundo Novo e, como testemunhas, consideraram-se plantas desses cultivares não enxertadas. Foram retiradas amostras de tecidos da raiz, do caule e de folhas de ramos com e sem sintomas da bactéria e estimada a porcentagem de obstrução dos vasos do xilema. Para as plantas amostradas foram dadas notas de 1 a 4 de acordo com o sintoma visual da presença da bactéria nos ramos, sendo 1 para planta aparentemente sadia e 4 para planta muito infectada. Os diferentes materiais genéticos apresentaram diferenças significativas na porcentagem de obstrução dos vasos do xilema entre os ramos com e sem sintomas externos, entre as regiões da planta amostradas e entre as parcelas. O nível de sintoma de dano externo entre os diferentes materiais embora não tenha variado significativamente entre os cultivares apresentou uma tendência de ser mais severo no Catuaí (não enxertado), em Catuaí enxertado sobre ele mesmo e, em Mundo Novo enxertado sobre C. canephora 2286.
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    Sintoma de injúria em plantas de cafeeiros na região de Garça (SP)
    (2000) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Guerreiro, Gustavo; Paradela, Osvaldo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Nos últimos anos tem sido observado em cultura de cafeeiro na região de Garça (SP) sintomas de injúria nas folhas de cafeeiro de causa desconhecida. Surgem nas folhas pequenas manchas amareladas, que com o desenvolvimento do sintoma aumentam a sua área e terminam por apresentar sintomas de "queimadura". O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura dessas folhas visando contribuir para o conhecimento da causa desse sintoma. Analisou-se folhas provenientes de ramos com e sem a presença de sintomas visuais de injúria. Através do estudo da morfologia externa dessas folhas verificou-se na região do sintoma um aprofundamento na epiderme superior ou adaxial e, em manchas maiores, uma alteração na sua coloração seguida de necrose. Internamente à estas manchas, foi verificado destruição dos cloroplastos do mesofilo e alterações celulares tanto no parênquima paliçádico como no esponjoso. A epiderme adaxial apresentava um achatamento na sua superfície e também depósito de substâncias de aspecto grumoso em seu interior. A causa deste sintoma ainda não foi esclarecida e os estudos continuam em andamento devido a importância do fenômeno e de que uma área fotossintética razoável foi destruída.