Biblioteca do Café
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Item Histopathological characterization of Coffea arabica cultivar IPR 106 resistance to Meloidogyne paranaensis(Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", 2019-09) Shigueoka, Luciana Harumi; Dorigo, Orazília França; Arita, Lucas Yuuki; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Silva, Santino Aleandro da; Sera, Gustavo Hiroshi; Machado, Andressa Cristina ZamboniMeloidogyne species are widely distributed in coffee growing areas in Brazil, where M. paranaensis is responsible to significant losses to the crop. One of the main management strategies is the use of resistant cultivars, such as Apoatã rootstock and cultivars IPR 100 and IPR 106. However, the parasitic relationship between coffee and M. paranaensis in culti- vars carrying resistance genes has been poorly understood. The objective of this paper was to characterize the resistance response of Coffea arabica cv. IPR 106 to M. paranaensis. For this, penetration and histopathological studies were carried out using root tissues parasitized by the nematode. ‘IPR 106’ and ‘Mundo Novo’ (susceptible cultivar) seedlings were inoculated with 4,000 eggs of M. paranaensis and, 15 days after inoculation (DAI), roots were stained with fuch- sine to verify the penetration rates of the nematode. Histopathological studies were conducted at 15, 30, 45 and 60 DAI and nematode reproduction was calculated at 120 DAI. ‘IPR 106’ did not avoid completely nematode penetration at 15 DAI, although the number of nematodes was 50 % lower than in Mundo Novo, disregarding the hypothesis of a pre-infectional mechanism of resistance that could prevent nematode penetration completely. However, giant cells and col- lapsed nematodes were observed in ‘IPR 106’ at 30 DAI, suggesting that the resistance mecha- nism to M. paranaensis in ‘IPR 106’ involves a post-infectional response and could be mediated by a hypersensitive reaction.Item Suscetibilidade de Tephrosia sp. a Meloidogyne paranaensis, M. incognita e M. exigua(Embrapa Café, 2015) Machado, Andressa C. Z.; Matunaga, Daniela Sayuri; Dorigo, Orazília França; Silva, Santino Aleandro da; Sera, Tumoru; Sera, Gustavo Hiroshi; Ito, Dhalton ShiguerTephrosia sp. é planta nativa do continente Africano, utilizada como adubo verde, quebra vento ou com fins ornamentais. No Brasil, Tephrosia sp. é comumente utilizada na entrelinha de lavouras de café, em função da grande quantidade de matéria seca produzida e pela fixação de nitrogênio. Recentemente, Meloidogyne javanica foi detectado parasitando raízes de T. vogelii no Paraná. Em função do exposto e pela grande importância dos nematoides de galhas para a cafeicultura brasileira, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a reação de Tephrosia sp. aos principais nematoides da cafeicultura brasileira: M. incognita (Mi), M. exigua (Me) e M. paranaensis (Mp). O experimento foi realizado em casa de vegetação, inoculando-se 2.000 ovos de cada nematoide, individualmente, em mudas de Tephrosia sp. com 30 dias após a semeadura, em delineamento inteiramente casualizado e 6 repetições por nematoide. A avaliação foi realizada aos 60 dias após a inoculação, através da extração dos nematoides das raízes, para cálculo do fator de reprodução (FR) e número de nematoides por grama de raízes (nema/g). Os resultados mostraram que todas as espécies de nematoides de galhas avaliadas foram eficientes em parasitar Tephrosia sp., com FRs de 3,04 (Me), 24,19 (Mp) e 42,59 (Mi) e nema/g de 623 (Me), 2.245 (Mp) e 4.756 (Mi). Tais resultados mostram que a utilização de Tephrosia sp. na entrelinha de cafeeiros, em áreas infestadas, pode ser desastrosa para a lavoura, uma vez que a planta pode aumentar consideravelmente os níveis populacionais dos nematoides no solo, trazendo prejuízos à lavoura principal.Item Parasitismo de Meloidogyne incognita em arbóreas utilizadas no sombreamento de cafeeiros(Embrapa Café, 2015) Machado, Andressa C. Z.; Vanzo, Gino Leão; Dorigo, Orazília França; Santoro, Patrícia Helena; Silva, Santino Aleandro daConsórcios de café com fruteiras, espécies florestais de alto valor econômico de sua madeira e com seringueira têm sido praticados desde a década de 80. A associação de cafeeiros com outras árvores recebe as denominações de “sistema agroflorestal (SAF)” ou “arborização do cafezal”. Além da renda extra oriunda do cultivo de árvores associadas ao café, outros benefícios podem advir, como o sombreamento do cafezal, a utilização de quebra-ventos, que impedem a desfolha e evitam a entrada de patógenos, o que melhora a sustentabilidade do cafezal. Entretanto, a escolha da espécie arbórea a ser cultivada associada ao café deve ser criteriosa e levar em consideração vários fatores, entre eles as doenças, que podem ocorrer concomitantemente em ambas lavouras. Entre as doenças, destacam-se os nematoides, que são um dos principais problemas da cultura cafeeira. Em levantamento nematológico efetuado em áreas de café consorciado com as arbóreas Croton floribundus (“capixingui”), Heliocarpus popayanensis (“jangada”), Mimosa floculosa (“bracatinga de Campo Mourão”) e Mimosa scabrella (“bracatinga”) em Londrina, PR, observou-se a presença de galhas radiculares abundantes nas espécies citadas, embora sem sintomas evidentes na parte aérea. As amostras de raízes foram coletadas e levadas ao laboratório de Nematologia do IAPAR. Fêmeas do nematoide das galhas foram dissecadas das raízes e identificadas via eletroforese de isoenzimas, para comprovação da espécie. Em Os resultados obtidos para as corridas eletroforéticas mostraram que, para as espécies H. popayanensis, Croton floribundus, Mimosa floculosa e M. scabrella, a espécie identificada foi Meloidogyne incognita; vale ressaltar que essa espécie é um dos principais nematoides de lavouras cafeeiras. Tal observação demonstra a importância de conhecermos a reação de arbóreas a serem cultivadas em consórcio com cafeeiros aos principais nematoides da cultura, uma vez que tais plantas podem aumentar consideravelmente a população dos mesmos no solo, trazendo maiores prejuízos à lavoura principal. Além disso, a identificação da espécie de nematoide das galhas presente no cafezal também é de suma importância para o sucesso da lavoura cafeeira e para a escolha do manejo a ser adotado.Item Controle de Meloidogyne paranaensis em cafeeiro mediado pela aplicação de silício(Embrapa Café, 2015) Roldi, Miria; Dias-Arieira, Claudia R.; Dorigo, Orazília França; Silva, Santino Aleandro da; Machado, Andressa C. Z.O café (Coffea sp.) é uma cultura bastante afetada pela presença de fitonematoides, principalmente aqueles do gênero Meloidogyne. No Estado do Paraná, M. paranaensis é considerado o principal problema nematológico da cultura. O manejo ocorre quase que exclusivamente pelo uso de porta-enxertos resistentes, uma vez que poucas variedades resistentes estão disponíveis no mercado. A indução de resistência, utilizando-se o elemento silício, surge como opção para o manejo de M. paranaensis em café. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho é verificar o efeito do silicato de potássio no controle de M. paranaensis em cafeeiro. Para isso, mudas de café Mundo Novo foram tratadas com silicato de potássio e cloreto de potássio antes da inoculação de M. paranaensis, visando o controle desse patógeno. Constatou-se que, 120 dias após a inoculação de 2000 ovos de M. paranaensis por planta, as aplicações tanto de silicato de potássio quanto de cloreto de potássio foram eficientes em reduzir a população do nematoide, tendo como base o fator de reprodução e o número de nematoides por grama de raízes. Entretanto, efeitos adversos da aplicação dos produtos foram verificados no desenvolvimento das plantas de café, principalmente em relação à parte aérea. Estudos posteriores ainda são necessários para elucidar as relações bioquímicas e moleculares entre M. paranaensis e café quando ocorre a aplicação de silício. Contudo, em função dos resultados ora obtidos, sugere-se que a aplicação de silício constitui uma importante ferramenta para o manejo desse nematoide em lavouras de café infestadas.