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    Resistência e sinergismo a inseticidas fosforados em populações de Leucoptera coffeella (Guèr-Ménev.) (Lepidoptera: Lyonetiidae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000) Fragoso, Daniel de Brito; Guedes, Raul Narciso Carvalho; Universidade Federal de Viçosa
    Os objetivos deste trabalho foram detectar e evidenciar preliminarmente os mecanismos bioquímicos de resistência a inseticidas fosforados em populações de Leucoptera cofeella. Na sua execução foi utilizado como material biológico dez populações de L. cofeella de diferentes regiões produtoras de café do Estado de Minas Gerais, que foram coletadas a campo e mantidas em gaiolas em casa de vegetação, além de uma população do cafezal adjacente ao viveiro de mudas de café da Universidade Federal de Viçosa, utilizada como padrão de susceptibilidade. Em cada local de coleta foi preenchido um questionário sobre uso de inseticidas e falhas de controle. Inicialmente foram feitos bioensaios com 3o instar larval do bicho-mineiro com o padrão de suscetibilidade (população de Viçosa) para obtenção de faixas de respostas, que serviram como parâmetro referencia1 na preparação das concentrações dos bioensaios definitivos de concentração-resposta. Os dados de mortalidade obtidos foram submetidos à análise de próbite para estimação das concentrações letais para 99% de mortalidade (CL99) para cada inseticida, que foram então usadas como concentrações discriminatórias na detecção de resistência nas populações sob estudo. O estudo dos prováveis mecanismos bioquímicos de resistência desta praga aos inseticidas foi feito através do uso de concentrações letais discriminatórias de inseticidas em misturas com sinergistas na população suscetível. Os resultados obtidos mostraram resistência na maioria das populações, com oito populações apresentando este fenômeno ao inseticida dissulfotom, cinco ao etiom, quatro ao paratiom-metílico e apenas uma população apresentou resistência ao inseticida clorpirifós. As populações de Araguari, Patrocínio, São Gotardo e Bambuí foram resistentes a maioria dos inseticidas sob estudo, destacando a população de Araguari que mostrou este fenômeno aos quatro inseticidas estudados. Dados obtidos dos questionários sobre uso de inseticidas, mostraram o largo uso de inseticidas nas regiões de cerrado, com algumas localidades atingindo um total de 20 aplicações por ano agrícola. Modelos de regressão múltipla mostraram associação entre grupos de inseticidas, que podem estar selecionando em favor da resistência aos inseticidas estudados, além da evidência de efeito de inseticidas ou grupos de inseticidas negativamente correlacionados aos compostos em estudo, que desfavorecem a seleção de populações resistentes a estes. Com relação ao estudo de sinergismo, os sinergistas butóxido de piperonila e dietil-maleato suprimiram significativamente a resistência, sugerindo que destoxificação metabólica por monooxigenases dependentes do citocromo P450 e glutations-S-transferases sejam os principais mecanismos de resistência de L. coffeeella a estes inseticidas, com um menor envolvimento de esterases, o que indica também um possível desenvolvimento de resistência múltipla a inseticidas fosforados.