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    Banco de sementes de café em criopreservação: experiência inédita no Brasil
    (2005) Eira, Mírian T. S.; Reis, Raimunda B.; Ribeiro, Francisca Neide S.; Embrapa - Café
    A conservação de sementes de café por longos períodos é dificultada pelo comportamento intermediário no armazenamento. No entanto, estudos recentes relatam que a partir da combinação de um grau crítico de umidade das sementes para cada temperatura de armazenamento, pode-se prolongar o período de conservação. Com o objetivo de estabelecer um Banco de Germoplasma de Coffea spp, através de técnicas de criopreservação, estudos vêm sendo desenvolvidos na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, DF. O protocolo de conservação consta da desidratação parcial das sementes, até cerca de 20% de água, embalagem em sacos trifoliados de papel-alumínio-polietileno, selados hermeticamente e imersão direta no nitrogênio líquido. Após a criopreservação as sementes são descongeladas rapidamente em banho de água a 40°C, sob agitação constante. Os resultados obtidos até o momento, com cerca de 30 acessos de diferentes cultivares de Coffea arabica são bastante promissores, indicando a sobrevivência das sementes mesmo após períodos de dois anos de congelamento no nitrogênio líquido. A partir desses resultados será implantada uma core collection, ou uma pequena coleção com os principais acessos da espécie, constituindo-se o Banco de Germoplasma de café em criopreservação, experiência inédita no Brasil.
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    Conservação de germoplasma de espécies de Coffea utilizando a criopreservação em nitrogênio líquido
    (2003) Mundim, Idacuy P.; Ribeiro, Francisca Neide S.; Mundim, Rosângela C.; Santos, Izulmé R. I.; Salomão, Antonieta N.
    A conservação a longo prazo de germoplasma de espécies de Coffea ainda não é possivel, devido ao comportamento intermediário das sementes no armazenamento. Atualmente, o germoplasma dessas espécies é conservado em coleções a campo, entretanto, esta não é uma alternativa para a conservação a longo prazo e o material encontra-se sob risco de destruição devido a desastres climáticos ou biológicos. Assim, o desenvolvimento de técnicas alternativas de conservação a longo prazo dos recursos genéticos de Coffea spp. vem a ser uma importante prioridade. A biotecnologia criou novas possibilidades para a conservação de recursos genéticos de plantas usando a conservação in vitro sob condições de crescimento lento ou criopreservação. A criopreservação é a mais promissora para a conservação a longo prazo de células, tecidos e órgãos vegetais, a partir dos quais plantas inteiras podem ser regeneradas. Assim, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo estabeler protocolos de criopreservação do germoplasma de Coffea, como uma alternativa à conservação no campo. A criopreservação envolve a desidratação parcial do material e a imersão em nitrogênio líquido (N 2 L). Os eixos embrionários isolados são com frequëncia tolerantes ao dessecamento e armazenamento a baixas temperaturas que seriam letais para as sementes inteiras. Essa tolerância apresentada por eixos embrionários sugere que o seu teor de umidade pode ser ajustado experimentalmente para valores que permitam a sua criopreservação em nitrogênio líquido. Com base nessa hipótese, eixos embrionários de espécies de Coffea arabica cv Catuai Vermelho IAC99 foram isolados de sementes contendo diferentes teores de umidade e congelados em nitrogênio líquido. O protocolo desenvolvido para esta cultivar foi testado para a criopreservação de outras nove cultivares de C arabica, oito de Coffea canephora e de Coffea racemosa. De modo geral, a viabilidade dos eixos de Coffea isolados de sementes que não foram congelados em nitrogênio líquido foi de 90-100%, dependendo do seu teor de umidade inicial. A viabilidade de eixos isolados de sementes congeladas em nitrogênio líquido também foi determinada pelo seu teor de umidade inicial. Um total de 85-100% dos eixos permaneceram viáveis após a criopreservação em nitrogênio líquido. Os resultados obtidos indicam que a criopreservação de eixos embrionários de espécies do gênero Coffea é uma alternativa viável para a conservação de germoplasma desta importante cultura. O protocolo utilizado neste estudo é simples, não requer uso de crioprotetores químicos, congeladores programáveis e propicia alta porcentagem de sobrevivência.
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    Criopreservação de sementes de Coffea racemosa
    (2003) Ribeiro, Francisca Neide S.; Eira, Mírian T. S.; Reis, Raimunda B.; Guerreiro, Oliveiro; Fazuoli, Luiz Carlos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O Banco de Germoplasma de Coffea do Instituto Agronômico de Campinas conta com vinte, das cerca de 80 espécies atualmente descritas, além de inúmeras introduções, formas botânicas e cultivares exóticas de Coffea arabica e C. canephora, as principais espécies cultivadas do gênero. Trata-se de uma grande reserva gênica constituída por genótipos resistentes a estresses bióticos e abióticos, com ciclo de maturação precoce dos frutos, atributos especiais relacionados à qualidade de bebida e inúmeras outras características de interesse para o melhoramento do cafeeiro. Coffea racemosa é uma das mais importantes espécies em coleção. Originária das Savanas de Moçambique e sul da Tanzânia, a espécie apresenta resistência à seca e temperaturas mais elevadas e é extremamente precoce em relação ao desenvolvimento e maturação dos frutos, que em Campinas é de cerca de 90 dias. Além disso, apresenta nível reduzido de cafeína e resistência ao bicho mineiro do cafeeiro, principal praga de C. arabica no Brasil. Tradicionalmente, a conservação ex situ desse valioso germoplasma é realizada mediante a manutenção de plantas vivas em coleções de campo, uma vez que as sementes de Coffea não sobrevivem por longos períodos sob as condições convencionais - grau de umidade de 5±2% e temperatura de -18°C - recomendadas para Bancos de Germoplasma. No campo, tais condições constituem riscos efetivos de erosão genética devido a baixa adaptação às condições ambientais, à incidência de pragas e doenças, além de envolverem um grande custo financeiro e de mão de obra. Assim, o desenvolvimento de técnicas alternativas de conservação a longo prazo dos recursos genéticos de Coffea spp. vem a ser uma importante prioridade. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo o estudo de protocolos de conservação de sementes de Coffea racemosa a médio e longo prazo. Foram avaliados dois acessos - H6593 e H6608 - procedentes do IAC, que foram armazenados sob temperaturas de 5ºC, -20ºC e -196ºC por até 12 meses. Resultados distintos foram observados: sementes do acesso H6608 perderam vigor, sendo a viabilidade inicial igual a 55%, enquanto o poder germinativo inicial de sementes do acesso H6593 foi de 98%. A viabilidade inicial das sementes de ambos os acessos foi mantida em criopreservação (-196°C). Já sob temperaturas de 5°C e -20°C, houve perda de viabilidade durante o período de armazenamento, que foi mais acentuada no acesso de menor vigor.