SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Eficiência alocativa e sistemas de produção de café no Brasil
    (2003) Xavier, Lázaro Eurípedes; Noronha, José Ferreira de; Teixeira, Sônia Milagres; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A eficiência econômica na alocação de recursos, a rentabilidade e os sistemas de produção de café no Brasil foram analisados a partir de dados levantados na pesquisa desenvolvida pela Embrapa Café nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia. A amostra conta com 99 talhões que foram acompanhados durante os anos agrícolas de 1998/1999 e 1999/2000. Teve por objetivo saber se produzir café no Brasil era uma atividade lucrativa. Para a análise da eficiência econômica na alocação dos recursos produtivos, utilizou-se a função de produção Cobb-Douglas e ajustaram as funções de produção de café no Brasil, Minas Gerais. Neste último, separou-se o sistema, os talhões cultivados no sistema adensado do tradicional. Os resultados mostram que, em todos os modelos estimados, a produção aumenta com a idade da cultura, exceto para o café cultivado no sistema tradicional. Os dados da amostra indicam que o café mais novo é o Brasil adensado (5,5 ANOS), seguido de Minas Gerais (7,0 anos), Brasil (7,4 anos) e Brasil tradicional (10,5 anos). Os cafezais mais novos apresentam retornos econômicos marginais mais altos, entrando em decadência com o passar dos anos. Esta é uma clara indicação de que seria altamente recomendável, em nível de fazenda, estudar, especificamente, a idade ótima para renovação do cafezal. Na amostra do Brasil tradicional, a área do talhão está abaixo do nível ótimo econômico, portanto, o lucro da cafeicultura pode aumentar através do aumento da área cultivada com café, mas, nos outros modelos, haveria aumento de lucro se a área fosse reduzida. As despesas com a formação e manutenção, em todas as regiões e sistemas analisados foram feitas em níveis acima do ótimo econômico. Esta evidência sugere que os agricultores utilizaram mão-de-obra e outros insumos de forma equivocada, porque o período analisado foi posterior a uma fase de preços muito bons para o café, levando-os a manejar a cultura sem muita preocupação com os dispêndios financeiros. Os produtores não estão alcançando lucro máximo em relação aos gastos com aluguel de máquinas e equipamentos e benfeitorias. Nos modelos com área, estas despesas estão além do nível ótimo nas amostras Brasil e Brasil tradicional. Em Minas Gerais e Brasil adensado este fator se encontra aquém do nível ótimo, logo os produtores não estão alcançando lucro máximo em relação aos gastos com aluguel. É possível aumentar o lucro da empresa, na medida em que a proporção dos gastos com a colheita aumente relativamente aos outros fatores fixos. Pode-se estar indicando, também, que o produtor aplicou recursos produtivos em outras fases da cultura e, quando foi colher, sob condições que sinalizavam uma queda nos preços, negligenciou na colheita.