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    Reposta do cafeeiro arábica em produção à adubação fosfatada
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Saraiva, Edson Santana; Martinez, Hermínia Emília Prieto
    Nos últimos anos surgiu uma corrente de pesquisadores indicando a necessidade de uso de doses elevadas de fósforo (P), visando melhorar a produtividade dos cafezais, e evitar o ciclo bienal de produção do cafeeiro. Diante dessa indicação torna-se necessário, avaliar e quantificar, em variadas condições de cafezais, a resposta a doses de P. O presente trabalho tem como objetivo, avaliar a influência da aplicação de doses e fontes de P 2 O 5 , sobre a produtividade do cafeeiro, teores de P lábeis do solo, os teores de P e dos outros nutrientes nas folhas, flores, casca e grãos de café. Para tanto foram realizados dois experimentos. O primeiro foi conduzido no período 2007 a 2010, na área Experimental da UFV em um cafezal da cultivar Oeiras, espaçado 2 x 1 m, que no inicio do experimento, estava com 4 anos de idade. As doses de 33, 83, 166, 333 e 666 kg de P 2 O 5 ha -1 , aplicadas na forma de fosfato mono potássico, constituíram o fator em estudo. Os tratamentos foram aplicados em quatro blocos casualizados sendo dispostas cinco plantas homogêneas e competitivas por parcela. A adubação fosfatada foi realizada em duas parcelas no período chuvoso. Nos tratamentos que receberam doses menores de P 2 O 5 , o potássio (K) foi suplementado com KCl, de modo a se fornecer a mesma dose de K para todos os tratamentos. Foram fornecidos 400 kg de nitrogênio (N) ha -1 na forma de uréia dividida em três parcelas e micro nutrientes via foliar. O segundo trabalho foi conduzido no período de outubro de 2009 a abril de 2011, em uma lavoura localizada no município de Porto Firme, MG. Foi utilizada uma lavoura de cultivar Paraíso, no espaçamento de 3,0 x 0,6 m, que no início do experimento, estava com dois anos de idade. O delineamento adotado foi em blocos casualisados com três repetições em esquema fatorial (4X2)+1 compreendendo 4 fontes P 2 O 5 : fosfato natural reativo (PNR), superfosfato simples (SS), superfosfato triplo (ST), fosfato monopotássico (FMK) em duas doses (80 e 320 kg de P 2 O 5 ha -1 ). O tratamento adicional consistiu-se de ausência de P. Cada parcela experimental foi constituída por duas linhas de 5m, sendo as duas plantas centrais e uniformes de cada linha adotadas como úteis. A adubação fosfatada foi realizada de uma única vez, na face superior das plantas na projeção da copa. Nos tratamentos onde foram utilizadas fontes de P 2 O 5 que não tinham K em sua formulação, e o tratamento de menor dose de P 2 O 5 da fonte de FMK, o K foi suplementado com KCl, de modo a se fornecer a mesma dose de K para todos os tratamentos. Assim, na primeira parcela de adubação todos os tratamentos receberam 209 kg de K 2 O por hectare. Foram feitas mais duas adubações de 95,5 kg ha-1 K 2 O na forma de KCl para todos os tratamentos. Foram fornecidos 400 Kg de N na forma de uréia divididos em três parcelas e micronutrientes via foliar. Avaliaram-se a produtividade, altura de planta (AP), emissão de ramos plagiotrópicos (ERP), números de internódios por ramo plagiotrópico (NIRP), teores de macro e micro nutrientes em folhas, cascas e frutos, e as características químicas do solo nas camadas de 0-20 e 20-40. Observou-se que não houve efeito significativo das diferentes doses de P nas variáveis: AP, ERP, NIRP nos dois experimentos. As análises de solo indicaram aumento significativo das concentrações de P no solo extraído pelos extratores Mehlinch-1 e Resina trocadora de cátions e ânions. No experimento 1, foi observado que a produtividade no primeiro ano de avaliação não apresentou diferença significativa entre as doses de P, mas nos últimos dois ciclos observou-se diferença, atingiu-se 90% da produtividade máxima com a dose de 113 kg ha -1 de P 2 O 5 , porém a máxima eficiência econômica foram obtidos com as doses de 322,7 kg ha -1 de P 2 O 5, na safra de 2009 e de 341,66 kg ha -1 na safra de 2010. No experimento 2, não houve interação, quanto a produtividade, entre as fontes e as doses nos dois ciclos produtivos. Para doses de P 2 O 5 não houve resposta significativa do cafeeiro com relação à produtividade. Na comparação dos tratamentos que receberam P com a testemunha, verificou-se que esse último tratamento apresentou produtividade média estatisticamente inferior. As fontes FMK, ST e SS apresentaram produtividades estatisticamente iguais, mas essas apresentaram produtividades estatisticamente superiores à fonte FNR. Esses resultados mostram a importância da adubação fosfatada, com fontes solúveis, para atender adequadamente as exigências nutricionais dos cafeeiros e alcançar produtividades desejadas. Maiores teores de P no solo foram obtidos com a aplicação de maiores doses de P 2 O 5 , sendo os valores médios extraídos pela resina mista maiores que os extraídos pelo extrator Mehlich 1.
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    Efeito residual de adubos verdes em cultivos de café e feijão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-16) Guedes, Amanda Figueiredo; Santos, Ricardo Henrique Silva
    A pesquisa foi composta por dois experimentos. O primeiro experimento, descrito no capítulo 1 foi continuação de um experimento anterior com cafeeiro e teve como objetivo estudar o efeito residual do nitrogênio (N) proveniente da Crotalaria juncea L. em um novo cultivo com cafeeiro. O segundo experimento, detalhado no capítulo 2, teve como objetivo determinar a contribuição residual da lablabe (Dolichos lablab) e do feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) ao feijoeiro em duas épocas de cultivo. O experimento sob o efeito residual do nitrogênio da crotalária sobre um novo cultivo com cafeeiro foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso (DIC) com três tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram referentes aos tempos de cultivo anterior do cafeeiro, 5, 7 e 9 meses, sob efeito residual da leguminosa, nos mesmos recipientes. Não houve como estabelecer uma relação entre as variáveis (acúmulo de N, matéria seca, teor de N total nos órgãos do cafeeiro e no solo) com o efeito residual da crotalária no novo cultivo de cafeeiro. Em geral, para o novo cultivo de cafeeiro, o efeito residual do nitrogênio da Crotalaria juncea L. apresentou valores maiores na parte aérea do que nos outros órgãos. Os maiores teores de N total, de acúmulo de N e de matéria seca no novo cultivo de cafeeiro são encontrados nas folhas. Os maiores teores de N total no solo foram encontrados na profundidade de 20-40 cm, antes do plantio do novo cafeeiro sob efeito residual da massa da crotalária. O período de crescimento em altura do cafeeiro sob efeito residual da leguminosa foi influenciado positivamente pelo período de cultivo anterior, 5, 7 e 9 meses, em 11 meses do novo cultivo do cafeeiro. No experimento de cultivo de feijão sob efeito residual dos pré- cultivos em duas épocas, o delineamento utilizado foi de blocos casualizados (DBC), com os tratamentos arranjados em esquema de parcela subdividida, ou seja, duas épocas de plantio do feijoeiro (safra da seca e das águas) e os pré-cultivos (duas espécies de adubos verdes, lablabe (Dolichos lablab) e o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), além da testemunha, representada pelo cultivo sob a vegetação espontânea). O teor de N total, o número de vagens por planta, o número de grãos por vagem e o peso de 100 grãos do feijoeiro influenciaram positivamente na produtividade do feijoeiro. O feijão sob efeito residual dos pré-cultivos, na safra “das águas”, apresenta maiores teores de N-total e número de grãos por vagens em comparação a época do feijão “da seca”. O número de vagens por planta do feijoeiro são maiores quando cultivado em área sob efeito residual do feijão-de-porco e do lablabe. A produtividade de grãos do feijoeiro é maior quando cultivado em área sob efeito residual do lablabe do que da área com vegetação espontânea. O efeito residual dos pré-cultivos lablabe e feijão-de-porco influencia positivamente o cultivo do feijoeiro na safra “das águas” e “da seca”.