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Resultados da Pesquisa

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    A percepção e as estratégias de ação do pesquisador de café em sua rede colaborativa
    (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2011) Araújo, Uajará Pessoa; Antonialli, Luiz Marcelo; Guerrini, Fábio Muller; Oliveira, Renato Ferreira de
    Esta investigação investigou o papel da percepção, seus condicionantes e seus efeitos na lógica da ação dos pesquisadores na formação de parcerias, no âmbito da rede subjacente ao Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. Abalizado pela teoria institucional e pela teoria de redes, partiu-se da suposição de que a percepção dos agentes (sobre a sua posição/localização estrutural, os recursos disponíveis e a dinâmica de apropriação de recursos da rede) é significativa à medida que seria fator condicionante da estratégia de inserção dos pesquisadores na sua rede colaborativa. No estudo, recorreu-se: (a) à análise de conteúdo em entrevistas com pesquisadores; (b) à análise sociométrica de coautorias em artigos; (c) à análise sociométrica da escolha preferencial entre pesquisadores do café; (d) à análise multivariada de um banco de dados de subprojetos do Consórcio e de respostas a uma survey submetida aos responsáveis pelos subprojetos. Os resultados assinalam que o posicionamento estrutural do agente, ainda que relevante, não condiciona a percepção dos agentes e isso pode ter implicações nas suas estratégias de ação. Conjuminada a essa indicação, foi possível identificar um grupo de regularidades e lógicas de ação incidentes no conjunto de cientistas pesquisados. Seria nesse campo que o pesquisador praticaria a sua agência: onde monitora e percebe os recursos e as limitações da rede, se insere e aos colegas e mobiliza parcerias.
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    Efeito do fair trade na cooperativa de agricultores familiares de café de Poço Fundo, MG
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-04) Oliveira, Renato Ferreira de; Araújo, Uajará Pessoa; Santos, Antônio Carlos dos
    O Fair Trade é uma prática comercial que busca oferecer melhores condições financeiras a pequenos produtores do terceiro mundo, por meio de mecanismos que têm caráter de alterar a estrutura da cadeia de produção envolvida. Procurou-se, a partir de uma pesquisa exploratória, predominantemente quantitativa e transversal, investigar o efeito do Fair Trade sobre o elo produtor da cadeia, tentando inferir a coesão propiciada por essa intervenção na Cooperativa de Agricultores Familiares de Café (orgânico e convencional SAT - sem uso de agrotóxicos) de Poço Fundo, MG. A análise se sustentou na teoria do embeddeness de Granovetter, sob as perspectivas das redes sociais (nível de redes) e cadeias (nível dyadico) que levou o arcabouço teórico à psicologia social e ao institucionalismo. Os dados obtidos apontaram para alto nível de coesão, mas sinalizam para o surgimento de algumas cizânias entre produtores, divididos entre os antigos e os novos beneficiados do arranjo. Os pioneiros, que investiram na produção de café orgânico, apresentam maior grau de comprometimento com a iniciativa, o que corresponderia à sua maior mobilização de recursos, tanto econômicos como emotivos. Postula-se, ao final, que a integridade da cooperativa se sustentará à medida que ela consiga maior enredamento do grupo de produtores novos e dos optantes pelo café SAT.
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    Dinâmicas em redes aplicadas à pesquisa do café no Brasil
    (Universidade Federal de Lavras, 2011-04) Araújo, Uajará Pessoa; Antonialli, Luiz Marcelo; Guerrini, Fábio Muller; Gomes, Almiralva Ferraz
    A dinâmica de uma rede especifica de pesquisa sobre café no Brasil pode ser descrita mediante o emprego da análise sociométrica e de recortes da teoria de redes e do institucionalismo. Optou-se, neste trabalho, pela pesquisa do café, devido a uma característica que lhe peculiar: a ingerência de um Consórcio de alcance nacional, instrumento de intervenção inédito e até então único no cenário da pesquisa científica no país. Além de revelar as estratégias distintas de inserção das entidades centrais da rede – o que era seu objetivo primário – as evidências colhidas serviram para o exame de algumas hipóteses que frequentemente são tomadas como válidas, sem maiores questionamentos. Uma parte delas foi confirmada; outra, por exemplo, a relação entre densidade e coesão de Coleman, não passou incólume ao teste propiciado pela rede em consideração, o que deveria estimular o desenvolvimento de outras construções teóricas mesmo que circunscrita ao caso em estudo. Em paralelo, foi desenvolvido o indicador “Grau de Exogenia” que se mostrou útil à análise de rede de pesquisa; bem como foi possível oferecer uma descrição estrutural da rede em consideração.
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    Capital social na rede colaborativa de pesquisa do café no Brasil
    (Universidade de São Paulo, 2008-11-25) Araújo, Uajará Pessoa; Guerrini, Fábio Müller
    Pesquisadores de diversos campos do conhecimento têm investigado o arranjo em redes, na medida em que essa forma de governança se consolida como opção estratégica de número crescente de organizações em diferentes ambientes, submetidas à égide da competitividade e ao isomorfismo institucional. Uma das faces desse fenômeno é a erupção das redes colaborativas de pesquisas, também no Brasil, a partir da segunda metade da década passada. A presente investigação tomou como objeto de estudo a rede subjacente ao Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café com o objetivo de aferir o poder explicativo e preditivo do construto do capital social, de larga aceitação na teoria de redes – partindo da construção de um modelo dito “Aplicativo”, que se pretende testável e passível de conferir relações substantivas à teorização, capaz inclusive de permitir o confronto de seus achados com tentativas semelhantes de outros acadêmicos. O estudo contou com duas fases. A primeira fase foi prospectiva e se deu pela imersão nas transcrições de 39 entrevistas, na observação participante em eventos patrocinados pelo Consórcio e na análise documental de material atinente à pesquisa. A segunda fase utilizou-se das análises sociométrica e multivariada para examinar os dados: (1) da rede de co-autoria de 1495 artigos publicados em anais de Simpósios e de Congressos, (2) de 889 pesquisas (subprojetos) financiadas pelo Consórcio e (3) de uma survey aplicada ao universo de 397 líderes desses subprojetos que envolveram mais de 50 entidades (institutos, universidades, empresas). Assumindo seu caráter hipotético-dedutivo, predominantemente quantitativo e com fins descritivos e explicativos, o estudo resultou em uma contribuição para o entendimento do Consórcio e das estratégias de ligação entre pessoas e entidades dentro de uma rede colaborativa de pesquisa, comprovando-se a viabilidade de seu modelo de capital social. Além de suprir uma descrição sociométrica do objeto de estudo, a pesquisa encontrou uma relação positiva entre prestígio, participação em órgãos do Consórcio e participação em projetos com o volume de recursos amealhado pelo pesquisador – no que se constituiria em um efeito do capital social, que, no entanto, não se demonstrou eficaz em discriminar a visão dos pesquisadores em temas relevantes para a rede, favorecendo uma interpretação que confere maior grau de liberdade a esses agentes frente à estrutura, em contrário ao determinismo presente em outros estudos de rede.
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    Relação agência e estrutura em redes colaborativas: uma análise do consórcio brasileiro de pesquisa e desenvolvimento do café
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-11-14) Araújo, Uajará Pessoa; Antonialli, Luiz Marcelo
    Esta investigação foi realizada com o objetivo de expor a relação entre a agência e a estrutura dentro de uma rede colaborativa de pesquisa, específica e relevante, o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, há dez anos produzindo ciência no país. Para tanto, foi utilizado um modelo teórico- metodológico, desenvolvido a propósito. O modelo confere preponderância à percepção dos sujeitos, à medida que eleva a percepção dos agentes em relação à sua posição/localização estrutural, aos recursos disponíveis na rede e à dinâmica de apropriação de recursos da rede, fator condicionante da mobilização desses recursos e, conseqüentemente, da realização do Capital Social e de novos investimentos. Essa percepção seria, por sua vez, também parcialmente, condicionada pela estrutura, o que configuraria o caráter dual da relação estrutura-agente. Ainda que outros pesquisadores já tenham identificado essa dualidade, acredita-se que o modelo constitui um avanço ao atribuir a devida relevância a uma variável até então negligenciada: a percepção do agente. Para testar o modelo, recorreu-se: (1) à observação participante em três encontros – simpósio, congresso e fórum – do Consórcio; (2) à análise de conteúdo de 39 entrevistas com pesquisadores centrais de entidades centrais da rede, (3) à análise sociométrica de co-autoria de uma amostra 1.857 artigos técnicos, retratando a pesquisa do café no Brasil ao longo de 20 anos; (4) a análise sociométrica da escolha preferencial entre pesquisadores do café; (5) a análise documental de atas, publicações e material de divulgação; (6) a análise multivariada de um banco de dados que incluiu dados referentes a 889 subprojetos executados pelo Consórcio e as respostas de 236 questionários submetidos aos responsáveis pelos subprojetos. Avalia-se, com o apoio do conjunto de evidências, que o modelo sobreviveu ao teste de campo: foram encontradas indicações no sentido de que uma preocupação proposital com a percepção do agente teria faculdade de ensejar maior poder explicativo aos trabalhos de rede, e em especial, a aqueles de natureza mais quantitativa, em que a agência tem menor chance de se fazer presente. Além disso, a investigação revelou os padrões e regularidades incidentes sobre os pesquisadores objeto do estudo, bem como as lógicas de suas parcerias – o que pode vir a se constituir em uma contribuição para o entendimento da cooperação entre cientistas no Brasil.