Biblioteca do Café

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    The production of protective earth-based mortars for earth constructions in southeastern Brazil during the 19th century coffee economy
    (Museu Paulista, Universidade de São Paulo, 2022-05-16) Cavicchioli, Andrea; Sant'Anna, Lucy Gomes
    The study of materials used in ancient buildings provides a means to shed light on traditional building practices of past societies, but can serve as inspiration to tackle challenges faced by the current generation. Characterising earth-based structures and finishing elements is part of this mission, especially at a time when earthen architecture is the subject of renewed interest due to its many advantages, particularly in terms of sustainability. This paper considers a set of historical earthen houses built during the first phase of the coffee economy (1820-1880) in the middle Paraíba do Sul River valley, in southeastern Brazil. Physical (colour and texture) and chemical (FTIR, TGA, XRF, and XRD) analyses performed on a large set of mortar and local soil samples collected in the region formed the basis for discussing possible soil selection criteria as raw materials, texture solutions, and the stabilisation strategy of the final product. This last aspect implied the addition of small quantities of lime, in the case of external renders and more sporadically in plasters, without the use of fibres or organic additives. Chemical data and historical sources suggest that the raw materials used for this purpose were probably brought to the region from coastal areas.
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    Violência apaziguada: escravidão e cultivo do café nas fotografias de Marc Ferrez (1882-1885)
    (Revista Brasileira de História, 2017-04-27) Muaze, Mariana de Aguiar Ferreira
    O artigo analisa a série visual composta por 65 fotografias das fazendas de café do Vale do Paraíba produzidas por Marc Ferrez entre 1882 e 1885. Por meio do estudo de seus circuitos sociais percebe-se que o discurso visual composto por elas valorizava os complexos cafeeiros como espaços modernos de produção e silenciava as marcas da escravização dos indivíduos registrados. Mediante escolhas técnicas, culturais e sociais, construiu-se no espaço de figuração da foto uma “escravidão apaziguada”, protegida dos conflitos sociais, das ideias abolicionistas e das resistências escravas. Dessa forma, as imagens de Marc Ferrez cumpriram fortemente a função política de formar e conformar uma dada memória sobre a escravidão que, ao pacificar aquele mundo extremamente violento, interessava diretamente à classe senhorial do Império.
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    Uma promenade nos trópicos: os barões do café sob as palmeiras-imperiais, entre o Rio de Janeiro e São Paulo
    (Museu Paulista, Universidade de São Paulo, 2006) D’Elboux, Roseli Maria Martins
    O presente trabalho propõe-se a discutir a transformação da paisagem urbana das cidades vale-paraibanas, a partir do estabelecimento de uma elite ligada à cultura do café nessa região e do surgimento de uma configuração paisagística específica, apoiada na utilização da palmeira-imperial (Roystonea oleracea). Seu recorte cronológico abrange o período entre 1808 e 1911, enquanto espacialmente seu foco direciona-se para o eixo Rio de Janeiro–São Paulo, com estudo mais aproximado do caso da cidade de Lorena, São Paulo, de modo a cobrir as transformações aí ocorridas desde a chegada do café até o esgotamento dessa cultura. Acompanhando as transformações urbanas do período, surgiram e consolidaram-se exemplos paisagísticos próprios da sociedade do café: ruas arborizadas com renques de palmeiras, a demonstrar a proximidade com a Corte, a sinalizar os novos “modos afrancesados”. Utilizaram-se tais configurações com o propósito de qualificar os logradouros públicos, a fim de equipará-los aos novos edifícios que substituíam aqueles da tradição colonial. O texto desenvolve-se em três momentos principais: a introdução da palmeira-imperial no Rio de Janeiro, sua vinculação à idéia de nobreza e classe, e conseqüente aproximação com a arquitetura neoclássica trazida pela Missão Francesa de 1816; a difusão de sua utilização como recurso paisagístico qualificador dos espaços públicos desde a Corte até a capital paulista, principalmente pelo baronato do Segundo Império; e, finalmente, a possibilidade de sua introdução nos espaços públicos paulistanos ter sido viabilizada por um lorenense, vinculado à elite cafeeira, embora já sob a República.
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    Fazendas de café oitocentistas no Vale do Paraíba
    (Museu Paulista, Universidade de São Paulo, 2006) Carrilho, Marcos José
    As edificações remanescentes das fazendas de café do Vale do Paraíba constituem notáveis expressões da arquitetura rural paulista. O estudo de seus componentes e a compreensão de sua organização são aqui abordados mediante a leitura de textos, da época, sobre o cultivo de café e o exame de inventários de bens de seus proprietários. Na parte final, este enfoque é desdobrado na análise da arquitetura desses estabelecimentos.
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    Um fio de água na serra me encanta mais que o mar: o Vale do Paraíba fluminense e as transformações espaciais cafeeiras – 1800 – 1888
    (Instituto de Geografia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2011-08-11) Teófilo, Leandro Ramos; Freitas, Inês Aguiar de
    O Vale do Paraíba passou por um conjunto de transformações espaciais guiadas pelo cultivo do café para exportação ao longo do século XIX. A história ambiental sugere que a natureza seja integrada à análise histórica elaborada por estudiosos do passado. Neste sentido, busca-se compreender a dinâmica de interação entre sociedade e ambiente natural através das técnicas utilizadas no cultivo do café no Vale do Paraíba fluminense no século XIX, com o objetivo de analisar os elementos que condicionaram o processo de estruturação desse cultivo no Vale, assim como o impacto dele resultante àquele ambiente natural. Procura-se ainda investigar de que maneira indivíduos daquela sociedade se posicionaram frente às técnicas utilizadas e perceberam as dinâmicas promovidas pela cultura cafeeira ao ambiente natural.
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    Documentação cafeeira das cidades do Fundo do Vale do Paraíba paulista: a concentração e desconcentração da documentação cartorária e judicial custodiada ao Museu Major Novais – Cruzeiro/SP
    (Universidade de São Paulo, 2016-09-01) Silva, Cibele Monteiro da; Cavicchioli, Andrea
    O objetivo da pesquisa é compreender as práticas culturais ligadas aos processos de concentração e desconcentração cartorária e dos autos judiciais cafeeiros da região do Fundo do Vale do Paraíba Paulista. O estudo é focado nas Varas de Comarcas de Bananal, Cruzeiro, Lorena, São José do Barreiro e Silveiras, das quais a documentação em análise é originária. Após passar pelo recolhimento dos processos que corriam riscos de eliminação por decisão judicial, a documentação está presentemente custodiada no Museu Major Novaes em Cruzeiro, São Paulo. A pesquisa examina os aspectos de conservação material desse patrimônio cultural documental, tendo em vista as várias ações de reconhecimento e proteção empreendidas desde a década de 1970. Paralelamente, a dissertação aborda questões patrimoniais de ordem imaterial, identificadas por meio das análises das diretrizes, práxis institucionais, bem como por intermédio das histórias das pessoas que tiveram contato com o acervo. O estudo discute ainda a evolução da produção acadêmica vinculada a este patrimônio, evidenciando sua importância como base documental para a revisão de perspectivas históricas que contribuiram para leituras mais amplas sobre a sociedade do período do café. Considerando a relevância da produção acadêmica na valorização destes documentos, a pesquisa evidencia a necessidade da criação de políticas integradas de preservação dos mesmos.