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    Casca de café tratada com óxido de cálcio em condição de aerobiose ou anaerobiose
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-27) Roseira, João Paulo Santos; Garcia, Rasmo
    Um experimento foi conduzido no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, UFV, no campus de Viçosa, gerando informações apresentadas em dois capítulos. Avaliou-se, qualitativamente, a eficiência do óxido de cálcio no tratamento da casca de café em condição de aerobiose ou anaerobiose, em diferentes períodos de tratamento. No primeiro capítulo, apresentou-se os resultados do valor nutritivo,temperatura, pH edesenvolvimento de fungos na casca de café tratada com óxido de cálcio (CaO) em condição de aerobiose ou anaerobiose, em diferentes períodos de tratamento.Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 2 x 2 x 4, sendo duas doses de CaO (0 e 5%, base da matéria seca), duas condições de ambiente para reação (aerobiose ou anaerobiose) e quatro períodos detratamento (1; 2; 3 e 4semanas), no delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Cada unidade experimental foi constituída de 3 kg de casca de café. Verificou-se temperatura inicial mais elevada na casca de café tratada, na qual a maior temperatura, 43,36 oC, foi registrada em condição de anaerobiose. Observou-se que as variáveis extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), hemicelulose (HEM), lignina (LIG), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), nutrientes digestíveis totais (NDT), pH, mofos e leveduras foram afetadas (P<0,05) pela interação CaO × condição de ambiente × período. Nas semanas 1, 2, 3 e 4, foi verificado para a casca de café tratada menores teores de FDNcp e HEM, quando comparado com a casca de café não tratada, em aerobiose e anaerobiose. Para a casca de café tratada em aerobiose, foi constatado aumento do valor da DIVMS até 1,32 semanas, atingindo valor máximo de 55,76%. O óxido de cálcio promove redução dos constituintes da parede celular e aumenta a digestibilidade da matéria seca da casca de café. Uma semana é considerada o período apropriado para o tratamento da casca. No segundo capítulo, descreveu-se a cinética de degradação ruminal da matéria seca e fibra em detergente neutro da casca de café tratada com óxido de cálcio (CaO), em condição de aerobiose ou anaerobiose. A casca de café foi submetida a duas doses de CaO (0 e 5% base da MS) e duas condições de ambiente para reação (aerobiose ou anaerobiose),no delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Após sete dias de tratamento, foi realizado coletas das amostras, as quais foram pré-secas a 55oC e moídas. Amostras de 5,0 g foram incubadas no rúmen de dois bovinos machos, nos intervalos de tempo 0, 3, 6, 9, 12, 24, 48, 72, 96 e 120 horas. Os parâmetros cinéticos de degradação da matéria seca, à exceção da fração b, a degradabilidade potencial e a degradabilidade efetiva foram afetados (P<0,05) pela interação CaO× condição de ambiente. Quanto aos parâmetros estimados da degradação da fibra, a fração potencialmente degradável apresentou efeito (P<0,05) para condição de ambiente e CaO. A utilização do CaO promoveu aumento dessa fração em 4,08 pontos percentuais quando comparada à casca não tratada e redução de 4,37 pontos percentuais da fração indegradável.A utilização do CaO no tratamento da casca de café promove aumento da degradabilidade efetiva e potencial da matéria seca e redução da fração indegradável da fibra. A condição de anaerobiose constitui-se no melhor ambiente para o tratamento da casca de café com CaO.
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    Casca de café ou casca de soja em substituição ao milho em dietas à base de cana-de-açúcar para vacas leiteiras.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005) Oliveira, André Soares de; Campos, José Maurício de Souza; Universidade Federal de Viçosa
    Desenvolveu-se este trabalho, com objetivo de avaliar o efeito da substituição do milho grão pela casca de café ou casca de soja em dietas à base de cana-de-açúcar com 60% de concentrado para vacas de leite, sobre os consumos e as digestibilidades aparentes dos nutrientes, a produção e composição do leite, a variação de peso corporal dos animais, a mobilização de reserva corporal, o comportamento ingestivo e o desempenho econômico da atividade leiteira, o pH e concentração de amônia do líquido ruminal, a excreção de uréia na urina, a concentração de uréia no plasma e no leite, o balanço de compostos nitrogenados e a síntese de proteína microbiana, comparadas à dieta com silagem de milho. Foram utilizadas 12 vacas da raça Holandesa, puras e mestiças, distribuídas em três quadrados latinos 4X4, balanceados de acordo com o período de lactação. As dietas foram isonitrogenadas, com 14% de proteína bruta, com base na matéria seca (MS). A dieta controle constituiu-se de silagem de milho (AG-1051) e 40% de concentrado, na MS. Três dietas à base de cana-de-açúcar (RB 73-9735) com 60% de concentrado foram utilizadas, onde o milho foi substituído pela inclusão de 0% de casca (sem casca), 10% de casca de café ou 20% de casca de soja, na MS total da dieta. Os consumos de MS, matéria orgânica (MO) e carboidratos totais (CT) não diferiram (P>0,05) entre as dietas, enquanto que o consumo de fibra em detergente neutro (FDN), carboidratos não fibrosos (CNF), extrato etéreo (EE), cafeína e polifenóis totais diferiram (P<0,05). Apesar dos consumos de proteína bruta (PB) e de nutrientes digestíveis totais observados (NDTobs) diferirem (P<0,05) entre as dietas, esses foram suficientes para atender as exigências nutricionais. Não foram observadas diferenças (P>0,05) para os coeficientes de digestibilidades aparentes da MS, MO, PB, EE, CT e CNF e para os teores de NDT. O coeficiente de digestibilidade aparente da FDN foi maior (P<0,05) para a dieta à base de silagem de milho em relação às dietas com cana-de-açúcar sem casca e com 10 % de casca de café, mas não deferiu (P>0,05) da dieta cana-de-açúcar com 20% de casca de soja. Não houve diferenças (P>0,05) para produção de leite sem e com correção para 3,5% de gordura, variação de peso, teores plasmáticos de ácidos graxos não-esterificados (AGNE), teores no leite de proteína bruta (PB), gordura (GL), extrato seco total (EST), e produções diárias de PB, GL, lactose (LA), EST e extrato seco desengordurado (ESD) entre as dietas. Os tempos médios desprendidos com alimentação e ruminação para a dieta com base de silagem de milho foram maiores (P<0,05) que os obtidos pelas dietas à base de cana-de-açúcar, que não diferiram (P>0,05). As simulações de desempenho econômico do sistema de produção de leite indicaram que a substituição da dieta com silagem de milho no período seco do ano, pelas dietas com cana-de-açúcar, apresentou potencial de aumentar a taxa de retorno do capital investido (em % ao ano), sendo dependente de combinações favoráveis de custos relativos da cana-de-açúcar e de preços relativos dos alimentos concentrados, principalmente do milho. O pH ruminal não diferiu (P>0,05) nos tempos de coleta zero e três horas após a alimentação matinal. Imediatamente antes da alimentação não houve diferença (P>0,05) para a concentração de amônia ruminal. Entretanto, três horas após alimentação, a dieta à base de cana-de-açúcar com 10% de casca de café apresentou menor (P<0,05) concentração de amônia ruminal em relação às dietas contendo silagem de milho e cana-de-açúcar com 20% de casca de soja, não diferindo (P>0,05) da dieta com cana-de-açúcar sem casca. Não foram observadas diferenças (P>0,05) na excreção de uréia na urina (EU-urina) e na concentração de nitrogênio uréico no leite, apresentando valores médios de 179,31 mg/kg de PV e 12,59 mg/dl, respectivamente. O teor de nitrogênio uréico no plasma (NUP) foi menor (P<0,05) na dieta com silagem de milho em relação às dietas com cana-de-açúcar sem casca e com 20% de casca de soja. Entre as dietas à base de cana-de-açúcar, a que incluiu 10% de casca de café apresentou menor (P<0,05) teor de NUP. O balanço de compostos nitrogenados (BN) da dieta contendo cana-de-açúcar com 10% de casca de café foi menor (P<0,05) em relação às dietas com silagem de milho e cana-de-açúcar sem casca, mas não diferiu (P>0,05) da dieta com 20% de casca de soja; entretanto, em todas as dietas o BN foi positivo. A síntese de compostos nitrogenados microbianos e a eficiência microbiana não foram influenciadas (P>0,05) pelas dietas, apresentando valores médios de 273 g/dia e 130,08 gPBmic/kg de NDT, respectivamente. Níveis de inclusão em dietas à base de cana-de-açúcar, de 10% de casca de café ou 20% de casca de soja, em substituição ao milho, para vacas com produção de 20 kg/dia de leite, podem ser utilizados de acordo com a disponibilidade e conveniência econômica.