SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Rentabilidade de sistemas de produção de café no Brasil
    (2003) Xavier, Lázaro Eurípedes; Noronha, José Ferreira de; Teixeira, Sônia Milagres; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estudo baseou-se em informações colhidas por técnicos e economistas em instituições estaduais de pesquisa que compõem o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado na Área de Sócio Economia da Embrapa Café. Dados detalhados de Custos de Produção e preços foram coletados em três safras cafeeiras, sendo as duas primeiras objeto desta análise, em 99 talhões, com diferenciados sistemas de cultivo, nas regiões de produção. Para a análise dos custos de produção utilizou-se o método do custo anualizado equivalente, para as mesmas sub-amostras, em horizonte de tempo que variou de 16 anos para o sistema adensado, 20 anos para o estado de Minas Gerais e de 24 anos para o Brasil e para o sistema tradicional. O sistema adensado possui o maior custo de produção. O estado de Minas Gerais produz o café com custo mais elevado do que o café produzido no Brasil como um todo. O custo de produção mais baixo é para o café no sistema tradicional. Analisando-se a margem bruta, conclui-se que ela foi maior para o café cultivado no sistema tradicional, enquanto que a menor margem bruta foi para o café do sistema adensado. A margem em Minas Gerais é menor que a margem quando computados os dados para o Brasil. O índice de lucratividade ficou em torno de 50%, mas foi melhor para o café tradicional, seguido do café produzido no Brasil, Minas Gerais e sistema adensado. Para a análise de viabilidade do investimento na produção de café utilizou-se o método da taxa interna de retorno. Esta se apresentou bastante alta se comparada com as taxas de juros praticadas no mercado financeiro. O café tradicional apresentou a maior TIR (109%), seguido do café produzido no Brasil (84%), adensado (66%) e Minas Gerais (54%). Quando se utiliza a produtividade da fazenda em substituição à produtividade do talhão, a TIR em Minas Gerais cai para cerca de 28% e para cerca de 50% nos demais sistemas. A TIR apresentou-se mais sensível a variações no preço do café e nas reduções da produtividade do que na redução de despesas, sejam elas de formação ou de exploração. Conclui-se não ser economicamente recomendável a prática usual de abandonar o cafezal quando os preços do produto estão baixos. Esta prática reduz a TIR em proporções maiores que as reduções nas despesas de uma ou algumas safras, o que reflete na rentabilidade, no longo prazo. Interessa o lucro no longo prazo e não o prejuízo que possa estar ocorrendo em um determinado ano.
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    Séries temporais de volumes, preços e demanda no mercado exportador de café do Brasil
    (2003) Pacheco, Áurea Vaz; Teixeira, Sônia Milagres; Sachsida, Adolfo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estudo visa explicar variações de Demanda e Preço de Café no Brasil. Faz referência a variáveis de volumes de exportações, preços médios de exportação, renda dos consumidores, taxa de cambio e variáveis de clima (temperaturas mínimas e quantidades de chuvas em m.m). Estima um modelo de séries temporais em que cada série é analisada independentemente e selecionada a combinação de variáveis que melhor se ajusta às defasa-gens e variações no período, com informações mensais de 1964 a 2000. A hipótese testada é que a demanda por exportações de café brasileiro é afetada por preços médios das exportações, por taxa de cambio, Produto Nacional Bruto (GDP) do Estados Unidos e por variações climáticas, em séries temporais, defasadas, dada a característica perene da cultura, consequentemente da sua produção e exportações do produto. A experiên-cia na pesquisa constitui contribuição ao entendimento dos fluxos de preços nos mercados de commodities, para um setor importante do agronegócio brasileiro. Entre os resultados, o estudo mostrou a importância de inserir variável de clima (temperatura média mínima e pluviometria média mensal no período, em região impor-tante produtora), além das variáveis de preço médio, taxa cambio e a renda dos importadores ao explicar variações em volumes de exportações de café. A metodologia de estimação do modelo inclui determinação da estacionariedade das séries estudadas. O modelo estimado através do Mínimos Quadrados Ordinários, enri-quecido por uma análise de estacionariedade das séries, mostrando alta aderência aos dados, explicando 99,3% da variação global, ao prever valores próximos futuros de exportação, em função das variáveis men-cionadas. Dentre as elasticidades calculadas, estima-se que a cada dólar de acréscimo em preço, no mês t-5 corresponde declínio de 400 sacas exportadas no mês t.
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    Eficiência alocativa e sistemas de produção de café no Brasil
    (2003) Xavier, Lázaro Eurípedes; Noronha, José Ferreira de; Teixeira, Sônia Milagres; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A eficiência econômica na alocação de recursos, a rentabilidade e os sistemas de produção de café no Brasil foram analisados a partir de dados levantados na pesquisa desenvolvida pela Embrapa Café nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia. A amostra conta com 99 talhões que foram acompanhados durante os anos agrícolas de 1998/1999 e 1999/2000. Teve por objetivo saber se produzir café no Brasil era uma atividade lucrativa. Para a análise da eficiência econômica na alocação dos recursos produtivos, utilizou-se a função de produção Cobb-Douglas e ajustaram as funções de produção de café no Brasil, Minas Gerais. Neste último, separou-se o sistema, os talhões cultivados no sistema adensado do tradicional. Os resultados mostram que, em todos os modelos estimados, a produção aumenta com a idade da cultura, exceto para o café cultivado no sistema tradicional. Os dados da amostra indicam que o café mais novo é o Brasil adensado (5,5 ANOS), seguido de Minas Gerais (7,0 anos), Brasil (7,4 anos) e Brasil tradicional (10,5 anos). Os cafezais mais novos apresentam retornos econômicos marginais mais altos, entrando em decadência com o passar dos anos. Esta é uma clara indicação de que seria altamente recomendável, em nível de fazenda, estudar, especificamente, a idade ótima para renovação do cafezal. Na amostra do Brasil tradicional, a área do talhão está abaixo do nível ótimo econômico, portanto, o lucro da cafeicultura pode aumentar através do aumento da área cultivada com café, mas, nos outros modelos, haveria aumento de lucro se a área fosse reduzida. As despesas com a formação e manutenção, em todas as regiões e sistemas analisados foram feitas em níveis acima do ótimo econômico. Esta evidência sugere que os agricultores utilizaram mão-de-obra e outros insumos de forma equivocada, porque o período analisado foi posterior a uma fase de preços muito bons para o café, levando-os a manejar a cultura sem muita preocupação com os dispêndios financeiros. Os produtores não estão alcançando lucro máximo em relação aos gastos com aluguel de máquinas e equipamentos e benfeitorias. Nos modelos com área, estas despesas estão além do nível ótimo nas amostras Brasil e Brasil tradicional. Em Minas Gerais e Brasil adensado este fator se encontra aquém do nível ótimo, logo os produtores não estão alcançando lucro máximo em relação aos gastos com aluguel. É possível aumentar o lucro da empresa, na medida em que a proporção dos gastos com a colheita aumente relativamente aos outros fatores fixos. Pode-se estar indicando, também, que o produtor aplicou recursos produtivos em outras fases da cultura e, quando foi colher, sob condições que sinalizavam uma queda nos preços, negligenciou na colheita.