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    Flutuação populacional de cigarrinhas (Hemiptera: Auchenorrhyncha) em cafeeiros nas regiões de Franca e Garça - SP
    (2003) Vieira, Francieli Nunes da Silva; Busoli, Antônio C.; Raga, Adalton; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O "amarelinho-dos-citros" é uma doença causada por uma bactéria gram-negativa chamada Xylella fastidiosa que coloniza o xilema das plantas, reduzindo a passagem de água e nutrientes. A bactéria infecta cerca de 30 espécies botânicas, sendo transmitida por várias espécies de homópteros das famílias Cicadellidae, Cicadidae e Cercopidae, que, ao se alimentarem no xilema de plantas doentes, adquirem o patógeno que pode ser assim transmitido para plantas sadias. Várias plantas cultivadas podem ser infectadas pela bactéria, entre elas o cafeeiro (Coffea arabica L.). No Brasil, algumas espécies da Subfamília Cicadellinae têm chamado a atenção pela transmissão da doença nessa cultura, a qual denominada de "Atrofia dos Ramos do Cafeeiro", se manifestada pela redução do tamanho das folhas, amarelecimento, principalmente na parte apical da planta, queima dos bordos das folhas mais velhas, encurtamento de entre-nós, frutos pequenos, morte de ramos de plantas. Dada a importância desses insetos na transmissão do patógeno, este trabalho tem como objetivo efetuar o levantamento e a flutuação populacional de espécies de cigarrinhas que ocorrem na cultura do cafeeiro em duas regiões produtoras do Estado de São Paulo e proceder a identificação das espécies potencialmente vetoras da bactéria X. fastidiosa, associadas a essa cultura. Os experimentos foram conduzidos em 2 cafezais - variedade 'Mundo Novo' com idade de 12 e 23 anos, respectivamente. O período de levantamento compreendeu de março de 2001 a setembro de 2002, empregando-se duas técnicas de monitoramento: cartões adesivos amarelos e armadilha de choque por inseticida. Foi coletado um total de 2.492 indivíduos adultos, distribuídos em 70 espécies. Cerca de 90% dessas pertencem à Família Cicadellidae e entre elas aproximadamente 40% são de duas tribos (Proconiini e Cicadellini) da subfamília Cicadellinae, na qual se encontram as cigarrinhas com capacidade de transmitir a bactéria X. fastidiosa. Observou-se um aumento na incidência de cigarrrinhas a partir de novembro, período caracterizado pelo início das chuvas e brotações das plantas. A flutuação populacional de cigarrinhas em cafeeiros tem se mostrado similar ao que se observa na cultura dos citros. Oncometopia fascialis tem se destacado por sua maior frequência e abundância nas duas regiões de coleta e principalmente nas capturas feitas com armadilhas adesivas. O município de Jeriquara (região de Franca) colabora com 50,2% do total de insetos coletados e Garça com o restante correspondente. Da porcentagem de Jeriquara, 36% dos insetos são pertencentes à Subfamília Cicadellinae sendo que 34% corresponde a Oncometopia fascialis nas coletas com armadilhas adesivas. Em Garça a Subfamília mais abundante é Deltocephalinae correspondendo aproximadamente a 45% do total de indivíduos coletados. Em Garça, espécimes de Deltocephalinae são mais abundantes em armadilha de choque e Oncometopia fascialis em armadilhas adesivas.
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    Estudo da preferência hospedeira de Brevipalpus phoenicis e inimigos naturais a diferentes cultivares de café, em Garça, Estado de São Paulo
    (2003) Mineiro, J. L. de C.; Sato, Mário E.; Raga, Adalton; Arthur, Valter; Carrijo, Alex; Barbosa, F. V.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estudo de preferência hospedeira e dinâmica populacional de Brevipalpus phoenicis e inimigos naturais está sendo conduzido na Estação Experimental "Alcides Carvalho" da Cooperativa dos Cafeicultores de Garça - Garcafé, município de Garça, SP. Estão sendo estudadas as espécies de café, Coffea canephora cv Robusta e de C. arabica das cultivares Mundo Novo, Icatu Vermelho, Icatu Amarelo e Catuai Amarelo. Durante a realização deste estudo, as áreas com as cultivares mencionadas acima não receberam nenhum tratamento com agroquímicos. As coletas foram realizadas mensalmente e com início em abril/2001, sendo coletadas folhas do terço médio de 10 plantas escolhidas ao acaso. As folhas foram coletadas do terceiro ou quarto par, a partir da extremidade distal do ramo, totalizando 12 folhas por planta. Este material foi devidamente etiquetado e enviado para o Laboratório de Entomologia Econômica do Instituto Biológico em Campinas, SP. Para a triagem do material coletado em folhas, foi utilizado um microscópio estereoscópico com aumento de até 40 vezes. Todos os ácaros encontrados foram montados em lâminas de microscopia, em meio de Hoyer, para posterior identificação. A identificação dos ácaros foi feita com o auxílio de um microscópio óptico de contraste de fases com aumento de 100 vezes. A maior abundância de B. phoenicis foi observada em ‘Robusta’ que representou cerca de 90% de todos os indivíduos encontrados. Dos predadores encontrados Euseius concordis (Phytoseidae) representou cerca de 9% do total. As demais espécies de predadores representaram em torno de 1%. A cultivar ‘Mundo Novo’ apresentou a menor abundância de B. phoenicis, com de 44% dos ácaros encontrados. Dos predadores encontrados, E. concordis e E. citrifolius foram as espécies mais abundantes, representando 28 e 22%, respectivamente. As demais espécies de predadores representaram em torno de 6%. Em ‘Icatu Vermelho’, B. phoenicis representou em torno de 51% de todos os ácaros encontrados. Dentre os predadores encontrados, os da família Phytoseiidae foram os mais abundantes seguidos pelos ácaros da família Stigmaeidae. E. concordis e E. citrifolius foram as espécies mais abundantes dentre os fitoseídeos, representando em torno de 36 e 4%, respectivamente. Agistemus sp. e Z. malvinae representaram em torno de 4% cada um. As demais espécies de predadores não ultrapassaram 1%. Na cultivar Icatu Amarelo, B. phoenicis representou em torno de 74% de todos os ácaros. Dos predadores, E. concordis e E. citrifolius foram as espécies mais abundantes, representando 14 e 9% respectivamente. As demais espécies de predadores representaram em torno de 3%. Em ‘Catuai Amarelo’, B. phoenicis representou em torno de 81% de todos os ácaros. Dentre os predadores encontrados, E. concordis representou cerca de 14% do total. As demais espécies de predadores representaram em torno de 5%.
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    Dinâmica populacional de Brevipalpus phoenicis e inimigos naturais, em Coffea arabica cv. Mundo Novo, em dois municípios do estado de São Paulo
    (2003) Mineiro, J. L. de C.; Sato, Mário E.; Raga, Adalton; Arthur, Valter; Cangani, Kátia G.; Sarreta, F. de O.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estudo da dinâmica populacional de Brevipalpus phoenicis e inimigos naturais está sendo conduzido em dois importantes municípios produtores de café no Estado de São Paulo. No município de Jeriquara (região noroeste), o estudo está sendo realizado na Fazenda Boa Esperança. No município de Garça (região central) o estudo está sendo conduzido na Estação Experimental "Alcides Carvalho" da Cooperativa dos Cafeicultores de Garça - Garcafé. Nos dois locais está sendo utilizado Coffea arabica cv. ‘Mundo Novo’. Foram coletados folhas do terço médio de 10 plantas escolhidas ao acaso. As folhas foram coletadas do terceiro ou quarto par, a partir da extremidade distal do ramo, totalizando 12 folhas por planta. Após a retirada dos ácaros das folhas, estas foram cortadas próximas à nervura central, preservando-se um espaço de aproximadamente 0,5 cm de cada lado da nervura principal. Estas folhas foram acondicionadas em frascos plásticos com capacidade para 50 ml contendo álcool 70% para posterior contagem das domácias, retirada e identificação dos ácaros presentes. Todos os frascos foram etiquetados e enviados para o Laboratório de Entomologia Econômica do Instituto Biológico em Campinas, SP. Para a triagem do material coletado em folhas, foi utilizado um microscópio estereoscópico com aumento de até 40 vezes. As domácias foram contadas e abertas uma a uma com o auxílio de um bisturi para a retirada dos ácaros presentes no interior das câmaras. Todos os ácaros encontrados foram montados em lâminas de microscopia, em meio de Hoyer. A identificação dos ácaros foi feita com o auxílio de um microscópio óptico de contraste de fases com aumento de 100 vezes. Em Jeriquara, durante o período deste estudo, compreendido de abril/2001 a agosto/2002, B. phoenicis apresentou média de 0,2 indivíduo/folha. Dentre os predadores que acompanharam a flutuação de B. phoenicis, pode-se destacar E. concordis (Phytoseiidae) e Agistemus sp. (Stigmaeidae). No interior das câmaras das domácias, Agistemus sp. e Z. malvinae foram encontrados ao longo deste período. Em Garça, observou-se que durante o período deste estudo, B. phoenicis apresentou média não superior a 0,2 indivíduo/folha. Dentre os predadores que acompanharam a flutuação de B. phoenicis, pode-se destacar E. concordis. No interior das câmaras das domácias, Z. malvinae foi a principal espécie encontrada ao longo deste período estudado.