SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Crescimento, condutividade hidráulica e trocas gasosas foliares: uma caracterização em genótipos do cafeeiro conilon
    (Embrapa Café, 2019-10) Baroni, Danilo Força; Barcelos, Leticia Fernandes Tavares; Barcellos, Larissa Crisóstomo de Souza; Souza, Guilherme Augusto Rodrigues de; Bernado, Wallace de Paula; Shevchuk, Viacheslav; Koppe, Thiago Amisthá; Almeida, Claudio Martins de; Miranda, Rosana Maria dos Santos Nani de; Neves, Diesily de Andrade; Santos, Anne Reis; Silva, Benjamim Valentim da; Abreu, Deivisson Pelegrino de; Ruas, Katherine Fraga; Verdin Filho, Abraão Carlos; Ramalho, José Cochicho; Rodrigues, Weverton Pereira; Campostrini, Eliemar
    A produção de café, como de outras culturas, poderá ser afetada por fortes impactos associados às mudanças climáticas futuras, incluindo o aumento da frequência de eventos ambientais extremos como ondas de calor, inundações e episódios de seca prolongada. As plantas, apresentam mecanismos para, dentro de determinados limites, lidarem com condições ambientais desfavoráveis, como o desenvolvimento de sistemas radiculares vigorosos e profundos para aceder a reservas hídricas do solo em caso de seca. Assim, é importante o desenvolvimento de estudos relacionados ao crescimento e fisiologia da parte aérea e do sistema radicular, bem como a relação entre ambos. Portanto, o objetivo nesse trabalho foi avaliar as características de crescimento da parte aérea e do sistema radicular, a condutividade hidráulica do sistema radicular e as trocas gasosas foliares em diferentes genótipos de Coffea canephora. Foram utilizadas mudas obtidas por meio do enraizamento de estacas, as quais foram transplantadas para tubos de PVC (1,0 m altura; 0,2 m diâmetro) após o desenvolvimento do quarto par de folhas. Implementou-se um delineamento em blocos casualizados com quatro genótipos (A1, 3V, 14 e 19) e seis repetições, uma planta por repetição, totalizando 24 unidades experimentais (plantas). Três meses após o transplantio foram realizadas análises de crescimento (altura de planta, área foliar, número de folhas, diâmetro do caule e taxa de crescimento do sistema radicular) e de trocas gasosas foliares. Foi efetuada também a determinação da condutividade hidráulica do sistema radicular dos genótipos estudados usando uma câmara de pressão. O genótipo 14 apresentou menor eficiência na conversão do CO 2 assimilado em crescimento de parte aérea que o genótipo 3V. Além disso, o genótipo 3V apresentou taxa de crescimento diário em profundidade do sistema radicular superior ao genótipo 14 e condutividade hidráulica do sistema radicular (K R,ASR ) superior ao genótipo 19. Verificou-se que os genótipos com maior condutividade hidráulica do sistema radicular apresentaram maior crescimento da parte aérea.
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    Efeitos da exclusão da radiação ultravioleta nos pigmentos foliares do cafeeiro
    (Embrapa Café, 2019-10) Bernado, Wallace de Paula; Santos, Anne Reis; Rodrigues, Weverton Pereira; Miranda, Rosana Maria dos Santos Nani de; Ruas, Katherine Fraga; Baroni, Danilo Força; Silva, Benjamim Valentim da; Souza, Guilherme Augusto Rodrigues de; Abreu, Deivisson Pelegrino de; Barcellos, Larissa Crisóstomo de Souza; Barcelos, Leticia Fernantes Tavares; Koppe, Thiago Amisthá; Machado-Filho, José Altino; Baitelle, Diego Corona; Verdin Filho, Abrãao Carlos; Bressan-Smith, Ricardo; Ramalho, José Cochicho; Campostrini, Eliemar
    Este trabalho teve como objetivo, verificar os efeitos da exclusão da radiação ultravioleta nos pigmentos foliares do cafeeiro, utilizando as espécies Coffea arabica e Coffea canephora. O experimento foi realizado em Campos dos Goytacazes, na Universidade Estadual do Norte Fluminense. Foram utilizadas 32 plantas, de maneira que 16 (oito de cada espécie) foram mantidas em uma mini casa de vegetação, sob placas de policarbonato que filtram radiação UV e as outras 16, em outra mini casa de vegetação, sob placas de vidro que não filtram a radiação UV. Foi feita a mensuração dos comprimentos de onda alcançado nas mini casas de vegetação. Foram determinados os teores de clorofila a (Chl a), clorofila b (Chl b), clorofilas totais (CT) e carotenoides (Car). A partir dessas variáveis, foi possível obter a relação entre a: Chl a/Chl b. Ainda neste experimento, foi quantificado o teor de antocianinas. A exclusão de irradiação ultravioleta na mini casa de vegetação de policarbonato, foi de  70%. Ambos os genótipos avaliados não mostraram diferenças significativas entre si no conteúdo de clorofila a, porém houve uma tendência de menores valores para C. canephora no ambiente de exclusão do ultravioleta. Os padrões de clorofila b foram semelhantes aos de clorofila a, sem haver diferenças entre os ambientes e genótipos. Entretanto, em ambas as condições, C. arabica apresentou uma tendência de valores superiores em relação ao C. canephora. O teor de clorofila total não apresentou diferenças significativas entre os genótipos, porém foram observados menores valores para o C. canephora no ambiente de exclusão. Não houve diferença entre os genótipos para o teor de carotenoides, mas foi observada uma tendência de valores mais altos para ambos no ambiente com a presença de UV. Em relação ao teor de antocianinas, houve uma tendência de maiores valores para ambos os genótipos na presença de UV. Portanto, nossos resultados mostram que na maioria das variáveis avaliadas em C. arabica e C. canephora, não houve diferenças significativas entre os ambientes, o que demonstra a manutenção da concentração de pigmentos foliares em ambas as condições.
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    Crescimento do cafeeiro conilon em sistema agroflorestal com Cedro Australiano
    (Embrapa Café, 2015) Oliosi, Gleison; Giles, João Antonio Dutra; Partelli, Fábio Luiz; Rodrigues, Joice Paraguassú; Ramalho, José Cochicho
    Em um cenário de busca crescente por sistemas de produções mais sustentáveis, o cultivo de Coffea canephora Pierre ex Froehner cv. Conilon arborizado surge como alternativa promissora para os cafeicultores frente às constantes oscilações do preço de café. Sendo assim, objetivou-se avaliar o crescimento do cafeeiro Conilon arborizado com Toona ciliata MJ Roem. var. australis (FV Muell.) (Cedro Australiano). O experimento foi realizado em São Mateus-ES em área de cafeeiro Conilon arborizado com Cedro Australiano, implantados com espaçamento de 3x1,20m e 15x2m, respectivamente, tendo sido considerados cinco tratamentos, sendo quatro níveis de sombreamento e um local a pleno sol em área adjacente. O experimento foi instalado em junho de 2013, sendo avaliado mensalmente no período de 04/06/2013 à 04/06/2014 o estiolamento, crescimento e número de nós em ramos plagiotrópicos e ortotrópicos no cafeeiro, em 50 ramos plagiotrópicos e 50 ramos ortotrópicos com aproximadamente três nós. O comprimento médio dos internódios foi obtido dividindo-se o comprimento pelo número de nós de cada ramo. O sombreamento proporcionado pelo Cedro Australiano promoveu maior crescimento e estiolamento dos ramos plagiotrópicos e ortotrópicos do cafeeiro. A arborização nas condições estudadas não influenciou o número de nós por ramo.
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    Microclima e produtividade do cafeeiro conilon em sistema agroflorestal com Cedro Australiano
    (Embrapa Café, 2015) Oliosi, Gleison; Giles, João Antonio Dutra; Partelli, Fábio Luiz; Ramalho, José Cochicho
    Embora a problemática da condução da cultura do café a pleno Sol ou com sombreamento seja muito importante, poucos são os estudos com Coffea canephora Pierre ex Froehner cv. Conilon em consórcio com outras árvores. Contudo, esta prática vem sendo utilizado na região norte do Estado do Espírito Santo por alguns agricultores, e tem apresentado potencial. Sendo assim, pretendeu-se avaliar o microclima e a produtividade do cafeeiro Conilon cultivado a pleno Sol e sob sombreamento proporcionado pelo Cedro Australiano (Toona ciliata MJ Roem. var. australis (FV Muell.)). O experimento foi realizado em São Mateus-ES em área de cafeeiro Conilon arborizado com Cedro Australiano, implantados com espaçamento de 3x1,20m e 15x2m, respectivamente, tendo sido considerados cinco tratamentos, sendo quatro níveis de sombreamento e um local a pleno Sol em área adjacente, tendo-se avaliado as variáveis de microclima e a produtividade do cafeeiro. A caracterização climatológica envolveu as variáveis irradiância e temperatura, sendo as medições realizadas de 10 em 10 min, iniciando-se antes do nascer do sol até o por do sol. Para a avaliação da produtividade do cafeeiro foram marcadas previamente 10 plantas por tratamento, realizando a colheita manual destas plantas separadamente. A produção média dos grãos do cafeeiro foi quantificada em litros por planta, e extrapolada para sacas por hectare com a relação de 320 litros igual a uma saca de 60 kg de café beneficiado. No cafeeiro arborizado com Cedro Australiano observou-se a diminuição da irradiância e temperatura, tornando o ambiente mais ameno para o cultivo. A produtividade do cafeeiro arborizado foi semelhante à observada na área a pleno Sol. A arborização do cafeeiro Conilon com Cedro Australiano nas condições estudadas apresentou potencial de consórcio, pois não prejudica a produtividade do cafeeiro e na mesma área permite a produção de madeira.
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    Sequestro de carbono em cultivos de Coffea spp. como estratégia de mitigação de mudanças climáticas
    (Embrapa Café, 2015) Martins, Lima Deleon; Eugenio, Fernando Coelho; Omêna, Moisés Savedra; Rodrigues, Wagner Nunes; Brinate, Sebastião Vinicius Batista; Colodetti, Tafarel Victor; Ferreira, Daniel Soares; Côgo, Adan Dezan; Apostolico, Marcio Antonio; Amaral, José Francisco Teixeira do; Jesus Júnior, Waldir Cintra de; Ramalho, José Cochicho; Santos, Alexandre Rosa dos; Tomaz, Marcelo Antonio
    O objetivo deste trabalho foi estimar o sequestro de carbono em sistemas de produção de café, como estratégia para mitigar as alterações climáticas. Espacializou-se a área plantada com cafeeiros (ha), o estoque de carbono, a pegada de carbono e sequestro de carbono (todos em Mg ha-1 CO2 equivalente) para as quatro regiões de cultivo (Sul, Centro, Noroeste e Norte) no Estado do Espírito Santo, Brasil, entre os anos 2001 a 2012. Os resultados indicam que a região Noroeste possui um elevado potencial de sequestro de carbono, devido principalmente pela larga área plantada com Coffea canephora Pierre ex A. Froehner cv. Conilon. Durante os anos analisados foram sequestrados aproximadamente 9.147.646,22 Mg ha-1 de CO2-eq, sendo em média proximamente 762.303,85 Mg ha-1 de CO2-eq por ano, o que representa uma mitigação de cerca de 0,19% da pegada de carbono emitida pelo Brasil anualmente.
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    AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE GENÓTIPOS DE CAFÉ CONILON CONILON NO ESTADO DE GOIÁS
    (2011) Partelli, Fábio Luiz; Golynski, Adelmo; Mauri, Aldo Luiz; Ramalho, José Cochicho; Martins, Moisés Humberto; Melo, Breno Junqueira; Castro, Yuri de Oliveira; Oliveira, Raísa Turcato de; Embrapa - Café
    O Estado de Goiás produz aproximadamente 330 mil sacas de café do tipo arábica, e apresenta potencial para novas áreas de cultivo com irrigação, para o cafeeiro arábica (C. arabica) e possivelmente para o cafeeiro Conilon (C. canephora). O objetivo deste trabalho foi caracterizar o crescimento vegetativo nos primeiros meses após o plantio de 26 genótipos de C. Canephora, com irrigação, em área de 750 m de altitude, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Morrinhos, localizado no município de Morrinhos, GO. Dos genótiposanalisados, 25 foram propagados por estacas e um por semente. Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso, com 4 repetições por tratamento, com cada unidade experimental constituída de 5 plantas. As plantas foram cultivadas num espaçamento de 3 metros de linha por 1 metro entre plantas, sendo o plantio realizado em novembro de 2010. Aos 112 dias após o plantio foram medidos o somatório do comprimento dos ramos plagiotrópicos, altura das plantas, diâmetro do caule, somatório do número de nós e número de ramos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (P<0.05), após as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. As mudas propagadas por semente apresentaram menor desenvolvimento inicial quando comparado com qualquer dos genótipos propagados vegetativamente. Dentre os clones propagados vegetativamente, destacam-se, até os 112 dias os genótipos V8 (Vitória - Incaper 8142) e o genótipo “20” (não registrado). Avaliações futuras, dentre elas a produtividade irão definir a viabilidade do Conilon em 750 metros no Cerrado e, quais genótipos mais adequadas.
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    SISTEMA ANTIOXIDATIVO DE COFFEA sp. NA CAPACIDADE DE ACLIMATAÇÃO A ESTRESSE SIMULTÂNEO DE FRIO E SECA
    (2011) Fortunato, Ana Sofia; Goulao, Luis Felipe; Rodrigues, Ana Dias; Jackson, Phil; Partelli, Fábio Luiz; Ribeiro, Ana Isabel; Ramalho, José Cochicho; Embrapa - Café
    O estresse oxidativo é um problema de ocorrência comum nas plantas quando sujeitas a condições ambientais adversas. A produção de espécies reativas de oxigênio aumenta ao nível dos fotossistemas quando a absorção de energia luminosa excede o seu uso através da fotossíntese, quer devido a elevados valores de irradiância, quer devido a danos diretos ou indiretos ao nível do aparelho fotossintético. Desta forma, a existência e o reforço de mecanismos antioxidativos em condições do estresse ambiental são determinantes para a aquisição de mecanismos de tolerância que permitam a sobrevivência das plantas e persistência nos seus habitats. O café é normalmente cultivado em áreas tropicais e sub-tropicais onde episódios de ocorrência simultânea de seca e frio são frequentes, tendo enorme impacto negativo ao nível da produção. Apesar da conhecida sensibilidade do gênero Coffea ao estresse, alguma capacidade de tolerância foi já demonstrada, nomeadamente no genótipo ‘Icatu’. Com base nos resultados apresentados, esta capacidade de aclimatação poderá estar relacionada com a ocorrência de uma transcrição e atividades enzimáticas constitutivamentamente mais elevadas das enzimas responsáveis pelos mecanismos de proteção antioxidante, juntamente com o aumento da expressão e atividade em condições de estresse, em condições em que o sistema antioxidativo é insuficiente. Estes resultados promissores podem contribuir para o desenvolvimento de ferramentas de seleção de germoplasma a serem exploradas em programas de melhoramento para tolerância a estresses abióticos.
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    AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES NAS CLASSES LIPÍDICAS DAS MEMBRANAS DOS CLOROPLASTOS NA RESPOSTA AO FRIO DE COFFEA spp.
    (2011) Partelli, Fábio Luiz.; Santos, Paula Batista; Campos, Paula Scotti; Pais, Isabel P.; Quartin, Virginia L.; Vieira, Henrique Duarte; Ramalho, José Cochicho; Embrapa - Café
    As baixas temperaturas positivas afetam diversos componentes fisiológicos e bioquímicos, nomeadamente os lípidos membranares. O presente trabalho carateriza a composição em ácidos graxos totais e das classes lipídicas de 2 genótipos pertencentes às 2 mais importantes espécies comerciais, Coffea arabica cv. Catuaí e Coffea canephora cv. Conilon clone 02 da variedade "Vitória", em condições ambientais adequadas e após alguns ajustes promovidos durante a exposição a uma descida gradual de temperatura, exposição a 4 oC e no período de recuperação seguinte. Em temperatura adequada (25/20 oC, dia/noite) a composição lipídica das membranas dos cloroplastos não mostra diferenças marcadas no que diz respeito ao teor de ácidos graxos totais (AGT) e das principais classes lipídicas (tanto em teor como em peso relativo). As classes de galactolípidos monogalactosildiacilglicerol (MGDG) e digalactosildiacilglicerol (DGDG) predominam sobre as dos fosfolípidos, representando em conjunto (MGDG + DGDG) 77% (Catuaí) e 85% (clone 02), com DGDG sobrepondo-se a MGDG. Contudo, em condições de baixas temperaturas e subsequente recuperação os genótipos apresentam diferentes comportamentos. Catuaí mostra uma significativa capacidade para promover a síntese de novo de AGT enquanto o clone 02 não. Tal permitiu ao primeiro alterações qualitativas nas classes lipídicas. De fato, Catuaí apresenta aumentos de teor e pesos relativos de MGDG e, principalmente, dos fosfolípidos (em particular de fosfatidilglicerol, PG), o que terá uma contribuição positiva para a menor sensibilidade ao frio deste genótipo, quando comparado com o clone 02. Esta análise de alguns componentes lipídicos das membranas dos cloroplastos pode assim ser usada como uma ferramenta de auxílio à caracterização da tolerância ao frio de plantas de café.
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    ALTERAÇÕES DA COMPOSIÇÃO DE AÇÚCARES EM GENÓTIPOS DE CAFEEIRO (Coffea sp.) SUBMETIDOS A BAIXAS TEMPERATURAS POSITIVAS
    (2009) Partelli, Fábio Luiz; Pais, Isabel; Vieira, Henrique Duarte; Viana, Alexandre Pio; Ramalho, José Cochicho; Embrapa - Café
    Temperaturas baixas positivas afetam diversos componentes fisiológicos e bioquímicos da planta. Contudo, as espécies vegetais apresentam mecanismos de aclimatação que conferem maior tolerância ao estresse e uma melhor capacidade de recuperação. O objetivo deste trabalho foi a caracterização das alterações na composição de açúcares em genótipos de Coffea canephora e C. arabica, submetidos a baixas temperaturas positivas, pemitindo elucidar os mecanismos envolvidos na tolerância/sensibilidade à baixa temperatura. Plantas com cerca de 1 ano foram colocadas em câmaras de crescimento, onde permaneceram em condições controle a 25/20oC (dia/noite), irradiância 700-900 μmol m-2 s-1, 380 μL CO 2 L-1, 70% de umidade relativa e fotoperíodo de 12h durante cerca de 10 dias. As plantas foram depois submetidas sucessivamente a um decréscimo gradual da temperatura (0,5oC diários), desde 25/20oC até 13/8oC, 3 dias a 13/4oC e 14 dias de recuperação. Durante o experimento foram avaliados, ao nível foliar, a concentração de açúcares solúveis. Os genótipos estudados apresentam sensibilidade a baixas temperaturas, mas com tolerância e capacidade de recuperação diferente, o que, conjugado com a análise a outros parâmetros, pode contribuir para uma correta escolha de cultivares e para o melhoramento do gênero Coffea no que diz respeito à tolerância a baixas temperaturas. O Catucaí IPR 102 apresentou os maiores valores absolutos dos açúcares solúveis relacionados com osmoregulação e estabilização de membranas após os 3 ciclos de 13/4oC. A manutenção de maior grau de funcionalidade no Catucaí poderá assim estar ligada à subida e/ou maiores teores de alguns açúcares durante a imposição de baixas temperaturas, nomeadamente, sacarose, rafinose, frutose e manitol.