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Item Evidências da latência e associação endofítica de Colletotrichum sp. em tecidos de Coffea arabica L.(2003) Paresqui, Leonardo; Zambolim, Laércio; Costa, Helcio; Sakiyama, Cássia Camargo Harger; Batista, Ulisses Gomes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEstudos têm relatado a freqüente interação de espécies de Colletotrichum spp. com diferentes hospedeiros, apresentando-se em estágio de latência ou ainda em associação endofítica. A comprovação da patogenicidade de Colletotrichum sp. em cafeeiro ainda é objeto de estudo, visto que os sintomas associados ao fungo são constantemente atribuídos a causas fisiológicas, desnutrição do cafeeiro em ramos de alta carga e condições climáticas. Entretanto, os relatos de ataques do fungo parecem ser constantes em condições de campo. Há uma falta de informações sobre em quais condições Colletotrichum sp. pode se manifestar e causar prejuízos, além da falta de conhecimento sobre os sintomas que podem estar associados ao patógeno, que muitas vezes levam a diagnósticos errados. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma metodologia eficiente para a sanitização de material vindo de campo, visando testes de patogenicidade deste fungo ao cafeeiro. Foram coletados no campo, ramos em desenvolvimento e frutos de plantas de Catuaí Vermelho. A esterilização superficial dos ramos foi feita de acordo com o método descrito por SAKIYAMA et al. (2001), com algumas modificações. Visando a detecção de infecção latente de Colletotrichum sp. em cafeeiro, foram coletados no campo ramos em desenvolvimento e frutos de plantas Catuaí Vermelho. As amostras foram esterilizadas superficialmente e submersas em concentrações crescentes de Paraquat (1-1’- dimetil 4-4’ - bipiridilio dicloreto) por 1 minuto e então incubadas. Como controle foram utilizados ramos e frutos coletados no campo e incubados sem nenhum tratamento. Pode-se observar que, mesmo superficialmente esterilizados, os tecidos apresentavam abundante esporulação de Colletotrichum sp. após seis dias de incubação em condições assépticas. Todos os tratamentos submetidos a concentrações crescentes de Paraquat também apresentaram sintomas e abundante esporulação de Colletotrichum sp. seis dias após a incubação. O controle permaneceu sadio até 15 dias após incubação. Há evidências de que este fungo é um oportunista que se manifesta externamente nos tecidos quando este sofre algum tipo de estresse. Neste trabalho foram obtidos indícios de que Colletotrichum sp., provavelmente C. gloeosporioides, apresenta relação endofítica nos tecidos de Coffea arabica.Item Patogenicidade de Colletotrichum gloeosporioides em Coffea arabica L.(2003) Paresqui, Leonardo; Zambolim, Laércio; Costa, Helcio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNa cultura do café, a doença CBD (Coffee Berry Disease) causada por Colletotrichum kahawae Waller & Bridge, ocorre em frutos verdes em desenvolvimento, sendo o principal fator limitante à produção do café na África, ocasionando perdas de 20% até 80% da produção. Entretanto, n ão há relatos desta espécie no continente Americano. No Brasil, a patogenicidade de C. gloeosporioides em cafeeiro ainda é objeto de estudo, visto que, os sintomas associados ao fungo são constantemente atribuídos a causas fisiológicas, desnutrição do cafeeiro em ramos de alta carga e condições climáticas. Diante da escassez de informações a respeito da patogenicidade de C. gloeosporioides ao cafeeiro no Brasil, foi realizado o presente trabalho com o objetivo de estabelecer a patogenicidade deste fungo. Isolamentos de C. gloeosporioides foram feitos a partir de material coletado no campo em municípios localizados na Zona da Mata, Sul de Minas e Alto Paranaíba em Minas Gerais e nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Paraná. A partir dos isolamentos foram obtidas 180 culturas monospóricas e então mantidas em sílica-gel, visando sua preservação. Os testes iniciais de patogenicidade realizados em ramos contendo três rosetas de frutos verdes, aparentemente sadios, mostraram diferentes valores de incidência e severidade, entretanto, a testemunha também apresentou incidência média de 15%, mesmo sendo atomizada com água esterilizada, resultado que foi novamente observado quando se repetiu o experimento. Isto gerou dúvida sobre a eficiência da sanitização do material vindo de campo. Testes de patogenicidade foram então realizados com e sem ferimento em plantas oriundas de cultura de tecido, não sendo observados sintomas 20 dias após a inoculação. Porém, conseguiu-se reisolar o fungo das plantas inoculadas mesmo após serem lavadas em água corrente, álcool e cloro ativo 2%. Isto indica que o organismo penetrou nos tecidos, entretanto, não manifestou sintomas. A partir destes resultados, conclui-se que os isolados utilizados nos teste com plantas de cultura de tecido não foram patogênicos ao cafeeiro. Diante disto, testes de patogenicidade devem ser conduzidos em plantas de cultura de tecido, a fim de se assegurar a sanidade do material a ser inoculado, pois, mesmo após esterilização superficial do tecido, o fungo pode permanecer latente.