SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
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Resultados da Pesquisa
Item Características químicas do solo e estado nutricional do café arábica(Embrapa Café, 2019-10) Krohling, Cesar Abel; Sobreira, Fabricio Moreira; Apostólico, Márcio Antônio; Rocha, Wendy de Andrade; Fornazier, Maurício JoséLavouras velhas de café arábica têm sido renovadas nas últimas décadas com a introdução de novas cultivares, uso das boas práticas agrícolas e mudanças no sistema de cultivo, com plantios mais adensados. Este trabalho teve como objetivo avaliar as características químicas do solo e o estado nutricional das folhas de diferentes cultivares de café arábica de quatro diferentes épocas de maturação dos frutos em plantio adensado, antes e depois da poda do tipo decote+esqueletamento, nas condições edafoclimáticas da região do Caparaó Capixaba. O estudo foi desenvolvido no Distrito de Celina, município de Alegre, ES, em campo de competição de cultivares implantado em 2009 (680m de altitude). Foram avaliadas 16 cultivares de café arábica de porte baixo em delineamento de blocos casualizados com quatro repetições e seis plantas por parcela. O espaçamento adotado foi de 2,00 x 0,60 m (8.333 plantas.ha -1 ); em 2016 as plantas foram esqueletadas e decotadas de modo tradicional. Foram realizadas amostragens de solo e folhas em 2016 e em 2018, dois anos após a poda. Os resultados mostram diferenças nas características químicas do solo e a concentração de teores de nutrientes absorvidos pelas folhas variou com as cultivares testadas. Podemos concluir que: i) a poda do tipo decote + esqueletamento aumentou o teor de todos os nutrientes nas cultivares testadas, dois anos após a poda; ii) a PCA mostrou que as cultivares de café mostraram diferença em relação à absorção e acúmulo de nutrientes nas folhas; iii) a decomposição do material podado fez aumentar a Matéria Orgânica do solo, após a poda; iv) o sistema de plantio adensado com novas cultivares de café arábica deve ser recomendado aos cafeicultores da Região do Caparaó.Item Comparação entre métodos não destrutivos de estimativa da área foliar em café arábica(Embrapa Café, 2019-10) Pereira, Dyanna Rangel; Adams, Mayanna Saad; Costa, Rhaiany Moreira dos Santos; Bono, José Antônio Maior; Pedrinho, Denise Renata; Rodrigues, Eduardo Campos; Pires, Túlio de Paula; Bothrel, Henrique Mendonça; Abrahão, Juliana Costa de Rezende; Ferreira, André DominghettiA área foliar de uma cultura é uma variável reconhecida por ser um indicativo da produtividade, já que o processo fotossintético ocorre a partir da interceptação da energia luminosa. Além disso, a estimativa da área foliar pode ser útil no entendimento de respostas das plantas a diferentes técnicas culturais em estudos agronômicos e fisiológicos, bem como auxiliar no processo de seleção indireta, visando maximizar o ganho com a seleção em programas de melhoramento genético. Assim, objetivou-se com o trabalho comparar métodos não destrutivos de estimativa indireta da área foliar em mudas de cultivares de cafeeiro arábica, bem como verificar a possibilidade de utilização da equação proposta por Partelli et al. (2006) para mudas de cafeeiro conilon em mudas de cafeeiro arábica. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Uniderp, Campo Grande - MS. Foram obtidas mudas de nove cultivares comerciais de café arábica, as quais tiveram todas as suas folhas avaliadas sete meses após a semeadura. Foram utilizados três métodos: Digital, com auxilio do software AutoCad para avaliação de imagens digitais; dimensões foliares, proposto por Barros et al. (1973) e comprimento da nervura central, proposto por Partelli et al. (2006). O experimento foi conduzido no delineamento de blocos casualizados com 20 repetições, sendo cada parcela constituída por uma muda e cada cultivar, um tratamento, totalizando 180 parcelas. Nota-se que as mudas das cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e Sarchimor MG8840 apresentam área foliar superior às demais cultivares avaliadas, independentemente do método de avaliação. Não houve diferença significativa entre os valores de área foliar estimados pelos métodos digital e de dimensões foliares proposto por Barros et al. (1973), de forma que ambos podem ser utilizados com precisão na estimativa da área foliar em Coffea arabica L. Já o método proposto por Partelli et al. (2006) para estimativa da área foliar em mudas de cafeeiro conilon apresentou valores subestimados de área foliar em mudas de cafeeiro arábica, não sendo adequado para estimativa desse caráter na espécie Coffea arabica L.Item Caracterização sensorial de progênies de café arábica em fase avançada de melhoramento genético no Espírito Santo(Embrapa Café, 2019-10) Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Ferrão, Maria Amélia Gava; Pereira, Lucas Louzada; Taques, Renato; Souza, Elaine Manelli RivaO café é um produto agrícola cujo valor comercial é vinculado à sua qualidade. Quanto melhores as suas propriedades, maiores serão os preços alcançados. A qualidade do café pode ser influenciada por um conjunto de fatores, destacando-se as características genéticas, as condições ambientais e práticas culturais empregadas, sobretudo na colheita, processamento e secagem. As características sensoriais podem ser influenciadas pela acidez da bebida, sabor e fragrância, entre outras. O Incaper desenvolve um programa de pesquisa na área de melhoramento genético que possui, entre seus objetivos, a caracterização da qualidade dos genótipos elites e em fase de pré-lançamento, para que as novas cultivares a serem lançadas e recomendadas para o Estado, distingam-se também por este importante atributo. Este trabalho visa a identificação de progênies com qualidade sensorial superior para subsidiar o desenvolvimento e recomendação de novas cultivares que aliem, qualidade genética à boa performance agronômica para o Estado. Foram analisadas amostras de 40 progênies elites de café Arábica do referido programa. Os resultados mostram que o comportamento das progênies é altamente influenciado pela safra e pela forma de processamento. A partir da análise de componentes principais foi possível agrupar os genótipos em três grupos em função da pontuação total alcançada para cada genótipo avaliado na análise sensorial, nos dois sistemas de processamento, considerando a média dos dois anos safras, permitindo indicar aquelas mais indicadas para se constituírem novas cultivares, desde que aliem este comportamento às outras características agronômicas e industriais.Item Identificação de progênies de café arábica portadoras de genes de Coffea racemosa com ciclo de maturação dos frutos precoce(Embrapa Café, 2015) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Pereira, Carlos Theodoro Motta; Carducci, Fernando Cesar; Mariucci Junior, Valdir; Costa, Kamila Carmezini; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Rocha, Leandro Miorim; Machado, Pedro; Shigueoka, Luciana Harumi; Brocco, Luis Antonio FerreiraEm regiões com temperaturas mais amenas não é indicado o plantio de cultivares de café tardias ou muito tardias, pois a colheita pode coincidir com o início da floração, além do risco de geadas nos frutos verdes. Em locais com temperaturas mais amenas ou com risco de geada existe uma escassez de cultivares dos ciclos de maturação precoce (ex., ‘Acaiá IAC 474-19’, ‘Icatu Precoce IAC 3282’, IAPAR 59) e muito precoce (ex., ‘Siriema’), dificultando o escalonamento da colheita em regiões cafeeiras com temperaturas médias anuais entre 18 e 19ºC. O objetivo desse estudo foi identificar cafeeiros com ciclo de maturação precoce e muito precoce em progênies de café arábica, portadoras de genes de C. racemosa. O experimento de campo foi instalado no IAPAR, em setembro de 2007, em Londrina, PR, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições e parcelas de cinco plantas no espaçamento de 2,5 x 0,5 m. Foram avaliadas 17 progênies F1RC6 derivadas de retrocruzamentos de diferentes genótipos de café arábica com uma planta F2 do genótipo C1195-5-6-2. Como padrões comparativos foram utilizadas as cultivares IAPAR 59, IPR 99 e Catuaí Vermelho IAC 81 que possuem, respectivamente, ciclos de maturação semiprecoce, semitardio e tardio. Foram avaliadas as características produção, vigor vegetativo e ciclo de maturação dos frutos. Foram identificadas 10 progênies F1RC6 de café arábica, portadoras de genes de C. racemosa com potencial para se tornarem cultivares com ciclo precoce e muito precoce.Item Resistência completa à ferrugem em progênies derivadas de IAPAR 59 portadoras de genes de cafeeiro arábico da Etiópia(Embrapa Café, 2015) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Costa, Kamila Carmezini; Carducci, Fernando Cesar; Mariucci Junior, Valdir; Azevedo, José Alves de; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Pereira, Carlos Theodoro Motta; Rocha, Leandro Miorim; Shigueoka, Luciana Harumi; Brocco, Luis Antonio FerreiraNa cultura do café, a ferrugem alaranjada, causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk. et Br., é uma das mais importantes doenças, pois seus danos afetam a produtividade do cafezal e aumentam os custos de produção. O uso de cultivares resistentes é um meio eficiente de controle da ferrugem. O objetivo desse estudo foi identificar progênies F4 de café arábica com resistência completa à ferrugem em Londrina-PR-Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições e parcelas de 10 plantas no espaçamento de 2,5 x 0,5 m. Foram avaliadas 19 progênies F4 derivadas do cruzamento (“Catuaí” x “Coffea arabica da Etiópia”) x ‘IAPAR 59’. Como padrões comparativos foram utilizadas as cultivares IAPAR 59 (resistente) e Catuaí Vermelho IAC 99 (suscetível). A resistência à ferrugem foi avaliada no ano de 2014 utilizando uma escala de notas variando de 1 a 5 com base na severidade e em condições de infecção natural com a população local de raças de ferrugem. Plantas com notas 1 e 2 foram consideradas com resistência completa e as com notas 3, 4 e 5 foram consideradas suscetíveis. Foi estimada a porcentagem de plantas com as respectivas notas de avaliação de severidade da ferrugem. Foram identificas quatro progênies F4 com 100% das plantas com resistência completa à ferrugem. Das 19 progênies F4 avaliadas somente quatro foram completamente resistentes e não diferiram estatisticamente do padrão resistente ‘IAPAR 59’, indicando que as raças de ferrugem presentes no local possuem muitos genes de virulência.Item Desempenho de genótipos de café arábica avaliados na região do Caparaó Capixaba(Embrapa Café, 2013) Ferrão, Maria Amélia Gava; Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Ferrão, Romário Gava; Souza, Elaine Manelli Riva; Polonini, Aldemar Moreli; Saldino, Fernando AntônioA avaliação de genótipos de café em diferentes ambientes constitui em uma etapa fundamental do programa de melhoramento de café arábica do Incaper, para seleção de genótipos com adaptação geral e específica a ambientes favoráveis e desfavoráveis. Assim, objetivou-se neste trabalho comparar o desempenho de 26 diferentes cultivares e progênies de café arábica com níveis variados de reação à ferrugem na região do Caparaó-ES, em local representativo da cultura, com cultivares testemunhas. O experimento foi conduzido sem irrigação e sem controle químico de doenças, no município de Iúna, a 630 m de altitude, em local com períodos de déficit hídrico importantes, temperatura amena e solo acidentado e seco. Foram avaliadas diferentes características agronômicas, sendo que neste trabalho foram discutidos apenas os dados de produção de grãos/ha do período de 2008 a 2013, analisados na soma de três biênios 2008-09 (1), 2010-11 (2) e 2012-13 (3). Verificou-se, nos anos de 2007 a 2010, déficit hídrico acentuado, refletindo em produções baixas. Observaram-se diferenças significativas para genótipos e para a interação genótipos x biênios. As médias de produção/ha foram de 31,68 sc/ha, 71,34 sc/ha e 76,37 sc/ha, para os Biênios 1, 2 e 3, respectivamente, com média geral dos biênios de 59,83 sc/ha. Com base na média geral dos biênios, sobressaíram os genótipos 'Catiguá MG1' (99,65 sc/ha), 'Pau Brasil' (80,98 sc/ha), Progênie Catucaí Amarelo Incaper (76,26 sc/ha), 'Oeiras' (72,54 sc/ha) e 'Topázio' (71,57 sc/ha). Esses resultados caracterizaram produtividades médias por ano de 36 sc/ha a 50 sc/ha para os referidos genótipos, em condição de déficit hídrico e no sistema não irrigado. Em adição, tais genótipos apresentaram elevado vigor em campo. Observou-se desempenho produtivo inferior das cultivares testemunhas. As cultivares do grupo 'Catuai' apresentaram produções médias do biênio de 52 a 62 sc/ha, que equivale a produtividades médias de 26 a 31 sc/ha. Os dados conjuntos mostraram diferenças de comportamento dos materiais genéticos nos diferentes períodos de avaliação. Os genótipos de destaque estão sendo avaliados para diferentes características agronômicas e de adaptação também em outras regiões, com objetivo de obtenção de maior acurácia nos resultados.Item Seleção de progênies de café arábica com resistência a ferrugem(Embrapa Café, 2013) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Shigueoka, Luciana Harumi; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Mariucci Junior, Valdir; Azevedo, José Alves de; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Jussiani, David Trevizan; Carducci, Fernando CesarO objetivo desse estudo foi selecionar progênies de café produtivas e com resistência à ferrugem em dois locais do Estado do Paraná (Brasil). Os experimentos de campo foram instalados no delineamento experimental em blocos ao acaso nos município de Itaguajé e Congonhinhas. Foram avaliadas as características produção, vigor vegetativo e resistência à ferrugem em nove progênies de café arábica e em três cultivares padrões. Vários genótipos derivados do “Sarchimor” e do “Catucaí” apresentaram plantas suscetíveis. Três cafeeiros do germoplasma Sarchimor e uma progênie “F6 de Catuaí x (Catuaí x cafeeiro da série BA-10)” foram selecionados para avanço de geração e têm potencial para se tornarem novas cultivares, pois apresentaram produção maior que ‘IAPAR 59’ e ‘Tupi IAC 1669-33’ e muitas plantas apresentaram resistência completa à ferrugem.Item Determinação de características desejáveis do cafeeiro (Coffea arabica L.) para a colheita mecanizada(Embrapa Café, 2013) Avelar, Rogner Carvalho; Botelho, Cesar Elias; Silva, Fábio Moreira da; Dias, Rodrigo Elias Batista Almeida; Santos, Milena Chrysti; Meirelles, Alessandro LeiteA cafeicultura brasileira vivencia um importante momento de transição em que o processo de colheita vem migrando do sistema manual para o sistema mecanizado. Diante desse fato uma grande demanda que se tem percebido entre os cafeicultores atualmente é o comportamento das cultivares recentemente lançadas em relação a colheita mecanizada. Dessa maneira o objetivo deste trabalho é identificar quais as características vegetativas das cultivares que influenciam na eficiência da colheita mecanizada do café. O trabalho foi conduzido na safra de 2011 e na Fazenda Experimental da Epamig de Três Pontas (FETP) na safra de 2011, com as seguintes cultivares: Acaiá Cerrado MG 1474 (testemunha); Catiguá MG 2; Paraíso MG H 419-1; Pau-Brasil MG 1; Sacramento MG 1; MGS Travessia; Topázio MG 1190. Foram avaliadas as seguites características vegetativas altura da planta, diâmetro da copa, o número de ramos plagiotrópicos primários, comprimento do ramo plagiotrópico primário e ângulo de inserção do ramo plagiotrópico. Também foi avaliada a força de desprendimento dos frutos e verde e cereja e a eficiência de derriça. Posteriormente foram feitas avaliações de correlação, a fim de se verificar qual a relação entre as características vegetativas e a eficiência de derriça das cultivares. Pelos resultados obtidos pode-se concluir que as cultivares Acaía Cerrado MG 1474, Paraíso MG H 419-1, Sacramento MG-1 e Topázio MG-1190, possuem um menor número de ramos plagiotrópicos primários, e apresentaram as melhores eficiências de derriça, observando-se correlação forte para esta característica e que força de desprendimento dos frutos cerejas apresentou correlação forte com a eficiência de derriça, sendo que quando menor a força de desprendimento dos frutos maior será a eficiência de derriça.Item Coffea racemosa e genótipos de café arábica com genes de Coffea racemosa, C. liberica e C. canephora submetidos ao déficit hídrico(Embrapa Café, 2015) Nagashima, Getúlio Takashi; Oliveira, Carolina Maria Gaspar de; Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Rosisca, Juliandra Rodrigues; Santana, Fábio Juliano de Castro; Rocha, Leandro Miorim; Satori, Altamara Viviane de SouzaFoi realizado experimento em condições de casa de vegetação, utilizando vasos com capacidade de 40 L cobertos com sacos de polipropileno para eliminar a evaporação da água, com a finalidade de avaliar características fisiológicas e morfológicas do cafeeiro, sob condições de déficit hídrico. Foram avaliados cinco genótipos, sendo: ‘Catuaí Vermelho IAC 81’, Coffea racemosa, H0104-11-1, ‘IPR 100’ e ‘IPR 103’. Os efeitos do déficit hídrico na fisiologia da planta foram mensurados através da fixação líquida do carbono, da transpiração, da diferença da temperatura foliar em relação a do ambiente. Estas variáveis foram avaliadas no tempo zero, nas plantas estressadas hidricamente (potencial total da água > -3,5 MPa) e nas plantas recuperadas após o retorno da rega. Avaliou-se também o peso específico foliar, o período dispendido para que as plantas atingissem o ponto de déficit hídrico em função da área foliar estimada, o crescimento relativo das plantas e o número médio de folhas, além da concentração de aminoácido prolina. Os resultados indicam que as trocas gasosas entre as cultivares não apresentam diferenças significativas independentemente do estado hídrico. O maior crescimento relativo durante o período foi de C. racemosa e a cultivar IPR 100 teve melhor recuperação pós déficit hídrico. Ambos genótipos apresentaram maior nível de prolina endógeno quando em déficit hídrico.Item Danos foliares em genótipos de café expostos a temperaturas negativas(Embrapa Café, 2015) Rosisca, Juliandra Rodrigues; Nagashima, Getúlio Takashi; Morais, Heverly; Caramori, Paulo Henrique; Sera, Gustavo Hiroshi; Oliveira, Carolina Maria Gaspar de; Andreazi, Elder; Aguiar e Silva, Marcelo Augusto de; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Sera, TumoruAs geadas (temperaturas negativas) podem comprometer a viabilidade econômica da cultura, pois provocam danos na folha e nos frutos nos anos de ocorrência, porém também pode afetar as produções subsequentes. Até o momento, não existem cultivares de café arábica com um bom nível de tolerância às temperaturas negativas. Apesar dos estudos já efetuados, é necessário confirmar a tolerância a temperaturas negativas em genótipos de café e verificar em quais temperaturas os diferentes cafeeiros são afetados. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar os danos foliares provocados pelas temperaturas negativas em C. racemosa e em genótipos de café arábica portadoras de genes de C. racemosa e C. liberica. O experimento foi conduzido no IAPAR em uma câmara de crescimento, onde cafeeiros foram submetidos às temperaturas -2 ºC, -3 ºC, -4 ºC e -5 °C, por um período de 1 hora. Os experimentos foram instalados no delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições de uma planta. As mudas foram submetidas por um período de aclimatização de 24h, com temperatura mínima de 5ºC e 60% de umidade relativa. Após a aclimatização, a temperatura foi reduzida linearmente, para atingir as temperaturas mínimas. Foram avaliados 10 genótipos, sendo quatro genótipos de Coffea arabica portadores de genes de C. racemosa, “H147/1”, ‘IPR 100’, ‘IPR 105’, C. racemosa, ‘Catuaí Vermelho IAC 81’ (testemunha sensível) e ‘Mundo Novo IAC 376-4’ (testemunha sensível). As avaliações dos danos foram efetuadas 24hs e 15 dias após a exposição às temperaturas negativas. Essas avaliações foram visuais utilizando uma escala de notas de 1 a 5, onde: 1 = ausência de dano; 5 = 100% da área foliar danificada. Coffea racemosa foi mais tolerante às temperaturas de -4ºC e -5ºC do que os demais cafeeiros, que foram todos sensíveis nessas temperaturas. Os cafeeiros arábicos portadores de genes de C. racemosa e C. liberica não foram tolerantes ao frio. “H 147/1”, que é um cafeeiro arábico portador de genes de C. liberica, foi mais sensível ao frio do que as testemunhas sensíveis. ‘Catuaí Vermelho IAC 81’ e ‘Mundo Novo IAC 376-4’ não apresentaram diferenças quanto à tolerância ao frio. As notas médias dos danos foliares foram maiores nas avaliações após 15 dias das plantas serem submetidas ao frio do que após 24 horas. Quando as plantas foram submetidas à temperatura de -4ºC, por 1 hora, foi possível separar melhor o genótipo tolerante das sensíveis. Em avaliações após 15 dias, a -3ºC, alguns genótipos não foram danificados. No geral, após 15 dias, danos foliares leves a moderados foram observados nas temperaturas de -2°C e -3°C, porém somente foram severos a partir de -4ºC, sendo que a -5ºC os danos foram muitos severos.