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    Influência da irrigação e da fertirrigação na produtividade de cafeeiros (Acaiá cerrado), em Viçosa - MG
    (2003) França, Adjalma Campos de; Moura, Bruno Rebouças; Mantovani, Everardo Chartuni; Rena, Alemar Braga; Palaretti, Luis Fabiano; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura irrigada já é realidade em várias regiões produtoras brasileiras, em virtude, principalmente, da grande disponibilidade de sistemas e equipamentos modernos, associado à redução de preços.Com a preocupação mundial em adequar práticas agrícolas ao desenvolvimento sustentável, considera-se essencial que qualquer nova tecnologia de produção preserve todos os elementos do contexto ambiental. Nesse aspecto se enquadra a prática da fertirrigação, que tem como vantagens principais a maior eficiência e uniformidade na aplicação de fertilizantes e água (menores perdas), a possibilidade de redução da dosagem de nutrientes (conseqüência da maior eficiência) para um mesmo potencial produtivo, a redução da compactação do solo e dos danos mecânicos à cultura (evita-se o tráfego de máquinas e implementos), a adequação da época de aplicação às necessidades da cultura, a eficiente incorporação do fertilizante pelo controle da lâmina de água e a redução da lixiviação, principalmente na irrigação por gotejamento. Embora a fertirrigação por gotejamento ofereça uma série de vantagens, sua eficiência depende do conhecimento e estudo de vários fatores, como o manejo da fertirrigação associado ao manejo da água no sistema solo-água-planta-atmosfera. O manejo inadequado de água traz sérios problemas relacionados às perdas de nutrientes por lixiviação. Este trabalho foi desenvolvido na área experimental do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa - Minas Gerais (20º45S e 42º52W), com objetivo de avaliar a influência da irrigação e fertirrigação na produtividade média das safras de 2000-2002, de uma variedade de café arábica (Coffea arabica L.), com idade de três anos e meio, sendo ela a Acaiá Cerrado, na região da Zona da Mata Mineira. A área possui dimensão de 350 m 2 com espaçamento de 2x1m. Os tratamentos se relacionam a aplicação ou não de água, níveis diferenciados de fertirrigação e parcelamento dos nutrientes K e N. A lâmina de água de irrigação aplicada diariamente foi determinada com o suporte do software IRRIGA (SISDA), indicando o manejo de irrigação ideal. Os tratamentos irrigados apresentaram em média 38% de produtividade superior aos não irrigados, em termos volume frutos beneficiados. Apesar da variedade Acaiá Cerrado não ser tradicional na região, esta apresentou boa adaptação ao clima com elevadas médias e manutenção de produtividade, sendo uma ótima alternativa para o produtor. Não foram obtidas diferenças expressivas a favor da fertirrigação em relação a adubação manual com irrigação, porém, ressalta-se as inúmeras vantagens da utilização da fertirrigação em lavouras cafeeiras. A variedade apresentou boa produtividade destacando-se o tratamento 6 onde foi feito o parcelamento da adubação, em nove vezes ao ano, seguindo a curva de absorção de nutrientes do cafeeiro. Para uma conclusão mais exata em relação as vantagens da fertirrigação no cafeeiro faz-se necessário a continuidade dos estudos, em um período que compreenda um número maior de colheitas.
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    Comparação dos custos da fertirrigação na cafeicultura utilizando diferentes produtos
    (2003) Soares, Adilson Rodrigues; Batista, Rafael Oliveira; Mantovani, Everardo Chartuni; Rena, Alemar Braga; Soares, Antônio Alves; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O sucesso das aplicações de nutrientes via água de irrigação está intimamente ligado a fatores que irão determinar o nível de uniformidade da aplicação de água e fertilizantes. Para alcançar tal sucesso, é preciso levar em conta o dimensionamento hidráulico, a manutenção e a distribuição adequada do sistema de irrigação no campo. Na escolha do fertilizante mais adequado, devem ser levados em consideração alguns aspectos, como: a solubilidade do produto; os fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos solúveis mais adequados à fertirrigação. Quando se trabalha com irrigação localizada (gotejamento e microaspersão), exige-se maior atenção quanto à pureza dos fertilizantes, pois estes podem vir a causar entupimento dos emissores. Dos fertilizantes mais recomendados para fertirrigação, os que são de alta solubilidade apresentam custos elevados, o que implica a necessidade de testar fontes de nutrientes que apresentam boa solubilidade, como uréia como fonte de nitrogênio e cloreto de potássio como fonte de potássio, já que estas fórmulas apresentam altas concentrações desses nutrientes, o que torna mais viável economicamente a atividade da fertirrigação, porém sem causar danos ao sistema de irrigação (entupimento), que venham resultar em problemas de uniformidade de distribuição e aplicação tanto da água quanto do fertilizante. Os custos de aplicação são muito variáveis e dependem de uma série de fatores locais; assim com o objetivo de comparar apenas o efeito do preço dos diferentes produtos na fertirrigação, foi montado um experimento no período de setembro de 1999 a maio 2001, em uma área experimental de 1,5 ha, no município de Viçosa MG. Na área esta sendo cultivado um cafeeiro do cultivar Catuaí IAC 44, com data de plantio no início do ano de 1991, no espaçamento de 3,0 m entre linhas e 1,0 m entre plantas, constituindo um stand de 3330 plantas por ha. Foram implantados 4 tratamentos na área experimental. Observa-se que o menor custo entre as fórmulas utilizadas na fertirrigação foi encontrado pela composição das fórmulas uréia/cloreto potássio/super simples, o que é justificado pela maior concentração dos nutrientes N e K nestas fórmulas. A suposta influência do cloreto de potássio (rosa) sobre o desempenho do sistema de irrigação, em razão de à baixa solubilidade e concentração de ferro, não foi constatada após dois anos de uso, devendo ser avaliado por um período maior. Os tratamentos que utilizam nitrato de cálcio/nitrato de potássio/super simples e Hidranplus apresentaram custos muito mais elevados, superando o tratamento de menor custo em 428 e 259%, respectivamente. Considerando que não existem diferenças significativas da produtividade medida, os custos levantados para os produtos aplicados permitem concluir a respeito da inviabilidade de sua aplicação em lavouras cafeeiras, em condições semelhantes às deste trabalho. Considerando que não existem diferenças significativas da produtividade medida, os custos levantados para os produtos aplicados permitem concluir a respeito da inviabilidade de sua aplicação em lavouras cafeeiras, em condições semelhantes às deste trabalho. A pequena diferença encontrada entre a adubação convencional e a fertirrigação com uréia/cloreto evidencia a necessidade de estudos específicos relacionados à comparação da fertirrigação e da adubação convencional em condições da Zona da Mata de Minas Gerais, considerando pontos relevantes como operacionalização da fertirrigação, custos comparativos da aplicação do produto (mão-de-obra, máquina etc.), qualidade da aplicação, compactação do solo, etc