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    Parâmetros bromatológicos, frações de carboidratos e degradabilidade in vitro da casca e da polpa de café (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Lavras, 2000) Barcelos, Adauto Ferreira; Paiva, Paulo César de Aguiar; Universidade Federal de Lavras
    Com o objetivo de avaliar a casca e polpa de café quanto aos teores de MS, PB, EE, FDN, FDA celulose, hemicelulose, cinza, cálcio, fósforo, magnésio, potássio, ferro, cobre, zinco, manganês, cafeína, taninos, lignina, sílica, as frações A, B1, B2 e C de carboidratos segundo CNCPS e a digestibilidade in vitro pela técnica de produção e gás, na casca e polpa desidratada de café, conduziu-se o experimento nos Laboratórios de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras e Laboratório de Qualidade do Café Dr. Alcides de Carvalho da EPAMIG/CTSM, no período de outubro de 1997 a dezembro de 1998, utilizando-se casca e polpa desidratada das cultivares de café Catuaí, Rubi e Mundo Novo, da Fazenda Experimental de São Sebastião do Paraíso, da EPAMIG. A polpa foi obtida pela despolpa úmida em despolpador mecânico e, em seguida, seca ao sol até 13% de umidade. Os materiais foram armazenados em sacos de ráfia em ambiente coberto, ventilado e seco, com amostragem em triplicata a cada 90 dias. As equações utilizadas para estimativa das frações de carboidratos, seguiram o que está descrito no modelo do CNCPS. Foram incubadas in vitro 400 mg de cada amostra (MS) e FDN, em triplicata em banho maria a 39°C. A produção cumulativa de gás foi obtida nos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60 e 72 horas. A cinética da produção cumulativa de gás para a MS e FDN foi analisada utilizando-se o modelo Vt = Vt1/(1 + exp(2 + 4µ(L - T))) e SDN pelo modelo Vt = Vt1 x (1 - exp (-µ xT)). A casca e polpa desidratada de café são materiais com bom teor de proteína bruta, magnésio, zinco, cobre e manganês. Devido aos altos teores de ferro e potássio na casca e polpa desidratada, a sua utilização na alimentação de bovinos deve ser limitada a níveis que não provoquem excesso de consumo destes elementos. A casca e polpa desidratada podem ser armazenadas por um período de 12 meses, sem sofrer alterações na composição bromatológica. O armazenamento por doze meses altera a proporção dos carboidratos, reduzindo as frações de degradabilidade lenta e não degradável, e aumentando a fração de degradabilidade rápida. O processo de despolpa reduz os açúcares e pectina. A casca e polpa são materiais com alta proporção de carboidratos indisponíveis, o que pode limitar o seu uso em grandes quantidades para os ruminantes. O armazenamento da casca e polpa desidratada de café por um período de doze meses melhorou a taxa de degradação por reduzir a fração fibrosa e não degradável disponibilizando açúcares solúveis para a flora ruminal. Na casca de café de todas as cultivares, a maximização na contribuição da SDN e FDN na fermentação ocorreu respectivamente em torno de 24 h e 48 h. A máxima produção de gás na MS da polpa ocorreu entre 48 e 60 horas para todas as cultivares e foi conseqüência da máxima produção de gás da FDN ocorrida em tomo de 60 horas. Longo tempo de colonização pode ser uma limitação no uso da casca e polpa desidratada de café na alimentação de ruminantes, por comprometer a utilização do alimento pelos microorganismos do rúmen, devido, principalmente, a uma rápida passagem pelo rúmen.