Biblioteca do Café

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    Qualidade do café cereja descascado produzido na Região Sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2003) Silva, Reginaldo Ferreira da; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Universidade Federal de Lavras
    O café cereja descascado vem conquistando cada vez mais espaço nas diversas regiões produtoras de café. Considerando os diversos questionamentos sobre a qualidade dos grãos resultantes deste tipo de processamento, os poucos estudos sobre o assunto e as contradições observadas nos resultados obtidos até o momento, o presente estudo teve por objetivo caracterizar a qualidade do café cereja descascado produzido na Região Sul do Estado de Minas Gerais, bem como averiguar a influência da altitude na qualidade destes cafés por meio de análises físicas, químicas e sensoriais das amostras em seu estado original e após a retirada de grãos defeituosos. Foram aleatoriamente selecionadas lavouras de empresas cafeeiras situadas em faixas de altitude variando de 720 a 920 metros e de 920 a 1120 metros. As amostras de cafés da safra 2001/2002 foram devidamente coletadas em 32 propriedades distribuídas em 10 municípios. No Pólo de Tecnologia em Qualidade do Café da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foram realizadas as seguintes análises: teor de água, acidez titulável total, açucares totais, açucares redutores, polifenóis, lixiviação de íons de potássio, condutividade elétrica, avaliação do número e tipo de defeitos e análise sensorial. As análises físicas, químicas e sensoriais realizadas nos grãos de café demonstraram que: a maioria dos cafés descascados apresenta teor de água abaixo do valor recomendado; os valores médios de acidez titulável total, açucares totais, lixiviação de potássio e condutividade elétrica, em todas as amostras analisadas, encontram-se dentro dos valores médios de acidez titulável total, açucares totais, lixiviação de potássio e condutividade elétrica, em todas as amostras analisadas, encontram-se dentro dos valores característicos de bebidas finas; a bebida dura ocorre em 75% das amostras de café descascado, com a presenças dos defeitos; os cafés sem a presença dos defeitos, produzidos na faixa de altitude de 920 a 1120 metros, apresentam corpo e acidez mais fracos e doçura mais alta do que os produzidos na faixa de 720 a 920 metros; maiores altitudes possibilitam a produção de cafés de melhor qualidade.