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    Avaliação e seleção antecipada de cafeeiros resistentes à ferrugem e à bacteriose em Londrina, Paraná
    (2003) Alteia, Marcos Zorzenon; Sera, Tumoru; Petek, Marcos Rafael; Azevedo, José Alves de; Sera, Gustavo Hiroshi; Mata, João Siqueira da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix) é fator limitante para a cafeicultura paranaense. Em áreas mais frias e expostas a ventos, a bacteriose (Pseudomonas syringae pv. garcae) provoca danos significativos tanto em campo como em viveiro. Visando o desenvolvimento de cultivar com resistência simultânea a estas duas doenças, instalou-se um experimento de 13 progênies selecionadas com essa finalidade no IAPAR, Londrina, Paraná (Tma = 20,8°C). O delineamento experimental usado foi de blocos ao acaso, três repetições e parcelas de 10 plantas. As progênies avaliadas foram cinco de 'Caturra' x "Híbrido de Timor", quatro de 'Catuaí' x "Icatu", dois de "Etiópia Sh 1" x 'Catuaí', um de "Villa Sarchi" x "Híbrido de Timor", um de 'Caturra' x "Catuaí Sh 2 , Sh 3' e testemunhas, 'Iapar 59' e 'Catuaí Vermelho IAC 81'. Foram avaliados a produção (em litros de café cereja estimado visualmente), vigor vegetativo (de 1 a 10, sendo 10 a melhor), tamanho dos grãos (de 1 a 5, sendo 5 a maior), porte da planta (de 1 a 5, sendo 5 porte grande), ferrugem (de 1 a 5, sendo 5 altamente suscetível) e precocidade de maturação (de 1 a 5, sendo 5 a mais precoce). A presença de bacteriose em algumas plantas da progênie foi adotada como fator desclassificatório. Realizaram-se análises de variâncias e testes de Duncan a 5% de probabilidade, para comparação entre médias. Estimaram-se os coeficientes de determinação genotípica para as características avaliadas. A ordem de seleção por característica foi: produtividade, vigor vegetativo, tamanho dos grãos e a ferrugem. Foram selecionadas, dentre as progênies resistentes à ferrugem e bacteriose, duas progênies de "Icatu" x 'Catuaí' (n º . 4 e 5), uma de 'Caturra' x 'Catuaí Sh2, 3' (n º . 7) e uma do 'Etiópia Sh 1" x 'Catuaí' (n º 15), pela produtividade, vigor vegetativo e tamanho dos grãos. As herdabilidades máximas no sentido amplo destas progênies foram estimadas separadamente, tomando a variância da testemunha como efeito ambiental e, por subtração, foi obtida a estimativa das variâncias genéticas pela fórmula h 2 = [s 2 progênie - s 2 testemunha] / s 2 progênie. Realizaram-se predições das produtividades esperadas na descendência das plantas selecionadas e indicaram-se as progênies que teriam progresso genético compensador, alcançando a produtividade da cultivar comercial Catuaí. Foram indicadas para continuar a seleção as progênies, 4, 5, 7 e 15 que podem ter aumentadas suas produtividades em 17%, 26%, 5% e 15%, respectivamente. A progênie n º 7 de "Catuaí Sh 2 ,Sh 3 " tem o tamanho dos grãos 13% maior que de 'Catuaí'. Com base em seleção antecipada, usando intensidade seletiva branda de 20%, indicaram-se 24 seleções de 4 progênies para serem avaliadas regionalmente. Estas seleções também serão avaliadas para a qualidade da bebida e avaliação precisa do grau de resistência e tolerância à ferrugem e bacteriose. É esperada uma significativa contribuição na redução de danos, por bacteriose, em cafezais em formação plantados nas faces Sul, Sudoeste e Sudeste e também em viveiros.
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    Seleção de cafeeiros tipo arábica para resistência ao nematóide Meloidogyne incognita raças 1 e 2
    (2003) Mata, João Siqueira da; Sera, Tumoru; Alteia, Marcos Zorzenon; Petek, Marcos Rafael; Azevedo, José Alves de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Os nematóides, especialmente os do gênero Meloidogyne, particularmente a espécie M. incognita é um dos piores problemas da cafeicultura paranaense. As principais raças que ocorrem são 1, 2, 3, 4, e 5, sendo mais freqüentes as raças 5 (>50%), 2 (25%) e 1 (12%), com destaque para as duas primeiras. Carneiro e colaboradores descreveram a raça 5 de M. incognita como sendo M. paranaensis devido à diferença genética e a alta ocorrência no Paraná. Este parasito pode reduzir a produtividade a níveis antieconômicas na primeira produção, em condições de alta infestação, tanto em solo arenoso como em argiloso, para as cultivares altamente suscetíveis como Mundo Novo, Catuaí e IAPAR-59. Apesar de que o controle de nematóides, em cafeeiros, possa ser realizado de diversos modos, com relação a M. incognita e M. paranaensis, a maioria deles vem apresentando baixa eficiência. O objetivo deste trabalho foi identificar em progênies de cafeeiros de Coffea arabica e derivados de híbridos interespecíficos, fontes de resistência ao nematóide M. incognita raças 1 e 2. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso. Foi utilizada a escala de Taylor & Sasser(1978) para classificação das plantas pela quantidade de ootecas e galhas nas raízes de cafeeiros com seis pares de folhas. A distribuição de plantas suscetíveis e resistentes foi realizada comparando com a testemunha altamente suscetível a raça 1, Catuaí Vermelho IAC 99 ou a raça 2, Mundo Novo IAC 388-17-1. Classificaram-se as progênies como homozigotas ou heterozigotas, através do teste Qui-quadrado, com 1 grau de liberdade na hipótese de segregação de 3:1, respectivamente de plantas moderadamente resistentes e altamente suscetíveis. Foi realizado o teste de Duncan a 5% para comparação entre as médias. A análise de variância mostrou alta significância e boa precisão experimental. Selecionaram-se 15 progênies superiores, que mostraram níveis significativamente menores de parasitismo, descendentes de plantas com produtividade e outras características agronômicas favoráveis. As linhagens resistentes selecionadas serão avaliadas como cultivares experimentais em ensaios regionais, em áreas com infestação de Meloidogyne incognita, e testadas para as outras raças.
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    Correlação entre a ocorrência de Colletrotrichum spp. com outras características agronômicas em cafeeiros (Coffea arabica L.) portadores de genes de C. canephora
    (2003) Sera, Gustavo Hiroshi; Alteia, Marcos Zorzenon; Sera, Tumoru; Petek, Marcos Rafael; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Entre os diversos patógenos que atacam o cafeeiro ultimamente no Brasil, têm-se destacado diferentes espécies do fungo do gênero Colletotrichum. Ocorreu uma incidência ampla e severa de fungo identificado como Colletotrichum gloeosporioides com sintoma similar ao descrito por Paradela Filho et al. (2001) com danos sobre os frutos e os ramos, provocando lesões necróticas em gemas, flores, chumbinhos e frutos, provocando a morte e a queda, e enegrecimento e morte de ramos. Foi avaliado um experimento de progênies de cafeeiros resistentes à ferrugem, conduzido no IAPAR de Londrina, no espaçamento 2,5m x 0,5m e o plantio realizado em maio de 1997, onde ocorreu o patógeno com intensidade moderada e de forma generalizada. O experimento foi instalado em delineamento em blocos ao acaso com 56 tratamentos, 2 repetições e parcelas de 10 plantas. Destes 56 tratamentos, 27 são progênies F 2 do cruzamento ‘IAPAR-59’ x (‘Catuaí’ x ‘Icatu’) e 23 são progênies F 2 do cruzamento ‘IAPAR-59’ x ‘Mundo Novo’. Para a ocorrência de Colletotrichum spp. foram utilizadas como testemunha as cultivares IAPAR-59 e Catuaí Vermelho IAC-81. Foram estimadas as correlações genéticas entre a ocorrência de Colletotrichum spp. com outras características agronômicas como maturação dos frutos, porte da planta e outros. As avaliações das características vigor vegetativo, maturação dos frutos e porte da planta foram realizadas em maio de 2000. As avaliações de ocorrência da bacteriose (Pseudomonas syringae pv. garcae) e Colletotrichum spp. foram realizadas em setembro de 2001 e dezembro de 2001, respectivamente. Estas avaliações foram realizadas através de notas subjetivas. As notas de ocorrência de Colletotrichum spp. variaram de 1 a 5, sendo 1, plantas sem lesões. As notas de bacteriose variaram de 1 a 6, sendo 1, plantas sem lesões. As notas de vigor vegetativo variaram de 1 a 10, sendo 10, a planta com maior vigor. Para a maturação dos frutos as notas variaram de 1 a 5, sendo 1, maturação mais tardia. Para o porte da planta as notas variaram de 1 a 5, sendo 1, planta de menor porte. Foi utilizado o programa Genes (CRUZ, 2001) para realizar a análise de variância da média da parcela e a matriz de correlação genotípica. Houve uma correlação positiva e significativa (r g = 0,94) para a ocorrência de bacteriose. Isto pode ser devido a ocorrência simultânea das duas doenças, aproximadamente, na mesma época. A maturação apresentou uma correlação positiva e significativa (r g = 0,80) provavelmente porque o material genético mais precoce envolve como progenitor uma cultivar altamente suscetível e menos vigorosa e de maior porte. O porte da planta apresentou uma correlação positiva e significativa (r g = 0,89) e o vigor vegetativo uma correlação negativa e significativa (r g = - 0,92). Isto está de acordo com a estimativa de correlação de -0,91 entre o porte da planta e o vigor vegetativo, indicando que sendo de maior porte, menor é o vigor vegetativo (r g = -0,91). Provavelmente, a ocorrência de Colletotrichum spp. é maior em cafeeiros com maior suscetibilidade à bacteriose devido a maior suscetibilidade ao vento proporcionada por porte mais alto, ocasionando ferimentos, que são "portas de entrada" para estas duas doenças. Os resultados sugerem que a ocorrência de Colletotrichum spp. aumenta em cafeeiros com maior ocorrência de bacteriose (Pseudomonas syringae pv. garcae), porte maior da planta e menor vigor vegetativo.
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    Estimação de parâmetros genéticos relacionados à adaptação a geada em Coffea
    (2003) Petek, Marcos Rafael; Sera, Tumoru; Alteia, Marcos Zorzenon; Mata, João Siqueira da; Azevedo, José Alves de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura sempre foi uma das principais fontes de divisas para o Brasil, por ser o país maior produtor e exportador do mundo. As geadas levam a cafeicultura à instabilidade, pois ocorrem com freqüência em praticamente toda a região cafeeira do Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais, podendo levar à perda parcial ou total dos investimentos nos primeiros anos de implantação da lavoura. Em cafeeiros adultos pode causar a perda de duas safras como também da safra do ano, dependendo da intensidade e tipo, podendo chegar a provocar a morte das plantas. Algumas espécies de Coffea e alguns acessos de C. arabica são indicados como mais tolerantes à geada, portanto, existe possibilidade de sucesso de um programa de melhoramento genético, visando resistência à geada em café. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a variabilidade para resistência e / ou tolerância à geada entre espécies, híbridos e acessos de cultivares do Banco de Germoplasma - II do IAPAR, através de uma metodologia de avaliação utilizando folhas amostradas das plantas instaladas em condições de campo, detectar a existência de variabilidade, estimar parâmetros e verificar a possibilidade de ganho genético com a seleção para maior resistência à geada em progênies F 3 portadoras de genes de C. liberica var. dewevrei e em progênies F 2 portadoras de genes de Coffea arabica e C. canephora. Os resultados possibilitaram mostrar que C. liberica var. dewevrei e C. racemosa, bem como os híbridos derivados delas confirmaram serem mais resistentes à geada. A metodologia utilizada apresentou boa precisão experimental (CV%=8,25%). Existe grande variabilidade genética para resistência à geada entre estes materiais avaliados (b 2 = 0,98). A correlação obtida entre as médias de dano foliar no campo e na câmara fria foi de 0,933**, portanto, esta metodologia é eficiente, prática e tem potencial de utilização em um programa de melhoramento de café para resistência à geada. Os resultados também permitiram mostrar a existência de variabilidade genética para resistência à geada em progênies com genes de C. liberica var. dewevrei, com superioridade em relação às cultivares Catuaí Vermelho IAC 81 e IAPAR 59. Não foi detectada variabilidade para resistência à geada, em progênies com genes de C. canephora. As características resistência à ferrugem, vigor vegetativo e potencial de produtividade, devem ser consideradas na seleção para maior resistência à geada e o uso do índice clássico estratificado de seleção é eficiente para selecionar, simultaneamente, progênies com maior resistência à geada, vigor vegetativo, resistência à ferrugem e maior produtividade.