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Item Expressão diferencial de proteínas em raízes de Coffea canephora infectadas com o nematóide endoparasita Meloidogyne paranaensis(2005) Andrade, Aretusa E.; Albuquerque, Erika V.S.; Sá, Maria Fátima Grossi de; Carneiro, Regina M. D. Gomes; Mehta, Angela; Embrapa - CaféMuitos estudos têm focado na caracterização funcional de proteínas codificadas por genes de resistência a diversos patógenos. Neste estudo, a expressão de proteínas durante a interação entre a planta de café resistente, Coffea canephora e o patógeno Meloidgyne paranaensis foi realizada. Raízes de C. canephora foram infectadas com inóculos do nematóide na fase de juvenis (J2) com aproximadamente 1000 larvas por planta no total de 24 plantas. As raízes foram coletadas em um intervalo de tempo de 3, 6 e 10 dias após a infecção. Raízes não infectadas foram utilizadas como controle. As raízes foram lavadas com uma solução de água e hipoclorito de sódio a 10%; congeladas e armazenadas a -80ºC . O material foi utilizado para extração de proteínas, que foram submetidas a eletroforese bidimensional (2-DE). Os resultados obtidos através de 2-DE revelaram várias proteínas diferenciais nos diferentes tempos após a infecção quando os mapas foram comparados à condição controle. Na análise dos mapas de tempo 3 , 5 proteínas diferencias foram visualizadas. Enquanto que os mapas de tempo 6 e 10 revelaram 6 e 5 proteínas diferenciais, respectivamente. Essas proteínas deverão ser identificadas através de espectrometria de massa na tentativa de associá-las ao processo de resistência ao nematóide Meloidgyne ssp , já que os mecanismos de defesa de plantas envolvem a expressão de proteínas específicas associadas ao reconhecimento do patógeno, ativando uma gama de outras proteínas responsáveis pela resistência.Item Controle biológico de Meloidogyne incognita em cafeeiros usando o isolado P10 de Pasteuria penetrans(2005) Carneiro, Regina M. D. Gomes; Almeida, Maria Ritta A.; Mesquita, Luís Fábio G. de; Cirotto, Pedro A.S.; Mota, Fabiane C.; Embrapa - CaféUma bactéria parasita obrigatória do nematóide das galhas, Pasteuria penetrans, cepa P 10, isolada a partir de fêmeas de Meloidogyne incognita, em raízes de bananeira, provenientes de Imperatriz, Estado do Maranhão, foi avaliada em condições de casa de vegetação, usando duas doses do bionematicida aplicado em muda de café ‘Mundo Novo’. As doses do produto, formulado em pó de raízes foram: 10 7 endósporos (5,0 g/muda) e 10 6 endósporos (0,5 g/muda). O substrato das mudas foi previamente tratado com essas duas doses de P. penetrans e depois de dois meses as plantas foram cultivadas em solos de diferentes texturas: solo argilo-arenoso (38% de argila, 2% de silte e 60% de areia) e solo arenoso (17% de argila, 0% de silte e 83% de areia). Quando as plântulas de café atingiram 30 cm de comprimento, foram inoculadas com 20,000 ovos de M. incognita (fenótipo de esterase I1). As plantas de café foram avaliadas aos 8, 16 e 24 meses após a infestação pelo nematóide. A eficiência do controle biológico foi avaliada pela redução do número de ovos no sistema radicular, variando de: 60 % (0.5 g em solo argilo-arenoso), 70% (5.0 g em solo argilo-arenoso) e 80 % (0,5 e 5,0 g em solo arenoso). O mecanismo de supressividade induzido pela bactéria foi avaliado pela porcentagem de juvenis do segundo estádio (J2) infectados por P. penetrans, número de endósporos aderidos /J2 e número de fêmeas infectadas. Os níveis de supressão mais elevados estiveram relacionados com o tempo, aumentando de 8 a 24 meses e com a porcentagem de areia no solo.Item Estudo da percolação de endósporos de Pasteuria penetrans em substratos para mudas de cafeeiro com diferentes texturas(2003) Carneiro, Regina M. D. Gomes; Jorge, C. L.; Neves, Dinaelia I. das; Mesquita, Luís Fábio G. de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA bactéria Pasteuria penetrans tem sido investigada por muitos pesquisadores no controle de Meloidogyne spp. em diversas culturas. Além de ser considerada antagonista eficiente no controle de fitonematóides, essa bactéria apresenta atributos favoráveis de um bom agente de controle biológico: especificidade ao hospedeiro, resistência dos endósporos ao calor e à dessecação, inocuidade ao homem, aos animais e ao meio ambiente, viabilidade dos endósporos por longos períodos de tempo e compatibilidade com outras medidas fitossanitárias. Entretanto, parece que vários fatores têm interferido na sua eficiência. Dentre estes, o efeito de propriedades do solo atua decisivamente sobre o parasitismo de P. penetrans como é o caso da lixiviação dos endósporos. Um dos objetivos do nosso subprojeto é introduzir a bactéria em mudas de cafeeiro em áreas infestadas pelo nematóide de galhas. Dessa maneira, um estudo da lixiviação desses endósporos em diferentes substratos para mudas é de fundamental importância. Foram avaliados substratos com diferentes texturas: Plant Max (cascas processadas, vermiculita expandida e turfa processada e enriquecidas em sua composição), solo muito argiloso (64% de argila, 11% de silte e 25 % de areia); franco argiloso (31% de argila, 46% de silte e 23 % de areia ), argilo arenoso (38% de argila, 2 % de silte e 60 % de areia), franco arenoso (17% de argila, 0% de silte e 83 % de areia) e areia pura (2% de argila, 0% de silte e 98 % de areia). O inóculo da bactéria utilizado foi de 5 gramas/muda de pó de raiz, contendo 4 x 10 7 endósporos da bactéria/ grama. Os substratos foram misturados ao pó de raiz, homogeneizados e colocados em saquinhos de plantio (10 cm de diâmetro por 20 cm de comprimento). Logo após, plântulas de cafeeiro contendo 2 pares de folhas foram plantadas nos saquinhos, sendo que bandejas para captação da água foram colocadas logo abaixo das mudas. O ensaio foi instalado em delineamento inteiramente casualizado com 6 tratamentos e 6 repetições. Foram avaliados, semanalmente, durante 12 semanas, o número de endósporos perdidos através da lavagem dos pratos e contagens em Câmara de Neubauer. Ocorreram grandes perdas de endósporos no substrato Plant Max e nos substratos com alta porcentagem de areia, sendo mais elevadas nos solos contendo areia pura e solo franco arenoso. Portanto o substrato ideal para mudas de café tratadas com P. penetrans deve conter altos teores de argila. Solos franco argilosos, muito argilosos e argilo arenosos foram ideais para veiculação de P. penetrans em mudas de café. As perdas de endóporos por lixiviação estão diretamente ligadas ao tamanho dos poros do substrato. À medida que aumenta a quantidade de partículas de argila no solo, o tamanho dos poros diminui, reduzindo assim a sua permeabilidade, percolação de água e de endósporos de P. penetrans. Além do mais, a maior quantidade de argila em um solo pode aumentar a capacidade de adsorção eletroquímica dos endósporos da bactéria sobre os colóides do solo, sendo estes adsorvidos às partículas de argila possivelmente por pontes de cátions com Ca 2+ e Mg 2+ . É por essa razão que os substratos Plant Max e com altos teores de areia permitiram a percolação de grandes quantidades de endósporos. Nos substratos com altos teores de argila não houve praticamente nenhuma percolação de endósporos.Item Estudo da adaptabilidade do isolado P10 de Pasteuria penetrans ao nematóide do café, Meloidogyne paranaensis(2003) Carneiro, Regina M. D. Gomes; Jorge, C. L.; Neves, Dinaelia I. das; Mesquita, Luís Fábio G. de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféDentre os organismos antagonistas aos nematóides de galhas utilizados em controle biológico, a bactéria Pasteuria penetrans destaca-se por ser um agente de biocontrole eficiente e bastante resistente às intempéries, persistindo no solo por vários anos. Segundo dados da literatura, a preferência hospedeira de um isolado particular da bactéria a uma espécie determinada de nematóide pode ser alterada através da propagação contínua da bactéria em uma outra espécie, ou seja, pode ocorrer adaptação da bactéria a um hospedeiro inicialmente não preferencial. Em trabalhos recentes, o isolado P10 de Pasteuria penetrans mostrou-se altamente virulento a M. javanica e M. incognita e medianamente virulento a M. paranaensis. Com o intuito de aumentar a patogenicidade desse isolado ao nematóide do cafeeiro, instalou-se um ensaio onde foram inoculadas plantas de tomate com 5000 juvenis de segundo estádio (J2) de M. paranaensis, contendo aproximadamente de 10 a 15 endósporos/J2. As plantas foram mantidas em casa de vegetação com temperatura variando de 25 a 30°C. Essas plantas foram avaliadas em intervalos consecutivos de três meses (dois ciclos do nematóide) por um ano, ou seja, 8 ciclos do nematóide. Foram avaliados os seguintes parâmetros: índice de galhas, número total de ovos/planta, % de J2 infestados, número médio de endósporos/J2 e % de fêmeas infectadas com a bactéria. Durante esse período, não foi observado um aumento significativo no parasitismo do isolado P10 a M. paranaensis. Apenas um ligeiro aumento foi observado após 6 meses e um posterior decréscimo nos próximos seis meses. O número de endósporos/J2 e a porcentagem de fêmeas parasitadas mantiveram-se em níveis bastante baixos não caracterizando uma adaptação do isolado a essa espécie de nematóide. Há indícios do estabelecimento de um nível de equilíbrio entre a bactéria e o nematóide, nunca caracterizando supressividade induzida pela bactéria. Os níveis de infestação do nematóide nas raízes aumentaram significativamente, cerca de 10 vezes após aproximadamente oito ciclos do nematóide.Item Seletividade fisiológica de populações de Meloidogyne incognita e Meloidogyne paranaensis quando multiplicadas durante sucessivas gerações em tomateiros e cafeeiros(2001) Carneiro, Regina M. D. Gomes; Jorge, C. L.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNeste trabalho foram utilizadas duas espécies de nematóides de galhas provenientes de cafeeiro, Meloidogyne paranaensis e Meloidogyne incognita raça 2, com o objetivo de estudar a seletividade fisiológica ou preferência de hospedeiros dessas duas espécies às plantas de café e tomate. As duas espécies de Meloidogyne foram multiplicadas nessas plantas durante dois anos. Plântulas de tomate cv. Santa Cruz e café cvs. Mundo Novo e Catuaí, com aproximadamente 15 cm de comprimento, foram inoculadas com 10.000 ovos/planta, sendo o delineamento inteiramente ao acaso, com seis repetições. Após três meses foram avaliadas as plantas de tomate e, após oito meses, as plantas de café. A multiplicação dos nematóides foi avaliada pelo índice de galhas ou ootecas e pelo fator de reprodução. Sobrevivência diferencial de indivíduos em populações de M. incognita e M. paranaensis foi observada nos dois cultivares de cafeeiros, quando essas plantas foram inoculadas com nematóides multiplicados em tomateiros. Essas duas populações de nematóides perderam significativamente a virulência ao cafeeiro após, aproximadamente, oito gerações em tomateiro. Tais populações são aparentemente polimórficas nos locus de virulência, de maneira que os alelos de virulência só podem ser detectados quando as populações multiplicadas em tomateiro são inoculadas em cafeeiro. As populações de nematóides das galhas multiplicadas em cafeeiro mostraram virulência intermediária quando inoculadas em tomateiro ‘Santa Cruz’.Item Caracterização isoenzimática e variabilidade intraespecífica dos nematóides de galhas do cafeeiro no Brazil(2000) Carneiro, Regina M. D. Gomes; Almeida, Maria Ritta A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO perfil de esterase foi altamente polimórfico e foi a técnica mais precisa na identificação das quatro principais espécies de Meloidogyne de café no Brasil, M. incognita, M. paranensis, M. exigua and M. coffeicola. As bandas secundárias do perfil das esterases forneceram informações para detectar variabilidade intraespecífica entre duas populações de M. incognita e três populações de M. exigua. A diferenciação de espécies e raças foi possível utilizando o teste de hospedeiros diferenciadores, mas este teste deve ser utilizado junto com os procedimentos morfológicos ou bioquímicos.