Biblioteca do Café

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    Diversidade microbiana em grãos de cafe (Coffea arabica L.) processados por via seca nas fases pré e pós-colheita
    (Universidade Federal de Lavras, 2000-02-25) Silva, Cristina Ferreira; Schwan, Rosane Freitas; Dias, Eustáquio Souza
    A magnitude e diversidade da população microbiana, associadas ao processo seco de café (Coffea arábica), foram analisadas durante dois anos em quinze fazendas diferentes do Sul de Minas Gerais. A carga microbiana variou de 3 x 10-⁴ a 2.2 x 10⁹ CFU / grão. Em todas as fases, bactérias foram o grupo mais abundante, seguido de fungos filamentosos e finalmente leveduras. Contagem de bactérias, leveduras e fungos variaram consideravelmente entre fazendas e em diferentes fases de maturação e processamento, em todas as fazendas. Leveduras mostraram um aumento durante o processo de fermentação. A contagem não foi significativamente diferentes para fungos, leveduras e bactérias entre os dois anos, embora bactérias Gram negativas tenham dominado no ano de 1997 e bactérias Gram positivas tenham dominado no ano de1998. Um total de 612 isolados foram identificados pelo menos quanto ao gênero (41) e 61 espécies diferentes. Os 113 isolados de bactérias Gram –negativas incluíram 15 gêneros e 25 espécies, sendo as mais comuns Aeromonas, Pseudomonas, Enterobacter e Serratia. A metade dos 23 isolados de bactérias Gram-positivas esporuladas foi identificada em 6 espécies de Bacillus. Das 118 bactérias Gram positivas não esporuladas, a mais comum foi Cellulomonas, e as menos incidentes foram Arthrobacter, Microbacterium, Brochothrix, Dermabacter e Lactobacillus. As 90 leveduras identificadas incluíram-se em 12 gêneros e 23 espécies diferentes, e quase todas eram fermentativas. Emincidência, os gêneros mais comuns foram Pichia, Cândida, Arxula e Saccharomycopsis. Pichia lynferdii e Arxula adeninivorans são raramente descritas na literatura. Quase todos 292 isolados fungicos foram identificados quanto ao gênero ou quanto a espécie. Cladosporium, Fusarium e Penicillium representaram três terços do total dos isolados e foram encontrados em todas as fazendas. Só 3% do isolados foram Aspergillus e ocasionalmente Beauvaria, Monilia e Arthrobotrys. A flora microbiana é variada e muito mais complexa que previamente descrita em processamento úmido. Alguns dos gêneros e espécies identificados são capazes de apresentar atividade pectinolítica e celulolítica. Variações entre fazendas, entre diferentes fases de processamento e a flora microbiana, revelaram alguns padrões secundários de sucessão.
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    Sucessão microbiana e caracterização enzimática da microbiota associada aos frutos e grãos de café (Coffea arabica L.) do município de Lavras-MG
    (Universidade Federal de Lavras, 2004-03-01) Silva, Cristina Ferreira; Schwan, Rosane Freitas
    O café é um produto agrícola importante para o comércio exportador ? brasileiro uma vez que o Brasil é o principal produtor desta commodite. Vários trabalhos sugerem que a interferência dos microrganismos podem afetar a qualidade do café comprometendo-a e, portanto sua comercialização. Este trabalho teve como objetivo o conhecimento da sucessão ecológica dos microrganismos naturalmente presentes nos frutos e grãos de café processados via seca relacionando fatores bióticos e abióticos que favoreçam ou inibam a colonização, e também o conhecimento do potencial enzimático de bactérias, leveduras e fungos. Os frutos maduros de café apresentaram 67,45% de umidade ao início do processo de fermentação/secagem, e neste momento a população microbiana foi predominantemente de bactérias. Com a perda de umidade no decorrer da secagem bactérias co-existiram com leveduras e fungos, sendo estes predominantes no armazenamento. Espécies de bactérias e leveduras podem interferir na colonização de fungos e consequentemente na produção de toxinas. Dentre os fungos, Aspergillus dimorphicus uma espécie fúngica isolada pela primeira vez grãos de café apresentou atividade celulolítica e hemicelulolítica. Fusarium semitectum apresentou atividade pectinolítica As bactérias não apresentaram atividade de poligalacturonase (PG) e apresentaram de pectina liase (PL). As leveduras encontradas apresentaram atividade de PG e PL. Bactérias produtoras de PL e leveduras podem ser as responsáveis pela degradação da polpa e mucilagem em frutos de café natural. A grande diversidade de microrganismos nos frutos aponta para possíveis interações microbianas (competição por substrato, inibição de crescimento e excreção de metabólitos) que se confirmadas poderiam ser utilizadas como alternativas tecnológicas para incremento da qualidade (sensorial e sanitária) da bebida de café.
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    Inibição in vitro de fungos toxigênicos por Pichia sp. e Debaryomyces sp. isoladas de frutos de café (Coffea arabica)
    (Editora da Universidade Estadual de Maringá - EDUEM, 2010-07) Ramos, Darlê Martins Barros; Silva, Cristina Ferreira; Batista, Luís Roberto; Schwan, Rosane Freitas
    O café é um produto nacional com grande expressão para a economia brasileira. O uso excessivo de fungicidas tem levado a pesquisas sobre formas alternativas como o controle biológico. Objetivou-se avaliar o potencial antagônico de leveduras em co-cultivo com fungos filamentosos. Isolados das espécies Debaryomyces hansenii (UFLACF 889 e UFLACF 847) e Pichia anomala (UFLACF 710 e UFLACF 951) foram inoculados (10 3 a 10 6 células mL-1 ) com três espécies de fungos filamentosos, Aspergillus ochraceus, A. parasiticus e Penicillium roqueforti (10 3 a 10 6 esporos mL-1 ). A avaliação do crescimento micelial e a contagem de esporos foram realizadas durante 21 dias. Observou-se que o isolado UFLACF 889 apresentou, em média, maior efeito inibitório na produção de esporos de A. ochraceus (inibição de 82%) e P. roqueforti (74%). O isolado UFLACF 710 inibiu a produção de esporos, em média, 60 e 75,6% de A. ochraceus e P. roqueforti, respectivamente. A. parasiticus foi o fungo mais resistente à inibição pelas leveduras. O crescimento micelial não foi inibido pela presença da levedura em co-cultivo. Portanto, pode-se concluir que leveduras em cultivo pareado com fungos filamentosos são capazes de inibir a produção de esporos e, potencialmente, diminuir a disseminação destes fungos no processamento de café.
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    Microbiota de frutos maduros de café (Coffea arabica L.) na fase inicial de secagem
    (2000) Silva, Cristina Ferreira; Schwan, Rosane Freitas; Abreu, Lucas Magalhães de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A mucilagem que envolve os grãos de café é um substrato propício para o desenvolvimento de microrganismos pois é constituída de fontes de carbono e nitrogênio. Durante o processo de secagem dos grãos a contaminação nos terreiros por alguns microrganismos podem prejudicar a qualidade e saúde do consumidor. Objetivou-se com este trabalho isolar e quantificar a microbiota da superfície e contaminante da polpa e semente de grãos de café no estádio cereja. Amostras diárias de grãos da espécie Coffea arabica var. Acaiá foram coletadas e inoculados por plaqueamento direto dos grãos e por diluições decimais em meios de cultura. A contagem microbiana foi alta e incrementada com o avanço da secagem e apresentou variações entre 0,22 a 207,3 x10 4 UFC/grão. Populações de bactérias e leveduras foram isoladas em um mesmo tempo de secagem, não mostrando, até o sexto dia de secagem, sucessão ecológica microbiana evidente. Isolou-se da microbiota contaminante fungos filamentosos como Alternaria, Cladosporium e Fusarium, além de leveduras e bactérias.