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Resultados da Pesquisa
Item Viabilidade de sementes de Coffea arabica e Coffea canephora(2003) Soares, Fábio Quezado; Reis, Raimunda B.; Eira, Mírian T. S.; Fazuoli, Luiz Carlos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAs sementes de café mantêm a viabilidade por um período de tempo relativamente curto em condições ambientes, o que dificulta o planejamento das atividades de quem as utiliza e o uso em épocas mais vantajosas. Fatores como procedência das espécies, grau de maturidade e atributos genéticos podem estar relacionados com o comportamento de cada espécie, carecendo de melhores estudos. O objetivo deste trabalho foi monitorar a longevidade das sementes de Coffea arabica e C. canephora, armazenadas sob temperaturas de +25º C, +5º C e -20º C por até um ano. Os resultados mostraram que após 6 meses de armazenamento a maior parte dos acessos de C. canephora já havia perdido totalmente a viabilidade, principalmente sementes das variedades Kouilou IAC 68-8 e Robusta IAC col. 5, enquanto que a viabilidade das sementes da variedade Apoatã IAC 2258, utilizada como porta enxerto resistente a nematóides, foi mantida a + 5ºC por um período de 12 meses. Apenas sementes da cultivar Apoatã IAC 2258 toleraram o armazenamento sob temperatura subzero, embora também tenha sido observada perda de cerca de 50% da viabilidade inicial. Em C. arabica as sementes das cultivares Mundo Novo IAC 388-17 e Catuaí Vermelho IAC 99 mantiveram a viabilidade inicial por maior período de tempo, particularmente quando armazenadas em +5º C e a -20°C, enquanto que as sementes da cultivar Iapar 59 não apresentaram tolerância à temperatura subzero. A manutenção da viabilidade das sementes de C. arabica por períodos de até um ano sob temperatura subzero é um resultado promissor para a definição do protocolo de conservação das sementes de café em Bancos de Germoplasma. O protocolo de conservação de sementes de C. canephora necessita ser melhor estudado.Item Criopreservação de sementes de Coffea racemosa(2003) Ribeiro, Francisca Neide S.; Eira, Mírian T. S.; Reis, Raimunda B.; Guerreiro, Oliveiro; Fazuoli, Luiz Carlos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Banco de Germoplasma de Coffea do Instituto Agronômico de Campinas conta com vinte, das cerca de 80 espécies atualmente descritas, além de inúmeras introduções, formas botânicas e cultivares exóticas de Coffea arabica e C. canephora, as principais espécies cultivadas do gênero. Trata-se de uma grande reserva gênica constituída por genótipos resistentes a estresses bióticos e abióticos, com ciclo de maturação precoce dos frutos, atributos especiais relacionados à qualidade de bebida e inúmeras outras características de interesse para o melhoramento do cafeeiro. Coffea racemosa é uma das mais importantes espécies em coleção. Originária das Savanas de Moçambique e sul da Tanzânia, a espécie apresenta resistência à seca e temperaturas mais elevadas e é extremamente precoce em relação ao desenvolvimento e maturação dos frutos, que em Campinas é de cerca de 90 dias. Além disso, apresenta nível reduzido de cafeína e resistência ao bicho mineiro do cafeeiro, principal praga de C. arabica no Brasil. Tradicionalmente, a conservação ex situ desse valioso germoplasma é realizada mediante a manutenção de plantas vivas em coleções de campo, uma vez que as sementes de Coffea não sobrevivem por longos períodos sob as condições convencionais - grau de umidade de 5±2% e temperatura de -18°C - recomendadas para Bancos de Germoplasma. No campo, tais condições constituem riscos efetivos de erosão genética devido a baixa adaptação às condições ambientais, à incidência de pragas e doenças, além de envolverem um grande custo financeiro e de mão de obra. Assim, o desenvolvimento de técnicas alternativas de conservação a longo prazo dos recursos genéticos de Coffea spp. vem a ser uma importante prioridade. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo o estudo de protocolos de conservação de sementes de Coffea racemosa a médio e longo prazo. Foram avaliados dois acessos - H6593 e H6608 - procedentes do IAC, que foram armazenados sob temperaturas de 5ºC, -20ºC e -196ºC por até 12 meses. Resultados distintos foram observados: sementes do acesso H6608 perderam vigor, sendo a viabilidade inicial igual a 55%, enquanto o poder germinativo inicial de sementes do acesso H6593 foi de 98%. A viabilidade inicial das sementes de ambos os acessos foi mantida em criopreservação (-196°C). Já sob temperaturas de 5°C e -20°C, houve perda de viabilidade durante o período de armazenamento, que foi mais acentuada no acesso de menor vigor.