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Resultados da Pesquisa

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    Desenvolvimento reprodutivo e produção inicial de cafeeiros sob níveis de sombreamento e adubação
    (2003) Botero, Catalina Jaramillo; Santos, Ricardo Henrique Silva; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Cecon, Paulo Roberto; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O cultivo de cafeeiros em Sistemas Agroflorestais (SAF) é uma alternativa viável para os pequenos agricultores frente às oscilações de preços do grão, uma vez que permitem a obtenção de produtos como alimentos, madeira, fibras, medicamentos e adubos verdes ao mesmo tempo em que prestam serviços ambientais. Além disso, trazem a possibilidade destes cafés entrarem no mercado dos cafés diferenciados, obtendo preços mais favoráveis. Os diversos tipos de SAF com café, junto com as diferentes condições climáticas onde se desenvolvem, fazem que as experiências com café sombreado apresentem uma ampla gama de resultados em termos de produtividade. Com freqüência se apresentam problemas de baixa produtividade, atribuídos à concorrência por luz, água e nutrientes entre as árvores e a cultura. Contudo, nos SAF tais mecanismos estão operando concomitantemente e são ainda escassos os conhecimentos sistematizados sobre a magnitude de seus efeitos isolados das interações entre estes mecanismos sobre a produção dos cafeeiros, tornando difícil a compreensão dos mecanismos limitantes à produção nestas condições. O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo iniciar o estudo do efeito da disponibilidade de luz e nutrientes sobre o desenvolvimento reprodutivo e sobre a produtividade de cafeeiros arábica, simulando as condições de competição em sistemas agroflorestais. Cafeeiros, plantados em 1989 e recepados em 1998, receberam diferentes doses de adubo e diferentes níveis de sombreamento artificial a partir de dezembro de 2001. As doses de adubo consistiram de 100, 80,60 e 40% da recomendação de 42g/cova de N e 32 g/cova de K 2 O. Os níveis de sombreamento consistiram de 0, 16, 32 e 48% de bloqueio da radiação fotossinteticamente ativa (RFA). Os tratamentos foram arranjados em fatorial 4x4 com 3 repetições em delineamento em blocos casualizados. O experimento foi instalado em Latossolo vermelho-amarelo distrófico, exposição nordeste e 40% de declividade. Foram tomados dados de radiação fotossinteticamente ativa total e disponível abaixo das telas sombreadoras. Todos os dados foram coletados trimestralmente, de outubro de 2001 a dezembro 2002. O desenvolvimento reprodutivo foi avaliado em quatro ramos plagiotrópicos, onde foram tomados dados de número de nós produtivos, número de frutos totais e número de botões florais na safra 2002 / 03, a partir das quais foram geradas as variáveis número de frutos totais, peso de um fruto, produção, número de frutos por nó produtivo e número de botões florais por nó produtivo. Os dados foram submetidos a análises de variância seguida de regressão ao nível de 10% de significância. Os resultados obtidos mostram que houve uma relação direta entre o aumento da produção de frutos e a quantidade de adubo nas plantas a pleno sol; as plantas a pleno sol com 100% de adubo apresentaram produção comparável com as plantas sob 48% de bloqueio da RFA com 40% de adubo; observou-se efeito negativo sobre a produção nas combinações de alta radiação e baixa adubação e baixa radiação e alta adubação; as plantas mais produtivas apresentaram maior número de frutos sem que exista diferença no número de nós produtivos.
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    Avaliação do desenvolvimento reprodutivo de um cafezal sob sistema agroflorestal e em cultivo solteiro
    (2003) Campanha, Mônica Matoso; Santos, Ricardo Henrique Silva; Freitas, Gilberto Bernardo de; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Botero, Catalina Jaramillo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Os sistemas agroflorestais podem aumentar a produtividade geral e embutir sustentabilidade na produção agrícola, mas estas não são conseqüências asseguradas para todas as situações, uma vez que pode haver forte competição com a cultura principal. Este estudo teve como objetivo analisar comparativamente o desenvolvimento reprodutivo de um cafezal sob sistema agroflorestal e de uma lavoura conduzida a pleno sol. O experimento foi conduzido em propriedade particular do município de Viçosa, de outubro de 2000 a julho de 2001, em cafeeiros "Catuaí", com duas unidades experimentais: um sistema agroflorestal (SAF), com café, árvores nativas e frutíferas (300/ha) e um cultivo solteiro (SOLT). A densidade de plantio foi de 4000 a 5000 plantas/ha para o SAF e SOLT respectivamente. Em 14 cafeeiros no SAF e 6 cafeeiros no SOLT foram escolhidos quatro ramos plagiotrópicos, ocupando as posições Norte, Sul, Leste e Oeste, na altura média da copa, onde foram determinados, mensalmente, o número de nós produtivos, botões florais e flores abertas e frutos nos diferentes estádios de maturação, por dois anos. Foi realizada também a colheita de todos os grãos de café nos pés selecionados. Os frutos foram separados entre os estádios: verde, cereja e seco, e submetidos à secagem em estufa até peso constante. A análise estatística foi realizada utilizando-se valores máximos encontrados para cada característica analisada, em médias por ramo por planta. As médias foram comparadas utilizando-se o teste de Student (t), a 5% de probabilidade. Os sistemas diferiam quanto ao número de nós produtivos (1,21 e 3,20), número de botões florais (1,36 e 5,14), número de frutos verdes (2,06 e 4,27), sendo os maiores valores relativos aos cafeeiros no SOLT. O número de frutos cereja não diferiu, com média de 0,48 /ramo.planta. Os cafeeiros no SAF produziram 514,8 kg.ha -1 em frutos secos, enquanto que os cafeeiros no SOLT produziram 2442,8 kgMS.ha -1 o que equivale a 8,6 e 40 sacas de 60 kg, por hectare, respectivamente. Os cafeeiros no SAF iniciaram seu processo produtivo mais cedo, apresentando botões florais em setembro e também maior constância na produção de nós potencialmente produtivos. Conclui-se que, no presente estudo, os cafeeiros no SAF apresentaram produção mais precoce e menor bianualidade, além de produtividade cerca de 80% menor que aqueles cultivados a pleno sol.
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    Avaliação da fertilidade e umidade do solo e fluxo de carbono e nutrientes na serrapilheira em sistema agroflorestal com café
    (2003) Campanha, Mônica Matoso; Santos, Ricardo Henrique Silva; Freitas, Gilberto Bernardo de; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Botero, Catalina Jaramillo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Um dos benefícios potenciais da utilização de sistemas agroflorestais (SAF) é sua capacidade na conservação dos solos, mantendo sua fertilidade. O benefício das árvores advém da combinação de fatores, entre eles a melhoria das características físicas e químicas do solo através de suas raízes e queda de folhas, e o aumento da retenção de água. A serrapilheira depositada sobre o solo atua como barreira física, reduzindo a erosão e conservando a umidade no terreno e fornecendo matéria orgânica e nutrientes ao sistema. O presente trabalho teve como objetivo a análise comparativa entre um sistema agroflorestal com café (SAF) e uma monocultura de café (SOLT), quanto à quantidade e teor de nutrientes de serrapilheira, fertilidade e teor de umidade dos solos. A serrapilheira foi coletada em caixas plásticas com 36 x 56 cm nas ruas do cafezal em cada sistema, durante 12 meses. Foram determinadas a produção média mensal e acumulada de serrapilheira. A umidade e as características de fertilidade do solo foram avaliadas em amostras coletadas sob a saia dos cafeeiros, nas profundidades de 0-20 cm e 20-40cm no solo. O SAF contribuiu com 6,1 x 10 3 kg.ha-1.ano-1 de matéria seca de serrapilheira, em comparação com 4,5 x 10 3 kg.ha-1.ano-1 do SOLT, concentrando, no entanto menores quantidades de nutrientes. Maior teor de umidade, entre 20-40 cm no solo, foi encontrado no SAF, que também apresentou maiores valores de V, Ca, Mg, SB e Zn e menor teor de Al nos solos. Os solos do SOLT apresentaram maior teor de P e matéria orgânica. Conclui-se a quantidade de serrapilheira no SAF não é sinônimo de maior retorno de nutrientes ao sistema, nem de aumento da matéria orgânica do solo, embora tenha resultado em maior retenção de umidade no solo.