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Resultados da Pesquisa

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    Fungos da seção Circumdati presentes em frutos e grãos de café derriçados no pano, "boia" e "varrição"
    (2003) Chalfoun, Sára Maria; Batista, Luís Roberto; Tsuchiya, Aline; Angélico, Caroline Lima; Pereira, Marcelo Cláudio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O presente estudo teve por finalidade estabelecer a microbiota associada a frutos e grãos da mistura resultante do processo de colheita por derriça no pano após a separação hidráulica (frutos cerejas e verdes) e as frações "bóia" e "varrição" e avaliar os riscos de desenvolvimento dos fungos e produção de micotoxinas, especificamente a ocratoxina A por fungos da Seção Circumdati principal produtora desta micotoxina. Para tanto amostras foram coletadas em diferentes frações de café colhidas durante o ano agrícola 2001/2002 em 5 propriedades de cada um dos seguintes municípios do Estado de Minas Gerais: Campos Gerais, Campestre, Boa Esperança, Cássia, Carmo do Rio Claro, Guaxupé, Machado, Monte Santo de Minas, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso. Os resultados obtidos indicaram a presença de fungos da Seção Circumdati em 5,4% dos frutos e em apenas 0,43% dos grãos. A presença desses fungos ainda foi detectada na fração "bóia" (fração resultante da separação hidráulica) em 22,5% dos frutos e 4,3% dos grãos e na fração varrição em 27,4% dos frutos e 3,44% dos grãos. Tais resultados demonstraram que: a) o café derriçado no pano e separado da fração "bóia" foi a fração que apresentou menores ocorrências interna e externa dos fungos b) a fração "bóia", que é constituída de frutos mal formados, chochos, verdoengos, brocados ou secos apresentou contaminações externa e interna maiores do que a mistura cereja e verdes e semelhante à da fração "varrição", considerada até o momento a fração que representa maior risco de contaminação por fungos inclusive os da Seção Circumdati.
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    Caracterização de municípios quanto à adoção de práticas agrícolas e de preparo do café (Coffea arabica L.) visando a preservação da qualidade
    (2003) Chalfoun, Sára Maria; Pereira, Marcelo Cláudio; Batista, Luís Roberto; Angélico, Caroline Lima; Tsuchiya, Aline; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A diversidade e desenvolvimento de microrganismos associados aos frutos e grãos de café e ao ambiente das lavouras varia de maneira significativa devido a diferenças geográficas e climáticas das áreas produtoras, associadas aos procedimentos de cultivo e preparo. Um conhecimento mais detalhado das propriedades, dos microrganismos causadores de deterioração e como as etapas de produção (cultivo, preparo, armazenamento e transporte) afetam estes microrganismos é necessário para o estabelecimento dos mecanismos e das condições através das quais a contaminação e o desenvolvimento desses microrganismos ocorrem. O presente estudo desenvolveu-se através da aplicação de questionários referentes a 5 propriedades com áreas cultivadas de café variáveis de 25 a 1200 ha e média de 198 ha, localizadas em 10 municípios cafeicultores do Estado de Minas Gerais a saber: Campos Gerais, Campestre, Boa Esperança, Cássia, Carmo do Rio Claro, Guaxupé, Machado, Monte Santo de Minas, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso. Alguns parâmetros indicadores das práticas culturais e de processamento capazes de conduzir à produção de plantas e frutos saudáveis, bem como as adoções de práticas adequadas no processamento pós-colheita dos frutos e grãos foram avaliadas. A análise dos resultados indicou índices altamente positivos, para todos municípios, quanto a práticas culturais e de processamento relevantes tais como adubação, tratos fitossanitários (controle de patógenos), método de colheita, separação hidráulica dos frutos, secagem em terreiros revestidos. Destacou-se a significativa participação do método de preparo via úmida (58,1% das propriedades) que pode ser atribuído à necessidade de agregação de valor ao produto final e à maior flexibilidade no processo de preparo do café através da introdução dos métodos de obtenção dos cafés despolpados mecanicamente e descascados. Outro ponto positivo do preparo via úmida é que, em relação à secagem do fruto integral (preparo natural), apresenta menor risco de desenvolvimento de microrganismos nos grãos que poderiam comprometer a qualidade organoléptica e de segurança do produto final, uma vez que esses agentes de deterioração e produtores de micotoxinas encontram-se inicialmente, localizados no mesocarpo.