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Item Método requerimento–suprimento para determinação de dose e composição do fertilizante multinutriente para crescimento inicial do cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-25) Mendoza Reynaga, Willian Hugo; Venegas, Víctor Hugo Álvarez; Cantarutti, Reinaldo BertolaO Método Requerimento-Suprimento é uma técnica experimental que permite a recomendação da dose e composição de nutrientes no fertilizante multinutriente (FMN), utilizando os princípios do balanço nutricional. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta de doses do FMN, estabelecido pelo Método Requerimento-Suprimento, avaliar os efeitos da omissão de nutrientes; determinar as taxas de recuperação de nutrientes pelos extratores e planta e determinar a dose e composição do novo FMN a ser recomendado para o crescimento inicial do cafeeiro. O método Requerimento- Suprimento compreende duas fases: na primeira, determinou-se a dose e composição do FMN a ser testado e, na segunda, para a otimização do FMN, plantas de café foram submetidas a tratamentos gerados pela matriz experimental fatorial (8 + 8), constituídos de oito doses do FMN e oito tratamentos com nutrientes faltantes. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições. A dose para a produção máxima de matéria seca das plantas encontra-se fora do espaço experimental; a maior limitação nutricional foi pela omissão de macronutrientes, sendo a deficiência de N o mais limitante. Para determinar as taxas de recuperação de nutrientes pelos extratores após cultivo, com dreno solo e planta, a equação modificada é a mais adequada porque considera a absorção de nutriente pela planta. As taxa de recuperação de nutriente pela planta calculadas com a equação modificada, considerando a demanda no tratamento com omissão de nutriente, é a mais adequada porque elimina o efeito da limitação dos demais nutrientes.Item Efeito da época, altura de poda e adubação foliar na recuperação de cafeeiros (Coffea arabica L.) depauperados(Universidade Federal de Lavras, 1997-08-06) Cunha, Rodrigo Luz da; Mendes, Antônio Nazareno GuimarãesCom o objetivo de estudar o efeito de diferentes épocas de podas, alturas de corte e nutrição com adubações foliares antes e após a recepa na recuperação de cafeeiros (Coffea arábica L.) depauperados, e o acúmulo de nutrientes nas brotações eliminadas, o presente trabalho foi realizado em uma lavoura cultivar Acaiá, linhagem LCP 474-19, com 6 anos de idade, no espaçamento 4.0 x 1.0 m, que se apresentava visivelmente depauperada, localizada no campus da Universidade Federal de Lavras-M.G. O experimento foi realizado no período de julho/1995 a julho/1997. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial com 3 repetições e 24 tratamentos, mais uma testemunha adicional. Os tratamentos constaram de 3 (três) épocas distintas de recepas como primeiro fator, na seguinte ordem: 1ª época, antes das chuvas (mês de agosto); 2ª época, durante as chuvas (mês de novembro) e 3ª época, mais tardia (mês de janeiro). O segundo fator em estudo foi a presença ou ausência de adubação foliar, aplicada 30 dias antes da recepa, e com a seguinte formulação: 0,3% de Cloreto de Potássio, 0,3% de Sulfato de Zinco e 0,3 de Ácido Bórico, mais espalhante adesivo. O terceiro fator, foi a altura de corte no caule, uma a 20 cm do solo e outra a 40 cm. O quarto e último fator, constou também da presença ou ausência de adubação foliar, depois da recepa em suas brotações, com a seguinte formulação: 0,2% de fosfato-monoamônio (MAP), 0,3% de Sulfato de Zinco e 0,1% de Cloreto de Potássio. As parcelas foram constituídas por 10 plantas em linha, sendo as 8 centrais consideradas úteis. Foram avaliados em cada parcela: o número de brotações, altura e diâmetro de brotos, o acúmulo de nutrientes nas brotações eliminadas e a produção em sc/há, na primeira colheita. Para o acúmulo de nutrientes após a poda, considerou-se os três primeiros fatores para análise de variância. Foram realizadas outras práticas culturais, como calagem, controle de plantas daninhas, pragas e doenças, visando o bom desenvolvimento dos cafeeiros. A condução das brotações, foi em 2 hastes por tronco em todas as parcelas, a partir de 4 meses após a recepa, foi avaliado o número de brotações e realizada a desbrota. A altura e o diâmetro dos brotos foram avaliados aos 6 meses após a recepa. Verifica-se que a poda por recepa quando realizada em novembro (período chuvoso), a 40 centimetros do solo e com adubação foliar nas brotações, proporciona melhor recuperação da lavoura depauperada. O nitrogênio e o potássio são os elementos que mais se acumulam nas brotações, mostrando serem estes os nutrientes que mais devem receber atenção na adubação nesta fase.Item Efeito de zinco, boro, água corrente, polivinilpirrolidone e cultivares na propagação por estacas em Coffea arabica L.(Universidade Federal de Lavras, 2000-08-08) Resende, Erivelton; Guimarães, Rubens JoséO presente trabalho foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras, com o objetivo de testar a influência do sulfato de zinco, ácido bórico, água corrente, polivinilpirrolidone e cultivares sobre a propagação vegetativa do cafeeiro (Coffea arábica, L.). Testaram-se os seguintes tratamentos: a) sulfato de zinco (0%; 0,3%; 0,6%; 0,9%; 1,2%), e três formas de aplicação (na planta, por imersão das estacas e no substrato); b) ácido bórico (0%; 0,3%; 0,6%; 0,9%; 1,2%), e três formas de aplicação (na planta, por imersão das estacas e no substrato); c) água corrente (0, 3,6,9,12horas) e três cultivares (Icatu, Catuaí, Mundo Novo) d) PVP (0 ,500, 1000, 1500, 2000 ppm) e cinco períodos de imersão (0, 3, 6,9,12 horas). Como nem todas as combinações foram testadas, o experimento contou com treze tratamentos, pois utilizou- se, neste experimento, o método de "Backward" (Box e Draper, 1987), quando as diferenças entre os tratamentos mostraram - se significativas pelotesteF, paraa seleção de modelos de regressão múltipla. Os delineamentos foram em blocos casualizados, com 3 repetições e 6 estacas por parcela. A avaliação foi realizada 150 dias após a instalação dos experimentos, avaliando-se as seguintes características: Porcentagem de estacas vivas, Número de brotações, Comprimento de brotações, Peso de matéria seca de parte aérea, Porcentagem estacas enraizadas, Número de raízes, Peso de matéria seca raízes. De posse dos resultados, conclui-se que: A aplicação de sulfato de zinco, ácido bórico e água corrente não foram eficientes na promoção do enraizamento do cafeeiro. Acultivar Icatu obteve pior resultado que as cultivares Mundo Novo e Catuai. O antioxidante PVP foi eficiente na propagação por estacas, na dosagem 1100 ppm por 5 horas.Item Elementos terras raras e tório nas raízes de cafeeiro em solos com aplicação de fosfogesso(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Souza, Pedro Renato Leandro de; Mello, Jaime Wilson Vargas deO fosfogesso é um sub-produto da indústria de fertilizantes fosfatados, produzido durante a obtenção do ácido fosfórico. É também conhecido como gesso agrícola, utilizado como um condicionar de solo que promove o aprofundamento do sistema radicular, em razão da correção da deficiência de Ca e excesso de Al em sub-superfície, aumentando a tolerância das culturas à estiagem. Não obstante, o fosfogesso pode conter pequenas quantidades de elementos terras-raras (ETR’s) e tório (Th), que podem se acumular nos solos agrícolas. A utilização de grandes quantidades de fosfogesso na cafeicultura, principalmente em áreas próximas as indústrias de fertilizantes, pode possibilitar absorção de quantidades significativas destes elementos pelas plantas, com consequências ainda pouco conhecidas na fisiologia e rendimento do café. Além disso, ainda são escassos os estudos sobre fatores que possam influenciar na absorção destes elementos em condição de campo. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar o acúmulo de ETR’s e Th em raízes de cafeeiro em função da dose e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, em condições de campo. Foram coletadas raízes de plantas de café (Coffea arabica L) cultivadas em um Latossolo Vermelho distrófico que recebeu no transplantio das mudas, uma dose de fosfogesso de Araxá em faixas de 0,3 m. As coletas foram realizadas na profundidade de 0 a 60 cm, em trincheiras a 20 cm do colo das plantas. Após a coleta, as raízes foram lavadas em água Milli-q, sendo posteriormente, secadas a 60 °C. Após secagem, as raízes foram trituradas e submetidas à digestão nítrico-perclórica. Os teores de ETR’s e Th nos extratos foram quantificados por espectrometria de massa com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os resultados obtidos permitiram concluir que: (i) Os ETR's e Th presentes no fosfogesso podem ser absorvidos pelas plantas de café, com acúmulo preferencial de ETRL em relação ao ETRP; (ii) O acúmulo de ETR’s e Th nas raízes do cafeeiro varia em função do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, porém, o efeito do tempo não é uniforme para todos os elementos; (iii) A taxa de recuperação dos ETR's e Th pelas raízes do cafeeiro foi muito baixa, sendo inversamente proporcional ao raio iónico do elemento, independentemente do teor adicionado ao solo e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso; (iv) A taxa de recuperação apresentou uma tendência de redução com aumento da dose, havendo um aumento desta taxa com o aumento do tempo de exposição.Item Produção de caffeiros adensados em resposta à fertilização com N, P e K(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-25) Valadares, Samuel Vasconcelos; Neves, Júlio César LimaEmbora seja uma importante região produtora de café, a Zona da Mata de Minas Gerais é carente em informações relativas à fertilização de cafeeiros adensados. O trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar a resposta de cafeeiros adensados à adubação com N, P e K, na região da Zona da Mata de Minas Gerais, no que concerne à produtividade e à estabilidade da produção, tendo em vista o aprimoramento das recomendações de adubação para esta cultura. Foram avaliados os resultados de três experimentos, todos realizados em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, no Centro de Pesquisas Cafeeiras Eloy Carlos Heringer (CEPEC), localizado no município de Martins Soares, MG. Os três experimentos foram conduzidos em delineamento de blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas no tempo. No primeiro experimento, com cafeeiros da variedade Catucaí Amarelo 6/30 (6666 plantas por hectare), com três repetições, os tratamentos foram distribuídos, nas parcelas, em esquema fatorial completo [(4x3)+1], composto por quatro fontes (fosfato monoamônico, Superfosfato Simples, Fosfato Natural Reativo da Argélia e FH 550), três doses de P (100, 200, e 400 kg/ha/ano de P 2 O 5 ) e um tratamento adicional, sem aplicação de P. As subparcelas foram compostas por quatro safras. O segundo experimento foi conduzido com cafeeiros da variedade Catuaí vermelho 44, no espaçamento de 1,5 x 0,7 m (9523 plantas / ha), com quatro repetições. Nas parcelas os tratamentos consistiram de sete doses de N e K (0, 100, 200, 300, 400, 600 kg ha-1 de N e K 2 O) e nas subparcelas pelas oito safras avaliadas. O terceiro experimento foi desenvolvido com cafeeiros da variedade Catucaí amarelo 6/30, no espaçamento de 2,5 x 0,6 m (6666 plantas por hectare), com três repetições. Nas parcelas os tratamentos foram distribuídos em arranjo fatorial completo (5 x 5), com cinco doses de N (0, 150, 300, 450 e 600 kg/ha/ano) e cinco doses de K (0, 150, 300, 450 e 600 kg/ha/ano de K 2 O) e as subparcelas foram constituídas pelas seis safras avaliadas. Dados de produtividade e bienalidade foram submetidos à análise de variância e de regressão. Foi também calculada a dose de máxima eficiência física (MEF) e econômica (MEE) para N, P e K. As recomendações médias referentes à MEE de cada experimento foram comparadas às obtidas por meio do Manual de Recomendações para Uso de Corretivos e Fertilizantes do Estado de Minas Gerais e do sistema de Balanço Nutricional denominado Ferti-UFV Café Arábica. Não houve resposta da produtividade da cultura à adição de P. As doses para máxima eficiência econômica da fertilização, para os anos em que houve resposta à fertilização com N e K, variaram entre 282 – 495 kg/ha de N e de 282 a 495 kg/ha de K 2 O. A adubação com N, principalmente, e K reduziu o efeito do ciclo bienal de produção do cafeeiro. O sistema Ferti-UFV Café Arábica mostrou-se adequado para recomendação de N e K para cafeeiros (Coffea arábica) adensados na Zona da Mata de Minas Gerais, devendo, contudo, ser melhor ajustado quanto à recomendação de P.Item Resposta do cafeeiro arábica em produção à adubação fosfatada(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Saraiva, Edson Santana; Martinez, Hermínia Emília PrietoNos últimos anos surgiu uma corrente de pesquisadores indicando a necessidade de uso de doses elevadas de fósforo (P), visando melhorar a produtividade dos cafezais, e evitar o ciclo bienal de produção do cafeeiro. Diante dessa indicação torna-se necessário, avaliar e quantificar, em variadas condições de cafezais, a resposta a doses de P. O presente trabalho tem como objetivo, avaliar a influência da aplicação de doses e fontes de P 2 O 5 , sobre a produtividade do cafeeiro, teores de P lábeis do solo, os teores de P e dos outros nutrientes nas folhas, flores, casca e grãos de café. Para tanto foram realizados dois experimentos. O primeiro foi conduzido no período 2007 a 2010, na área Experimental da UFV em um cafezal da cultivar Oeiras, espaçado 2 x 1 m, que no inicio do experimento, estava com 4 anos de idade. As doses de 33, 83, 166, 333 e 666 kg de P 2 O 5 ha -1 , aplicadas na forma de fosfato mono potássico, constituíram o fator em estudo. Os tratamentos foram aplicados em quatro blocos casualizados sendo dispostas cinco plantas homogêneas e competitivas por parcela. A adubação fosfatada foi realizada em duas parcelas no período chuvoso. Nos tratamentos que receberam doses menores de P 2 O 5 , o potássio (K) foi suplementado com KCl, de modo a se fornecer a mesma dose de K para todos os tratamentos. Foram fornecidos 400 kg de nitrogênio (N) ha -1 na forma de uréia dividida em três parcelas e micro nutrientes via foliar. O segundo trabalho foi conduzido no período de outubro de 2009 a abril de 2011, em uma lavoura localizada no município de Porto Firme, MG. Foi utilizada uma lavoura de cultivar Paraíso, no espaçamento de 3,0 x 0,6 m, que no início do experimento, estava com dois anos de idade. O delineamento adotado foi em blocos casualisados com três repetições em esquema fatorial (4X2)+1 compreendendo 4 fontes P 2 O 5 : fosfato natural reativo (PNR), superfosfato simples (SS), superfosfato triplo (ST), fosfato monopotássico (FMK) em duas doses (80 e 320 kg de P 2 O 5 ha -1 ). O tratamento adicional consistiu-se de ausência de P. Cada parcela experimental foi constituída por duas linhas de 5m, sendo as duas plantas centrais e uniformes de cada linha adotadas como úteis. A adubação fosfatada foi realizada de uma única vez, na face superior das plantas na projeção da copa. Nos tratamentos onde foram utilizadas fontes de P 2 O 5 que não tinham K em sua formulação, e o tratamento de menor dose de P 2 O 5 da fonte de FMK, o K foi suplementado com KCl, de modo a se fornecer a mesma dose de K para todos os tratamentos. Assim, na primeira parcela de adubação todos os tratamentos receberam 209 kg de K 2 O por hectare. Foram feitas mais duas adubações de 95,5 kg ha-1 K 2 O na forma de KCl para todos os tratamentos. Foram fornecidos 400 Kg de N na forma de uréia divididos em três parcelas e micronutrientes via foliar. Avaliaram-se a produtividade, altura de planta (AP), emissão de ramos plagiotrópicos (ERP), números de internódios por ramo plagiotrópico (NIRP), teores de macro e micro nutrientes em folhas, cascas e frutos, e as características químicas do solo nas camadas de 0-20 e 20-40. Observou-se que não houve efeito significativo das diferentes doses de P nas variáveis: AP, ERP, NIRP nos dois experimentos. As análises de solo indicaram aumento significativo das concentrações de P no solo extraído pelos extratores Mehlinch-1 e Resina trocadora de cátions e ânions. No experimento 1, foi observado que a produtividade no primeiro ano de avaliação não apresentou diferença significativa entre as doses de P, mas nos últimos dois ciclos observou-se diferença, atingiu-se 90% da produtividade máxima com a dose de 113 kg ha -1 de P 2 O 5 , porém a máxima eficiência econômica foram obtidos com as doses de 322,7 kg ha -1 de P 2 O 5, na safra de 2009 e de 341,66 kg ha -1 na safra de 2010. No experimento 2, não houve interação, quanto a produtividade, entre as fontes e as doses nos dois ciclos produtivos. Para doses de P 2 O 5 não houve resposta significativa do cafeeiro com relação à produtividade. Na comparação dos tratamentos que receberam P com a testemunha, verificou-se que esse último tratamento apresentou produtividade média estatisticamente inferior. As fontes FMK, ST e SS apresentaram produtividades estatisticamente iguais, mas essas apresentaram produtividades estatisticamente superiores à fonte FNR. Esses resultados mostram a importância da adubação fosfatada, com fontes solúveis, para atender adequadamente as exigências nutricionais dos cafeeiros e alcançar produtividades desejadas. Maiores teores de P no solo foram obtidos com a aplicação de maiores doses de P 2 O 5 , sendo os valores médios extraídos pela resina mista maiores que os extraídos pelo extrator Mehlich 1.Item Qualidade do solo em áreas em recuperação com forrageiras e cafeeiro pós-mineração de bauxita(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-28) Borges, Silvano Rodrigues; Silva, Ivo Ribeiro daA mineração pode ser considerada uma das atividades mais impactantes ao solo, pois exige a retirada da vegetação e das camadas superficiais de solo, demandando a posterior recuperação da área com o mesmo tipo de uso pré-existente. Na Zona da Mata de Minas Gerais muitas das jazidas de bauxita encontram-se sob cultivos agrícolas e pastagens e, assim, surge o desafio de recuperar e monitorar a qualidade do solo (QS) e garantir o desenvolvimento sustentável de culturas agrícolas sobre essas áreas após a mineração. Neste sentido, o objetivo principal com este estudo foi avaliar as alterações na qualidade do solo em área de mineração de bauxita e o crescimento de forrageiras e do cafeeiro manejados com diferentes adubações e tipos de plantas de cobertura do solo. Os solos de áreas cobertas com mata nativa, cafeeiro (10 anos de idade) e pastagem foram usados com referências pré-mineração. Após a mineração e reconfiguração da área, amostras de solo foram coletadas e usadas como referência pós-reconfiguração, e, nessa área, foram implantados dois experimentos: Experimento I: implantação de forrageiras com quatro tipos de adubações (P - padrão da Empresa; C – adubação complementar com cama de aviário; Q – adubação química complementar; C+Q – adubação orgânica e química combinadas) e quatro tipos de cobertura do solo (SP – sem planta; B – braquiária (Brachiária brizantha cv. Piatã); E – estilosantes cv. Campo Grande; B+E – consórcio). Os tratamentos B e SP, adubados com C e Q foram selecionados para instalação de parcelas coletoras de perdas de água, solo e nutrientes por escoamento superficial. Em avaliações feitas durante 15,5 meses registraram-se melhor produção de matéria seca (MS) da B nas adubações complementares C (41,5 t/ha) e C+Q (40,3 t/ha) em relação a Q (24,0 t/ha) e P (18,9 t/ha), mas não houve diferença significativa para o E, e este não se desenvolveu no consórcio B+E. A braquiária com adubação C reduziu as perdas de água (-70,1 %) e solo (-61,9 %) em relação à adubada com Q. Observou-se grande impacto da mineração sobre os atributos orgânicos dos agregados (carbono orgânico total e lábil e nitrogênio total), mas não sobre a estabilidade dos agregados (DMP). A adubação C e as forrageiras B e E contribuíram para aumentar os atributos orgânicos em agregados avaliados após 16 meses de recuperação, principalmente o E. Experimento II: implantação de Coffea arabica com quatro tipos de adubação (T – sem adubação; C – cama de aviário no plantio (1/2 no sulco de plantio e 1/2 na entrelinha); Q – adubação química no plantio e em cobertura; C+Q – orgânica e química combinadas) e quatro tipos de plantas de cobertura do solo na entrelinha do cafeeiro (as mesmas usadas no Experimento I). Parcelas coletoras de água e solo foram instaladas na área com cafeeiro do mesmo modo que nas subparcelas com forrageiras no Experimento I. Atributos orgânicos, químicos, físicos e microbiológicos foram quantificados e selecionados antes da mineração, seis meses após a reconfiguração da área minerada e após 19 meses em recuperação para a construção de um índice de qualidade do solo (IQS), utilizando análises estatísticas uni e multivariadas. As adubações C e C+Q melhoraram a produção de MS das plantas de cobertura durante o primeiro ano de crescimento. O crescimento do cafeeiro, avaliado aos 21 meses, não diferiu entre as adubações C, Q e C+Q e foi reduzido acentuadamente pela B, mas em menor intensidade pelo E e B+E. Porém, a B reduziu as perdas de água e solo, principalmente quando adubada com C. As análises uni e multivariadas permitiram selecionar o carbono orgânico lábil, a soma de bases, a densidade do solo e a atividade da enzima fosfomoesterase ácida como um grupo mínimo de indicadores orgânicos, químicos, físicos e microbiológicos da qualidade do solo. A mineração reduziu em cerca de 65 % o IQS em relação ao cafeeiro não minerado. A adubação com cama de aviário, isolada ou combinada com a mineral, recuperou a QS, em média, em 23 % e as plantas intercalares de cobertura do solo contribuíram para recuperar a QS somente quando adubadas. Conclui-se que o crescimento de forrageiras sobre áreas mineradas de bauxita pode ser melhorado com adubação complementar com cama de aviário e o consórcio gramínea e leguminosa precisa ser melhor estudado. A adubação com cama de aviário e o uso de plantas intercalares de cobertura do solo contribuem para recuperar a QS e podem contribuir para a sustentabilidade da produção do cafeeiro sobre áreas mineradas de bauxita.