SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Avaliação dos componentes de produção de cafeeiros sombreados em diferentes épocas
    (2005) Morais, Heverly; Caramori, Paulo Henrique; Koguishi, Mirian Sei; Ribeiro, Ana Maria de Arruda; Embrapa - Café
    A arborização de cafeeiros é uma técnica bem sucedida, que vem sendo utilizada para amenizar condições climáticas extremas. Nas regiões sujeitas às geadas, o período de maior probabilidade de ocorrência coincide com a fase de indução e diferenciação floral. Assim, ao mesmo tempo em que é necessária a proteção com árvores, também é fundamental um nível adequado de radiação para não comprometer a produção. Neste trabalho estuda-se o efeito de diferentes épocas de sombreamento sobre o desenvolvimento reprodutivo de Coffea arabica da variedade IAPAR 59, em Londrina, PR, a fim de verificar as épocas mais críticas em que o sombreamento exerce maior interferência na produção. Os dados preliminares mostram uma correlação positiva entre a produção de frutos ainda na planta e o sombreamento com malhas de sombreamento do tipo "sombrite" com 50% de porosidade. Constataram-se maior número de frutos abortados a pleno sol e maior desenvolvimento dos frutos localizados na face norte. Durante o período experimental não houve geadas ou temperaturas baixas significativas que comprometessem a produção.
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    Influência da consorciação com banana nas duas primeiras produções de café no norte do Paraná
    (2005) Caramori, Paulo Henrique; Koguishi, Mirian Sei; Morais, Heverly; Yada, Inês Fumiko Ubukata; Ribeiro, Ana Maria de Arruda; Embrapa - Café
    A cafeicultura do Paraná localiza-se em uma região de transição climática. O vale do rio Paranapanema caracteriza-se pelo baixo risco de geadas, com temperaturas elevadas durante o verão. Tais condições são propícias ao cultivo da banana, mas temperaturas elevadas podem ser prejudiciais aos cafeeiros. O consórcio das duas espécies pode trazer benefícios mútuos, aumentando a produtividade do sistema e a renda do produtor. Assim, realizou-se um experimento para avaliar o efeito nas duas primeiras produções de café consorciado com banana da variedade Nanicão em várias densidades, no período de 1997 a 2001. Avaliaram-se as produções de café nos anos agrícolas de 1999/2000 e 2000/2001. Os resultados mostraram que houve maior competição nas parcelas plantadas com bananeiras no espaçamento de 4,0 x 7,5 m. A competição foi mais acentuada até a distancia de aproximadamente 2 metros das bananeiras. O elevado vigor vegetativo observado nos cafeeiros consorciados com banana sugere que esta técnica tem grande potencial de sucesso em regiões de temperaturas elevadas durante a fase produtiva e em lavouras com uso reduzido de insumos químicos.
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    Avaliação do desenvolvimento reprodutivo de cafeeiros sombreados em diferentes épocas
    (2005) Morais, Heverly; Caramori, Paulo Henrique; Koguishi, Mirian Sei; Ribeiro, Ana Maria de Arruda; Embrapa - Café
    O desenvolvimento reprodutivo de cafeeiros da espécie Coffea arábica, cultivar IAPAR 59, sombreados em diferentes épocas com malhas de sombreamento do tipo "sombrite" com 50% de porosidade vem sendo avaliado na área experimental do IAPAR em Londrina, PR. Propõe-se neste trabalho uma escala detalhada da fase reprodutiva do cafeeiro, bem como análise da interferência do sombreamento nas fases fenológicas do cafeeiro. O desenvolvimento reprodutivo do cafeeiro foi dividido em três grandes fases: Indução da gema floral (G), Floração (F) e Frutificação (C). As fases G e C foram subdivididas, tendo como parâmetro tamanho das gemas e dos frutos, variando de G1 até G6 e C1 até o C6. O trabalho terá continuidade até a maturação dos frutos. O nível de sombreamento utilizado neste trabalho não influenciou o desenvolvimento das gemas florais (Fase G).
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    Avaliação da anatomia foliar de cafeeiro sombreado com guandu e cultivado a pleno sol
    (2003) Morais, Heverly; Medri, Moacyr Eurípedes; Caramori, Paulo Henrique; Ribeiro, Ana Maria de Arruda; Marur, Celso Jamil; Gomes, José Carlos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A adaptação de plantas de uma mesma espécie a diferentes habitats constitui a base da diferenciação entre folhas de sol e folhas de sombra e está associada a modificações nas características anatômicas. Para verificar e caracterizar tais mudanças foi conduzido um estudo em cafeeiros sombreados com guandu comum (Cajanus cajan) linhagem IAPAR PPP-832, utilizando-se como referência cafeeiros cultivados a pleno sol. Os cafeeiros da cultivar IPR 99 foram plantados em 10/12/1998 no espaçamento 2,5 x 0,70 m e foram recepados após a geada de julho de 2000. O guandu foi semeado nas entrelinhas dos cafeeiros na densidade de 3 plantas/m linear em dezembro de 2000, atingindo em maio de 2001 seu crescimento vegetativo máximo (4 m de altura) e cobrindo totalmente os cafeeiros. A interceptação da radiação solar global pelo guandu manteve-se entre 80 e 90% de maio a julho e caiu para 65% no final de agosto, devido à senescência das plantas. No dia 4 de setembro foram coletadas dez folhas de plantas diferentes de cada tratamento (cafeeiros sombreados e cafeeiros a pleno sol) escolhidas ao acaso, do 2º par de folhas do ramo plagiotrópico a contar do ápice, pertencentes ao terço superior das plantas e voltadas para a face norte. De cada folha foram extraídos pedaços de 0,5 cm 2 da região mediana, os quais foram submetidos à preparação de lâminas pelo Método de Parafina. Em seguida os cortes foram emblocados em parafina e foram retiradas secções transversais de 10 mm de espessura, com micrótomo rotativo manual. Estas secções passaram por etapas de colagem em lâminas com adesivo Haupt, distensões em placa aquecida, coloração pela combinação azul de astra e fucsina básica, e finalmente foram fixadas em bálsamo-do-Canadá. Para análise dos cortes transversais foram efetuadas cinco medições de cada indivíduo, utilizando-se ocular micrométrica. As estruturas avaliadas foram: espessura da parede celular e cutícula, espessura das epidermes abaxial e adaxial, espessura do parênquima paliçádico e lacunoso e espessura da folha. Os percentuais de espaços intercelulares foram obtidos pelo método gravimétrico], sem o uso da ocular micrométrica. O número de estômatos foi avaliado por meio de lâminas preparadas a partir da impressão de nitrocelulose (esmalte incolor) na epiderme abaxial das folhas, retirando-se películas no terço mediano. A contagem de estômatos foi feita em 5 campos de cada folha. Para caracterizar o comprimento dos estômatos foram avaliadas 5 folhas de plantas distintas de cada tratamento, das quais foram extraídos pedaços de 0,5 cm 2 da região mediana, que passaram pelo processo de dissociação da epiderme por meio da Mistura de Jeffrey (ácido crômico e ácido nítrico a 10%); as epidermes (abaxial e adaxial) foram submetidas à coloração pela combinação azul de astra e fucsina básica e finalmente foram fixadas em lâminas. Foi medido o comprimento de 10 estômatos em cinco campos diferentes, utilizando um microscópio de câmara clara com ocular micrométrica. Os dados foram submetidos à comparação de médias pelo teste estatístico "t" de Student. Para todas as variáveis avaliadas observaram-se diferenças anatômicas entre folhas expostas ao sol e à sombra. As folhas expostas ao sol apresentaram cutículas e paredes celulares mais espessas, células da epiderme mais estreitas, parênquima paliçádico com células mais alongadas, parênquima lacunoso espesso e com poucos espaços intercelulares e maior número de estômatos. Folhas sob condições de denso sombreamento apresentaram menor espessura das células da cutícula e parede celular; mesofilos com menores volumes, porém com maiores espaços intercelulares; epidermes com células mais espessas e estômatos em menor quantidade, envoltos por células subsidiárias de menores dimensões. Os resultados obtidos evidenciaram que a espécie Coffea arabica caracteriza-se por apresentar grande amplitude de adaptação fenotípica à mudança na intensidade de radiação solar. Características observadas no aparato estomático e mesofilo atribuem às plantas cultivadas a pleno sol maior atividade fotossintética, que por sua vez pode implicar em ganhos produtivos.