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    A estratégia dos produtores de café com relação ao uso econômico de nitrogênio e potássio, Município de Lavras - MG
    (Universidade Federal de Lavras, 1992) Carvalho, Francisval de Melo; Vieira, Guaracy; Universidade Federal de Lavras
    A cafeicultura moderna brasileira necessita do uso de fertilizantes para conseguir boas produtividades. Entretanto as recomendações de adubações nem sempre correspondem aquelas que o agricultor teria o maior retorno. reduzindo portanto os seus lucros. O presente trabalho teve como objetivo dar subsídios à tomada de decisão do cafeicultor quanto a adubação nitrogenada e potássica. Uma função de produção de café (Coffea arabica L. cultivar Mundo Novo) foi estimada no sentido de se estabelecer niveis ótimos de adubação para o nitrogênio e o potássio, levando-se em conta a relação entre os preços dos insumos variáveis e o preço do café no mercado. A pesquisa foi realizada numa lavoura em fase de produção. localizada no município de Lavras, Sul do Estado de Minas Gerais, no periodo de 1989 a 1991, sobre um Latossolo Vermelho Escuro Distrófico (LEd). O delineamento estatistico utilizado foi o fatorial completo com 7 niveis de cada insumo variável. perfazendo um total de 49 tratamentos e 3 repetições dispostas em blocos inteiramente casualisados. Os níveis de nitrogênio utilizados foram: O; 40; 80; 120; 160; 200 e 240 gramas/cova/ano e os do potássio foram: O : 60: 120; 180: 240: 300 e 360 gramas/cova/ano. Os tratamentos foram parcelados em 4 aplicações durante o período chuvoso e os adubos utilizados para fornecer o nitrogênio e o potássio foram respectivamente o sulfato de amônio com 20% de N e o cloreto de potássio com 60% de K20. Os dados utilizados para análise foram os da média das safras de 1990 e 1991, sendo que estes dados foram ajustados a 3 modelos matemáticos: o polinomial quadrático, o polinomial cúbico e o translogaritimico. De acordo com os resultados estatisticos, o modelo que melhor se ajustou aos dados foi o polinomial cúbico, não se observando entretanto, interação entre o nitrogênio e o potássio. Por ser o café um produto voltado para o mercado externo, optou-se por trabalhar com as relações de preços em dólar mensal médio. No periodo analisado. janeiro de 1982 a dezembro de 1991, a relação média entre o preço do quilo de nitrogênio/preco do quilo de café beneficiado foi de 0,63:1, sendo que para essa relacão a dose econômica foi de 189,38Kg de N/ha ou 75, 75 gramas de N/cova/ano, parceladas em quatro aplicações. Esta dose quando comparada com a recomendada pelo IBC, de 300Kg de N/ha ou 120 gramas de N/cova/ano para lavouras com produção entre 37.5 a 50 sacos de café beneficiado/ha, representa uma economia de 110.62Kg de N/ha ou 553,l1OKg de sulfato de amônio/há correspondendo a uma redução de 36% na aquisição de adubo nitrogenado. Para o potássio. no mesmo periodo, a relação média entre o preço do quilo de K2O/preço do quilo de café beneficiado foi de 0.26:l e a dose econômica para essa relacão foi de 203.99Kg de K2O/ha ou 81.60 gramas de K20/cova/ano, o que representa 45.33% da recomendada por pesquisadores de café, que é de 180 gramas de K2O/cova/ano que equivale a 450Kg de K2O/ha, para cafeeiros a partir do 3o. ano no Estado de Minas Gerais. Esta dosagem representa uma economia de 246kg de K20/ha ou 410kg de cloreto de potássio/ha, o que corresponde a uma redução de aproximadamente 55% na aquisição de adubo potássico. Foi feita uma cornparação entre a, utilização da fórmula 20-5-20, que é a recomendada para a cultura do café, com a utilizacão de elementos simples nos niveis determinados pela pesquisa. Verificou-se que a utilização contínua do formulado pode provocar desperdicios que em outubro de 92, para uma lavoura com 50 mil pés. correspondiam a 166 sacas do formulado, o que equivale a aproximadamente 40 sacas de café beneficiado.