Biblioteca do Café

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    Post-harvest of coffee: factors that influence the final quality of the beverage
    (Revista Engenharia na Agricultura, 2022-04-27) Silva, Camilla Sena da; Coelho, Ana Paula de Freitas; Lisboa, Cristiane Fernandes; Vieira, Gerival; Teles, Maria Carolina de Abreu
    Brazil is the world’s largest producer and exporter of coffee and the second largest consumer market. Brazil offer differentiated and high quality products to maintain its leading position in coffee production and export. However, Brazilian coffee has suffered some limitations in its commercialization in the international market, due to qualitative aspects. The development of taste and aroma is highly complex, since hundreds of chemical reactions take place at the same time, such as the breakdown of proteins, polysaccharides, trigonelline and chlorogenic acid, mainly in the roasting process. Then, it is necessary that, in addition to pre-harvest management, there are post-harvest practices that meet consumer demands regarding the final quality of the beverage. Studies on physical and chemical changes in the composition of coffee beans must continue to be performed in a comprehensive manner, since factors such as damage to coffee beans, drying methods, processing, storage time, type of packaging and chemical components are directly related to sensorial properties and thus define the quality of the beverage at this point of view. Thus, the objective of this review was to relate the physicochemical, biochemical and physiological characteristics of coffee beans after harvest with the quality of the product after roasting.
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    Conservação de sementes de café arábica tratadas com óleos essenciais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-01-04) Coelho, Ana Paula de Freitas; Araujo, Eduardo Fontes; Carneiro, Antônio Policarpo; Freitas, Marcelo Ribeiro de; Araujo, Roberto Fontes
    O controle de fungos associados às sementes de café arábica (Coffea arabica L.) armazenadas é um desafio para os produtores de sementes e viveiristas, pois não há registro de defensivos químicos recomendados para a cultura e os produtos alternativos são escassos ou as informações de uso são incipientes. Além disso, elas possuem tolerância intermediária à dessecação e temperaturas baixas, dificultando a conservação simultânea das características fisiológicas e sanitárias durante o armazenamento. Alguns óleos essenciais, extraídos de plantas medicinais e aromáticas, podem conter compostos bioativos com ação bactericida, inseticida e/ou fungicida com aplicabilidade no tratamento de sementes, contanto que não prejudiquem a qualidade fisiológica. Objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade fisiológica e a qualidade sanitária das sementes de café arábica, tratadas com diferentes óleos essenciais, durante o armazenamento. Nos testes de qualidade fisiológica de teor de água, germinação, protrusão radicular, envelhecimento acelerado, características morfológicas do eixo hipocótilo-radícula (comprimento e massa seca) adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com fatorial 8 x 5, sendo seis tipos de óleo essencial, um fungicida sintético e um controle, por cinco tempos de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 meses), com três repetições. Enquanto nos testes de emergência e índice de velocidade de emergência em leito de areia adotou-se o delineamento em blocos, com fatorial 8 x 4, sendo seis tipos de óleo essencial, um fungicida sintético e um controle, por quatro tempos de armazenamento (3, 6, 9 e 12 meses), com três repetições. Para a avaliação da qualidade sanitária foi utilizado o teste de Blotter, adotando-se o delineamento em blocos, com fatorial 8 x 5, sendo seis tipos de óleo essencial, um fungicida sintético e um controle, por cinco tempos de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 meses), com três repetições. Foram avaliados o OE extraído de seis espécies medicinais e aromáticas (Rosmarinus officinalis, Cymbopogon citratus, Cymbopogon winterianus, Syzygium aromaticum, Eucalyptus globulus e Melaleuca alternifolia), aplicados na concentração de 1%, diretamente sobre sementes com pergaminho, com 25% de teor de água. Para controle, foi usado o fungicida sintético TECTO®, na dosagem de 1 ml kg-1 , e uma amostra sem tratamento, que recebeu apenas 5 ml de água destilada. As sementes tratadas foram acondicionadas em embalagem plástica (0,12 milímetros) e armazenadas em câmara fria (13 ±2 ºC e UR=70%) por 12 meses. Os resultados da qualidade fisiológica foram submetidos à análise de variância, sendo o efeito do fator tratamento comparado pelo teste Dunnett e o efeito do fator tempo analisado por regressão, ambos a 5% de probabilidade. Os dados de qualidade sanitária foram submetidos à análise estatística descritiva. As sementes tratadas com os óleos essenciais extraídos de Rosmarinus officinalis e Cymbopogon winterianus conservam a germinação e o vigor por nove meses de armazenamento. Os óleo essenciais extraídos de Rosmarinus officinalis, Cymbopogon citratus, Cymbopogon winterianus, Syzygium aromaticum, Eucalyptus globulus e Melaleuca alternifolia controlaram os fungos de armazenamento, Aspergillus e Rhizopus, e dos fungos de campo, Cladosporium e Fusarium, em sementes de café arábica por doze meses, mas não controlam os fungos de armazenamento do gênero Penicillium nas condições avaliadas.
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    Produção de café (Coffea arabica L.) em pergaminho oriundo de frutos verdes após armazenamento em água
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-18) Coelho, Ana Paula de Freitas; Melo, Evandro de Castro
    O Coffea arabica L. é um importante produto agrícola para a economia brasileira. Para assegurar a liderança no mercado mundial, é preciso adequar a produção aos critérios de sustentabilidade e de qualidade exigidos pelos consumidores. Os critérios de qualidade abrangem os aspectos físicos do grão e da bebida que originam. A máxima qualidade é esperada no fruto maduro, quando o endosperma está completamente formado. O grão oriundo de frutos verdes é um dos principais entraves para a oferta de café com qualidade, pois são considerados defeitos durante a classificação e prejudicam a qualidade da bebida. O cafeeiro possui frutos em diversos estádios de desenvolvimento no momento da colheita, devido a desuniformidade natural da floração. Quando a colheita é antecipada, seja por fatores ambientais ou escassez de mão de obra, há um aumento da quantidade de frutos verdes colhidos. O processamento por via úmida permite a separação dos frutos verdes e maduros, mas como os frutos verdes não são prioridade dos produtores na época da safra, sua qualidade tende a diminuir, bem como o seu valor de mercado. Tradicionalmente, eles são secos em sua forma integral e vendidos como café coco, por preços inferiores ao do cereja descascado. No entanto, são escassas as informações sobre o manejo adequando dos frutos verdes após o processamento. O descascamento dos frutos verdes de café pode influenciar na qualidade final, agregando valor ao produto, além de otimizar a utilização da mão de obra e da infraestrutura. O objetivo desse trabalho foi avaliar a produção de café em pergaminho, oriundo de frutos verdes, após armazenamento em água. O experimento foi conduzido em blocos inteiramente casualisados, com seis tratamentos (café cereja descascado; café verde manejado de forma tradicional; café verde armazenado descascado, seco em terreiro suspenso e de concreto; café verde armazenado não descascado, seco em terreiro suspenso e de concreto) e quatro repetições. Os frutos verdes armazenados permaneceram em reservatórios com água durante sete dias, e depois submetidos ao descascamento. Dois tipos de terreiro, suspenso e de concreto, foram utilizados para a secagem dos grãos e dos frutos após a etapa de descascamento. Os tratamentos foram comparados por características físicas (porcentagem de grãos retidos na peneira 16, peso hectolitro, índice de qualidade física e número de defeitos) e pela análise sensorial da bebida. Ao longo do experimento também foram feitos levantamentos sobre a porcentagem de frutos verdes colhidos, da uniformidade das amostras e do rendimento do descascamento após o armazenamento. O rendimento médio do descascamento dos frutos verdes armazenados foi de 62%. O café verde armazenado descascado apresentou peso hectolitro, número de defeitos e notas da análise sensorial, estatisticamente, iguais ao café cereja descascado. Os cafés armazenados não descascados e os cafés que receberam o manejo tradicional, foram classificados como “fora de tipo”, devido ao elevado número de defeitos. O café manejado de forma tradicional foi o único que apresentou bebida dura, enquanto os demais apresentaram bebida apenas mole. Não foram constatadas diferenças entre a secagem de frutos verdes em terreiro suspenso e de concreto. O descascamento, após o armazenando em água, promove a separação dos defeitos e influencia positivamente na qualidade sensorial da bebida, o que justifica a utilização dessa técnica para gerar maiores retornos econômicos aos cafeicultores.