SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Características da água residuária da suinocultura utilizada na cafeicultura irrigada das regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - MG
    (2003) Gonçalves, Roberta Alessandra Bruschi; Mantovani, Everardo Chartuni; Souza, Luis Otávio Carvalho de; Ramos, Márcio Mota; Oliveira, Rubens Alves de; Fernandes, André Luís Teixeira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Tradicionais na exploração da cultura do café, as regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba vêm se destacando na cafeicultura irrigada desde a década de 90, possuindo elevada produtividade, com café de excelente qualidade. A região também destaca-se na produção da carne suína, onde, segundo a ASTAP (Associação dos Suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba), existem cadastrados 75 suinocultores, dos quais 25 a 30% também são cafeicultores. O crescimento da agricultura e da pecuária, pelo aumento da demanda, e, em particular, da exploração animal em grande escala, tem gerado uma série de danos ao meio ambiente, relacionados à disposição final dos dejetos produzidos. Dentre as atividades agroindustriais, a suinocultura destaca-se na sua forma de produção, e em conseqüência há uma grande produção de dejetos concentrados em pequenas áreas. Uma granja com 300 matrizes, em ciclo completo, produz diariamente um volume de 60 m 3 de águas residuárias, que contém uma tonelada de sólidos. A qualidade da água residuária é um parâmetro de suma importância quanto às suas características fertilizantes. No entanto, deve-se adequar essas características às necessidades da cultura do cafeeiro, com base em um tratamento preliminar destes dejetos e análises dos mesmos. Tendo em vista a ocorrência de problemas ambientais advindos do manejo inadequado de dejetos de suínos, aliados à escassez e baixa qualidade de água, tornou-se objetivo deste trabalho uma avaliação representativa da qualidade de águas residuárias da suinocultura que são aplicadas no cafeeiro irrigado em propriedades situadas nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Pode se concluir que, de uma maneira geral, existe manejo inadequado dos dejetos de suínos aplicados na cultura do cafeeiro e grande variabilidade em suas característica. Pelo baixo ou nenhum grau de tratamento destes dejetos, a qualidade da água no que diz respeito às suas características fertilizantes, pode ficar comprometida. As águas residuárias utilizadas no sistema de irrigação localizada por gotejamento foram as que apresentaram os menores teores dos elementos analisados, pois passam por todo um processo de tratamento até chegar ao sistema. Desta maneira, não causam problemas à cultura, ao solo e nem ao equipamento de irrigação.
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    Caracterização do processo de distribuição de águas residuárias da suinocultura em área de cafeicultura irrigada na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba MG
    (2003) Gonçalves, Roberta Alessandra Bruschi; Mantovani, Everardo Chartuni; Souza, Luis Otávio Carvalho de; Fernandes, André Luís Teixeira; Oliveira, Rubens Alves de; Soares, Antônio Alves; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A aplicação de dejetos suínos no solo é justificável em virtude dos efeitos proporcionados pela matéria orgânica. Esses efeitos se dividem em efeitos físicos, caracterizados pelas modificações na estrutura do solo, pela redução da plasticidade e da coesão, pelo aumento da capacidade de retenção de água e pela manutenção de temperaturas mais uniformes; efeitos químicos, caracterizados pelo aumento da capacidade de troca catiônica, pelo aumento do poder-tampão, pela formação de compostos orgânicos como quelatos e, evidentemente, como fontes de nutrientes; e efeito biológico, responsável pela intensificação das atividades microbianas e enzimática dos solos. Na aplicação de água residuária no solo devem ser considerados dois aspectos importantes, associados ao aumento da concentração de sólidos: o aumento dos riscos de salinização do solo e as alterações de suas características físico-hídricas. Considerando o grande número de produtores de suínos e café da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba - MG, associado à problemática ambiental advinda do manejo e disposição inadequado dos dejetos ao solo, tornou-se importante um diagnóstico mais detalhado junto aos produtores, através de um questionário pré- formulado, onde foram obtidas informações sobre a propriedade e o sistema de produção, incluindo: número de animais, plano de produção, utilização de dejetos, doses de dejetos aplicadas, freqüência e sistema de irrigação utilizado para aplicação, características do mesmo, tempo de utilização, problemas e dificuldades encontradas no manejo do sistema de aplicação, idade da cultura, condições climáticas, manejo adotado na suinocultura e produtividade da cultura. O trabalho foi realizado em 11 propriedades, abrangendo as cidades de Monte Carmelo, Carmo do Paranaíba, Patrocínio, Uberaba, Varjão de Minas e Patos de Minas. As propriedades foram selecionadas de acordo com o seguinte critério: todas deveriam aplicar suas águas residuárias em área de cafeicultura e cada uma deveria conter um sistema de irrigação diferente: gotejamento, "tripa", aspersão convencional, pivô central e aspersão em malha. Esta seleção foi feita através da ASTAP (Associação dos suinocultores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba), da AST (Associação dos suinocultores do Triângulo Mineiro) e de indicações entre os próprios suinocultores. Pode-se verificar que a maioria dos suinocultores que plantam café, utiliza a chorumeira como principal sistema para aplicação dos dejetos. Notou-se por grande parte dos proprietários, interesse em adotar outros sistemas de aplicação, via irrigação, como aspersão, tripa, pivô central e gotejamento. Alguns já tiveram experiências mal sucedidas com a "tripa" e canhão.