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    Fitoquímicos como potenciais mediadores da flutuação sazonal de Leucoptera coffeella e de seus inimigos naturais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003) Silva, Flávio Marquini da; Picanço, Marcelo Coutinho; Universidade Federal de Viçosa
    Este trabalho foi realizado no período de agosto de 2000 a setembro de 2001 em quatro lavouras de Coffea arabica L. variedade Catuaí vermelho no campus da Universidade Federal de Viçosa e objetivou estudar o efeito de fitoquímicos presentes nas folhas sobre a intensidade de ataque do bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) e sobre as taxas de controle deste inseto por Vespidae predadores e himenópteros parasitóides. Durante o período experimental monitorou-se semanalmente a intensidade de ataque do bicho mineiro às folhas do cafeeiro, as taxas de predação e de parasitismo desse inseto e as concentrações de fitoquímicos nas folhas das plantas. Também anotou-se, durante o período experimental, os dados de temperatura do ar (máxima, média e mínima), total de precipitação pluvial, umidade relativa do ar (média), evaporação, insolação (total de horas de luz) e velocidade média dos ventos. Confeccionaram-se curvas de variação sazonal desses elementos durante o período experimental. Os dados da intensidade de ataque do bicho mineiro ao cafeeiro e das taxas de predação de larvas e de parasitismo de larvas e pupas de L. coffeella foram submetidos a análise de trilha e de regressão a p<0,10 para o entendimento das relações múltiplas entre as variáveis estudadas. Os dados das concentrações de fitoquímicos foram submetidos a análises de correlação canônica e de Pearson com os elementos climáticos. Os ácidos cafeico e clorogênico presentes nas folhas do cafeeiro parecem agir como cairomônios para o bicho mineiro do café. Períodos de temperaturas menos elevadas, de maior umidade do ar e menos ensolarados foram favoráveis ao aumento dos teores dos ácidos cafeico e clorogênico nas folhas do cafeeiro. A cafeína presente nas folhas do cafeeiro parece ter efeito de biomagnificação sobre os himenópteros parasitóides do bicho mineiro. Períodos de maior temperatura do ar foram favoráveis ao aumento dos teores de cafeína nas folhas do cafeeiro. Taxas de predação do bicho mineiro acima de 0,35 minas predadas/folha reduziram a intensidade de ataque do bicho mineiro ao cafeeiro, podendo este índice ser usado como nível de não-ação em programas de manejo integrado do bicho mineiro do cafeeiro. Verificou-se que as maiores taxas de predação e de parasitismo ocorrem em períodos distintos do ano.