Biblioteca do Café

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    Museu do café ‘Francisco Schmidt’; velha aspiração da cafeicultura
    (1958-12) Martins, Araguaya F.
    Deve-se a iniciativa a operoso professor de Ribeirão Preto – Milhares de pessoas visitam anualmente a fazenda onde foi instalado o museu. Ribeirão Preto, (Araguaya Feitosa Martins, enviado especial de A Rural) – Distando aproximadamente 4 quilômetros do centro desta cidade está localizado o Museu do Café ‘Francisco Schmidt’. O museu foi edificado na Fazenda Monte Alegre, que pertenceu ao saudoso cel. Francisco Shmidt, Rei do Café em sua época. A iniciativa é devida a Plínio Travassos dos Santos, combativo e operoso professor da localidade. Fazendo jus a merecido repouso após a aposentadoria preferiu dar forma a uma velha aspiração da cafeicultura. Para se aferir do interesse despertado pela iniciativa basta que se diga que em 1957 12600 pessoas visitaram o Museu. A velha ideia para sua concretização custou muitos anos de infatigável trabalho.
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    História do café no Brasil
    (1959-11) Martins, Araguaya F.
    Affonso de T. Taunay em um dos volumes de sua pormenorizada „História do Café no Brasil‟, rememora alguns fatos curiosos enfrentados pela preciosa bebida no passado. A propósito escreve: „Pensa Jacy, sempre apoiado em Ebn-Abd-Algaffar, que entre 1985 (sic) e 1495, teria sido a bebida adotada em Meca e logo depois em Medina, ao norte da pátria de Mahomet, de onde, como era de se esperar, se propagou ao Egyto, entre 1495 e 1505. O primeiro café do Cairo foi a famosa mesquita escola Al-Azhar. [...] Na atmosfera da sociabilidade dos cafés ocorriam debates sobre políticas, sociais e religiosas. E estas discussões assumiram logo a mania da intolerância, muito natural entre gente de tão vigorosa fé. Dois grandes partidos nasceram, os dos defensores e o dos opositores do café. A lei do Profeta relativa ao vinho, foi recordada e invocada como devendo ser aplicada ao café.
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    Em marcha a campanha de renovação dos cafezais
    (1959-09) Martins, Araguaya F.
    Cafeicultores de várias regiões do Estado reuniram-se a 2 de agosto, no Clube Cafelândia [...] a fim de debater problemas ligados à renovação das lavouras cafeeiras [...] Estiveram presentes prefeitos, vereadores, representantes de associações rurais, deputados, e aproximadamente 400 fazendeiros [...]. Após prolongados debates foram aprovadas 9 resoluções [...] Ficou ainda deliberado que a próxima convenção em prol da renovação das lavouras cafeeiras terá lugar em Pirajuí, durante o mês em curso, seguindo-se outra em Birigui.
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    Café sem defesa não tem preço
    (1957-11) Martins, Araguaya F.
    A reportagem de A RURAL esteve em visita à Fazenda S. Pedro, de propriedade de sr. Mario Rolim Teles, a fim de entrevistá-lo sobre os problemas cafeeiros. S. s. é um estudioso da matéria, tendo sido por vezes chamado para executar a política de defesa de nosso principal produto de exportação. Iniciando suas declarações afirmou aquele ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira: No presente momento a situação do café é tranquilizadora. O Brasil vem exportando, desde 1920, até hoje, a média de 15 milhões de sacas, enquanto outros países, que em 1920 exportavam 5 milhões de sacas, elevaram suas exportações para 20 milhões. Mostram esses números que o aumento de consumo nestes 35 anos foi da ordem de 15 milhões de sacas. Esse acréscimo foi todo ele ganho pelos nossos concorrentes. Isto demonstra que até agora não soubemos fazer propaganda do café que produzimos. A propaganda iniciada em 1927 com a abertura de casas de café nas principais capitais do mundo foi interrompida em 1930 e até agora está abandonada.
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    [O café nos livros]
    (1959-10) Martins, Araguaya F.
    Eugênio Gudin conhece como poucos a arte de escrever sobre a ciência das finanças e sobre assuntos econômicos apresentando ao leitor problemas de alta indagação de maneira simples e clara. O notável economista é um expositor nato que alia a essa qualidade um sentido didático burilado em longos anos de magistério, sem contudo, ser professoral. Está nesse caso o livro Inflação – Crédito e Desenvolvimento – editado pela AGIR – 1956. Nesse livro o autor não se esqueceu do problema cafeeiro. Pode-se discordar e muitos discordam de suas teses, mas é interessante conhecê-las. A propósito da necessidade do controle do volume de dinheiro criado pelos bancos por intermédio da SUMOC observa Eugênio Gudin.
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    [O café nos livros]
    (1959-05) Martins, Araguaya F.
    Alceu Martins Parreira, experimentado estudioso dos problemas cafeeiros, publicou no início do corrente ano o livro: Uma Geração Entre Duas Crises do Café. No prefácio escrito na Fazenda Pinheirinho, em Analândia e em Santos, conta Alceu Martins Parreira como nasceu o mencionado livro. Diz ele, inicialmente, na introdução: [...] ‘Aproveitaria os vagares para rascunhar a conferência, que nos propusera fazer oportunidade, sob os auspícios do Rotary Club de Santos com título ‘Uma Geração entre Duas do Café’. Estava ‘com a mão na massa’, sobre a máquina de escrever, quando chegou uma visita, - a do velho Albieri, sitiante das redondezas. É protótipo daquela notável estirpe de imigrantes italianos, laboriosos, afeitos ao amanho da terra, cujos braços livres substituíram, com grandes vantagens, o trabalho escravo, e depois tanto concorreram, em todas as atividades para o progresso de São Paulo’.
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    [O café nos livros]
    (1959-02) Martins, Araguaya F.
    Thomas Duvatz em Memórias de um Colono no Brasil, conforme assinalamos em nossa seção anterior, faz interessantes observações sobre o tema café. À pag. 51 da tradução de Sérgio Buarque de Holanda – 2.a edição da Livraria Martins Fontes – informa o velho livro escrito em 1850: [...] Pela exposição de Davatz verifica-se que muita coisa mudou nesses cem anos. Contudo, outros continuam como dantes. Ao final do livro há um modelo de contrato de parceria celebrado entre Vergueiro & Cia. e os colonos.
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    [O café nos livros]
    (1958-12) Martins, Araguaya F.
    No último O Café Nos Livros referimo-nos aos antigos Cafés de São Paulo, onde se tomava a saborosa bebida, sem pressa, despreocupadamente, sentado à mesa. É ainda de Afonso Schmidt as informações que relacionamos adiante sobre o mesmo tema. Diz o notável conhecedor das coisas de Piratininga em matéria sob o título Os Velhos Café: ‘No centro da cidade foram desaparecendo, um a um, todos os cafés, lembramo-nos daqueles estabelecimentos que, num passado relativamente próximo, eram encontrados nas ruas do Triângulo e davam nota característica à vida da cidade. Havia cafés de vários gêneros, de diversos feitios. Dos mais humildes, nas travessas e ruas de má nota, aos grandes estabelecimentos rodeados de espelhos, com dezenas de mesas e uma frequência geralmente escolhida. Naqueles tempos, muita gente ainda se lembrava do ‘Europeu’, café que permanecia aberto dia e noite’. [...] Cada café tinha sua roda. Sua gíria particular. Suas anedotas. Seus ilustres fregueses. O alargamento da Praça da Sé eliminou algumas ruas e com elas desapareceram estabelecimentos populares, de nomes absurdos. Por outro lado, a tendência de fazer refeições, nos cafés acabou por transformá-los em restaurantes’. [...] Deixemos, agora, um pouco da história do café na xícara e volvamos nossas vistas para a história da economia cafeeira. A propósito da matéria dizia o sr. Paulo F. Alves Pinto na Revisa Brasiliense n. 12. ‘Desde a nossa primeira crise da rubiácea no século, a de 1906, cuja solução foi encontrada no convenio de Taubaté e longamente debatida no ambiente político do país,’ [...]. Os maiores beneficiados com essa política foram os grandes grupos financeiros internacionais fornecedores do capital necessário à empreitada que ganharam na qualidade de proprietários do dinheiro’
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    [O café nos livros]
    (1958-08) Martins, Araguaya F.
    Há mais de meio século, precisamente a 25 de fevereiro de 1906, foi assinado o celebre Convênio de Taubaté, sem dúvida o principal documento da história cafeeira nacional. Muita gente costuma referir-se a esse Convênio. Contudo, poucos tiveram oportunidade de ler o seu texto completo. “Café nos livros”, valendo-se de reprodução feita por Affonso de E. Taunay no volume décimo, tomo II, da História do Café no Brasil, apresenta a seus leitores o mencionado documento, na íntegra. Ei-lo.
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    [O café nos livros]
    (1958-05) Martins, Araguaya F.
    „O café deve ser quente como o Inferno, preto como o Diabo, puro como um anjo e doce como o amor‟ – segundo a opinião abalisada de Talleyrand (Carlos Maurício de Talleyrand Perigord), o grande estadista francês. Um fazendeiro a quem, lembramos essa frase acrescentou brincando...e caro como diamante. De qualquer modo, porém, redaguirmos, o café tem o valor do „ouro verde‟. Quem saboreia um cafezinho que reúnas as condições acima enumeradas poderá repetir com o poeta espanhol Villaespesa: “ – Depues, cuando el café [paladeamos, Nestro cuerpo, a la par, se alegra [y suenã y el alma asciende al cielo y se [extasia‟. Veja-se como essas afirmações contrastam com aquelas pessimistas, que costumam atribuir malefícios ao café. É comum afirmar-se, que o café tira o sono, diminui o apetite, etc. A propósito Benedicto Mergulha, em A SANTA INQUISIÇÃO DO CAFÉ, transcreve a seguinte lição de Mary Herty: „Para que a cafeína fosse prejudicial, seria necessário absorver, uma após a outra, cento e cinquenta xícaras de café‟.