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Item Custos e lucratividade de Coffea arabica L. (cv. Catuaí IAC 144 e IAPAR 59) para a microrregião de Marília, São Paulo, Brasil(Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2023-09-15) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Martins, Adriana Novais; Firetti, Ricardo; Pinatti, Eder; Alves Neto, Antônio; Polis, Kaori Tabara FelippeA cafeicultura é uma atividade de grande importância econômica no Brasil e, especialmente, para a microrregião geográfica de Marilia, no Estado de São Paulo. As cultivares estudadas possuem características agronômicas relevantes, por terem porte baixo, tolerância a pragas e doenças, elevado potencial produtivo e excelente qualidade de bebida. O objetivo desse trabalho foi verificar os índices de lucratividade, referentes aos custos de produção dessas cultivares com as mesmas condições edafoclimáticas e de manejo. Os dados agronômicos foram obtidos a partir de experimento de campo cujo sistema de produção representa efetivamente a realidade da microrregião estudada. Foram levantados os custos operacionais efetivos e totais, custo anual de reposição do patrimônio (CARP), produtividade e custos médios de produção para o período de 2016 a 2021. Os dados utilizados para a estruturação de coeficientes técnicos foram coletados junto ao cafeicultor. Os resultados demonstraram que ambas as cultivares apresentaram praticamente a mesma produtividade, com diferença de 1,2% na última safra estudada. O custo de produção apresenta uma variação da importância de cada item na composição do COE ao longo do período; na primeira safra o item “horas máquinas” foi de maior relevância. Já na safra de 2021, a “mão de obra” foi o item com a maior desembolso realizado. Na safra 2019, devido a problemas climáticos mesmo com sendo irrigado houve uma menor produção de grãos, os insumos foram os mais dispendiosos. A margem de segurança demonstra que a produção de café das duas cultivares não apresentaram risco de prejuízo no período de 2016 a 2021, mesmo na safra de 2019, quando resultaram nos menores índices, como -0,43% para a cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 e de -0,27% para a IAPAR 59. A lucratividade foi positiva em todos os anos estudados para as cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e IAPAR 59. A utilização duas cultivares é uma técnica fundamental para minimizar ou diluir os riscos inerentes a produção agrícola.Item Rentabilidade econômica e dispêndios energéticos nos sistemas de café convencional e irrigado em três municípios na região de Marília, São Paulo(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2016-12-16) Turco, Patricia Helena Nogueira; Esperancin, Maura Seiko TsutsuiO objetivo deste trabalho é avaliar o benefício econômico e os dispêndios energéticos do cultivo de café, comparando os sistemas de café convencional e irrigado. Para o desenvolvimento do estudo, os sistemas produtivos foram delineados a partir de dados informados por uma amostra de produtores, para elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A metodologia utilizada para a estimativa do custo operacional de produção é a do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e foram avaliados indicadores de rentabilidade como receita bruta, lucro operacional e índice de lucratividade. Na análise energética foram observadas e quantificadas todas as operações realizadas, juntamente com suas exigências físicas, classificando-as em seus respectivos fluxos, a partir da definição das entradas e saídas de energia, traduzindo-as em equivalentes energéticos e determinando, assim, a matriz energética dos dois sistemas de produção de café. Os resultados da produtividade apontam que o café em sistema irrigado por gotejo produz 10,4 sacos de 60 kg de café beneficiado a mais que o sistema convencional. O custo operacional efetivo (COE) no sistema irrigado é maior do que no sistema convencional. Na composição do custo, no sistema de café convencional os maiores gastos foram com adubos no item insumos e, no sistema irrigado, os maiores dispêndios foram com máquinas e equipamentos principalmente com a colheita, nos anos de 2013, 2014 e 2015. Os lucros operacionais nos anos de 2012, 2013 e 2015 foram positivos, sendo que o índice de lucratividade para o café convencional em 2015 foi de 44,8% e para o sistema irrigado por gotejo em 49,7%. No ano de 2014, os índices de lucratividade foram negativos tanto para o sistema de produção de café irrigado (- 8,6%) como para o sistema de café convencional, que foi de (- 13,9%). A melhor opção para o produtor é o sistema irrigado por gotejo, pois possibilita diminuir o risco de perda na produção em períodos prolongados de déficits hídricos além de possibilitar o maior rendimento com uma produção maior de grãos. Os resultados energéticos mostram que na estrutura de dispêndios energéticos por tipo, fonte e origem, tem-se que a energia indireta participou com mais de 66%, sendo os adubos os dispêndios mais altos. O indicador de eficiência energética, nos dois sistemas de produção, apresenta um valor médio de 4,16 para café convencional e de 3,26 para o café irrigado. Esse valor indica que a relação entre a somatória das energias totais e a somatória das “entradas” de energia não renováveis é positiva. Vê-se, portanto, que o consumo de energia direta de origem fóssil é significativo nos dois sistemas de produção. O balanço energético, que mostra a diferença entre as energias totais e “entradas” de energias não renováveis, foi positivo nos dois sistemas produtivos, em média de 25.258,55 MJ ha -1 para o café convencional e 26.712,94 MJ ha -1 para o café irrigado por gotejo. A melhor opção entre os dois sistemas para o produtor em termos energéticos é o café irrigado por gotejo, pois possibilita que o produtor tenha uma melhor saída de energia mesmo tendo um valor maior no balanço energético. A continuação de estudos poderá fornecer subsídios sobre balanço energético. A determinação de informações específicas para as condições de produção de café pode contribuir como uma importante ferramenta para definir novas tecnologias e manejos da produção, proporcionando economia de energia e, consequentemente, aumento da eficiência energética e redução de custo de produção.Item Impactos do programa de fomento à cafeicultura no pequeno produtor do município de Viçosa - Mg: uma análise financeira sob condições de risco(Universidade Federal de Viçosa, 2003-10) Ferreira Júnior, Sílvio; Baptista, Antônio José M. S.Diante da importância socioeconômica da cafeicultura para o município de Viçosa, a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (SEAMA) lançou, em 1998, o “Programa Municipal de Fomento à Cafeicultura” (ProCafé). O presente trabalho procurou mensurar e analisar os benefícios financeiros desse programa para o pequeno produtor local, com o intuito de fornecer subsídios às autoridades e aos produtores efetivos e potenciais no que concerne aos riscos e oportunidades inerentes ao investimento. Os indicadores de viabilidade e a análise de sensibilidade mostraram, claramente, que é financeiramente viável investir na atividade. O programa ProCafé proporciona benefícios financeiros adicionais, melhorando significativamente a viabilidade e reduzindo substancialmente os riscos do investimento. No entanto, sugere-se o avanço do programa ProCafé como condição necessária para estimular a melhoria da competitividade e reduzir os riscos inerentes à atividade cafeeira.Item Rentabilidade e risco na estocagem do café pelos produtores na região de Viçosa-Mg(Universidade Federal de Viçosa, 2008-05) Arêdes, Alan Figueiredo de; Pereira, Matheus Wemerson Gomes; Santos, Vladimir Faria dos; Santos, Maurinho Luiz dosO objetivo deste artigo foi avaliar a rentabilidade e o risco na estocagem do café arábica na região de Viçosa-MG. Para isso, elaboraram-se os fluxos de caixa para a cultura do café em dois sistemas produtivos, um com baixa produtividade e outro com alta produtividade, em doze diferentes cenários, em que cada um representava os retornos e riscos na estocagem da safra, em cada mês do ano. De acordo com os indicadores financeiros, Período de Payback (PP), Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR), e o indicador Custo Médio (CMe), a elevação da produtividade do cafezal, pela adoção de maiores níveis de insumo, e a estocagem do café são importantes condicionadores para elevação da rentabilidade e diminuição do nível de risco da atividade, e os melhores períodos para a venda do produto, por parte dos produtores, são os meses que antecedem a safra, ou seja, janeiro, fevereiro e março, respectivamente.Item Desempenho produtivo e econômico do consórcio de cafeeiro arábica e nogueira‐macadâmia(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, 2015-01) Perdoná, Marcos José; Soratto, Rogério Peres; Esperancini, Maura Seiko TsutsuiO objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo e econômico do consórcio de cafeeiro arábica e nogueira‐macadâmia, em condições de sequeiro e irrigado por gotejamento, bem como a viabilidade financeira dos tratamentos em três cenários de preço de café. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis tratamentos (café solteiro sequeiro, café solteiro irrigado, consórcio café‐nogueira‐macadâmia sequeiro, consórcio café‐nogueira‐macadâmia irrigado, nogueira‐macadâmia solteira sequeiro e nogueira‐macadâmia solteira irrigada) e dez repetições. Avaliaram-se a produtividade, o índice de equivalência de área e os resultados econômicos dos tratamentos em três cenários de preço do café. A irrigação por gotejamento e o cultivo consorciado aumentaram a produtividade do cafeeiro e da nogueira‐macadâmia, em comparação aos monocultivos em condição de sequeiro, e, em geral, proporcionaram a mesma produtividade dos monocultivos irrigados de café, além de produtividade superior à dos monocultivos irrigados de nogueira‐macadâmia. O uso associado da consorciação e da irrigação aumenta a eficiência do uso da terra em cinco vezes, quando comparado às médias das culturas solteiras em condição de sequeiro. O cultivo consorciado irrigado proporciona maior rentabilidade e retorno mais rápido do investimento, o que o torna uma alternativa viável, especialmente em períodos de menores preços do café.Item Resposta produtiva e econômica do café conilon submetido a diferentes manejos da poda de produção(Embrapa Café, 2015) Martins, André Guarçoni; Ronchi, Cláudio Pagotto; Sobreira, Fabrício Moreira; Tóffano, José LuizO manejo de poda para o café conilon que vem sendo recomendado atualmente, consiste na permanência de 12.000 ramos ortotrópicos/ha, com retirada de ramos plagiotrópicos que tenham produzido mais de 50 % de sua extensão. Entretanto, esse manejo tem gerado dúvidas quanto a sua aplicabilidade às muitas situações de cultivo, em relação à produtividade e, principalmente, em relação à sustentabilidade do sistema produtivo. Este trabalho teve por objetivo definir o manejo da poda para o café conilon que proporcionasse maior produtividade e rentabilidade, baseando-se no gasto de mão-de-obra necessário para a prática. Para isso, foram combinadas três densidades de ramos ortotrópicos (9.000, 12.000 ou 15.000 ramos/ha), com dois momentos de realização da poda dos ramos ortotrópicos (após a segunda ou terceira colheita) e com a retirada ou não dos ramos plagiotrópicos que produziram mais de 50% de sua extensão, gerando 12 tratamentos. Estes foram distribuídos em blocos ao acaso, com quatro repetições. O experimento foi conduzido em uma fazenda localizada em Pacotuba, na região sul do ES, considerada mais fértil e com melhor regime pluviométrico do que a região norte do Estado. Foi determinada a produtividade acumulada de café conilon beneficiado, em quatro colheitas. Foi contabilizado o tempo necessário para que um funcionário realizasse a poda estipulada, em cada parcela. Considerando o valor da hora/homem e a cotação do café, foi realizada uma avaliação econômica da prática de poda de produção. Concluiu-se que, para o manejo da poda em lavouras cultivadas sob melhores condições edafoclimáticas, deve-se manter entre 12.000 a 15.000 ramos ortotrópicos por hectare, mesmo que se gere maior necessidade de mão-de-obra, pois são mais rentáveis economicamente. Em lavoura cultivada com maior densidade de ramos ortotrópicos, estes devem ser podados antes que a mesma comece o processo de fechamento, o que ocorreu já na terceira colheita. A retirada anual de ramos plagiotrópicos que produziram em mais de 50 % de sua extensão não promoveu incremento na produtividade. Para a utilização desta prática, fatores positivos como rendimento de colheita e facilidade de tratos culturais devem ser comparados a fatores negativos, como aumento na necessidade de desbrota.