SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Avaliação do desempenho agronômico e tecnológico de germoplasma de Coffea arabica
    (Embrapa Café, 2019-10) Zanini, Bárbara Silvestre; Carmazini, Valéria C. B.; Lima, Valéria Bittencourt de; Silvarolla, Maria Bernadete
    A qualidade da bebida do café é influenciada por inúmeros fatores e suas interações, destacando-se especialmente aqueles relacionados à constituição genética das plantas, à complexa composição química dos grãos crus, às etapas de pós-colheita, finalizada pelo processo de torra dos grãos. Também é amplamente reconhecido que o cafeeiro arábica apresenta estreita base genética, fato decorrente, em parte, da forma como foi disseminado entre os países que adotaram seu plantio assim como de aspectos biológicos peculiares a espécie, ou seja, a autogamia e a tetraploidia. Os procedimentos do melhoramento genético clássico adotados para a geração de novas cultivares de café arábica tem início em hibridações planejadas entre parentais selecionados em função da complementaridade entre suas contribuições genéticas. Para tanto é necessário um processo anterior de caracterização, manutenção e estudos visando o conhecimento das características dos genótipos presentes em coleções de germoplasma, de forma a permitir sua utilização proveitosa no melhoramento genético. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico e tecnológico de acessos de diversas origens mantidos no Banco de Germoplasma do IAC, em Campinas – SP, bem como de progênies de acessos individuais originários da Etiópia. Os genótipos foram avaliados no campo quanto a produção e vigor segundo uma escala de notas de 1 a 10 pontos, sendo 10 atribuído as melhores plantas. A maturação foi avaliada nas classes: precoce, média precoce, média e tardia. Após as avaliações agronômicas foram coletadas amostras de frutos de café da roça de cerca de 300g a 1.000g para serem processados por via seca, beneficiados e avaliados quanto as porcentagens de grãos dos tipos chato, moca e concha; massa de 100 grãos do tipo chato e rendimento. Os grãos do tipo chato foram passados em jogo de peneiras determinando-se a massa de grãos retidos em cada peneira do 18 ao 12, calculando-se a seguir a peneira média para as amostras de cada material em estudo. Foram avaliados 69 acessos de C. arabica presentes no Banco de Germoplasma de Café do IAC, juntamente com amostras produzidas por cultivares instaladas nas mesmas condições de campo. Assim, com relação à maturação a maior frequência de acessos ocorreu nas classes de maturação média e média-precoce seguidas da classificação precoce e tardia. Considerando-se conjuntamente a avaliação da produção e do vigor encontrou-se que 24,6% dos acessos foram iguais ou superiores a média das testemunhas. O acesso IAC 2036-1, de Shoa, na avaliação conjunta de todos os parâmetros estudados, mostrou-se bastante promissor para futura hibridação. O acesso IAC2036-1-4 derivado por semente do acesso IAC 2036-1 também revelou-se promissor no que se refere as características tecnológicas de grãos, porém, obteve notas de produção e vigor menores que as testemunhas e que o acesso que lhe deu origem. Entre 7 plantas obtidas por sementes a partir do acesso IAC2163-6, 3 delas se mostraram promissoras quanto as características tecnológicas dos grãos. Esta constatação indica que as progênies obtidas por sementes de polinização livre ainda mantiveram parte das boas características encontradas no acesso de origem, sugerindo, provavelmente, a presença de efeitos genéticos. Os genótipos IAC2199-6 e IAC2110-4, originários de Kaffa, mostraram também bom desempenho quanto às características tecnológicas. Também o acesso IAC 2127-4 (Kaffa), se assemelhou as testemunhas quanto a todos os parâmetros avaliados e apresentou peneira média de 16,17, embora com menor nota de produção. O acesso IAC5492, de Java, destacou-se quanto aos parâmetros do rendimento, massa de 100 sementes e peneira média.
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    Caracterização da temperatura foliar de plantas da variedade semperflorens de Coffea arabica L. em campo
    (Embrapa Café, 2019-10) Lopes, Amanda Ribeiro; Pantano, Angélica Prelo; Silvarolla, Maria Bernadete; Mistro, Júlio César; Almeida, Julieta Andrea Silva de
    O objetivo deste estudo foi avaliar a temperatura foliar de plantas de Coffea arabica em diferentes meses do ano. Para tanto, quatro plantas da variedade Semperflorens em campo foram marcadas em porções apical, mediana e basal. A temperatura foliar foi medida em ramos dispostos em cada porção, em relação aos pontos cardeais Leste e Oeste, com auxílio de um termômetro infravermelho. As leituras foram realizadas no período da manhã, a cada quinze dias, nos meses de setembro de 2018 a junho de 2019. Os resultados obtidos indicaram que a temperatura foliar da porção basal foi numericamente maior que aquelas das porções apical e mediana das plantas. A temperatura foliar das plantas, em geral, tendeu a ser maior nos ramos voltados para o lado Oeste que naqueles no lado Leste. Além disto, a temperatura foliar das plantas foi maior que a temperatura do ambiente, principalmente, nos meses de ausência ou baixa volume de precipitação.
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    Qualidade de grãos de cafeeiros enxertados
    (Embrapa Café, 2015) Saath, Reni; Giomo, Gerson Silva; Lobato, Mary Túlia Vargas; Silvarolla, Maria Bernadete; Pimento, Erilaine Consuelo de Brito; Oliveira, Laura Araújo
    A pluralidade de sabores e aromas dos cafés brasileiros vem viabilizando novas oportunidades de negócios e aprimoramento da cafeicultura no País, cada vez mais focada no aprimoramento da qualidade do café. Considerando que a cultivar é um dos fatores determinantes da qualidade de café e que a técnica de enxertia pode constituir importante ferramenta para melhorar o vigor da planta, o objetivo desse estudo foi caracterizar a qualidade física e sensorial dos grãos da cultivar IAC 045125 de Coffea arabica enxertado sobre a cultivar Apoatã IAC 2258 de C. canephora. Embora essa cultivar represente elevado valor para a produção de café com qualidade diferenciada, devido ao baixo teor de cafeína nos grãos, o seu uso comercial ainda necessita de melhorias agronômicas para aumento da competitividade da lavoura. O estudo foi realizado no Centro Experimental do Instituto Agronômico (IAC), em Campinas-SP. Frutos maduros de plantas enxertadas e plantas pé-franco foram colhidos e processados via seca, utilizando-se delineamento de blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas no tempo, em três ambientes de cultivo e três colheitas. A qualidade dos grãos foi determinada por meio de classificação em peneiras e análise sensorial. Os resultados preliminares indicaram que: a) as características físicas dos grãos da cultivar IAC 045125 foram melhoradas pela enxertia; b) a enxertia preservou a qualidade dos grãos, sem interferir negativamente na formação do perfil sensorial da bebida; c) a cultivar IAC 045125 apresenta potencial para a produção de cafés especiais diferenciados.
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    Análise de expressão gênica da interação entre cafeeiros silvestres de Coffea arabica e Meloidogyne paranaensis
    (Embrapa Café, 2015) Fatobene, Bárbhara Joana dos Reis; Renci, Patrícia Favoretto; Schenk, Juliana Carvalho Martinati; Maluf, Mirian Perez; Guerreiro Filho, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Gonçalves, Wallace
    Fontes de resistência ao nematoide das galhas Meloidogyne paranaensis foram encontradas em cafeeiros silvestres de Coffea arabica. Esses cafeeiros resistentes representam importante fonte de variabilidade genética para o desenvolvimento de novas cultivares resistentes, dada a maior facilidade de hibridação com as cultivares comerciais da espécie e a consequente transferência dos genes de resistência, assim como, à recuperação mais rápida dos caracteres agronômicos do parental recorrente, contribuindo para abreviação do tempo e dos recursos investidos no melhoramento convencional da espécie. Com o objetivo de obter informações sobre a interação molecular entre cafeeiros silvestres de C. arabica e M. paranaensis foi realizada análise dos perfis de expressão de alguns genes relacionados ao metabolismo antioxidante, à defesa de plantas a patógenos e ao ciclo celular. Os resultados da análise de expressão gênica relativa do cafeeiro IAC 2279-5B resistente a M. paranaensis e do controle suscetível Mundo Novo IAC 515-20 indicam que as respostas de defesa ao nematoide estão relacionadas à via do ácido salicílico.
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    Relação entre os teores de teobromina e cafeína em grãos de café oriundos de cruzamentos entre cafeeiros mutantes AC e cultivares elites
    (Embrapa Café, 2015) Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Silvarolla, Maria Bernadete; Zago, Cleide de Moura Casante; Barboza, Franciane Rueda; Coelho, Daiana dos Santos
    O objetivo deste trabalho foi acompanhar a variação do teor de teobromina em função da variação do teor de cafeína em grãos de cafés crus produzidos pelas gerações F2 e F1RC1 dos cruzamentos envolvendo mutantes AC (café naturalmente sem cafeína). O teor dos dois alcaloides da classe das metilxantinas, foi quantificado por cromatografia líquida de alta resolução (HPLC). Os resultados revelaram que os grãos crus de café arábica que possuem alto teor de cafeína, simultaneamente têm baixo teor de teobromina, e vice-versa, de tal modo que a soma das metilxantinas é da ordem de 1% (bs). Entre as plantas naturalmente sem cafeína obtidas, as que mais conservaram a característica de ser sem cafeína foram as resultantes dos cruzamentos com as cultivares elites Obatã e Ouro Verde.
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    Conteúdo de sacarose e cafeína em grãos de café de cruzamentos entre as cultivares mutante AC1 e Mundo Novo
    (Embrapa Café, 2015) Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Silvarolla, Maria Bernadete; Zago, Cleide de Moura Casante; Barboza, Franciane Rueda; Coelho, Daiana dos Santos
    A sacarose é o açúcar mais abundante nos grãos de café cru, e, nos cafés arábicas a sua concentração corresponde a 90-99% do total de açúcares livres quantificados. Nos cafés robustas, a variabilidade da composição química do grão é maior do que nos cafés arábicas, e a concentração de sacarose pode chegar a ser apenas 42% da concentração dos carboidratos solúveis totais. Conquanto se saiba que os cafés arábicas contêm mais sacarose do que os robustas, não se sabe como a concentração deste açúcar varia em função do melhoramento de cafeeiros de frutos naturalmente sem cafeína. Para esse conhecimento, neste trabalho foi feito o acompanhamento da variação da concentração de sacarose e de cafeína em função da evolução dos cruzamentos da cultivar elite Mundo Novo de café arábica com o mutante AC1 de café arábica, naturalmente sem cafeína, em avaliação no IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Os resultados revelaram que as concentrações de cafeína e de sacarose nos grãos dos frutos das plantas das gerações F2 e F3 variaram principalmente devido à variabilidade genética ainda existente nelas e que foi possível selecionar plantas da geração F3 em que além de baixo teor de cafeína, a concentração de sacarose nos grãos crus tenha aumentado, atingindo o nível da cultivar elite.
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    Avaliações preliminares da enxertia na produção do mutante IAC 045125 (Coffea arabica) com baixo teor de cafeína
    (Embrapa Café, 2015) Lobato, Mary Túlia Vargas; Silvarolla, Maria Bernadete; Saath, Reni; Giomo, Gerson Silva; Coelho, Daiana dos Santos; Guerreiro-Filho, Oliveiro; Alves, Ivanilda dos Santos
    Cultivares de café contendo reduzido teor de cafeína nos grãos pode constituir uma nova opção de cultivo para os produtores, uma vez que o valor agregado já vem do campo, resultante da sua constituição genética. Além disso, o produto de uma cultivar com este perfil seria uma nova opção para o grupo de consumidores que apreciam a bebida, mas possuem algum grau de sensibilidade ao alcalóide. Entre as diversas estratégias de trabalho possíveis, optou-se por lançar mão de um Banco de Germoplasma de C. arabica, buscando-se materiais com reduzido teor de cafeína nos grãos (Silvarolla et al., 2000). O resultado mais significativo deste trabalho foi a identificação de três plantas mutantes, denominadas AC1, AC2 e AC3. O mutante IAC 045125 (AC1) vem sendo utilizado no melhoramento convencional do cafeeiro do IAC em cruzamentos com cultivares elite visando reunir qualidade de bebida e melhor produção ao baixo nível de cafeína nos grãos. A outra linha é a clonagem deste mutante avaliando-se neste caso a técnica de enxertia alta. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do uso da técnica de enxertia alta do mutante IAC 045125 (C. arabica) sobre C. canephora, avaliando-se para tanto a produção e os teores de cafeína nos grãos. O experimento foi instalado no Centro Experimental do Instituto Agronômico, Centro de Café ‘Alcides Carvalho’, em Campinas/SP, Brasil, no ano de 2011. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com três tratamentos e 12 repetições. Os tratamentos foram constituídos do mutante IAC045125 em pé franco e na condição de enxertia alta sobre Coffea canephora (AC1/C. canephora) e a cultivar Mundo Novo IAC376-4, em pé franco. Foi avaliada a produção da safra 2013/2014 e o teor de cafeína nos grãos. Os dados de produção obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 1% de probabilidade. Os resultados obtidos com as plantas enxertadas não diferiram estatisticamente daqueles obtidos com a cultivar Mundo Novo, evidenciando a eficiência da enxertia neste caso específico. O teor de cafeína não se alterou com o uso da enxertia. Considerando-se que os dados apresentados referem-se à primeira colheita e, sobretudo, porque no período ocorreu um forte stress de seca e calor, é possível supor que a enxertia, neste caso, mostrou-se positiva para aumento da produção, eventualmente podendo vir a constituir uma ferramenta útil ao melhoramento. Serão avaliados os dados de pelo menos mais três safras para se confirmar esta suposição e permitir seu uso mais amplo no melhoramento. A utilização da enxertia do mutante IAC 045125 em porta enxerto C. canephora mostrou-se eficiente no aumento na produção nas condições estudadas.
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    Cultivar IAC Catuaí SH3, uma contribuição do IAC para a cafeicultura
    (Embrapa Café, 2015) Fazuoli, Luiz Carlos; Braghini, Masako Toma; Guerreiro Filho, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Gonçalves, Wallace; Mistro, Júlio César; Gallo, Paulo Boller
    A ferrugem alaranjada do cafeeiro (Hemileia vastatrix) é a principal doença que afeta as plantações de café do Brasil e do mundo. Existem descritas pelo CIFC cerca de 45 raças de ferrugem. Até o presente, no Brasil, foram detectadas 17 raças fisiológicas de H. vastatrix. Novas raças fisiológicas do fungo poderiam, portanto, estar presentes nas plantações de café do Brasil. O objetivo deste trabalho foi o de obter uma cultivar de café arábica, com alta produtividade, porte baixo, frutos vermelhos, boas características agronômicas e tecnológicas, alta resistência à ferrugem e a tolerância à seca. Após vários anos de pesquisa no IAC obteve-se a cultivar IAC Catuaí SH3 derivada do cruzamento de H2077-2-5-46 com o acesso IAC 1110-8 (BA10) que apresenta alta produtividade, elevada resistência à ferrugem, alta tolerância à seca e ótima qualidade da bebida.
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    Desempenho agronômico de genótipos de café arábica geneticamente desprovidos de cafeína
    (Embrapa Café, 2013) Lobato, Mary Túlia Vargas; Silvarolla, Maria Bernadete; Saath, Reni; Giomo, Gerson Silva; Coelho, Daiana dos Santos; Guerreiro-Filho, Oliveiro
    Cultivares de café arábica geneticamente desprovidas de cafeína nos grãos ainda são inéditas no mundo e constituem uma importante alternativa para a produção de cafés naturalmente isentos de cafeína e com qualidade diferenciada, atendendo às necessidades de consumidores sensíveis a este alcalóide, e, ao mesmo tempo, permitindo que os produtores de café aumentem sua renda devido a possibilidade de agregação de valor ao produto final. Este trabalho teve como objetivo principal selecionar plantas que reúnam níveis adequados de produtividade, qualidade da bebida e baixos teores de cafeína nos grãos em uma população de plantas das gerações F2 e F1RC1 provenientes de cruzamentos entre genótipos geneticamente desprovidos de cafeína e cultivares comerciais. Como padrões de comparação foram incluídas variedades clonais desenvolvidas a partir de plantas mutantes AC além de cultivares elite. Os dados apresentados são médias das avaliações feitas em 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2103 onde foram avaliados aspectos agronômicos como produção, vigor vegetativo e reação à ferrugem, bem como a dosagem de cafeína nos grãos. Verificou-se que, de um modo geral as progênies obtidas por retrocruzamento apresentaram desempenho agronômico e potencial produtivo semelhante às progênies provenientes de autofecundação. Além disso, plantas com baixo teor de cafeína foram identificadas entre algumas progênies F2, mas esta frequencia foi maior entre plantas provenientes das progênies de retrocruzamentos. Como esperado, todas as plantas clonadas do genótipo mutante naturalmente sem cafeína e de alguns de seus descendentes previamente selecionados apresentaram teores de cafeína nos grãos inferiores a 0,1%. Os resultados indicaram a possibilidade de utilização de alguns dos genótipos selecionados para o desenvolvimento de uma variedade clonal ou ainda para o prosseguimento do melhoramento visando o desenvolvimento de uma cultivar propagada por sementes.
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    IAC 125 RN (IBC12), uma nova cultivar de Coffea arabica com resistência à ferrugem e às duas raças do nematoide Meloidogyne exigua
    (Embrapa Café, 2013) Fazuoli, Luiz Carlos; Braghini, Masako Toma; Silvarolla, Maria Bernadete; Gonçalves, Wallace; Mistro, Júlio César; Guerreiro Filho, Oliveiro; Gallo, Paulo Boller; Almeida, Saulo Roque de; Grossi, José Carlos
    O objetivo deste estudo foi desenvolver uma cultivar de café de porte baixo e resistente à ferrugem (Hemileia vastatrix) e ao nematoide Meloidogyne exigua. O IAC recebeu, em 1971, as sementes híbridas CIFC H361 / 4 (cv. Villa Sarchí x Híbrido de Timor CIFC 832/2), na geração F2, que constituiu a base para a obtenção da cultivar IAC 125 RN. As sementes F2 do hibrido H361 / 4 receberam no IAC a sigla 1669. Na avaliação do experimento em Campinas, após vários anos de pesquisas verificou-se que a planta F2 IAC 1669-13 destacou-se entre as outras, devido à sua produtividade, tamanho das sementes e da resistência à ferrugem. A seleção foi feita em vários locais em gerações segregantes, e aos cafeeiros resultantes da progênie F6 IAC 1669-13 foi atribuída a designação de cultivar IAC 125 RN. Em Patrocínio, MG, esta cultivar recebeu a denominação IBC12, que era uma relação sequencial de progênies a serem testadas neste local. Portanto, a cultivar IAC 125 RN é conhecida também como IBC12. Em áreas irrigadas a produtividade média foi de cerca de 60-66 sacas de café beneficiado/ ha / ano, e em áreas não irrigadas 33,1-59,4 sacas / ha / ano. A análise dos tipos de sementes revelou que esta cultivar têm grãos grandes, com peneira média 17,4 e 90,2%, 8,0% e 1,8% dos tipos de grãos chatos, moca e concha, respectivamente. As folhas jovens são de cor verde. Seu porte é baixo e os frutos são grandes, vermelhos e com maturação precoce. Mudas de café desta cultivar foram testadas para a resistência ao nematoide M. exigua. raça 1. O índice de galhas foi 0,5 neste material, com pequenos engrossamentos, no entanto, sem galhas típicas. Na cv. Catuaí Vermelho IAC 144, o índice de galhas foi 4,5. As plantas foram testadas também para a raça 2 de M. exigua e foram resistentes. Estes resultados indicam que esta cultivar é altamente resistente ao nematoide M. exigua. No que se refere à reação à ferrugem, observou-se resistência à raça II de H. vastatrix e foi constatado que, em condições de campo, até agora, o material permanece resistente às raças prevalecentes nos locais onde a cultivar foi plantada. Recomenda-se seu plantio em solos com alta fertilidade e, principalmente, sob irrigação ou ferti-irrigação, uma vez que a cultivar IAC 125 RN é exigente em nutrientes e água. Devido à sua resistência múltipla à ferrugem e ao nematoide M. exigua, a cultivar IAC 125 RN também pode ser plantada em áreas infestadas com M. exigua, e é uma ótima opção para os cafeicultores brasileiros.