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    Profundidade e local de amostragem de solos para fins de avaliação da fertilidade em um cafezal adubado com nitrogênio no cerrado
    (2003) Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Sanzonowicz, Cláudio; Gomes, Antônio Carlos; Sampaio, João Batista Ramos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O experimento foi conduzido no campo experimental da Embrapa Cerrados em Planaltina - DF, localizado na latitude 15°34'30" S e longitude 47°42'30" W. Grw., a 1007 metros de altitude. O clima é caracterizado como tropical chuvoso de inverno seco. O solo é classificado como Latossolo Vermelho, textura argilosa. O cafezal foi formado em janeiro de 1981 com a cultivar Mundo Novo MN 379-19 no espaçamento de 3,5 x 1,5 m (1904 plantas por hectare). Em setembro de 1997, foi realizado decote a uma altura de 1,50 m. As parcelas foram constituídas por três fileiras com doze plantas em cada uma e a área útil formada com as dez plantas da linha central. As doses foram aplicadas em quatro parcelamentos por ano, sendo que a primeira dose foi aplicada no início das chuvas (outubro) e, a última, no início de abril de 2001. Os tratamentos com N foram aplicados no ano agrícola de 1997/98 e constituídos da seguinte maneira: Testemunha (tratamento 1), 100 kg de N por hectare na forma de uréia aplicados a lanço sob a saia do cafeeiro (tratamento 2), 200 kg de N por hectare na forma de uréia aplicados a lanço sob a saia do cafeeiro (tratamento 3), 300 kg de nitrogênio por hectare na forma de uréia aplicados a lanço sob a saia do cafeeiro (tratamento 4), 100 kg de nitrogênio por hectare na forma de uréia aplicados em sulcos paralelos a projeção da copa do cafeeiro (tratamento 5), 100 kg de N por hectare na forma de nitrato de amônio aplicados a lanço sob a saia do cafeeiro (tratamento 6). Anualmente era feita a adubação de manutenção a lanço na projeção da copa, e consistia na aplicação de 250g de super simples/cova, 200g de KCl/cova, 20g de ZnSO 4 /cova e 20g de bórax/cova . Em 1999 e 2000 foram aplicados a lanço sob a saia do café, 1 tonelada por hectare de calcário dolomítico. Os seis tratamentos foram distribuídos num delineamento experimental em blocos casualisados com três repetições. As amostras de solo foram coletadas na entrelinha, na projeção da copa e sob a saia do cafeeiro. Cada amostra foi composta de 10 subamostras retiradas com trado holandês, nas profundidades de 0-5, 0-10, 0-20, 20-40 e 40-60 cm. Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo teste F. Quando ocorreu diferença significativa entre as médias dos tratamentos utilizou-se o teste de Tukey a 5%. As variáveis analisadas foram: pH, matéria orgânica, Al, P e K. O pH sofreu uma menor variação na entrelinha para todas as profundidades amostradas, pois não foram aplicados fertilizantes nos últimos 4 anos nesse local, caracterizando o efeito acidificante das duas fontes de N usadas. Sob a saia do cafeeiro foi encontrado no tratamento 4 o maior nível de acidez, proporcionando um aumento de pH de 0,76 em relação a testemunha. Os valores de pH no tratamento 6 não apresentaram diferença significativa em nenhuma profundidade amostrada, indicando que o nitrato de amônio gerou uma menor alteração de pH ao longo do perfil do solo. Para análises de pH as amostras devem ser retiradas na projeção da copa até 20 cm de profundidade. As maiores médias para matéria orgânica foram encontradas na camada de 0-5 cm na entrelinha. Na projeção da copa e sob a saia do cafeeiro a matéria orgânica apresentou médias semelhantes em todas as profundidades amostradas. Para a determinação da matéria orgânica as amostras podem ser coletadas até 20 cm de profundidade. A maior concentração de Al foi encontrada na camada de 0-5 cm sob a saia do cafeeiro. A partir de 20 cm de profundidade as amostras retiradas na projeção da copa registraram os maiores teores de Al, indicando a necessidade da realização de amostras até a camada de 60 cm de profundidade com o objetivo de monitorar os níveis de acidez.Os dados obtidos para o potássio mostram o efeito da lixiviação desse nutriente no perfil do solo. Em todas as profundidades amostradas os maiores níveis de K foram encontrados sob a saia do cafeeiro. A partir da profundidade de 40 cm os valores encontrados na entrelinha e na projeção da copa não diferem estatisticamente entre si, comprovando que o K pode ser amostrado na projeção da copa e sob a saia do café até 40 cm de profundidade.