Biblioteca do Café

URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/1

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 6 de 6
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Desregulamentação e mudança institucional no mercado de café : um estudo de caso na região das matas de Minas
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2015-05-20) Singulano, Marisa Alice; Higgins, Sílvio Salej
    Esta pesquisa aborda as mudanças institucionais decorrentes da desregulamentação do mercado de café a partir da década de 1990, suas consequências em termos de reestruturação do mercado e como os produtores na região das Matas de Minas se adaptaram ao novo contexto. Com a extinção do IBC foi deixada uma lacuna na coordenação do mercado de café. Este espaço foi processualmente ocupado por outros agentes sociais, tanto órgãos da burocracia pública quanto organizações privadas. Com relação à política cafeeira, houve um esvaziamento de muitas ações em um primeiro momento, em seguida houve um processo de descentralização desta política e de maior abertura dos espaços decisórios com o aumento da participação de organizações setorialistas. As mudanças no ambiente institucional definiram incentivos para a formação de organizações de produtores em diversas regiões, inclusive na área estudada. As Matas de Minas têm passado por grandes mudanças desde os anos 1990, que se expressam em duas dimensões fundamentais: uma mudança em sua reputação, passando de uma região reconhecida pela baixa qualidade de seus cafés para uma região cada vez mais reconhecida pela produção de cafés de qualidade; e um processo de adaptação dos produtores às novas condições institucionais e econômicas por meio da diferenciação dos seus cafés pela qualidade. Na análise destes processos, nos baseamos na teoria institucionalista, enfatizando a construção social e política das estruturas de mercado e as relações entre burocracias públicas e organizações da sociedade no contexto da liberalização. Destacamos ainda a ‘construção social da qualidade’ como categoria-chave para a análise das estratégias dos produtores neste contexto e das novas configurações do mercado local. Os resultados de nossa pesquisa indicam que as mudanças no ambiente institucional influenciaram nas condições de produção e de comercialização dos produtores, criando incentivos e constrangimentos para a formação de suas estratégias econômicas, as quais se relacionam a formas de coordenação das transações de café específicas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Integração e assimetrias na transmissão de preços de café arábica no Brasil
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2015) Baptista, Diana de Medeiros; Barros, Geraldo Sant’ana de Camargo
    O café foi de extrema importância para o desenvolvimento e a dinamização da economia brasileira desde meados do século XIX, quando já ocupava a posição de principal produto da pauta exportadora brasileira, aí se mantendo por quase um século. Nos dias atuais, apesar de ter passado por diversos momentos de instabilidade, o Brasil ainda é maior produtor e exportador mundial de café. Atualmente, com a desregulação pelo Estado , há uma mais organização estratégica e maior cooperação entre os agentes. Como o café é um produto típico de exportação, seu preço nas diferentes regiões do país está ligado aos preços internacionais. Teoricamente, os mercados estando interligados, devem ser observadas tendências temporais muito próximas entre as séries no longo prazo. Posto isso, o objetivo do presente trabalho é avaliar a integração e a transmissão de preços do café arábica negociado na bolsa ICE Futures US, em Nova York, para as regiões produtoras de café arábica dentro dos estados de São Paulo (Mogiana e Paulista), Paraná (Noroeste) e Minas Gerais (Cerrado e Sul). Para analisar a relação de assimetria entre os preços de café das bolsas e do mercado físico utiliza-se o modelo descrito por Cânedo-Pinheiro (2012) para o mercado de óleo diesel no Brasil e por Cunha e Wander (2014) para o mercado de feijão no Estado de São Paulo. Como resultados, observou-se a presença de integração entre as séries de preços nas regiões estudadas com os preços da bolsa ICE Futures US, tanto no curto como no longo prazo. Todas as séries apresentaram elasticidade de transmissão de preços maior do que a unidade. A assimetria de transmissão de preços foi verificada em todas as regiões estudadas, ou seja, reduções de preço no mercado internacional são repassadas com maior intensidade para o produtor do que aumentos, exceto no caso do Sul de Minas Gerais, onde os ajustes foram simétricos. Apesar da existência de assimetria no curto prazo, o estudo verificou que no longo prazo, para todas as regiões, a assimetria tende a se inverter e mesmo desaparecer, dependendo do período. No curto prazo, os ajustes de queda são repassados mais rapidamente que os aumentos, enquanto que no longo prazo a velocidade de ajustamento para os aumentos de preços é maior do que para reduções, com exceção da região Mogiana.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Impactos da estabilização monetária e da estratégia competitiva da indústria sobre o consumo de café torrado no Brasil
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-07) Mesquita, José Marcos Carvalho de; Lara, José Edson; Souki, Gustavo Quiroga
    Objetivou-se no presente trabalho, analisar a influência de dois programas distintos sobre o consumo interno de café torrado. O primeiro foi a implantação do Plano Real, com a consequente estabilização monetária e o aumento de renda da população. O segundo diz respeito ao programa de melhoria da qualidade do café torrado, lançado pela Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, denominado “Selo Pureza”. Segundo os modelos teóricos, as condições macroeconômicas vigentes são variáveis externas com grande impacto no desempenho das organizações, muito embora não possam ser controladas pelas mesmas. Por outro lado, uma estratégia implementada em âmbito associativo pode ser classificada como uma estratégia relacional, em que os participantes têm grande poder decisório e cujos resultados apresentam uma maior previsibilidade. O método utilizado na análise foi o da regressão linear e o período estudado compreende os anos de 1990 a 2006. Os resultados indicam que as variáveis do macroambiente, que refletem os efeitos do Plano Real, são significativas no modelo, porém com baixo poder de explicação. Já a estratégia cooperativa, representada pelo Programa “Selo Pureza”, mostrou-se significativa, o que permite inferir que tenha grande importância no crescimento do consumo verificado no período em análise.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Características da certificação na cafeicultura brasileira
    (Universidade Federal de Lavras, 2011-07) Moreira, Cassio Franco; Fernandes, Elisabete A. de Nadai; Vian, Carlos Eduardo de Freitas
    O mercado cada vez mais demanda produtos agrícolas certificados. Os países de primeiro mundo, principalmente, exigem em seus produtos informações sobre o processo produtivo e origem, visando tanto à sustentabilidade socioambiental quanto à qualidade intrínseca do produto. O consumidor quer saber como seu alimento foi produzido. Produtos certificados, de acordo com diferentes padrões, estão cada vez mais presentes nas prateleiras de supermercados do mundo todo. Na cafeicultura, isso se repete, talvez sendo o setor agrícola nacional mais evoluído quanto à certificação, muito à frente de outros produtos agrícolas. Diferentes padrões de certificação estão presentes na cafeicultura brasileira hoje, os principais sendo Orgânico, Fair Trade (FT), Utz Certified (UC) e Rain Forest Alliance (RA). Entretanto, cada um desses padrões cobre diferentes aspectos e seus respectivos produtos chegam ao mercado carregados com características distintas. Importante é a caracterização de cada certificação, bem como a sua exposição aos produtores e consumidores para que tomem sua decisão de forma clara e consciente. A certificação de café no Brasil tem contribuído muito para consideráveis melhorias socioambientais no setor produtivo, bem como para a organização interna das propriedades. A certificação na cafeicultura nacional continuará em crescimento e seus benefícios, aos poucos, estão chegando à sociedade.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Inteligência competitiva na cafeicultura: mineração textual em notícias publicadas na web
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-26) Lima Júnior, Paulo de Oliveira; Castro Júnior, Luiz Gonzaga de
    A cafeicultura tem um papel significativo para o agronegócio no Brasil, mas é uma atividade de risco elevado pela variação de preço do café que causa impactos em diferentes setores de sua cadeia produtiva. Isto exige dos agentes Inteligência Competitiva para monitorar o ambiente competitivo por meio de um processo contínuo e sistemático de coleta e análise de informações para tomada de decisões em gestão de risco. Notícias com informações que influenciam o mercado de café e afetam a dinâmica da sua cadeia produtiva são publicadas na web diariamente. Entretanto, lidar com o volume e velocidade dessas informações não é uma tarefa trivial, consome recursos humanos, tempo e restringe a análise à capacidade de busca e leitura dos especialistas. E a automatização do processo, apesar do avanço da tecnologia, esbarra em obstáculos no campo sintático como ruídos nos dados e semântico como ambiguidade da linguagem e ausência de contexto. Neste cenário, por meio do processo iterativo do método Design Science Research, foi possível, juntamente com especialistas, adquirir conhecimento sobre requisitos de inteligência para cafeicultura e construir artefatos para coletar e classificar automaticamente, pela perspectiva de IC, notícias da web sobre eventos que impactam o mercado de café. Uma avaliação estatística mostrou correlação entre a ocorrência cronológica destes eventos e a série de preço e volatilidade do café, enquanto uma avaliação qualitativa por especialista apontou a relevância das notícias para análise de requisitos de inteligência na cafeicultura. Estes resultados apontam viabilidade de um indicador de evidências qualitativas vindas da web que, a saber, sua influência e erro, e confrontado com uma análise qualitativa, permita perceber aumento de volatilidade e viés para delinear um cenário de tomada de decisões para gestão de risco. Desta forma, a pesquisa corrobora a possiblidade de promover Inteligência Competitiva para apoiar decisões sobre gerenciamento de risco e competitividade na cafeicultura por meio de Mineração Textual em notícias publicadas na web.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Comparação entre volatilidades de preços recebidos pelos cafeicultores paulistas: naturais versus cereja descascado
    (Embrapa Café, 2015) Vegro, Celso Luis Rodrigues; Martins, Vagner Azarias
    A inovação conhecida por café cereja descascado estabeleceu novo padrão de qualidade para a bebida. Este estudo analisou volatilidade da trajetória dos preços recebidos pelos cafeicultores paulistas entre 2010 e 2014, constatando que embora trate-se de produto especial o cereja descascado manteve padrão para a formação de seus preços sumamente volátil, assemelhando-se nesse quesito ao tipo natural. Aparentemente, a inovação representada pelo descascamento do café não foi capaz de alterar o mecanismo de coordenação via mercado da cadeia, algo que contradiz a teoria estabelecida para o tema. Assim, são necessários novos estudos visando melhor compreender melhor essa discrepância e possibilidades de mudança para outros modos de coordenar as transações envolvendo o cereja descascado.