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    Agricultura de montanha: qualidade dos solos em sistemas agroflorestais sintrópicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-04) Figueiredo, Luana de Pádua Soares e; Fernandes, Raphael Bragança Alves; Cardoso, Irene Maria
    Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) têm se destacado como uma estratégia na produção sustentável nos agroecossistemas tropicais, em especial quando associado à agricultura de montanha, e apresentando impactos positivos na conservação dessas áreas. Estudos sobre a qualidade do solo em SAFs são comuns, mas poucos são aqueles dedicados aos SAFS sob agricultura sintrópica. Diante do exposto, este estudo objetivou promover a sistematização de uma experiência de transição agroecológica para SAFs sintrópicos em uma propriedade de agricultura familiar localizada no entorno de uma Unidade de Conservação em área montanhosa e avaliar a qualidade dos seus solos. A cultura principal da propriedade é o cafeeiro, com produção voltada para um produto de maior qualidade. Especificamente objetivou i) compreender o contexto local, o histórico do uso e ocupação de uma propriedade rural, e o processo de transição agroecológica vivenciado; ii) identificar as espécies manejadas na propriedade nos diferentes sistemas sintrópicos conduzidos e suas funções para os agricultores; iii) identificar elementos orientadores para o uso da terra em regiões montanhosas; e iv) avaliar a qualidade física e química dos solos sob diferentes tipos de uso e manejo em ambientes montanhosos. Os tratamentos avaliados foram seis áreas de diferentes usos: três cafezais conduzidos em SAFs sintrópicos, com 4 anos (BIO 1), 3 anos (BIO 2) e 2 meses (BIO 3) de implantação; vegetação nativa (MATA) da Mata Atlântica; pastagem (PAST) e uma outra área vizinha de café convencional a pleno sol (CONV). Durante as visitas e por ocasião da sistematização, foram utilizadas a observação participante e conversas informais seguidas de anotações e relatorias, bem como a linha do tempo e a caminhada transversal, essas duas últimas técnicas de pesquisas do Diagnóstico Rural Participativo (DRP). A avaliação de indicadores físicos e químicos do solo foi conduzida por métodos de laboratório e campo. Para avaliar a qualidade física foram realizadas coletas amostras de solo na camada de 0 a 10 cm de profundidade para a avaliação da densidade do solo, macroporosidade e microporosidade, porosidade total, condutividade hidráulica e estabilidade de agregados. A resistência mecânica do solo à penetração (RP) foi avaliada até 40 cm de profundidade, com umidade e temperatura do solo sendo registrada de 10 em 10 cm de profundidade. As análises químicas de rotina foram realizadas em amostras de solo coletadas de 0 a 10 cm de profundidade. O carbono orgânico total (COT) e o estoque de carbono do solo foram avaliados até a 40 cm de profundidade. Os resultados indicaram que a transição agroecológica conduzida sob manejo sintrópico apresenta potencial para promover a conservação ambiental no entorno de Unidades de Conservação, proporcionando condições adequadas para a manutenção e o bem-estar da família dos agricultores, e aumentando a diversidade de espécies manejadas. Essa biodiversidade manejada pelos agricultores foi caracterizada pela presença de 19 espécies nos SAFs, em sua maioria com a finalidade de incremento do aporte de matéria orgânica para o solo. As áreas de SAFs sintrópicos mais antigas (BIO 1 e BIO 2) apresentaram maiores teores de matéria orgânica, maior estoque de carbono, e melhores indicadores químicos de fertilidade (saturação por bases, Ca, Mg e Al). Nessas mesmas áreas verificaram-se menor densidade do solo, maior volume de macroporos, e menor resistência do solo à penetração quando comparados às áreas CONV e PAST. Os resultados indicam o potencial do manejo agroflorestal sintrópico para a conservação de ambientes de montanhas que, associado com a produção de café de qualidade, são diferenciais ambientais e econômicos favoráveis para pequenos agricultores dessas regiões. Palavras-chave: Agricultura sintrópica. Física do solo. Transição agroecológica. Agricultura regenerativa. Coffea arabica.
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    Atributos de um Argissolo Amarelo coeso sob cultivo de cafeeiro a pleno sol e consorciado com espécies arbóreas
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2013-02-28) Pilon, Lucas Contarato; Passos, Renato Ribeiro
    Diante da necessidade de obter informações sobre o cultivo de cafeeiros arborizados, o objetivo do trabalho é avaliar a relação dos atributos químicos, físicos e os componentes da matéria orgânica do solo sob cultivo de café consorciado com diferentes espécies arbóreas, comparativamente ao café cultivado a pleno sol, tendo como referência uma área sob floresta. O trabalho foi conduzido em sistemas de produção de café, numa propriedade familiar, município de Nova Venécia - ES. O solo da área é um Argissolo Amarelo Distrocoeso típico, cultivado com café conilon consorciado com árvores, nos seguintes sistemas de uso e manejo: 1) café sem consórcio (pleno sol), 2) café consorciado com nim (Azadirachta indica), 3) café consorciado com cedro australiano (Cedrela fissilis) e 4) café consorciado com teca (Tectona grandis). Foi utilizado um solo de área florestal, como referência. A amostragem do solo foi realizada nas seguintes profundidades: 0,0 – 0,05; 0,05 – 0,10; 0,10 – 0,20; e 0,20 – 0,40 m, avaliando-se atributos químicos (pH, P, K, Ca, Mg, Al, H+Al, N, C total, C ext em água, C biomassa microbiana e emissão de CO2) e físicos do solo (granulometria, densidade do solo e de partículas, porosidade total, macro e microporosidade, estabilidade de agregados, resistência do solo à penetração e umidade do solo). A avaliação do carbono solúvel (C ext) e do carbono da biomassa microbiana do solo (CBMS) foi realizada em duas épocas (março e setembro/2012) nas profundidades de 0,0 – 0,05 e 0,05 – 0,10 m; já a emissão de CO2 foi medida na mesma época que, na presença e ausência de serapilheira. Os resultados experimentais mostram que os sistemas de uso e manejo apresentam comportamento diferenciado para grande parte dos atributos estudados. O solo florestal apresenta maiores teores e estoques de carbono orgânico total e nitrogênio total, 19,8 e 1,99 Mg ha -1 respectivamente, além de maior teor de carbono na biomassa microbiana (518,8 μg g -1 solo em março e 364,8 μg g -1 solo em setembro). Os atributos dos solos sob cafeeiros consorciados, de maneira geral, não diferem do solo sob cafeeiro a pleno sol, exceção feita para os atributos Mg, N e o C ext, C- BMS, quociente microbiano (qMic) na duas épocas de coleta, os quais são superiores nos consórcios agroflorestais, e o quociente metabólico (qCO2) inferior, denotando maior estabilidade dos cafeeiros arborizados. O café a pleno sol mostra- se um agroecossitema mais perturbado com maior qCO2 (1,81 μg CO2 C-BMS-1 h-1 em março e 2,44 μg CO2 C-BMS-1 h-1 em setembro). A proteção do solo ocasionada pelo sombreamento das árvores e a deposição de serapilheira influencia principalmente os atributos biológicos estudados, favorecendo um maior equilíbrio nos cafeeiros arborizados. Com relação aos atributos físicos, o consórcio proporciona menor densidade do solo, maior porosidade total e macroporosidade do solo, diferindo do café a pleno sol. Os cafeeiros consorciados se diferem somente na agregação do solo. A resistência do solo à penetração é influenciada pela umidade do solo, com destaque para o café a pleno sol que apresenta valores mais baixos desse atributo, em função da irrigação, que eleva a umidade do solo. O estudo numa condição de Argissolo coeso, mostra que 5 anos de implantação de sistemas arborizados são suficiente para apresentar pequenas mudanças nos atributos estudados, no entanto para atributos de alta sensibilidade, como os biológicos, são suficientes para apresentar mudanças mais consistentes dos sistemas de uso e manejo.
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    Impactos de sistemas de manejo do cafeeiro sobre a matéria orgânica e atributos físicos do solo no território do Caparaó-ES
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2012-07-12) Guimarães, Gabriel Pinto; Mendonça, Eduardo de Sá
    Pesquisas avaliando o impacto de diferentes sistemas de manejo do cafeeiro são essenciais para determinação da qualidade química e física do solo. Partindo da hipótese que o maior aporte de matéria orgânica melhora a qualidade química e física do solo, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar o impacto de sistemas de produção de cafeeiro orgânico e orgânico arborizado nas diferentes frações da MOS, estoques de COT e NT e atributos físicos em dois Latossolo Vermelho- Amarelo Distrófico argiloso do Território do Caparaó- Espírito Santo. Na propriedade 1, localizada no distrito de Santa Clara, município de Iúna, foram avaliados os seguintes sistema: mata primária (MP1), café orgânico (ORG1) e café convencional (CON1). A propriedade 2, localizada no município Irupi, os sistemas avaliados foram: mata secundária (MS2), café orgânico consorciado com ingá (ORG/IN2), café orgânico consorciado com ingá e leucena (ORG/IN/LE2), café orgânico consorciado com cedro (ORG/CED2) e café convencional (CON2). As amostras de solo foram coletadas na projeção da copa nas profundidades 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-100 cm. O COT e estoque de C refletiram o histórico de manejo em relação às áreas de mata, com maior impacto na camada 0-10 cm. Nesta profundidade, para a propriedade 1, as reduções no COT em relação a mata primária foram de 34 e 55 % respectivamente para cafeeiro orgânico e cafeeiro convencional, para a propriedade 2, as reduções no COT em relação a mata secundária foram de 23% para cafeeiros orgânicos consorciados e 35% para cafeeiro convencional. No entanto, os manejos orgânicos aumentaram em 45 % na propriedade 1 e 35% na propriedade 2 o teor de COT em relação ao cafeeiro convencional na camada 0-10 cm. Para o NT, as reduções médias em relação à mata primária foram de 45 e 55 % respectivamente para cafeeiro orgânico e cafeeiro convencional na profundidade 0-10 cm. Na propriedade 2, não ocorreu diferença entre sistemas cafeeiros e mata, no entanto, os sistemas orgânicos apresentaram teores e estoques superiores que o cafeeiro convencional em todas as profundidades,sendo de 51% o aumento do teor de NT na camada 0- 10 cm. Os estoques de C acumulado foram reduzidos nos sistemas cafeeiros em 28,6% e 17,4 % respectivamente em relação às matas primária e secundária. Os estoques de N tenderam a acompanhar os estoques de C na propriedade 1, no entanto, os consórcios com cafeeiros orgânicos apresentaram estoques de N próximos ao da mata secundária e superiores que o cafeeiro convencional. O manejo do café acarretou redução nos diferentes compartimentos de C estudados. As áreas de mata apresentaram melhor qualidade física do solo em relação aos sistemas cafeeiros, no entanto os sistemas orgânicos apresentaram melhoria na qualidade física do solo em relação ao manejo convencional, refletido pelos maiores valores de grau de floculação, agregação, umidade e menor resistência do solo à penetração.
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    Inibidores de urease, serapilheira e adensamento do cafeeiro arábica: relações com a matéria orgânica do solo
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-03-27) Guimarães, Gabriel Pinto; Mendonça, Eduardo de Sá
    O uso de tecnologias nas lavouras cafeeiras deve proporcionar melhorias nas condições de manejo, auxiliar na produção vegetal e promover qualidade ao solo e meio ambiente. Neste sentido, as tecnologias fertilizantes inibidores de urease, serapilheira foliar cafeeira e o adensamento cafeeiro foram avaliados atendendo a problemáticas no manejo das lavouras de cafeicultores de arábica familiares do Território do Caparaó-ES. O capítulo 1 teve por objetivo verificar o potencial dos inibidores de urease quanto à redução da volatilização NH3 e emissão de CO2 do solo, bem como avaliar a atividade da enzima urease do solo e a influência dos inibiores de urease sobre a matéria orgânica do solo. Os inibidores de urease NBPT e Cu+B mostraram ser promissores na redução da volatilização da NH3 , principalmente o NBPT que volatilizou, em função das doses avaliadas, de 1,4 a 5,6 % do total de N aplicado. O efluxo de CO2 seguiu a ordem: Ureia> Ureia+Cu+B > Ureia+NBPT. De modo semelhante, os inibidores de urease reduziram a atividade da enzima urease do solo, sendo a ureia comum, o tratamento que proporcionou maior atividade da enzima. Apesar das fontes e doses de N não influenciarem os teores de C orgânico do solo, verificou-se redução de 5,1 % no seu teor médio dos 16 para os 32 dias, ou seja, um curto período de tempo tem promovido redução na matéria orgânica do solo. O capítulo 2 teve por objetivo verificar o efeito da associação de inibidores de urease e serapilheira sobre a volatilização da amônia e emissão de CO2 , bem como a taxa de decomposição e liberação de nutrientes da serapilheira e seu efeito na matéria orgânica do solo. A ordem de volatilização da NH3 e emissão de CO2 foi: Ureia> Ureia+Cu+B > Ureia+NBPT. Contudo, o aumento dos níveis de serapilheira proporciona menor emissão de NH3 , porém, maior emissão de CO2 . No nível equivalente a 4,5 Mg ha -1 de serapilheira e após 64 dias de decomposição, a quantidade liberada de C, N, P, K, Ca e Mg foi equivalente a 547,1; 49,0; 1,28; 17,4; 18,2 e 5,0 kg ha -1 , respectivamente. Fontes de N e doses de serapilheira não influenciaram no teor de C orgânico total e N total do solo, entretanto, dos 16 aos 64 dias após a aplicação da serapilheira ocorreu redução nos seus teores em 15,4 e 21,1 %, respectivamente. O capítulo 3 teve por objetivo avaliar o efeito dos inibidores de urease juntamente com a serapilheira foliar cafeeira sobre os parâmetros biométricos, teor e acúmulo de N, atividade da urease foliar e % de clorofila no desenvolvimento inicial do cafeeiro IAC 144. Independente da fonte de N avaliada, a dose de 1,2 g vaso -1 de N foi suficiente para proporcionar altura da planta, diâmetro do caule, número de nós, pares de folhas, ramos plagiotrópicos e massa seca igual ou superior às demais doses. Maiores teores de N foliar foram proporcionados pelos inibidores de urease impactando também, em maior atividade da enzima urease na folha. A utilização de serapilheira no plantio do cafeeiro proporcionou redução de 9,1; 3,3; 10,5 e 19,3 % na altura, número de nós, diâmetro do caule e número de ramos plagiotrópicos, respectivamente, e reduziu a produção de massa seca e o acúmulo de N na parte aérea. Fontes, doses de N e a serapilheira não influenciaram os teores de clorofila, entretanto, aumento dos teores de clorofila foi verificado ao longo do tempo após a adubação nitrogenada. Já em condições de campo, o capítulo 4 da tese teve por objetivo determinar a influência do adensamento da lavoura cafeeira sobre os teores e estoques de COT e NT do solo, C e N da biomassa microbiana, matéria orgânica leve, labilidade da matéria orgânica do solo, as substâncias húmicas, densidade, porosidade e as emissões de CO2 , temperatura e umidade do solo na região montanhosa do Território do Caparaó - Espírito Santo. O manejo cafeeiro adensado (8333 plantas ha-1) proporcionou aumento da matéria orgânica leve (MOL) e carbono da matéria orgânica leve (CMOL), menor densidade do solo, maior macroporosidade e porosidade total em relação ao cafeeiro convencional (3105 plantas ha-1). Épocas quentes e úmidas do ano favorecem as emissões de CO2 do solo, no entanto, o manejo do cafeeiro sob sistema adensado proporcionou menores emissões de CO2 do solo.
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    Compaction caused by mechanized operations in a red-yellow latosol cultivated with coffee over time
    (Editora UFLA, 2012-07) Martins, Paula Cristina Caruana; Junior, Moacir de Souza Dias; Andrade, Maria Luiza de Carvalho; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo
    The main source of soil structure degradation in coffee plantation is the machinery traffic because these operations may cause soil compaction affecting the crop development. This study aimed to generate the load-bearing capacity models for a Red-Yellow Latosol and to determine through the use of these models the soil susceptibility to compaction of the coffee plantation due to the implantation time and the compaction caused by the machinery traffic on the traffic lines located at the top and bottom of the ground. This study was carried out in the EPAMIG Experimental Farm, located at Três Pontas, MG, in coffee plantations (Coffee arabica L.) with 2, 7, 18 and 33 years of establishment. To obtain the load-bearing capacity models, 12 undisturbed soil samples were randomly collected in the 0-3 cm and 15-18 cm layers in the position between the rows for each establishment time of the coffee plantation. It was also randomly collected 10 undisturbed soil samples for each establishment time of the coffee plantations along the tractor traffic lines located at the top and bottom of the ground. These undisturbed soil samples were used in the uniaxial compression tests. The use of the load-bearing capacity models allow to identify the soil susceptibility to compaction due to the implementation time of the coffee plantation and the compaction caused by the machinery traffic on the traffic lines located at the top and bottom of the ground. The percentage of compacted soil samples increases with the establishment time in the layer of 15-18 cm.
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    Produtividade, qualidade do solo e aspectos microclimáticos em sistema agroflorestal de cafeeiro e macaúbas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-27) Moreira, Sandro Lucio Silva; Fernandes, Raphael Bragança Alves
    O Brasil é o maior produtor mundial de café, mas tendo em vista as mudanças climáticas previstas, associadas à elevação da temperatura do ar e à menor disponibilidade hídrica, bem como à utilização de práticas agrícolas inadequadas, a redução da produtividade do cafeeiro é um risco potencial, com sérios impactos à cafeicultura nacional. Neste contexto, a utilização de sistemas agroflorestais (SAFs) têm ganhando destaque como estratégia para minimizar os efeitos das mudanças climáticas sobre o cafeeiro, além de contribuir para a melhoria da qualidade do solo e ainda proporcionar renda mais estável ao agricultor. Por sua vez, a macaúba (Acrocomia aculeata) tem despertado recente interesse por ser uma palmeira nativa de florestas tropicais tipicamente brasileiras, por proporcionar diferentes produtos ao agricultor e ainda apresentar grande potencial de utilização como biocombustível. Entretanto, para o uso destas palmeiras em SAFs com cafeeiro torna-se necessário entender melhor as interações entre estas duas espécies vegetais, para a definição, dentre outras variáveis, do espaçamento ideal entre as mesmas e densidade de plantio das macaúbas, visando alcançar os ganhos ambientais desejados e, minimamente, a manutenção da produtividade do cafeeiro em níveis econômicos satisfatórios. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar, em condições de campo, a influência de SAFs com macaúbas na produtividade, nos aspectos microclimáticos e na qualidade física do solo de uma área cultivada com café na Zona da Mata de Minas Gerais. Para isso, promoveu-se o monitoramento da umidade e temperatura do solo, temperatura do ar, e radiação fotossinteticamente ativa (RFA) em diferentes épocas do ano, bem como a caracterização da qualidade física do solo e a quantificação da produtividade e o rendimento do cafeeiro. Os resultados obtidos indicaram que o SAF altera o microclima do cafezal, reduzindo a temperatura máxima do ar e a RFA global, bem como a disponibilidade da RFA. A densidade de plantio das macaúbas e a distância das mesmas em relação aos cafeeiros em sistema de consórcio afetou o regime termo-hídrico do solo. Em comparação com o cultivo tradicional a pleno solo, os SAFs de café com macaúba proporcionaram maior rendimento de café beneficiado por área, sendo o maior incremento de produtividade da cultura verificado quando as palmeiras foram localizadas a 4,2 m de distância dos cafeeiros. A densidade das macaúbas na linha de plantio não afetou o rendimento e nem a produtividade do cafeeiro. Considerando todas as variáveis avaliadas, a maior produtividade do cafeeiro esteve relacionada à maior umidade do solo na camada de 20-40 cm, a maior disponibilidade da RFA global e as temperaturas máximas do ar menores do que 30°C.
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    Variabilidade espacial de atributos físicos: relação com relevo, matéria orgânica e produtividade em café conilon
    (Editora UFLA, 2016-10) Burak, Diego Lang; Santos, Danilo Andrade; Passos, Renato Ribeiro
    Atributos do solo podem ser influenciados pelo relevo gerando zonas de produtividade homogêneas. Partindo- se dessa hipótese, foram identificados grupos de atributos do solo, sua variabilidade espacial, assim como sua relação com a produtividade e relevo, utilizando conjuntamente a Análise de Fatores (AF) e a geoestatistica. O estudo foi realizado em um Latossolo Vermelho-Amarelo cultivado com café Conilon no Estado do Espírito Santo. A AF permitiu agrupar no fator 1 (F1) atributos relacionados à agregação do solo que não apresentou relação com relevo e produtividade. Sua variabilidade espacial foi influenciada pelo manejo como demonstrado pela menor continuidade e dependência espacial na profundidade de 0 - 0,10 m e pelo efeito pepita puro na profundidade de 0,10 – 0,20 m. A partir do fator 2 (F2), obtidos das duas profundidades, consegue-se agrupar atributos do solo relacionados à retenção de água, destacando-se os teores de argila, a microporosidade e a umidade que aumentam conjuntamente em maior altitude e menor declive onde ocorrem zonas de maior produtividade. A maior continuidade e dependência espacial do F2 sugerem a influência do relevo na sua estrutura espacial.
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    Variabilidade espacial de atributos físicos do solo e características agronômicas da cultura do café
    (Editora UFLA, 2013-07) Carvalho, Luis Carlos Cirilo; Silva, Fábio Moreira da; Ferraz, Gabriel Araújo e Silva; Silva, Flávio Castro da; Stracieri, Juliana
    A agricultura de precisão difere da convencional por unir relações espaciais à variabilidade existente no campo, tornando-se uma importante ferramenta de gestão do sistema agrícola. Objetivou-se, no presente trabalho, avaliar, por meio da estatística clássica, geoestatística e de princípios de agricultura de precisão, alguns atributos físicos do solo indicativos de compactação, como a densidade do solo, resistência mecânica à penetração e teor de argila, além de algumas características agronômicas da planta de café, como a altura e a produtividade. O trabalho foi realizado na fazenda Brejão, localizada no município de Três Pontas, MG. Em uma malha irregular de 24 pontos, foram coletados dados de densidade do solo, resistência do solo à penetração e teor de argila, em diferentes profundidades, bem como a altura e produtividade das plantas de café. De modo geral, as variáveis apresentaram dependência espacial moderada ou forte. Observando os mapas de solo com os de mapas da cultura do café, de modo geral, percebe-se que a produtividade e a altura das plantas são maiores em regiões em que há maiores valores de densidade do solo, para todas as camadas de solo avaliadas. Houve também maior produtividade e altura de plantas nas regiões com menores teores de argila e menores valores de resistência do solo à penetração, em todas as camadas de solo avaliadas.
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    Variabilidade espacial de atributos físicos do solo e características agronômicas da cultura do café
    (Universidade Federal de Lavras, 2012-02-27) Carvalho, Luis Carlos Cirilo; Silva, Fábio Moreira da
    A agricultura de precisão difere da convencional por unir relações espaciais à variabilidade existente no campo, tornando-se uma importante ferramenta de gestão do sistema agrícola. Desta forma, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de, por meio de técnicas geoestatísticas e princípios da agricultura de precisão, identificar a variabilidade espacial de atributos físicos do solo indicadores de compactação e de características agronômicas da cultura do café (Coffea arabica L.), bem como a relação existente entre as variáveis de solo com as de café. O trabalho foi realizado na fazenda Brejão, localizada no município de Três Pontas, MG. Em uma malha irregular de 24 pontos, foram coletados dados de densidade do solo, resistência mecânica do solo à penetração e teor de argila, em diferentes profundidades, bem como a altura e produtividade das plantas de café. De modo geral, as variáveis apresentaram dependência espacial moderada ou forte. Por meio dos mapas confeccionados, nota-se a variação de valores que as variáveis podem apresentar ao longo da área. Observando os mapas de solo com os de mapas da cultura do café, de modo geral, percebe-se que a produtividade e a altura são maiores em regiões em que há maiores valores de densidade do solo e menor teor de argila e resistência mecânica do solo à penetração, para todas as camadas de solo avaliadas.
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    Métodos de controle de plantas daninhas na cultura do cafeeiro e seus efeitos na agregação e em frações da matéria orgânica do solo
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-12-20) Santos, Márcio Neres dos; Ferreira, Mozart Martins
    A expansão da cafeicultura em Latossolos ocorre com investimentos elevados em Variedades, adubações, irrigações e controle de pragas e doenças. As plantas daninhas infestantes dos cafezais devem ser controladas para se evitarem perdas na produção e facilitar o manejo da cultura e da operação de colheita. Esse trabalho tem como objetivo estudar o efeito de alguns métodos de controle de plantas daninhas na cultura do cafeeiro sobre a agregação do solo e também sobre frações da matéria orgânica do solo. O trabalho foi realizado em amostras coletadas nas profundidades 0-10 cm e 10-20 cm, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em São Sebastião do Paraíso, MG, em um Latossolo Vermelho distroférrico. A área é cultivada com café no espaçamento 4x1 m, cultivar Catuaí Vermelho (LCH 2077-2-5-99), e foi plantada em 1974. Os métodos de controle de plantas daninhas estudados foram roçadeira, grade, enxada rotativa, herbicida pós-emergência, herbicida pré-emergência, capina manual e sem capina. Adotou-se como índice de agregação o diâmetro médio geométrico (DMG). Foram quantificadas a fração leve (matéria orgânica não complexada livre - MONC livre) e fração pesada (complexos organo-minerais COM primários) da matéria orgânica do solo pelo método físico densimétrico. A quantificação dessas frações foi feita em amostras de agregados nos tamanhos menor que 2 mm, de 2 a 4 mm e de 4 a 8 mm, que foram separados Via seca em agitador Vertical O carbono da biomassa microbiana e a atividade microbiana foram avaliados pelos métodos da fumigação-extraçã0 e respiraçã0, respectivamente. Os resultados obtidos permitiram Verificar que na profundidade de 0-10 cm do solo não houve diferença significativa entre métodos de controle de plantas daninhas no que se refere aos Valores de DMG. Em ambas as profundidades, a enxada rotativa foi o método que apresentou o menor Valor de DMG, enquanto sem capina proporcionou o maior Valor. A atividade microbiana teve influência positiva na formação e estabilização dos agregados do solo. A fração pesada contribuiu com mais de 90% para a matéria orgânica do solo nas duas profundidades avaliadas e mostrou-se pouco afetada pelos diferentes métodos de controle de plantas daninhas Houve uma redução no estoque de carbono em todos os métodos em relação ao controle sem capina.