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    Efeito da pulverização de solução de sacarose na produtividade de cafeeiros (Coffea arabica L.)
    (2003) Livramento, Darlan Einstein do; Alves, José Donizeti; Bartholo, Gabriel Ferreira; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Magalhães, Marcelo Murad; Pereira, Thatiane Abrahão; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Os cafeicultores, ás vezes, chegam a adotar determinadas técnicas de manejo que na maioria das vezes, aumentam os custos de produção, sem, no entanto trazer benefícios econômicos. No caso da aplicação de solução de sacarose via foliar, ela tem sido recomendada com uma fonte alternativa de carbono as plantas com o objetivo de aumentar a produção. Entretanto a maioria dos experimentos com aplicação de sacarose via foliar foi realizada em combinação com outros sais, não sendo possível verificar o seu efeito isoladamente. Devido a falta de pesquisas mais conclusivas sobre este assunto, os cafeicultores tem utilizado essa prática de manejo alternativo como forma de recuperar lavouras depauperadas, aumentar de produção e até mesmo promover uma diminuição no processo de intoxicação por glifosato. Em virtude desses fatos instigantes, foi instalado dois experimentos na Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso (EPAMIG), com o objetivo de verificar o efeito da pulverização foliar de solução de sacarose na produtividade de cafeeiros. Foi utilizado um talhão de Coffea arabica L. cultivar Catuaí IAC 15 com 7 anos de idade no espaçamento 3,8 x 0,8m. O solo onde está implantada a lavoura foi classificado como Latossolo Vermelho distroférrico (LVd). A média das temperaturas e das precipitações da região é de 20,8º C e 1470 mm respectivamente e uma altitude local de 890m. O primeiro (2001) e o segundo (2001 e 2002) experimento foram montados em delineamento em blocos casualizados onde cada experimento era constituído de 10 épocas de aplicação e três posições de pulverização da solução de sacarose (metade superior da planta, metade inferior da planta e pulverização na planta toda). A solução de sacarose foi aplicada na concentração de 2 %, com o uso de pulverizador costal motorizado, sendo utilizado 300 ml de solução por planta. Utilizou-se três repetições por tratamento (combina-ção de época e posição de aplicação da solução de sacarose). Cada repetição era formada de 5 plantas no total sendo as três centrais a parcela útil. Todos tratamentos receberam os tratos culturais pertinentes para a época, inclusive a testemunha que só não recebeu a pulverização com solução de sacarose. Foram realiza-das as seguintes avaliações de características reprodutivas: produção em duas posições na planta (metade superior e metade inferior da planta) e produção da planta toda. Também na parte superior e inferior da planta, por ocasião da colheita, avaliou-se, peso de 100 frutos cereja (matéria fresca e matéria seca) e porcentagem de frutos chochos. Para o primeiro experimento os resultados obtidos mostraram que a pulverização de sacarose a 2 % foi mais eficiente no aumento de produtividade em comparação com a testemunha, quando realizada na metade superior das plantas, nas combinações de épocas: agosto + setembro, agosto + outubro e agosto + novembro. Para pulverização na metade inferior da copa as melhores combinações foram: agosto + setembro e agosto + outubro. Na pulverização da planta toda os melhores tratamentos foram: agosto + novembro e agosto + setembro + outubro + novembro. No segundo experimento que se iniciou em agosto de 2001 e foi conduzido até maio de 2002 os melhores resultados no aumento de produtividade em comparação com a testemunha, para pulverização na metade superior da planta, foram as seguintes combinações de época: agosto + setembro + março + maio, agosto + setembro + outubro + novembro + dezembro + janeiro + fevereiro + março + abril + maio e somente no mês de março. Para pulverização somente na metade inferior da copa os melhores resultados foram: agosto + setembro + outubro + novembro + dezembro + janeiro + fevereiro + março + abril + maio e também somente no mês de março. Na pulverização da planta toda, as combinações de época, que proporcionaram um aumento de produtividade foram: janeiro + março e agosto + setembro + março + maio e janeiro + março. Vale ressaltar que as plantas que foram pulverizadas na metade para cima e metade para baixo da copa receberam o dobro da quantidade de solução de sacarose 2%.
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    Aplicação do ácido cítrico em soluções para irrigação e/ou fertilização: prevenção de obstruções de gotejadores e/ou remocão de obstruções
    (2003) Vilella, Luís Artur Alvarenga; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Silva, Enilson de Barros; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nogueira, Francisco Dias; Costa, Claudionor Camilo; Senna, Juliano Ramos de; Junqueira, José; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Foi delineado e construído um equipamento com madeira, mangueiras e conexões de plástico, braçadeiras e tubos gotejadores para avaliação de vazão de soluções ferruginosas, fosfatadas e acidificadas com doses de ácido cítrico. Cinco dias por semana, coletavam-se as soluções vazadas através dos gotejadores. Foram feitas duas avaliações da vazão, sendo a primeira no dia dezesseis de Setembro de 2002 e a segunda e última no dia dez de Fevereiro de 2003. Como fonte de ferro utilizaram-se dois materiais: sulfato ferroso e óxido de ferro (III) fabricado pela Bayer. Como fonte de fósforo utilizou-se o super fosfato triplo e como produto acidificante utilizou-se o ácido cítrico anhidro. A reposição dos produtos era feita cinco vezes por semana, completando volume de água até atingir 50L. Observou-se que a menor vazão (1,4L/h) foi registrada no tratamento 4 (2,5 g sulfato ferroso e 3,12g de super fosfato triplo). Foi constado que a vazão dos tratamentos contendo ácido cítrico reduziu-se, porém permaneceu dentro do Valor Nominal estabelecida pelo fabricante dos gotejadores. O resultado da aplicação do ácido cítrico preveniu a ocorrência de obstruções. A pequena redução de vazão no tratamento 4 (sem ácido cítrico), qualifica bem os gotejadores testados. Isto talvez possa ser explicado pela qualidade da matéria prima empregada nas membranas protetoras.
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    Variabilidade espacial de atributos físicos em solo de cerrado utilizado com cafeicultura submetidos a dois manejos - Ano agrícola 2002-2003
    (2003) Borges, Elias Nascentes; Gontijo, Ivoney; Jorge, Ricardo Falqueto; Casarotti, Daniel da Costa; Silva, Ademar Maximiano da; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Rodrigues, Gilson Marcelino; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Solos cultivados intensamente com a cultura do cafeeiro, não raramente apresentam problemas na parte física do solo, afetando todo o processo de conservação do solo, comprometendo dessa maneira, a sustentabilidade de todo o processo agrícola. A expansão da cafeicultura no cerrado ocorre com investimentos elevados em variedades, adubações, irrigações, controle de pragas e doenças. Contudo, pesquisas da qualidade do ambiente do solo para a cultura, com mapeamento georeferendados visando a constituição de um banco de dados de atributos físicos do solo são escassos para possibilitar adoção de técnicas de manejo mais sustentáveis. Objetivou-se nesse trabalho criar um banco de dados georeferenciados, comparando os atributos físicos em dois sistemas de manejo para controle de plantas daninhas no cafeeiro. Foram instaladas duas malhas amostrais de 45 x 55 m, contendo cada uma 45 pontos eqüidistantes (5 x 8 m), georeferenciados com o uso do GPS, uma com o controle de plantas daninhas com herbicida de contato, e a outra malha com controle de plantas daninhas com uso de gradagens sucessivas nas entrelinhas, foram demarcadas numa lavoura de café variedade Mundo Novo (376/19) pertencente à Estação Experimental da EPAMIG, Patrocínio - MG. As determinações dos níveis de compactação foram obtidas com o uso do penetrômetro de impacto e as amostragens de solo para a determinação das densidades do solo e de partículas bem como a porosidade total do solo, efetuadas nas profundidades de 0 - 20 cm e 20 - 40 cm nas regiões do meio da rua, linha de tráfego do trator e "saia" do cafeeiro. Observou-se que não houve diferença significativa dos valores de densidade e porosidade nas diferentes regiões amostradas no manejo das plantas daninhas com herbicida; no manejo com grade o valor da densidade foi significativamente menor na região da saia do cafeeiro demonstrando o efeito do manejo nessa região do cafeeiro. Os valores de resistência à penetração foram estatisticamente diferentes nas três regiões estudadas, apresentando valores crescentes na "saia" do cafeeiro, meio da rua e linha de tráfego do trator, em ambos os manejos adotados, demonstrando o grande efeito compactador de todo o maquinário utilizado no manejo do cafeeiro.
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    Respostas do cafeeiro sobre sistemas de plantio adensado, à adubação com macronutrientes na região Sul de Minas
    (2003) Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Garcia, Antônio Wander Rafael; Silva, Enilson de Barros; Japiassú, Leonardo Bíscaro; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Furtini, Antônio Eduardo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A obtenção de altas produtividades em curto prazo, com conseqüente redução do custo de produção por saca de café, tem sido a razão para muitos cafeicultores optarem pelo plantio do cafeeiro no sistema adensado. Vários fatores devem ser considerados na escolha do espaçamento da lavoura como, o tamanho da propriedade; a declividade do terreno; a disponibilidade do uso de máquinas e implementos para a aplicação dos tratos culturais e operações de pré e pós-colheita; a disponibilidade de mão-de-obra na região; a cultivar a ser plantada; o clima da região e a sua influência na maturação dos frutos; a ocorrência de pragas e doenças; o custo de formação etc. A população média dos cafezais de Minas Gerais é de 1800 plantas/ha. Esta densidade de plantio condiciona uma pequena população de plantas por área e uma baixa produção nas primeiras colheitas. O aumento da densidade de plantio proporciona uma menor produção por planta e conseqüentemente uma menor demanda em nutrientes que aliada a uma melhor eficiência na utilização dos fertilizantes faz com que se utilize uma menor quantidade relativa destes por área.A eficiência da utilização dos fertilizantes aplicados deve-se à maior densidade radicular, à menor lixiviação dos minerais, ao menor escorrimento de água no solo devido à proteção proporcionada pelas folhas e à reciclagem dos nutrientes decorrentes da mineralização do material orgânico superficial. O aumento da população de cafeeiros por unidade de área proporciona alterações ambientais que melhoram a fertilidade do solo. Observa-se um aumento do pH, dos teores de Ca, Mg, K e P, e do carbono orgânico, do índice de estabilidade dos agregados e da umidade do solo e, uma redução nos teores de alumínio. Em nossas condições são pouquíssimas as informações relativas à adubação do cafeeiro sob condições de adensamento, quanto aos macro e micronutrientes, sendo que a maioria dos resultados estão ainda em situação não conclusiva para a recomendação das adubações. Este experimento teve como objetivo estudar respostas aos macronutrientes nas fases de formação e de produção do cafeeiro, sob condições de plantio adensado, na Região Sul de Minas Gerais. Foram instalados desde o plantio dois experimentos, um em São Sebastião do Paraíso e outro em Três Pontas, em solos mais utilizados para a cultura do cafeeiro.Um outro experimento em lavoura já formada foi instalado também no município de Três Pontas. Nos dois ensaios de lavoura em formação, plantados em março de 1997, utilizou-se a cultivar catuaí CH 20 57.2.5.99, e na lavoura já formada a cultivar utilizada foi a Mundo Novo Acaia LCP 474/19, plantada em 1995. As plantas dos ensaios ficaram espaçadas de 2,0 x 0,75 m utilizando-se uma população de 6.666 plantas por hectare. O delineamento experimental a ser utilizado foi um fatorial fracionado (4 x 4 x 4)1/2 perfazendo um total de 32 parcelas (4 doses de N, 4 de P2O5 e 4 de K2O). Como a adubação de plantio e de primeiro anos utilizou-se 100 Kg de N; 400 de P2O5 e 100 Kg de K2O/ha e de 160 kg de N e de K2O/ha, respectivamente, comum a todos os tratamentos. No segundo ano, as doses foram de 50, 150, 250 e 350 kg de N e de K2O/ha. A adubação na fase de produção, tanto para os ensaios em formação quanto para o experimento de lavoura já formada, aplicou-se as seguintes doses 100, 250, 400, 550 kg/ha de N e de K2O e de 0,60,120 e 180 kg de P2O5 kg/ha/ano. O regime pluviométrico no período referente as quatro primeiras produções, foi irregular e abaixo do normal, registrando-se em Varginha déficits hídricos de 305,7mm em 1999, 217,0mm em 2000, 226,6mm em 2001 e 172,9mm em agosto de 2002. Para a avaliação do experimento foram colhidas as safras de 1999 a 2002. As produtividades obtidas no período foram inferiores as consideradas ótimas para lavouras adensadas, o que pode ser atribuído a falta de água no solo, pois experimentos com irrigações em áreas próximas obtiveram ganhos de produções de até 70% o que justifica em parte, a baixa resposta aos níveis maiores de nutrientes utilizados.Conclui-se que menores doses de NPK utilizadas foram suficientes para as produtividades obtidas; o potássio foi o nutriente de menor resposta, onde doses menores também foram suficientes para as produções; o nitrogênio na maioria dos anos aumentou significativamente a produção.
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    Respostas do cafeeiro sobre sistema de plantio adensado, à adubação com zinco, na região Sul de Minas
    (2003) Garcia, Antônio Wander Rafael; Japiassú, Leonardo Bíscaro; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pozza, Adelia Aziz Alexandre; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Experimentos realizados em lavouras de café plantadas no sistema tradicional demonstraram pouca eficiência no fornecimento do zinco aplicado em cobertura, quando o solo utilizado era de textura média a argilosa. No presente trabalho está sendo estudado o efeito do sulfato de zinco aplicado via solo, em lavoura adensada na fase de formação, supondo que no decorrer do tempo as raízes mais superficiais, neste sistema de plantio, poderiam melhor aproveitar o Zn e assim dispensar o fornecimento deste nutriente via foliar, pela dificuldade de efetuar pulverizações neste sistema.O experimento foi instalado em Três Pontas - MG, em LVA fase cerrado, textura argilosa. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em parcelas subdivididas, constando de 7 tratamentos, 4 repetições e 21 plantas para cada subparcela, sendo conside-radas úteis as 5 plantas da fileira central. Os tratamentos, constaram-se da ausência de Zn (Trat. 1), quatro doses de sulfato de zinco (Trat. 2 a 5) 5, 10, 20 e 40 g de sulfato de zinco/cova, respectivamente, e uma aplicação de 13 g de óxido de zinco/cova (Trat. 6), todos aplicados via solo em cobertura, comparados a 3 aplicações foliares/ano de sulfato de zinco a 0,5% (Trat.7). A lavoura escolhida para o ensaio foi da cultivar catuaí amarelo H.2077-25.74, plantada em fevereiro de 1996 no espaçamento de 2,00 x 0,70m. A instalação do experimento e a aplicação das doses de Zn no solo se deram em novembro de 1998 nas subparcelas I e II e, em novembro de 1999 as mesmas doses foram reaplicadas apenas na subparcela I. O uso de Zn no solo, em diferentes doses, não influenciou de forma significativa o aumento das produções. Na subparcela I, onde repetiu-se as doses via solo no segundo ano, houve uma tendência de redução da produção em relação à subparcela II. Os teores de Zn no solo, na camada de 0-20 cm e na camada de 20-40 cm, foram influenciados proporcionalmente pelas doses aplicadas, mostrando que houve um caminhamento do elemento no solo. Os teores de zinco foliares, em junho de 2002, foram semelhantes para todos os tratamentos que receberam adubação deste elemento via solo, e semelhantes à testemunha, com teor em torno de 8 mg/kg e abaixo do nível limiar (10 mg/kg). Somente o tratamento 7 cujo fornecimento de Zn foi por via foliar, apresentou 12,0 mg/kg de Zn, superior aos demais tratamentos, onde as produções foram ligeiramente superiores. Os teores de Zn no solo na testemunha de 2,2 mg/dm 3 foram suficientes para atender à demanda das plantas. Concluiu-se que: teores de 2,2 mg/dm3 de Zn no solo foram suficientes para a obtenção de uma produtividade próxima a 37 sacas beneficiadas por hectare; após 4 anos da aplicação de zinco na superfície do solo, houve um caminhamento do nutriente no solo nas diferentes doses e fontes utilizadas; a aplicação de 20g de sulfato de Zn por cova ao longo dos anos tem mostrado ser uma boa dose a ser recomendada para uma maior produtividade em relação às outras doses e fontes, via solo; três aplicações foliares promoveram teores foliares da ordem de 12,0 mg/kg de Zn e produtividade próxima à testemunha.
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    Modelos de sustentabilidade da estrutura de um latossolo vermelho cultivado com cafeeiros
    (2003) Miranda, Elka Élice Vasco de; Dias, Moacir de Souza; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O uso de máquinas agrícolas na região dos Cerrados tem alterado suas propriedades físicas, podendo causar degradação de sua estrutura com conseqüente compactação. O objetivo deste estudo foi desenvolver modelos de sustentabilidade da estrutura para um Latossolo Vermelho, cultivado com cafeeiros, em função da pressão de preconsolidação e da umidade para as condições com e sem tráfego. O experimento foi conduzido na região de Patrocínio (MG), usando os seguintes sistemas de manejo: cultivo convencional de cafeeiro (CCC) por 27 anos, cultivo de cafeeiro não convencional (CCNC) por 10 anos, manejo convencional por 3 anos e um com manejo convencional e irrigado por pivô central, por 6 anos. As pressões de preconsolidação foram obtidas nas curvas de compressão através do ensaio de compressibilidade. As amostras indeformadas foram coletadas na projeção da saia do cafeeiro e na linha do tráfego dos equipamentos. O modelo de sustentabilidade da estrutura do Latossolo Vermelho foi do tipo s p = 10 (a + b U) . Através do uso deste modelo foi possível identificar o efeito do manejo e do tráfego sobre a estrutura do solo nas diferentes profundidades.
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    Resposta do cafeeiro à microcalagem com hidróxido de cálcio e uso de gesso agrícola
    (2003) Silva, Enilson de Barros; Senna, Juliano Ramos de; Milene, Cláudia Nascente; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nogueira, Francisco Dias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura de Minas Gerais, encontra-se implantada basicamente em Latossolos que requerem o uso de corretivos e adubações intensivas pois são caracterizados por acidez elevada, baixa saturação por bases, alta saturação por alumínio. Esta adversidade é superada pela prática da calagem como corretivo e fonte de nutrientes (Ca e Mg). No entanto, altas doses de calcário aplicadas de um só vez ou também as calagens freqüentes, modificam abruptamente o balanço catiônico do solo, tornando-o inadequado ao desenvolvimento das plantas, ocasionando desordens fisiológicas e queda de produção. Realmente, desordens fisiológicas são visuais em cafezais que receberam elevada quantidade de calcário, sendo mais comum a clorose foliar típica de deficiência de Zn. O uso de gesso agrícola vem possibilitando a diminuição dos problemas gerados pela acidez subsuperficial e, em conseqüência, a exploração pelo sistema radicular das plantas de camadas mais profundas do solo, o que implica em maior aproveitamento de nutrientes no perfil e incluindo o fornecimento de enxofre e bases em profundidade, propiciando maior tolerância a déficit hídrico. O objetivo deste trabalho foi verificar a resposta do cafeeiro em produção de grãos submetido à microcalagem com hidróxido de cálcio e uso de gesso agrícola. Foi conduzido um experimento de campo na Fazenda Experimental da EPAMIG (MG) em Latossolo Vermelho distroférrico (pH em água - 5,8; P - 1; K - 42; S-SO4-2 - 1 mg dm-3; Ca - 1,1; Mg - 0,5; Al - 0,2 cmolc dm-3; V - 35%) de textura argilosa em São Sebastião do Paraíso. Usou-se, cafezal da espécie Coffea arabica, L. da cultivar Catuaí Vermelho IAC-99 com idade de três anos, com uma planta por cova no espaçamento 2,5 x 0,8 m. O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema de fatorial 3 x 4 utilizando-se três níveis de gesso agrícola (G0 = 0, G1 = 875 e G2 = 1.750 kg ha-1) e quatro de níveis de hidróxido de cálcio (HC0 = 0, HC1 = 5,8, HC2 = 11,6 e HC3 = 17,4 kg ha-1) com quatro repetições. O hidróxido de cálcio foi aplicado com uma diluição de 1.500 L de água por ha no fundo do sulco, após o aterramento, sendo assim utilizou-se uma quantidade de 375 mL de água por metro linear. A parcela experimental foi constituída de três linhas de dez covas, formando um total de 30 covas por parcela, sendo considerada como parcela útil as oito covas centrais. A adubação fosfatada, foliar de B e Zn, controles fitossanitários e tratos culturais foram os recomendados para cultura do cafeeiro. Avaliações foram a produção de grãos de duas safras de 2001 e 2002. As variáveis estudadas foram submetidas à análise de variância. O ajuste do modelo de superfície de resposta para produção de grãos utilizando-se o procedimento Proc Reg do Statistical Analysis System (SAS) for Windows. Verificou-se pela análise da produção de grãos de café que houve diferença significativa somente para safra 2002 e média das safras 2001 e 2002, o que sugere um comportamento diferenciado da aplicação dos níveis de gesso agrícola e hidróxido de cálcio. A produção de grãos na safra 2002 em relação aos níveis de gesso e hidróxido de cálcio foi ajustada uma superfície de resposta linear (Y = 37,78 + 0,011675**G - 0,0179167**HC, R2 = 0,90) e quadrática para média das duas safras (Y = 18,87 + 0,0130286**G - 0,0000039**G2 - 0,0440517**HC, R2 = 0,99). Através de cálculos matemáticos obteve-se pelas equações ajustadas, a estimativa da produção máxima de 56 e 30 sacas ha-1, a qual foi obtida pela aplicação de 1.750 e 1.648 kg de gesso agrícola e 17,4 e 0 kg de hidróxido de cálcio por ha para safra 2002 e média das duas safras, respectivamente.
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    Manejo da calagem e gessagem para o cafeeiro em latossolo vermelho-amarelo de Patrocínio, Minas Gerais
    (2003) Baldotto, Marihus Altoé; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Freire, Francisco Morel; Neves, Júlio César Lima; Cantarutti, Reinaldo Bertola; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nacif, Antônio de Pádua; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Grande parte da cafeicultura de Minas Gerais encontra-se implantada em solos ácidos, com baixa disponibilidade de Ca 2+ e Mg 2+ . Embora a calagem seja uma prática de uso generalizado nas lavouras, persistem, ainda, questionamentos sobre as doses recomendáveis, efeito residual, localização ideal de aplicação do calcário, tanto na implantação, como ao longo dos anos e sobre o uso da mistura de calcário com gesso, visando a movimentação de S e de bases em profundidade, aumentando assim o desenvolvimento do sistema radicular, e permitindo exploração de maior volume de solo em relação à água e aos nutrientes. Este estudo teve como objetivos: verificar o efeito da calagem e da calagem+gessagem na reação do solo, nas características químicas do solo e na produtividade de cafeeiros em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, em Patrocínio-MG; comparar doses maiores aplicadas em área total, com doses menores em faixas; determinar as doses de calcário e da mistura calcário+gesso, a serem aplicadas no plantio e sua reposição nos anos seguintes que maximizem economicamente as produções de café; e verificar o efeito da calagem e da calagem+gessagem, nos teores de cátions na camada superficial, e na movimentação de S em profundidade. O experimento consistiu de 44 tratamentos, correspondente a uma matriz mista (baconiana com fatorial), sendo que em 23 deles o calcário foi aplicado em 100 % da área (área total) e nos 21 restantes, aplicou-se em 33 % da área (faixa). Verificou-se que as características químicas do solo, comportaram-se diferencialmente ao se compararem os calcários de diferentes reatividades estudados, apesar de não ter havido, na produtividade do cafeeiro, efeito diferenciado em resposta à reatividade. As aplicações de calcário em faixa ou em toda a área, resultaram em produções de café, na primeira colheita, que, em média de doses, não diferiram entre si, apesar dos valores das características químicas do solo terem sido mais afetados pelas aplicações de doses maiores em toda a área. A forma da reposição da calagem não resultou em aumento de produção de café, na primeira colheita. O uso de gesso, em média, não promoveu diferenças em produtividade, na primeira colheita, mas resultou em movimentação de Ca 2+ e de Mg 2+ , e aumentou os teores de S em profundidade. O manejo da calagem e gessagem, recomendável de acordo com a primeira produção do cafeeiro, é a aplicação localizada em faixa, com reaplicação, também em faixa, a partir do segundo ano, de acordo com a análise de solo do respectivo ano.
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    Matéria seca da parte aérea (MSPA) de Coffea arabica L., influenciada por diferentes graus de compactação e fornecimento de zinco em um latossolo vermelho-amarelo distrófico
    (2003) Santos, Gislene Aparecida dos; Dias, Moacir de Souza; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Furtini, Antônio Eduardo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Em função da introdução de normas visando a preservação dos recursos naturais, os produtores de café têm demonstrado interesse na identificação, quantificação e minimização dos efeitos de suas atividades sobre o solo, de tal maneira que seja possível através de estudos, adaptar suas atividades de maneira condizente ao desenvolvimento de uma atividade cafeeira sustentável. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar em casa-de-vegetação o desenvolvimento das plantas de cafeeiro influenciadas por diferentes graus de compactação e doses de zinco. O experimento foi instalado em esquema fatorial (4x2x3), sendo quatro doses de Zn (sem aplicação; 10; 20 e 40 mg dm-3 de Zn); dois graus de compactação (60% e 80%) sendo estes calculados a partir dos dados da curva de compactação obtida em laboratório através do ensaio de Proctor Normal, e três repetições. O solo para cada vaso (1,8 dm-3) recebeu calagem; adubação básica e a fertilização com o Zn permanecendo incubado por 22 dias. Após este período a compactação do solo foi feita diretamente no vaso utilizando o soquete do ensaio de Proctor Normal. O transplante foi feito em estádio de "orelha de onça" conduzindo o ensaio por cinco meses. O corte rente ao solo possibilitou a separação de parte aérea e raiz os quais foram secos em estufa com circulação de ar forçado até atingir peso constante. Após pesagem e analisados estatisticamente verificou-se que para o grau de compactação 60%, houve um incremento na produção de matéria seca da parte aérea com o aumento da dose de Zn, atingindo um máximo de produção. Já para o grau de compactação 80%, obteve-se uma produção menor, mesmo com o aumento da dose de Zn aplicada. Provavelmente a maior compactação do solo, causando um menor arejamento, menor disponibilidade de água e menor difusão de Zn, afetou o crescimento das plantas de cafeeiro.
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    Fontes e doses de fósforo no desenvolvimento e produção do cafeeiro, em solo sob vegetação de cerrado do município de Uberlândia-MG
    (2003) Melo, Benjamim de; Marcuzzo, Karina Velini; Teodoro, Reges Eduardo Franco; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Carvalho, Hudson de Paula; Schincariol, Osmar; Araújo, Fernando Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Os solos sob vegetação de cerrado possuem baixa fertilidade, com elevada acidez e escassez generalizada de nutrientes, particularmente o P, que é, por outro lado, fortemente adsorvido pelos mesmos. Devido a estas características, o uso da adubação fosfatada corretiva é normalmente recomendado, visando aumentar o nível de P disponível no solo. Com esta prática, utilizam-se quantidades elevadas de P, havendo uma tendência ao acréscimo do consumo deste nutriente. Desta forma, torna-se necessário desenvolver trabalhos de pesquisa visando eliminar ou, pelo menos, atenuar estes fatores limitantes da produtividade, pois as características edafoclimáticas próprias da região dos cerrados tornam impossível a transferência total de tecnologias geradas em outras áreas agrícolas do país. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de fontes e doses de P (P2O5) no desenvolvimento e produção do cafeeiro, (Coffea arabica L.). O experimento foi conduzido na área do Setor de Cafeicultura do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia - ICIAG - UFU, localizada na Fazenda Experimental do Glória, Br 050, Km 78, no período de janeiro de 2000 a julho de 2002. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 4 x 5, com quatro repetições; sendo os fatores: 4 fontes de P (fosfato de Araxá, termofosfato magnesiano - "Yoorin master", fosfato de ARAD e superfosfato triplo) e 5 doses de P (0; 125; 250; 500 e 1000 g de P2O5 por metro de sulco). A parcela foi constituída por uma linha com oito plantas, sendo adotada como área útil as quatro plantas centrais. Utilizaram-se plantas da cultivar Acaiá Cerrado MG - 1474. Por ocasião da instalação do experimento foram realizadas uma aração, duas gradagens e calagem, com a aplicação de 800 Kg de calcário dolomítico por ha, para elevar a saturação por bases para 60%. Em seguida, os sulcos foram abertos a uma distância de 3,5 m entre linhas, aplicando-se as diferentes fontes e doses de P, conforme os tratamentos considerados. O plantio foi realizado em 25/01/2000, a uma distância de 0,7 m entre plantas na linha. As plantas daninhas foram controladas com a aplicação de herbicidas pré-emergentes ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle de pragas e doenças foi realizado sempre que necessário e baseado em amostragem geral no experimento. Aos trinta meses após o plantio foram avaliadas as seguintes características vegetativas: altura de planta, diâmetros de caule e de copa e número de internódios do ramo ortotrópico. Foi determinada, ainda, a produtividade do cafeeiro, em sc/ha e Kg/ha. Concluiu-se que o fosfato de Araxá, termofosfato magnesiano, fosfato de Arad e o superfosfato triplo apresentaram a mesma eficiência no desenvolvimento e produtividade e que a dose de 650 g de P2O5 por metro de sulco, independente da fonte utilizada, proporcionou maiores diâmetros de copa e maior produtividade do cafeeiro.