Biblioteca do Café

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    Irrigação, balanço hídrico climatológico e uso eficiente da água na cultura de café
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz" - Universidade de São Paulo, 2008) Carvalho, Hudson de Paula; Dourado Neto, Durval
    Uma das tecnologias mais adotadas pelos produtores, principalmente os que têm suas lavouras situadas em região de cerrado, é a irrigação. No entanto, ainda não existe consenso sobre o manejo dessa irrigação, principalmente, com relação à quantidade de água a aplicar e na freqüência da irrigação. Objetivou-se com este trabalho verificar a influência da irrigação por gotejamento quando manejada o ano inteiro, e quando submetida à suspensão ou repouso durante os meses de julho e agosto, nas características produtivas (produtividade e renda) e de crescimento (altura e diâmetros da copa e do caule) e na qualidade física e da bebida de café. Além disso, foram testados modelos matemáticos com a finalidade de identificar aquele que melhor descreve o desempenho das plantas. Não obstante, foi efetuado o balanço hídrico climatológico diário da cultura de café e alguns índices de eficiência de uso de água. O experimento foi delineado em blocos casualizados com quatro repetições e onze tratamentos, sendo esses compostos por plantas irrigadas o ano inteiro e plantas submetidas à suspensão da irrigação durante os meses de julho e agosto, além da testemunha que não foi irrigada. As lâminas de irrigação foram obtidas com base na porcentagem da evaporação da água do tanque classe A de 40%, 80%, 120%, 160% e 200%. A coleta de dados começou em julho de 2003 e se estendeu por três anos, finalizando em maio de 2006. Conclui-se que a renda e a qualidade da bebida de café não foram influenciadas pelos tratamentos; a suspensão da irrigação durante os meses de julho e agosto melhorou sobremaneira a qualidade física do café, porém, a produtividade foi drasticamente diminuída; dentre os tratamentos submetidos ao repouso, a utilização de 80% da evaporação da água do tanque classe A promoveu a melhor combinação entre qualidade física dos grãos e produtividade; A lâmina de irrigação de 80% da evaporação da água do tanque classe A, manejada durante todo o ano, promoveu a maior produtividade média e o maior índice de eficiência no uso da água; os modelos de regressão polinomial de terceiro e segundo graus e raiz quadrada, representaram de forma satisfatória o desempenho produtivo da cultura de café em função da quantidade de água aplicada, porém o primeiro apresentou maior coeficiente de correlação; os piores resultados para altura das plantas foram aqueles proporcionados pelos tratamentos Testemunha, 40% da ECA irrigado o ano inteiro, e 40% e 120% da ECA com suspensão da irrigação em julho e agosto; para o diâmetro da copa e do caule, os piores resultados foram proporcionados pelos tratamentos Testemunha e 40% da ECA irrigado o ano inteiro; a maior eficiência no uso da água de irrigação foi conseguida pela lâmina de 40% da ECA com suspensão em julho e agosto, porém, houve diminuição na produtividade em 38,3%; o armazenamento efetivo da água do solo para o tratamento Testemunha sofreu muita variação ao longo dos anos avaliados, permanecendo abaixo de 30% no mês de setembro; nos tratamentos com suspensão na irrigação, o armazenamento efetivo da água no solo ficou abaixo de 50% no mês de agosto, por outro lado, naqueles onde a irrigação foi realizada o ano todo o armazenamento permaneceu acima de 90%, com exceção do tratamento 40%, onde o armazenamento chegou a 75% em maio de 2006.
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    Zoneamento agroclimatológico do Coffea canephora para Espírito Santo mediante interpolação espacial
    (Editora UFLA, 2014-07) Eugenio, Fernando Coelho; Peluzio, Telma Machado de Oliveira; Pereira, Ana Aparecida Barbosa; Santos, Alexandre Rosa dos; Peluzio, João Batista Esteves; Bragança, Rosembergue; Fiedler, Nilton César; Paula, Elizabeth Neire da Silva Oliveira de
    Objetivou-se, no presente artigo, propor a determinação do Zoneamento Agroclimatológico do Coffea canephora, mediante a utilização de reclassificação espacial em classes de porcentagens, para o estado do Espírito Santo. As etapas metodológicas necessárias para avaliar a relação do zoneamento agroclimatológico para a cultura do Coffea canephora, foram: geração do banco de dados e regressão linear múltipla; interpolação espacial por krigagem esférica; reclassificação e zoneamento agroclimatológico; vetorização espacial do zoneamento e quantificação do zoneamento agroclimatológico para os 78 municípios do Estado. Os resultados mostraram que o estado do Espírito Santo possui áreas plenas (100%), boas (75%), regulares (50%), restritas (25%) e totalmente inaptas ao cultivo do café conilon, representando, respectivamente, 6,92%; 24,47%; 37,40% e 0,97% do território. A metodologia adotada, de reclassificação espacial em classes de porcentagens, mostrou-se eficiente.