SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Estudo comparativo de sistemas de secagem de café: aspectos técnico-econômicos
    (2003) Machado, Marise Cotta; Sampaio, Cristiane Pires; Silva, Juarez de Sousa e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A secagem de café é responsável por grande parte do custo de produção. A seleção ou adequação de um sistema de secagem deve levar em consideração diversos aspectos do processo, como volume de produto a ser processado, técnicas de pré-processamento adotadas e os custos relativos a cada sistema em particular, como demanda de energia e mão de obra. Os preços obtidos na venda do produto estão fortemente ligados à sua qualidade que deve ser preservada, favorecendo assim a relação benefício/custo. A manutenção da qualidade do café durante a fase de secagem relaciona-se diretamente com aspectos operacionais de cada sistema de secagem. No Brasil é comum a utilização de terreiros como pré-secadores e secadores mecânicos para a secagem complementar. Este trabalho teve por objetivo comparar os aspectos técnico-econômicos de três sistemas de secagem. Estudou-se a pré-secagem em terreiros de concreto seguida de secagem complementar em secador rotativo, secagem completa em terreiro-secador, e pré-secagem em terreiro-secador, seguida de secagem complementar em secador rotativo. Foram analisados 2 níveis de produção (lavouras de 50.000 e 200.000 pés de café em produção), para café cereja descascado e café seco integralmente (café coco). Os resultados permitiram concluir que a produção de café cereja descascado é mais viável economicamente, devido à redução nos custos de implantação, na capacidade requerida de equipamentos e no incremento qualitativo, oriundo tanto da secagem de frações homogêneas como na redução do tempo de secagem, fato que diminui as chanches de deterioração e contaminação do produto. O menor custo de secagem observado no sistema de secagem completa em terreiro-secador, tanto para café integral como para café cereja descascado, indica a melhor adequação este sistema para a secagem de café nos níveis de produção analisados. Comparando-se os sistemas que utilizaram pré-secagem, observou-se que o terreiro secador obteve melhor desempenho que o terreiro convencional, indicando que, em sistemas já instalados, a substituição do terreiro convencional pelo terreiro-secador possibilita melhor rentabilidade e eficiência do processo de secagem. Quanto à fonte de energia utilizada para o aquecimento do ar de secagem, o uso de GLP mostrou-se inviável, quando comparado à utilização de lenha e carvão vegetal.
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    Desenvolvimento de um sistema gerador de calor com opção para aquecimento direto e indireto de ar
    (2003) Lopes, Roberto Precci; Silva, Juarez de Sousa e; Lacerda, Adílio Flauzino de; Oliveira, Delly; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Um sistema gerador de calor com opção para aquecimento direto e indireto de ar, foi desenvolvido e avaliado para uso em secadores de produtos agrícolas destinados a secagem de grãos ou para desidratação de produtos que requeiram ar "puro" como frutas, hortaliças, ervas e alimentos "in natura". O sistema foi composto por uma fornalha a carvão vegetal, um trocador de calor compacto e uma pequena caldeira horizontal com opção para funcionamento a lenha ou a carvão. Para avaliar o desempenho da fornalha no aquecimento direto do ar de secagem nas vazões de 25, 40, 55 e 70 m3.min-1, foram testados quatro tamanhos de células de queima. A temperatura máxima atingida pelo ar de secagem foi 120°C na vazão máxima do sistema. A potência térmica máxima liberada na câmara de combustão foi 113,4 kW e a carga térmica volumétrica 567 kW.m-3. O rendimento da fornalha variou entre 72,6 e 92,8 % em função da carga térmica solicitada para o aquecimento do ar. A fornalha apresentou como principal característica alimentação constante de combustível na célula de queima, queima continua e regular do combustível na câmara de combustão, manutenção da temperatura do ar de secagem, facilidade do controle da combustão e da temperatura do ar. Na modalidade de aquecimento indireto do ar, utilizou-se vapor d’água saturado úmido como fluido térmico para transferência de energia para o ar, via trocador de calor.Utilizou-se lenha como fonte de energia na fornalha interna da caldeira e carvão vegetal na fornalha externa. A eficiência térmica do sistema no aquecimento de 94,1 m3.min-1 de ar da temperatura ambiente de 30,5°C e UR de 47,8 % para 62,1°C, foi 45,2 % com consumo de 14,6 kg.h-1 de carvão vegetal. A eficiência térmica com lenha foi de 86,5 % no aquecimento de 94,9 m 3 .min -1 de ar da temperatura ambiente de 20,1°C e UR de 87,1 % para 55,5 °C, com consumo de 17,7 kg.h-1 de lenha. Apesar da menor eficiência com utilização de carvão vegetal, o sistema com este combustível permite economia de mão-de-obra na operação de secadores de produtos agrícolas, e a possibilidade de aproveitamento da entalpia dos gases de escape para utilização em aquecimento direto de ar.
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    Consumo específico de energia e rendimento energético de biomassas na secagem de café utilizando secadores leito fixo de dupla câmara e de fluxos cruzados
    (2003) Silva, Jadir Nogueira da; Silva, Juarez de Sousa e; Sobrinho, José Cardoso; Lacerda, Adílio Flauzino de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Das etapas do processamento do café, a que mais consome energia é a secagem, isto devido ao fato de o mesmo ser colhido com elevada umidade, e de esta se processar de forma gradual, relativamente lenta. Com os custos de energia elétrica e dos energéticos em constantes altas, faz-se necessário tomar medidas preventivas de desperdícios, bem como de se analisar os aspectos diversos relacionados ao consumo dos energéticos usados e a otimização de seu uso. Neste contexto fez-se uma análise do consumo específico de energia e do rendimento energético da secagem utilizando-se lenha de eucalipto, carvão vegetal e palha de café como fontes de energia para aquecimento do ar de secagem de café (Coffea arábica L.). Os resultados foram comparados com outros obtidos em um secador testemunha, do tipo intermitente de fluxos cruzados, por se tratar do equipamento mais comercializado no mercado nacional. Utilizou-se um secador de dupla câmara, leito fixo, de 6000 litros de capacidade, que proporciona intermitência de três horas na secagem, feita alternando-se o uso das duas câmaras. A temperatura do ar de secagem usada foi de 40º a 60ºC e a comparação se fez com valores obtidos nos secadores industriais da empresa Heringer, de Martins Soares-MG. Os resultados indicaram que: i - A utilização de energia de biomassas diversas como carvão vegetal, lenha de eucalipto e palha de café é opção racional, de custos baixos e boa eficiência energética para secagem de café; ii - O rendimento energético da secagem usando carvão foi superior a dos outros dois combustíveis testados e iii - A secagem utilizando diferentes tipos de combustíveis não produziu alteração na qualidade do café seco;
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    Avaliação técnico-econômica do processamento de café: secagem completa em terreiros
    (2003) Machado, Marise Cotta; Sampaio, Cristiane Pires; Silva, Juarez de Sousa e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A produção de café com qualidade é hoje o grande desafio do cafeicultor devido ao elevado custo de produção, sendo necessária a racionalização das operações de processamento, que devem ser adequadas a cada nível de produção. A manutenção da qualidade do produto, fato que garantirá bons preços de venda, está diretamente relacionada às técnicas e sistemas adotados no pré-processamento e nas operações de secagem e armazenagem. A adoção de terreiros como única alternativa para a secagem pode acarretar em prejuízos para o cafeicultor, que variam em função do volume de produto a ser processado, do tipo de pré-processamento adotado e de variáveis como demanda de mão de obra e período de colheita, além das condições climáticas do local. Este trabalho teve por objetivo quantificar os custos da operação de secagem, além do custo total de colheita e processamento, comparando-se diferentes técnicas adotadas em diferentes níveis de produção (lavouras de 10.000, 50.000 e 200.000 pés de café em produção), além de avaliar o efeito da duração da fase de colheita na composição dos custos de processamento de café, em sistemas que utilizam terreiro como único sistema de secagem. Os resultados obtidos permitiram concluir que a secagem completa de café em terreiros implica em alto custo de implantação, além de destinar grandes áreas para a construção dos terreiros, aspecto relevante para a cafeicultura de montanha. A produção de café cereja descascado é o procedimento mais econômico, dentro das técnicas de pré-processamento estudadas, em todos os níveis de produção, para a secagem de café em terreiros de concreto. Este fato é explicado tanto pelo incremento qualitativo decorrente dos processos de lavagem e despolpa dos frutos, como também pela redução da capacidade dos equipamentos e adequação dos mesmos às características das lavouras em estudo. Os resultados também mostram que a simples adoção da lavagem do café no pré-processamento reflete de forma significativa no preço estimado para a venda e nos custos de produção, justificando a sua utilização em lavouras menores e de menor nível tecnológico. Observou-se também a importância do planejamento da colheita, evidenciada pelo efeito do período de colheita na composição dos custos, principalmente em relação aos custos de implantação do sistema de secagem de café em terreiros.
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    Avaliação de uma centrífuga para remoção da água superficial do café
    (2003) Grandi, Adriana Maria De; Silva, Juarez de Sousa e; Melo, Evandro de Castro; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de reduzir o teor de umidade inicial do café depois de sair do lavador, reduzindo desta forma a possibilidade de deterioração do produto por fermentação e desenvolvimento de fungos, foi construída, no setor de Pré-Processamento de Produtos Vegetais do DEA/UFV, uma centrífuga que opera no sentido horizontal e em batelada. A máquina em questão possui uma moega de alimentação em uma das extremidades, onde o produto é colocado e conduzido até um tronco de cone confeccionado em chapa perfurada com 300 e 600 mm de diâmetros, menor e maior, respectivamente. O comprimento deste tronco de cone é de 1400 mm e o mesmo está acoplado a um eixo movimentado por um motor. Nesta parte da máquina ocorre a centrifugação do produto. Para efeito de teste, foi utilizado um motor, que possui acoplado a ele um variador de velocidade, que permite controlar a rotação do eixo do motor e conseqüentemente do tronco de cone. Depois da centrifugação, considerando o tempo desejado para o processo, a máquina é desligada e o produto é descarregado pela extremidade oposta à de alimentação. Os testes foram realizados com café cereja demucilado e café bóia. Para tanto, foram utilizadas três diferentes rotações (300, 400 e 500 rpm) e três diferentes tempos de centrifugação (30, 45 e 60s). Para cada teste realizado foram retiradas amostras do produto antes e depois do processo, para determinação do teor de umidade. Nos resultados obtidos a perda de água do produto pela centrifugação foi da ordem de 5%, alcançando em alguns casos valores superiores a 8%. As rotações testadas não apresentaram resultados significativamente diferentes entre si ao nível de 5% pelo teste de Duncan. Dos tempos de centrifugação testados pode-se concluir que quanto maior o tempo, maior é também a perda de água pelo produto.