Biblioteca do Café

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    Uma pequena cidade, uma grande relação: Piraju (SP) e a importância do café
    (Universidade Estadual do Centro-Oeste, 2013-03-15) Pereira, Thiago Henrique Valério; Brumes, Karla Rosário
    A cafeicultura foi um importante elemento econômico para o Brasil e para o estado de São Paulo, principalmente no final do século XIX e início do século XX. Com isso permitiu o surgimento e o alastramento de técnicas como as ferrovias e o nascimento de pequenos núcleos, o que depois se consolidaram como cidades. Nesse contexto, surgiu o município de Piraju no interior paulista, o nosso recorte espacial. A economia cafeeira foi a sua principal atividade, possibilitou a chegada do ramal Sorocabana, em 1908, e a participação de políticos locais na vida pública paulista. Posterior a essa fase e após ás crises, como a de 1929, que desestabilizou essa economia, Piraju ainda deu continuidade nessas lavouras. O café criou um vínculo com essa pequena cidade, pois até os dias atuais é uma atividade exercida em Piraju, hoje, com novas técnicas de manejo e de mercado, o que levou a ter um amplo destaque com premiações em nível nacional e internacional. Adotamos o método regressivo-progressivo de Lefebvre para entendermos a diacronia e a sincronia no tempo/espaço da relação café e Piraju, comparar os fenômenos do passado e do presente, do mesmo modo que um possa dar resposta ao outro. Sobretudo, concluímos que o município criou uma identidade com a cafeicultura, tendo interferências na cultura, na política e na economia.
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    Modernidade, modernização e identidade nas tradicionais organizações produtoras de café do sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 1997-11-19) Aguiar, Mirian Monteiro de; Gomes, Marcos Affonso Ortíz
    Este trabalho analisa os significados atribuídos às mudanças em curso na atividade cafeeira pelas tradicionais organizações produtoras, da região do Sul-de-Minas. Procura-se compreender como, a partir destes significados estas organizações participam da construção de suas novas identidades e de seus ambientes. Parte-se de dois referenciais teóricos complementares: a abordagem das organizações como construções sociais e o paradigma da complexidade para compreensão da mudança e identidade organizacional, no contexto da modernidade. Foram realizados estudos multicasos de três tradicionais organizações produtoras de café do Sul-de-Minas. Tradição e modernidade são conjugadas por estas organizações num momento de expressivas mudanças a nível local e global. A crise da cafeicultura nos últimos dez anos (1986-1996), os altos custos de produção e a concorrência com áreas emergentes mecanizáveis, com custos menores e maiores níveis de produtividade, põem em questão a viabilidade da cafeicultura de montanha na região do Sul de Minas, principal região produtora do país. Por outro lado, o fim da regulamentação da atividade pelo Governo, o fim dos Acordos Internacionais do Café e os novos paradigmas de produção e consumo representam novo contexto de interação político, econômico e social. Procura-se mostrar como as organizações, representantes do setor produtivo da cadeia café, estão inseridas numa rede de causalidade mútua a partir da qual, as mudanças se desenvolvem segundo padrões circulares de interação. A participação ativa destas organizações na criação de novos arranjos institucionais e na construção de seus ambientes é demonstrada a partir das suas interdependências e relações com outros elementos da sociedade como associações, sindicatos e entidades políticas representativas do setor. Observou-se durante o processo de pesquisa que cada organização desenvolveu-se seguindo contingências próprias. As diferenças nas trajetórias das três organizações pesquisadas demonstram como a interpretação do ambiente é produto da própria identidade organizacional e como as dimensões constitutivas da identidade operam positivamente na construção destas trajetórias. As mudanças mais expressivas foram naquelas organizações que se envolveram em extensas redes de causalidade mútua combinando transformações dos contextos externo e interno, tornando novos elementos partes integrantes da organização de seus ambientes. Neste processo novos valores são agregados, valores e pressupostos antigos são mantidos ou reconsiderados. Novos enunciados relativos aos sistemas de produção emergem como possibilidades da época moderna. No que diz respeito as mudanças na gestão da força de trabalho predomina a lógica de transformação destas relações segundo moldes institucionais urbanos.
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    Posicionamento e imagem de marca no mercado de café verde
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-07-07) Caldeira, Lúcio Garcia; Antonialli, Luiz Marcelo
    Verificou-se com este estudo como foram construídos os significados para vários tipos ou marcas de café-verde no mercado internacional. O significado da marca foi o tema central do trabalho e, após esclarecer três conceitos relacionados ao significado, identidade, posicionamento e imagem de marca partiu-se para entender o papel das estratégias de posicionamento na construção do significado das marcas de café verde. Cada um dos tipos ou marcas de cafés estudados possui uma imagem no mercado internacional. Essas imagens foram resultantes de estratégias de posicionamento planejadas e outras não planejadas, mas o fato é que suas identidades influenciaram na imagem ou significado que possuem. Portanto, por meio de dados secundários foi possível verificar que o café da Colômbia construiu seu posicionamento de forma planejada e é percebido como superior ao café do Brasil. Os cafés Outros Suaves aproveitaram-se da estratégia colombiana e ficaram percebidos como inferiores aos colombianos e superiores ao café do Brasil, que por sua vez é percebido como o arábica mais barato do mundo que ainda assim o coloca em posição de superioridade em relação aos cafés do grupo Robusta. Os cafés Especiais, os Certificados e os de Origem planejaram seus posicionamentos e são percebidos como superiores aos tradicionais commodities. O Cereja Descascado é percebido como intermediário entre os cafés secos com a casca e os despolpados. Por fim, o estudo também pretendeu, com base no procedimento teórico-analítico desenvolvido para explicar os significados das marcas ou tipos de cafés, propor estratégias de posicionamento para os cafés Naturais do Brasil e para o café 100% arábica. Neste sentido, defendeu-se que o café Natural do Brasil precisa posicionar-se como a matéria prima ideal para os cafés do tipo expresso. “O melhor para expresso” seria o modo para resgatar a imagem do café seco com a casca – o café típico do Brasil. No caso do café 100% arábica, defendeu-se o planejamento de um posicionamento para educar o consumidor de café no sentido de se trabalhar o conhecimento sobre a diferença entre um café arábica puro e uma mistura entre arábicas e robustas. Isso, buscando-se a valorização do arábica. Enfim, por meio deste estudo foi possível descrever e analisar os posicionamentos e imagens dessas marcas ou tipos de cafés verdes no mercado internacional e, ainda, propor estratégias de posicionamento visando interferir na imagem de dois tipos de cafés.