SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Estratégias de pesquisa e desenvolvimento para aumento da competitividade da cafeicultura paulista
    (2003) Bliska, Flávia Maria de Mello; Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Thomaziello, Roberto Antonio; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Gonçalves, Wallace; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A redução na representatividade da cafeicultura paulista no cenário agrícola nacional, em relação a outras regiões brasileiras produtoras de café, tem gerado grande apreensão, tanto entre os agentes que compõem os diferentes segmentos dessa cadeia produtiva, como entre os agentes dos ambientes organizacional e institucional que oferecem suporte à cadeia do café, principalmente pesquisadores, extensionistas rurais e autoridades responsáveis pela formulação e implementação de políticas públicas no Estado de São Paulo. Este estudo teve por objetivo direcionar as atividades do setor de pesquisa e desenvolvimento - P&D - da cafeicultura paulista, para estudos que possam subsidiar decisões dos formuladores de políticas públicas e dos componentes dos diferentes segmentos da cadeia produtiva do café no Estado de São Paulo, buscando o aumento da participa-ção dessa cadeia produtiva no agronegócio brasileiro. Procurou-se localizar regionalmente o esforço de P&D da cafeicultura paulista, no contexto de alavancagem de vantagens de origem, e elaborar propostas de áreas estratégicas a serem enfocadas nos próximos anos por esse setor, que permitam aprimorar as vantagens competitivas tecnológicas e não-tecnológicas da cadeia produtiva do café no Estado de São Paulo. Realizou-se uma análise diagnóstica, de acordo com a metodologia proposta por CASTRO et al. (1995 e 1998). A coleta de informações baseou-se no levantamento de dados secundários e na realização de entrevistas com pessoas chave da cadeia produtiva, tais como dirigentes de agroindústrias, técnicos e produtores rurais e consumido-res, de acordo com o Método Rápido (Rapid Rural Appraisal - RRA, TOWNSLEY, 1996). Foram identificados os fatores críticos ao desempenho da cadeia produtiva, ou seja, as variáveis que podem afetar positiva ou negativamente seu desempenho, resultando em impactos que podem limitar as vantagens comparativas de atuação da cadeia produtiva em análise. A seguir foram identificadas e classificadas as demandas por conhe-cimentos e tecnologias capazes de reduzirem o impacto provocado pelas respectivas limitações: D1 - demandas cujas soluções encontram-se disponíveis nas Instituições de Pesquisa; D2 - demandas não-disponíveis, exigindo atividades de geração de tecnologia; D3 - demandas de soluções dificultadas por problemas conjunturais ou estruturais, que fogem à ação direta das Instituições de Pesquisa. A análise dos resultados mostrou que as soluções para parte significativa das demandas da cafeicultura paulistas encontram-se disponíveis nos Institu-tos de P&D relacionados a essa cadeia produtiva, enquanto as soluções para outra parte dos fatores limitantes à competitividade da cafeicultura fogem à ação direta das Instituições. Embora muitas demandas da cadeia do café em São Paulo ainda não tenham soluções disponíveis, cabendo ao segmento de P&D a busca das soluções e ao governo e ao setor privado o seu financiamento, grande parte das demandas poderá ser atendida via difusão de tecnologia, especialmente por meio da assistência técnica e da extensão rural, na busca de maiores produtividade e qualidade, via investimentos em infra-estrutura, especialmente apoio logístico, e via reavaliação dos sistemas tributário e de financiamento à cultura. As estratégias não tecnológicas deverão beneficiar todas as regiões produtoras paulistas, enquanto as estratégias tecnológicas deverão trazer benefícios específicos a cada uma das regiões produtoras do Estado.
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    Atividade de polifenoloxidase como índice de qualidade de bebida de café arábica
    (2003) Jacintho, Maria Ivone Martins; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Guerreiro, Oliveiro; Bragagnolo, Neura; Zullo, Marco Antônio Teixeira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A atividade de polifenoloxidase (PPO; EC 1.10.3.2) é responsável pelo escurecimento de uma grande variedade de frutas e vegetais. Ainda não se sabe exatamente qual é a função desta enzima na planta, mas em café alguns resultados têm sugerido que a sua atividade esteja relacionada à qualidade da bebida. Segundo esta hipótese, quando a semente é injuriada, ocorre inibição da atividade enzimática por o-quinonas, formadas como conseqüência da sua ação sobre fenóis da própria semente. Desta forma, a menor atividade de polifenoloxidase estaria relacionada à menor concentração de fenóis e a cafés de pior bebida. Alguns trabalhos têm confirmado essa hipótese, e uma tentativa de classificar bebidas com base na atividade da enzima foi sugerida. Neste trabalho, procurou-se verificar a relação entre a atividade de polifenoloxidase e a qualidade das bebidas de cafés despolpados, cerejas descascados e naturais das cultivares Catuaí Vermelho IAC 81, Mundo Novo e Ouro Verde. As sementes foram colhidas e processadas no Instituto Agronômico de Campinas e a atividade enzimática foi determinada por método espectrofotométrico, usando 4-metil catecol como substrato. Uma unidade de atividade foi definida como a que causa um acréscimo de 1 unidade de absorbância por minuto quando a reação se processa a 35°C. A classificação da bebida foi feita por 5 provadores profissionais. Os resultados mostraram que os cafés naturais Mundo Novo e Catuaí Vermelho IAC 81 forneceram bebidas Apenas Mole com atividades enzimáticas estatisticamente iguais e com valores de 25,5 e 32,3 U/g, respectivamente. A semente natural da cultivar Ouro Verde, com 36,0 U/g, forneceu bebida Mole, embora estatisticamente essa atividade não tenha sido diferente da apresentada pelo café natural de Catuaí Vermelho IAC 81. Os cafés despolpados das 3 cultivares forneceram cafés classificados como Mole, com atividades de polifenoloxidase estatisticamente diferentes e valores iguais a 32,0 para o Catuaí Vermelho IAC 81, 22,0 para o Mundo Novo e 50,4 U/g para o Ouro Verde.