Biblioteca do Café
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Item Produtividade do cafeeiro arábica de montanha segundo espaçamentos de cultivo e biênios produtivos(Embrapa Café, 2013) Sobreira, Fabrício Moreira; Rocha, Aledir Cassiano; Martins, André Garçoni; Prezotti, Luiz Carlos; Fornazier, Maurício José; Costa, HélcioTrabalhos tem abordado a produtividade do cafeeiro arábica segundo os espaçamentos de cultivo, entretanto, escassos são os que explicam a interação entre espaçamentos, ao longo dos biênios produtivos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar considerando a interação entre espaçamentos na linha e na entre linha cultivo, a produtividade do cafeeiro arábica em cada biênio produtivo, analisando o diferencial produtivo dos espaçamentos ao longo do desenvolvimento da cultura. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental do INCAPER, em Venda Nova do Imigrante-ES, em terreno com inclinação de 45 %, representativo da cafeicultura da região. Foram avaliados quatro espaçamentos (tratamentos) na entrelinha de cultivo (2,0; 2,5; 3,0; 3,5 m) e três espaçamentos entre as plantas (0,5; 1,0; 1,5 m). Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados sob esquema fatorial (4 x 3), com três repetições e parcela de 30 plantas, sendo úteis as 10 plantas centrais. A produtividade em sacas beneficiadas.ha-1 foi estimada considerando a produtividade média da parcela útil extrapolada pela população de plantas referente a cada combinação de fatores. Os dados foram analisados considerando a média de duas colheitas, durante quatro biênios. Realizou-se a análise de variância e para estudo específico da interação dos fatores, foi realizado o desdobramento desses e estabelecimento de curvas de regressão linear. No primeiro biênio produtivo foram estabelecidas curvas de regressão de elevado ajuste para todos espaçamentos avaliados, indicando redução na produtividade com o aumento nos espaçamentos. No segundo biênio, com exceção do ajuste obtido para o espaçamento de 0,50 m entre plantas (R² = 0,72), também foram estabelecidas curvas de regressão linear para todos espaçamentos avaliados. No terceiro biênio os espaçamentos entre linhas de 2,0 e 2,5 m, e entre plantas de 0,5 m, não apresentaram alteração na produtividade com a alteração nos espaçamentos. Comportamento semelhante a este, também foi observado para o quarto biênio. 1- De modo geral, os menores espaçamentos na entre linha e na linha de cultivo apresentam maior produtividade 2- A partir do terceiro biênio há semelhanças entre os espaçamentos entre linhas quando a distância entre plantas é de 0,50 m. 3- No terceiro e quarto biênios, os espaçamentos de 2,0 e 2,5 m são semelhantes em produtividade, não ocorrendo reduções lineares da produtividade com o aumento da distância entre plantas.4- Os arranjos de plantio de 3,0 e 3,5 m entre linhas combinados aos espaçamentos entre plantas de 1,0 e 1,5 m proporcionam baixas populações de plantas que limitam a produtividade mesmo a longo prazo de cultivo.Item Proporção de nós produtivos e tamanho de ramos plagiotrópicos de cultivares de café arábica cultivados com adensamento(Embrapa Café, 2013) Apostólico, Márcio Antonio; Tonoli, Adonis Lopes; Rodrigues, Wagner Nunes; Tomaz, Marcelo Antônio; Sobreira, Fabrício Moreira; Colodetti, Tafarel Victor; Fardim, Leonardo Christo; Martins, Lima DeleonO cultivo de café arábica (Coffea arabica L.) possui destaque no cenário econômico e social brasileiro, sendo uma espécie importante para a cafeicultura no Estado do Espírito Santo. O lançamento de novos planos estratégicos pelo governo do Estado, como o “Renovar Café Arábica”, tem enfatizado a necessidade de busca por informações sobre a diversidade de materiais genéticos passíveis de utilização para a renovação do parque cafeeiro. Desse modo, o presente trabalho objetivou avaliar a proporção de nós produtivos e as dimensões de ramos plagiotrópicos de genótipos de café arábica com potencial para emprego no sistema adensado de cultivo, na região do Caparaó-ES. As plantas foram instaladas em 2009, com espaçamento de 2,00 x 0,60 m, totalizando 8.333 plantas por hectare, configurando um cultivo adensado, seguindo delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições e seis plantas por parcela experimental. Existem diferenças entre os genótipos de café arábica cultivados sob adensamento na Região do Caparaó-ES, em relação às dimensões e a proporção de nós produtivos e ao comprimento dos ramos plagiotrópicos. O genótipo Catiguá MG2 apresenta ramos plagiotrópicos bem desenvolvidos, espessos, com grande número de gemas e elevada proporção de nós produtivos. Os genótipos Sacramento MG1 e H419-3-3-7-16-4-1-1 também se destacam por apresentarem médias superiores para a maioria das variáveis estudadas, apesar de serem ligeiramente inferiores ao Catiguá MG2 em relação a algumas características avaliadas.Item Resposta produtiva e econômica do café conilon submetido a diferentes manejos da poda de produção(Embrapa Café, 2015) Martins, André Guarçoni; Ronchi, Cláudio Pagotto; Sobreira, Fabrício Moreira; Tóffano, José LuizO manejo de poda para o café conilon que vem sendo recomendado atualmente, consiste na permanência de 12.000 ramos ortotrópicos/ha, com retirada de ramos plagiotrópicos que tenham produzido mais de 50 % de sua extensão. Entretanto, esse manejo tem gerado dúvidas quanto a sua aplicabilidade às muitas situações de cultivo, em relação à produtividade e, principalmente, em relação à sustentabilidade do sistema produtivo. Este trabalho teve por objetivo definir o manejo da poda para o café conilon que proporcionasse maior produtividade e rentabilidade, baseando-se no gasto de mão-de-obra necessário para a prática. Para isso, foram combinadas três densidades de ramos ortotrópicos (9.000, 12.000 ou 15.000 ramos/ha), com dois momentos de realização da poda dos ramos ortotrópicos (após a segunda ou terceira colheita) e com a retirada ou não dos ramos plagiotrópicos que produziram mais de 50% de sua extensão, gerando 12 tratamentos. Estes foram distribuídos em blocos ao acaso, com quatro repetições. O experimento foi conduzido em uma fazenda localizada em Pacotuba, na região sul do ES, considerada mais fértil e com melhor regime pluviométrico do que a região norte do Estado. Foi determinada a produtividade acumulada de café conilon beneficiado, em quatro colheitas. Foi contabilizado o tempo necessário para que um funcionário realizasse a poda estipulada, em cada parcela. Considerando o valor da hora/homem e a cotação do café, foi realizada uma avaliação econômica da prática de poda de produção. Concluiu-se que, para o manejo da poda em lavouras cultivadas sob melhores condições edafoclimáticas, deve-se manter entre 12.000 a 15.000 ramos ortotrópicos por hectare, mesmo que se gere maior necessidade de mão-de-obra, pois são mais rentáveis economicamente. Em lavoura cultivada com maior densidade de ramos ortotrópicos, estes devem ser podados antes que a mesma comece o processo de fechamento, o que ocorreu já na terceira colheita. A retirada anual de ramos plagiotrópicos que produziram em mais de 50 % de sua extensão não promoveu incremento na produtividade. Para a utilização desta prática, fatores positivos como rendimento de colheita e facilidade de tratos culturais devem ser comparados a fatores negativos, como aumento na necessidade de desbrota.