SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Unidade amostral para avaliação por Vespidae em folhas do terço apical do cafeeiro
    (2003) Fernandes, Flávio Lemes; Oliveira, Ivênio Rubens de; Picanço, Marcelo Coutinho; Pereira, Jardel Lopes; Silva, Ézio Marques da; Moreno, Shaiene Costa; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave do café. As larvas se alimentam do parênquima foliar formando minas, causando sérios prejuízos à cafeeicultura. Nos programas de manejo integrado é necessário a determinação da unidade mais adequada à amostragem dos inimigos naturais - chave. Entre os principais inimigos naturais desta praga estão os Hymenoptera: Vespidae. Assim esse trabalho objetivou determinar a unidade amostral para Vespidae predadores do bicho mineiro do cafeeiro, L. coffeella. Esse trabalho foi realizado em lavouras na região de Viçosa, MG. Foram realizadas análise de correlação de Pearson a p<0,05 entre as densidades absolutas e densidades relativas. Foram calculadas as densidades absolutas de vespidae nas plantas e as densidades relativas nos terços do dossel (apical, mediano e basal), tipos de ramos (primário e secundário), face de exposição do sol (poente e nascente) e posição do par de folha no ramo (1º ao 8º nó). As correlações (r) entre as densidades de L. coffeella no terço apical do dossel em termos de minas predadas/folha com estas densidades nas faces direita e esquerda da planta foram r = 0,75, t = 6,39 e p < 0,001 e r = 0,78, t = 6,83 e p < 0,001, respectivamente . Os coeficientes angulares (b) com os intervalos de confiança das curvas de densidades de L. coffeella nas faces direita e esquerda em função das densidades no terço apical do dossel em termos de minas predadas/folha foram 0,81 (0,68 - 0,93), 1,06 (0,91 - 1,22), respectivamente . Considerando ramos primários e secundários foram r = 0,97, t = 21,16 e p < 0,001 e r = -0,98, t = -5,63 e p = 0,0560, respectivamente. Considerando os nós 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 independente do tipo de ramo foram r = 0,02, t = 0,11 e p =0,4564, r = -0,17, t = 1,00 e p = 0,1615, r = 0,39, t = 2,37 e p =0,0120, r = 0,39, t = 2,40 e p =0,0113, r = 0,68, t = 5,19 e p =0,00005, r = 0,62, t = 4,45 e p =0,00005, r = 0,47, t = 2,95 e p =0,0030, r = 0,40, t = 2,40 e p =0,0115, respectivamente. Os coeficientes angulares (b) com os intervalos de confiança das curvas de densidades de L. coffeella nas folhas inseridas independente do tipo de ramo em função das densidades em termos de minas predadas/folha foram 1,50 (0,87 - 2,13), 2,62 (2,11 - 3,13), 2,68 (2,08 - 3,28), respectivamente. Folhas localizadas em qualquer das duas faces, no ramo primário e nos nós 4, 5 e 6 do terço apical do dossel representaram adequadamente a variabilidade do ataque de L. coffeella em termos de minas predadas/folha, constituindo pois a melhor unidade amostral.
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    Tabela de vida para o bicho mineiro do cafeeiro
    (2003) Silva, Ézio Marques da; Pereira, Eliseu Jose Guedes; Picanço, Marcelo Coutinho; Lucia, Terezinha Maria Castro Della; Bacci, Leandro; Antônio, Adilson de Castro; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave da cafeicultura devido a sua ocorrência generalizada nos cafezais e aos grandes prejuízos causados. As larvas do bicho mineiro se alimentam do parênquima foliar formando minas, o que causa redução da área fotossintetizante e senescência precoce das folhas atacadas. Isso provoca perdas na produtividade, no rendi-mento do café produzido e na longevidade do cafeeiro. As perdas se situam na faixa de 30%, embora possam atingir até 80%. Dentro da filosofia do Manejo Integrado de Pragas, há a necessidade de se conhecer quais os fatores que interferem na intensidade de ataque das pragas às culturas. Entre esses fatores, os mais importan-tes são o controle biológico natural, os fatores climáticos e as características da planta hospedeira. Entre os principais instrumentos de pesquisa utilizados nos estudos de fatores determinantes da intensidade de ataque das pragas estão as tabelas de vida ecológicas. Elas permitem o estudo qualitativo e quantitativo das causas determinantes da dinâmica populacional dos insetos, possibilitando a identificação de fatores chave e a fase crítica de mortalidade da praga em questão. Devido à escassez de conhecimentos sobre os fatores determinantes do ataque do bicho mineiro, este trabalho teve como objetivo estudar os fatores de mortalidade natural de L. coffeella nos terços apical, mediano e basal do dossel do cafeeiro, usando-se tabelas de vidas ecológicas. Esta pesquisa foi realizada em lavoura de café Catuaí em fase de produção no Campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG. Foram estudados os fatores de mortalidade natural do bicho mineiro L. coffeella em folhas pertencentes aos terços apical, mediano e basal do dossel. Nesse cafezal foram realizadas operações normais de cultivo, não sendo utilizado nenhum controle artificial. Na avaliação da mortalidade nas fases de ovo, larva e pupa foram utilizados três talhões do cafezal, onde foram marcados 1050 ovos, minas e pupas de até um dia de idade nos terços apical, mediano ou basal do dossel, sendo 350 em cada um destes terços. Nessas fases foram monitoradas, ao longo dos dias, as causas de mortalidade ocorridas. A partir dos dados experimentais foram estimadas as mortalidades de L. coffeella. Desses fatores em estudo foram elaboradas tabelas de vida para tais fatores e determinados a fase crítica e os fatores chave de mortalidade em função do fator. De cada 1000 indivíduos que iniciaram a fase de ovo 614,79 atingiram a fase larval. Dos 385,21 indivíduos que morreram nessa fase 199,35 foram mortos devido à ação de chuvas, 163,02 por inviabilidade dos ovos e 22,84 predados por artrópodes. Dos 614,79 indivíduos de L. coffeella que iniciaram a fase larval, 176,22 atingiram a fase pupal. Das 438,57 larvas que morreram nessa fase, 194,33 foram mortas pela ação de chuvas, 112,56 por predação por Hymenoptera: Vespidae, 62,29 por muda incompleta, 48,98 por parasitóides, 16,04 por doenças fúngicas, 2,56 por doenças viróticas e 1,83 por doenças bacterianas. Das 176,22 pupas de L. coffeella que iniciaram esta fase, 50,16 atingiram a fase adulta. Dos 126,06 indivíduos que morreram nessa fase 99,83 foram mortas por má formação durante a metamorfose e 26,24 por parasitóides. Portanto, a fase crítica de mortalidade de L. coffeella foi a fase de ovo seguida da larval. O fator mais importante de mortalidade na fase ovo foi a inviabilidade de ovos seguido da ação de chuvas. Já na fase larval foi o impacto das chuvas sobre larvas e o parasitóide. Como a fase de ovo seguida pela larval é a crítica de mortalidade para o bicho mineiro então os fatores chave de mortalidade foram a inviabilidade de ovos e o impacto das chuvas em ovos e larvas e, o parasitismo de larvas por Hymenoptera. e demais parasitóides. Assim, deve-se esperar que em estações e/ou regiões com maior pluviosidade ocorra menores surtos de ataque desta praga do que em locais e/ou períodos secos. É importante salientar que como a chuva é um fator não dependente da densidade do inseto ela tem efeito semelhante de controle tanto em densidades baixas ou altas do bicho mineiro. Distúrbios fisiológicos como inviabilidade de ovos, muda incompleta de larvas e má formação de pupas foram fatores - chave de mortalidade de L. coffeella. O bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave da cafeicultura devido a sua ocorrência generalizada nos cafezais e aos grandes prejuízos causados. As larvas do bicho mineiro se alimentam do parênquima foliar formando minas, o que causa redução da área fotossintetizante e senescência precoce das folhas atacadas. Isso provoca perdas na produtividade, no rendi-mento do café produzido e na longevidade do cafeeiro. As perdas se situam na faixa de 30%, embora possam atingir até 80%. Dentro da filosofia do Manejo Integrado de Pragas, há a necessidade de se conhecer quais os fatores que interferem na intensidade de ataque das pragas às culturas. Entre esses fatores, os mais importan-tes são o controle biológico natural, os fatores climáticos e as características da planta hospedeira. Entre os principais instrumentos de pesquisa utilizados nos estudos de fatores determinantes da intensidade de ataque das pragas estão as tabelas de vida ecológicas. Elas permitem o estudo qualitativo e quantitativo das causas determinantes da dinâmica populacional dos insetos, possibilitando a identificação de fatores chave e a fase crítica de mortalidade da praga em questão. Devido à escassez de conhecimentos sobre os fatores determinantes do ataque do bicho mineiro, este trabalho teve como objetivo estudar os fatores de mortalidade natural de L. coffeella nos terços apical, mediano e basal do dossel do cafeeiro, usando-se tabelas de vidas ecológicas. Esta pesquisa foi realizada em lavoura de café Catuaí em fase de produção no Campus da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG. Foram estudados os fatores de mortalidade natural do bicho mineiro L. coffeella em folhas pertencentes aos terços apical, mediano e basal do dossel. Nesse cafezal foram realizadas operações normais de cultivo, não sendo utilizado nenhum controle artificial. Na avaliação da mortalidade nas fases de ovo, larva e pupa foram utilizados três talhões do cafezal, onde foram marcados 1050 ovos, minas e pupas de até um dia de idade nos terços apical, mediano ou basal do dossel, sendo 350 em cada um destes terços. Nessas fases foram monitoradas, ao longo dos dias, as causas de mortalidade ocorridas. A partir dos dados experimentais foram estimadas as mortalidades de L. coffeella. Desses fatores em estudo foram elaboradas tabelas de vida para tais fatores e determinados a fase crítica e os fatores chave de mortalidade em função do fator. De cada 1000 indivíduos que iniciaram a fase de ovo 614,79 atingiram a fase larval. Dos 385,21 indivíduos que morreram nessa fase 199,35 foram mortos devido à ação de chuvas, 163,02 por inviabilidade dos ovos e 22,84 predados por artrópodes. Dos 614,79 indivíduos de L. coffeella que iniciaram a fase larval, 176,22 atingiram a fase pupal. Das 438,57 larvas que morreram nessa fase, 194,33 foram mortas pela ação de chuvas, 112,56 por predação por Hymenoptera: Vespidae, 62,29 por muda incompleta, 48,98 por parasitóides, 16,04 por doenças fúngicas, 2,56 por doenças viróticas e 1,83 por doenças bacterianas. Das 176,22 pupas de L. coffeella que iniciaram esta fase, 50,16 atingiram a fase adulta. Dos 126,06 indivíduos que morreram nessa fase 99,83 foram mortas por má formação durante a metamorfose e 26,24 por parasitóides. Portanto, a fase crítica de mortalidade de L. coffeella foi a fase de ovo seguida da larval. O fator mais importante de mortalidade na fase ovo foi a inviabilidade de ovos seguido da ação de chuvas. Já na fase larval foi o impacto das chuvas sobre larvas e o parasitóide. Como a fase de ovo seguida pela larval é a crítica de mortalidade para o bicho mineiro então os fatores chave de mortalidade foram a inviabilidade de ovos e o impacto das chuvas em ovos e larvas e, o parasitismo de larvas por Hymenoptera. e demais parasitóides. Assim, deve-se esperar que em estações e/ou regiões com maior pluviosidade ocorra menores surtos de ataque desta praga do que em locais e/ou períodos secos. É importante salientar que como a chuva é um fator não dependente da densidade do inseto ela tem efeito semelhante de controle tanto em densidades baixas ou altas do bicho mineiro. Distúrbios fisiológicos como inviabilidade de ovos, muda incompleta de larvas e má formação de pupas foram fatores - chave de mortalidade de L. coffeella.
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    Relações entre as densidades de parasitismo e do bicho mineiro no cafeeiro
    (2003) Silva, Flávio Marquini da; Picanço, Marcelo Coutinho; Demuner, Antônio Jacinto; Silva, Ézio Marques da; Moreno, Shaiene Costa; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Dentre os fatores que influem a produtividade do cafeeiro está o ataque de insetos-praga as quais casam (causam) elevados danos à cultura. Assim, é de grande importância estudo dos fatores determinantes da intensidade de ataque das pragas para o planejamento de estratégias e táticas de manejo. Entre os principais fatores envolvidos em tal fenômeno estão os elementos climáticos, o controle biológico natural e fatores da planta. O bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae) constitui praga chave da cafeicultura devido a sua ocorrência generalizada nos cafezais e aos grandes prejuízos causados. Este lepidóptero é uma praga monófaga, atacando somente o cafeeiro. Seu ciclo biológico varia de 19 a 87 dias (ovo: 5-10 dias, larva: 9-40 dias e pupa: 4-26 dias) e a longevidade do adulto é de 15 dias. As larvas se alimentam do parênquima foliar formando minas, o que causa redução da área fotossintetizante e senescência precoce das folhas atacadas causando grandes prejuízos na lavoura. O bicho-mineiro pode causar prejuízos na produção da faixa de 30%, prejuízos no rendimento e também na longevidade do cafeeiro. Nos cafezais o controle biológico do bicho mineiro é realizado por predadores e parasitóides e entomopatógenos. Os principais parasitóides são pertencentes a ordem Hymenoptera. Entre as principais espécies de parasitóides do bicho mineiro estão os Hymenoptera das famílias: Braconidae (Hymenoptera) Colastes letifer Mann e Mirax sp. e os: Eulophidae (Hymenoptera) Cirrospilus sp., Closterocerus coffeella Ihering, Horismenus sp. e Proacrias sp. Assim, este trabalho objetivou estudar a relação existente entre a densidade de parasitismo por himenópteros e o ataque do bicho-mineiro do café L. coffeella . Esta pesquisa foi realizada em plantação de café Catuaí no Campus da Universidade Federal de Viçosa. Verificou-se que o número médio de minas de L. coffeella no dossel das plantas de café foi decrescente durante o período de agosto de 2000 a agosto 2001. A redução no número de minas foi mais intensa nos meses de agosto de 2000 a março de 2001, passando de 2,9, 2,86 e 3,09 para 0,43, 0,24 e 0,36 minas por par de folhas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. Do mês de março de 2000 até o final das avaliações em agosto de 2001, a redução no número de minas foi menor ou não ocorreu chegando a 0,48, 0,18 e 0,19 minas por par de folhas no ápice, meio e base das plantas de café, respectivamente. Verificou-se que as porcentagens médias de lagartas de L. coffeella parasitadas no dossel das plantas de café foram reduzidas do início das avaliações até o mês de fevereiro de 2001 chegando a 1,56, 8,10 e 0,00% de lagartas parasitadas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. A partir de março de 2000 a agosto de 2001 verificou-se uma elevação nas porcentagens médias de lagartas de L. coffeella parasitadas chegando a 33,85, 33,45 e 56,81% de lagartas parasitadas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. Não verificou-se correlações significativas entre as taxas de parasitismo e as intensidades de ataque do bicho mineiro ao cafeeiro.
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    Aleloquímicos nas folhas dos cafeeiros influenciando a predação do bicho mineiro por vespidae
    (2003) Fidelis, Elisângela Gomes; Silva, Flávio Marquini da; Picanço, Marcelo Coutinho; Galvan, Tederson Luiz; Silva, Ézio Marques da; Pereira, Jardel Lopes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Diversos fatores influem a produtividade do cafeeiro. Dentre estes fatores, as pragas são responsáveis por danos expressivos à cultura. É de fundamental importância o conhecimento dos fatores determinantes da intensidade de ataque das pragas para o planejamento de estratégias e táticas de controle. Entre os principais fatores envolvidos em tal fenômeno estão os elementos climáticos, o controle biológico natural e fatores da planta hospedeira. O bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave da cafeicultura devido a sua ocorrência generalizada nos cafezais e aos grandes prejuízos causados. Este lepidóptero é uma praga monófaga, atacando somente o cafeeiro. Seu ciclo biológico varia de 19 a 87 dias (ovo: 5-10 dias, larva: 9-40 dias e pupa: 4-26 dias) e a longevidade do adulto é de 15 dias. As larvas se alimentam do parênquima foliar formando minas, o que causa redução da área fotossintetizante e senescência precoce das folhas atacadas causando grandes prejuízos na lavoura. Nos cafezais o controle biológico do bicho mineiro é realizado por predadores e parasitóides e entomopatógenos. Os principais preda-dores do bicho mineiro são adultos de Hymenoptera: Vespidae. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar as relações entre as taxas de predação do bicho mineiro do cafeeiro por Hymenoptera: Vespidae e o teor de aleloquímicos nas folhas do cafeeiro. Esta pesquisa foi conduzida em lavoura de café catuaí pertencen-te à Universidade Federal de Viçosa. Foram amostradas plantas de café em cinco locais, nos quais se avalia ram as taxas de predação do bicho mineiro por Vespidae nos terços apical, mediano e basal do dossel das plantas e os teores de aleloquímicos nas folhas. Confeccionaram-se curvas de predatismo e dos teores de aleloquímicos nas folhas e realizaram-se análises de correlação de Pearson a p < 0,05 entre as taxas de predação do bicho mineiro por Vespidae e os teores de aleloquímicos. Verificou-se que as maiores concentra-ções de cafeína nas folhas do cafeeiro ocorreram no período de setembro a outubro em folhas apicais, medi-anas sem infestação e nas folhas basais com infestação da praga. Nas folhas medianas com infestação e nas folhas basais sem infestação pela praga, a maior concentração de cafeína ocorreu no período de março a maio. As maiores concentrações de 3-metilxantina, nas folhas apicais do cafeeiro, ocorreram no período de setembro a outubro e nas medianas as maiores concentrações de 3-metilxantina ocorreram em outubro. Nas folhas basais sem infestação da praga as maiores concentrações de 3-metilxantina ocorreram em março. Nas folhas basais com infestação da praga as maiores concentrações de 3-metilxantina ocorreram em setembro. As maiores concentrações do ácido clorogênico ocorreram em setembro em folhas apicais sem e com infestação da praga, folhas medianas sem e com infestação da praga e em folhas basais sem e com infestação da praga. As maiores concentrações do ácido cafeico ocorreram em setembro de 2000 em folhas apicais com infestação da praga, folhas medianas sem e com infestação da praga e em folhas basais sem e com infestação da praga. Nas folhas apicais sem infestação da praga a maior concentração ocorreu em outubro. Verificou-se que o número médio de minas de L. coffeella predadas no dossel das plantas de café foi elevado de agosto de 2000 a novembro de 2001. Nesse período, o número médio máximo de minas predadas atingido foi de 0,90, 0,70 e 0,79 minas predadas por par de folhas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. No período de novembro de 2001 até o final das avaliações o número médio de minas predadas foi reduzido, sofrendo pequenas variações e chegando a um mínimo de 0,10, 0,03 e 0,05 minas predadas por par de folhas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. Verificou-se que o número médio de minas de L. coffeella predadas nas folhas apicais do cafeeiro apresentou correlação positiva com a concentração de cafeína em folhas apicais com infestação da praga (r = 0,72) e com a concentração do ácido clorogênico em folhas apicais sem infestação da praga (r = 0,79). O número médio de minas de L. coffeella predadas nas folhas medianas do cafeeiro apresentou correlação positiva com a concentração do ácido clorogênico em folhas medianas sem infestação da praga (r = 0,90) e com a concentração do ácido cafeico em folhas medianas sem infestação da praga (r = 0,74). O número médio de minas de L. coffeella predadas nas folhas basais do cafeeiro apresentou correlação positiva com a concentração de cafeína em folhas da base com infestação da praga (r = 0,57) e com a concentração do ácido cafeico em folhas basais com infestação da praga (r = 0,58).
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    Impacto do aldicarbe na entomofauna no interior do solo do agroecossistema do cafeeiro
    (2003) Bastos, Cristina Schetino; Picanço, Marcelo Coutinho; Suinaga, Fábio A.; Silva, Ézio Marques da; Badji, César Auguste; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    As plantas de café são atacadas por grande número de insetos - pragas que conduzem à adoção de táticas de controle. O controle químico é a tática mais usada e difundida, devido a seu efeito rápido. O Aldicarbe está entre os inseticidas mais usados devido a seus efeitos em muitas pragas do cafeeiro como o bicho mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae) e as cigarras (Hemiptera: Cicadellidae), além do seu efeito nematicida. Esse produto tem atividade sistêmica e é comercializado como grânulos. Uma vez aplicado no solo é translocado na planta via xilema e mostrando sua atividade inseticida. Uma vez no corpo do inseto liga-se a acetilcolinesterase bloqueando a ação desta enzima que não pode quebrar a acetilcolina levando a sua acumulação na sinapse que continua a interagir com seus receptores levando a hiperexcitação do sistema nervoso. O Aldicarbe é um inseticida com toxicidade alta à mamíferos, fazendo dele potencial causador de efeitos adversos à grande número de organismos. Uma das preocupações nas últimas décadas tem sido os estudos sobre parâmetros das comunidades dos ecossistemas para avaliar efeitos de impacto de substâncias químicas nos ecossistemas. Esses estudos têm aumentado sua importância devido as maiores preocupações com os aspectos ambientais. Assim este estudo foi conduzido com a finalidade de avaliar o impacto do Aldicarbe sobre a entomofauna que ??? no interior do solo de cafezais. Este estudo foi conduzido em plantação de café da variedade Catuaí Vermelho na Universidade Federal de Viçosa, o qual foi composto por três tratamentos (controle, uma aplicação de 10 g de Aldicarbe/planta e duas aplicações de 10 g de Aldicarbe/planta) e quatro blocos, avaliados uma data antes da aplicação do inseticida e 13 dias após a aplicação do inseticida. Para analise da comunidade de artrópodes as amostras de solo coletadas foram delimitadas em um volume de 20 cm (largura) x 20 cm (altura) x 20 cm (profundidade) que corresponderia a uma amostra de aproximadamente 2 Kg. As amostras foram armazenadas em sacolas plásticas identificadas e trazidas para laboratório onde foram colocados em funis berleze. As amostras assim permaneciam durante 24 horas e ao final deste período eram retirados os recipientes plásticos com os artrópodes e armazenados no laboratório para avaliação futura. Verificou-se impacto do Aldicarbe sobre a comunidade de artrópodes do solo de café. As parcelas que receberam uma e duas aplicações de Aldicarbe não diferiram na abundância de artrópodes entre si. A principal espécie impactada foi uma espécie de ácaro.