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    Efeitos de extratos de café na proteção contra oxidantes em Saccharomyces cerevisiae
    (Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade de Brasília, 2014) Crisóstomo, Layane Millena Soares; Campos, Élida Geralda
    O aumento da população idosa traz preocupações importantes para as políticas públicas de saúde, devido à prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e ao aumento dos gastos com saúde pública. Grande parte dessas doenças tem sido associada com o estresse oxidativo, que é causado pelo desequilíbrio entre pró-oxidantes e antioxidantes. Os antioxidantes estão presentes na dieta e, portanto, surgem como alternativa para prevenir ou reduzir os danos oxidativos. Nesse contexto, o café, uma bebida consumida mundialmente, contribui para a ingestão de antioxidantes, devido a compostos que ocorrem naturalmente nos seus grãos. Vários estudos publicados investigaram in vitro as propriedades antioxidantes do café, no entanto, não tem sido descrito na literatura ensaios que avaliam o efeito da pré-exposição de extratos de café em Saccharomyces cerevisiae. O uso de células vivas representa um modelo adequado para avaliar o efeito antioxidante na capacidade de sobrevivência da célula em estado de estresse oxidativo. Considerando os danos que as espécies reativas de oxigênio (EROs) podem causar nas biomoléculas e que antioxidantes naturais podem diminuir ou prevenir estes danos, este trabalho teve como objetivo principal avaliar a capacidade do café orgânico, em comparação com o café convencional, em proteger as células de Saccharomyces cerevisiae contra o dano oxidativo na exposição ao peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ). Para isso foram testados extratos aquosos e etanólicos de três diferentes cafés (café acaiá cerrado torrado, café acaiá cerrado verde e café convencional torrado) no ensaio de viabilidade celular pelo teste de “spot” usando a linhagem S288c de levedura. Os extratos dos três cafés testados conferiram uma proteção antioxidante em todas as concentrações testadas (0,18 mg/mL a 10 mg/mL). Especificamente, as menores concentrações tornaram as células menos susceptíveis à ação do H 2 O 2 5 mM. Aparentemente, o extrato aquoso apresentou maior proteção em relação ao extrato etanólico. Não houve diferença significativa na proteção das células pelos diferentes extratos de café torrado. Portanto, o extrato do café acaiá cerrado torrado foi escolhido para avaliar a capacidade do café (na presença de H 2 O 2 1mM) em reestabelecer o crescimento de S. cerevisiae em placa de 96 poços. Foram testadas oito concentrações (0,0009 mg/mL a 0,2 mg/mL) de extrato de café em quatro linhagens celulares (S288c, EG 103, EG 110 e EG 118). Nessas condições, nenhuma concentração de café foi capaz de reverter o dano causado pelo H 2 O 2 . Contudo, os resultados de teste de “spot” indicam que o café apresenta um significativo potencial antioxidante em células de leveduras pré-expostas a seus extratos, podendo servir como um importante alimento funcional com ação protetora. Como perspectivas, são necessários outros testes para avaliar diferentes solventes de extração e determinar quais as concentrações ideais para a prevenção do dano celular.