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Resultados da Pesquisa

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    Análise da expressão de seqüências de genes tipo RGA em espécies de Coffea resistentes e susceptíveis ao nematóide Meloidogyne exigua
    (2003) Orsi, Cíntia H.; Maluf, Mirian Perez; Gonçalves, Wallace; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Apesar de não ser a espécie de nematóide mais patogênica ao cafeeiro, M. exigua provavelmente é a que causa mais danos na agricultura. Estimativas da redução no crescimento de plantas em viveiro e no campo e de perdas na produção pelo ataque deste patógeno mostraram ser bastante significativa. A utilização de variedades resistentes é a alternativa preferencialmente utilizada para o controle de nematóides. Entretanto, até o momento, apenas o cultivar Apoatã (C. canephora) apresenta resistência a nematóides, e é utilizado como porta-enxerto para os cultivares de C. arabica, os quais são extremamente susceptíveis. Uma vez que os mecanismos de resistência a patógenos não são bem conhecidos, a dificuldade de se identificar precisamente os genes envolvidos é elevada. Uma abordagem adotada para a identificação destes genes em outras espécies vegetais tem sido a utilização de similaridades moleculares entre estes. Assim, genes relacionados com mecanismos de resistência têm sido clonados a partir de indivíduos naturalmente resistentes. Para a identificação de análogos de genes de resistência, RGAs, em diferentes espécies é utilizada a homologia presente nos domínios protéicos de sítio de ligação a nucleotídeos e região rica em leucina (NBS-LRR). Através desta metodologia, foram identificadas duas famílias distintas de RGAs em diferentes espécies de café. Este trabalho teve como objetivo o estudo dos mecanismos de resistência a nematóides, a partir da avaliação da expressão de RGAs em plantas de café resistentes e susceptíveis, na presença e ausência do nematóide M. exigua. Para tal, foram desenhados oligonucleotídeos específicos para RGAs de café, a partir das seqüências de RGAs identificadas em trabalho anterior. A expressão destes genes foi avaliada através da metodologia de RT-PCR em progênies de café segregantes para a resistência a M. exigua. As progênies são provenientes de linhagens do cultivar Icatu Vermelho, variedade de C. arabica. Como resultado desta avaliação foi observada a expressão basal de RGAs em raízes não-inoculadas. Além disso, verificou-se que plantas resistentes e susceptíveis apresentaram padrões distintos de expressão de RGAs, observados ao longo do tempo após a inoculação de M. exigua. Esta variação é mais acentuada durante o período de estabelecimento do sítio de alimentação em células da raiz infectada pelo nematóide. Análises de restrição das seqüências expressas demonstraram que estas não possuem polimorfismos na região avaliada. Este trabalho representa o primeiro passo para o entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos na resistência de cafeeiros a nematóides. Estudos de regulação gênica e de transdução de sinal são os próximos passos para a elucidação deste mecanismo de resistência da planta.
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    Estratégias de pesquisa e desenvolvimento para aumento da competitividade da cafeicultura paulista
    (2003) Bliska, Flávia Maria de Mello; Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Thomaziello, Roberto Antonio; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Gonçalves, Wallace; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A redução na representatividade da cafeicultura paulista no cenário agrícola nacional, em relação a outras regiões brasileiras produtoras de café, tem gerado grande apreensão, tanto entre os agentes que compõem os diferentes segmentos dessa cadeia produtiva, como entre os agentes dos ambientes organizacional e institucional que oferecem suporte à cadeia do café, principalmente pesquisadores, extensionistas rurais e autoridades responsáveis pela formulação e implementação de políticas públicas no Estado de São Paulo. Este estudo teve por objetivo direcionar as atividades do setor de pesquisa e desenvolvimento - P&D - da cafeicultura paulista, para estudos que possam subsidiar decisões dos formuladores de políticas públicas e dos componentes dos diferentes segmentos da cadeia produtiva do café no Estado de São Paulo, buscando o aumento da participa-ção dessa cadeia produtiva no agronegócio brasileiro. Procurou-se localizar regionalmente o esforço de P&D da cafeicultura paulista, no contexto de alavancagem de vantagens de origem, e elaborar propostas de áreas estratégicas a serem enfocadas nos próximos anos por esse setor, que permitam aprimorar as vantagens competitivas tecnológicas e não-tecnológicas da cadeia produtiva do café no Estado de São Paulo. Realizou-se uma análise diagnóstica, de acordo com a metodologia proposta por CASTRO et al. (1995 e 1998). A coleta de informações baseou-se no levantamento de dados secundários e na realização de entrevistas com pessoas chave da cadeia produtiva, tais como dirigentes de agroindústrias, técnicos e produtores rurais e consumido-res, de acordo com o Método Rápido (Rapid Rural Appraisal - RRA, TOWNSLEY, 1996). Foram identificados os fatores críticos ao desempenho da cadeia produtiva, ou seja, as variáveis que podem afetar positiva ou negativamente seu desempenho, resultando em impactos que podem limitar as vantagens comparativas de atuação da cadeia produtiva em análise. A seguir foram identificadas e classificadas as demandas por conhe-cimentos e tecnologias capazes de reduzirem o impacto provocado pelas respectivas limitações: D1 - demandas cujas soluções encontram-se disponíveis nas Instituições de Pesquisa; D2 - demandas não-disponíveis, exigindo atividades de geração de tecnologia; D3 - demandas de soluções dificultadas por problemas conjunturais ou estruturais, que fogem à ação direta das Instituições de Pesquisa. A análise dos resultados mostrou que as soluções para parte significativa das demandas da cafeicultura paulistas encontram-se disponíveis nos Institu-tos de P&D relacionados a essa cadeia produtiva, enquanto as soluções para outra parte dos fatores limitantes à competitividade da cafeicultura fogem à ação direta das Instituições. Embora muitas demandas da cadeia do café em São Paulo ainda não tenham soluções disponíveis, cabendo ao segmento de P&D a busca das soluções e ao governo e ao setor privado o seu financiamento, grande parte das demandas poderá ser atendida via difusão de tecnologia, especialmente por meio da assistência técnica e da extensão rural, na busca de maiores produtividade e qualidade, via investimentos em infra-estrutura, especialmente apoio logístico, e via reavaliação dos sistemas tributário e de financiamento à cultura. As estratégias não tecnológicas deverão beneficiar todas as regiões produtoras paulistas, enquanto as estratégias tecnológicas deverão trazer benefícios específicos a cada uma das regiões produtoras do Estado.
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    Resistência a Meloidogyne exigua em cafeeiros derivados do Híbrido de Timor
    (2003) Gonçalves, Wallace; Pereira, Antônio Alves; Silvarolla, Maria Bernadete; Braghini, Masako Toma; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O parque cafeeiro arábico brasileiro é constituído, quase que exclusivamente, de cultivares suscetíveis a Meloidogyne exigua Goeldi, 1887. Esse nematóide apresenta importância primária como parasita, devido a sua ampla disseminação e pelos prejuízos que causa a cafeicultura brasileira. O efeito do parasitismo desse nematóide no cafeeiro arábico pode causar decréscimos de 50 a 68% nas produções iniciais de cafeeiros infestados. Várias ações são preconizadas para minimizar os danos acasionados pelos fitonematóides. Uma delas é a obtenção de cultivares portadores de resistência genética aos fitonematóides. A possibilidade de êxito dessa estratégia de manejo é grande, visto ser Coffea canephora fonte de resistência a M. exígua. Como a resistência a nematóides pode ser específica a raça (s) e ou espécie (s) e com recente constatação da existência de variabilidade intraespecífica em M. exígua (raças 1 e 2) objetivou-se, neste trabalho, investigar a reprodução de duas populações deste parasita, em 80 plantas matrizes derivadas do cruzamento da cultivar Catuai com progênies de Híbrido de Timor, em gerações avançadas (F 3 , F 4 e F 5 ). Esse material genético faz parte do programa de melhoramento do cafeeiro em execução na EPAMIG. Os resultados obtidos atestam a grande possibilidade de obtenção de cultivares tipo arábica, principalmente derivados do Híbrido de Timor, com porte baixo, alto potencial de produção, vigor e, notadamente, resistentes a M. exígua e a ferrugem (Hemileia vastatrix Berk . Br)
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    Obatã Amarelo IAC4739, uma nova seleção de café de frutos amarelos derivada de Obatã
    (2003) Fazuoli, Luiz Carlos; Medina, Herculano Penna; Gonçalves, Wallace; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Braghini, Masako Toma; Gallo, Paulo Boller; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A progênie Obatã Amarelo IAC 4739 é proveniente de um provável cruzamento natural da cultivar Obatã IAC 1669-20 com ‘Catuaí Amarelo’ ocorrido em um experimento estabelecido em Garça na área experimental Dr. Alcides Carvalho da Garcafé. A cultivar Obatã IAC 1669-20 que lhe deu origem foi desenvolvida no IAC de Campinas e é resultante de uma hibridação inicial de Villa Sarchi com o Híbrido de Timor (CIFC 832/2) efetuada no Centro Internacional das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), em Oeiras, Portugal. Posteriormente, em Campinas ocorreu um provável cruzamento natural entre um cafeeiro de uma progênie F 2 do híbrido inicial e outro da cultivar Catuaí Vermelho de Coffea arabica e que após várias gerações de seleção resultou na cultivar Obatã, que apresenta elevada resistência à ferrugem, ótima produtividade, porte baixo, frutos vermelhos maiores que as da cultivar Catuaí e com maturação tardia. No processo de seleção, um experimento foi estabelecido em Garça na área experimental Dr. Alcides Carvalho, que contava também com progênies de cafeeiros Catuaí Amarelo utilizadas como testemunha. Sementes da planta original IAC 1669-20, cova 16 B desse experimento foram retiradas por diversos anos. Neste processo foram identificadas nas gerações seguintes plantas de frutos amarelos com as mesmas características da cultivar Obatã IAC 1669-20, resultantes provavelmente de cruzamentos naturais entre cafeeiros Obatã e Catuaí Amarelo. As primeiras seleções de plantas amarelas de Obatã foram efetuadas em 1992 na Estação Experimental de Mococa em um campo de seleção e posteriormente em 1999 em outra plantação de cafeeiros Obatã em Campinas. Outras seleções foram efetuadas em Alfenas-MG na fazenda Capoeirinha, em Garça na fazenda da Mata, em Franca e em outros locais. Sementes das melhores plantas de frutos amarelos foram retiradas por várias vezes e os cafeeiros obtidos foram plantados com a finalidade de avaliar o seu potencial produtivo. A progênie derivada da cultivar Obatã que apresenta boa produção, frutos amarelos e resistência à ferrugem foi designada por Obatã Amarelo e recebeu a sigla IAC 4739.