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    Avaliação econômica da irrigação do cafeeiro em uma região tradicionalmente produtora
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006) Arêdes, Alan Figueiredo de; Santos, Maurinho Luiz dos; Universidade Federal de Viçosa
    Em regiões com elevados déficits hídricos, os resultados empíricos apontam no sentido da viabilidade econômica da irrigação. Entretanto, em regiões produtoras tradicionais, caracterizadas por clima úmido, onde a irrigação é feita de forma suplementar, a viabilidade econômica dessa prática é discutida e carente de estudos. Nesse sentido, o presente trabalho teve por objetivo analisar a viabilidade econômica da implantação de alternativas tecnológicas de irrigação na produção de café em uma região tradicionalmente produtora, como no município de Viçosa-MG. Para isso, foram analisadas cinco alternativas tecnológicas de produção de café: A - produção não-irrigada com baixa produtividade, B - produção não-irrigada com alta produtividade, C - produção irrigada por gotejamento, D - produção fertirrigada por gotejamento e E - produção irrigada por malha. Como resultado, verificou-se que todos os indicadores de viabilidade econômica (VPL, TIR, CTMe e PP) indicaram a superioridade econômica da produção cafeeira irrigada e fertirrigada, principalmente a irrigada por malha, seguida pela fertirrigada e irrigada por gotejamento, respectivamente, em relação a produção não-irrigada. Quando analisado o risco, as alternativas tecnológicas não-irrigada, irrigada e fertirrigada foram muito sensíveis em termos de VPL e TIR em relação as variáveis preços do café e produtividade do cafezal e pouco sensíveis às mudanças das variáveis mão-de-obra eventual, fertilizante, uréia, energia elétrica, água, fungicida e inseticida, preço de aquisição da terra e preço dos sistemas de irrigação e fertirrigação por gotejamento e malha. Também pela análise de risco, a produção não-irrigada com alta e a com baixa produtividade apresentaram os menores retornos (máximos, médios e mínimos) e os maiores riscos, pois tiveram os maiores coeficientes de variação (CV) em termos de VPL e TIR, e os menores VPL e TIR independentemente do nível de probabilidade de ocorrência do VPL e TIR. A alternativa tecnológica irrigada por malha teve o menor risco, seguido pela alternativa fertirrigada e irrigada por gotejamento. Assim, conclui-se que a cafeicultura irrigada é economicamente viável e superior à alternativa de produção não-irrigada, mesmo em regiões tradicionalmente produtoras, como no município de Viçosa-MG, uma vez que, além de elevar o retorno econômico, reduz o risco na produção de café.