Teses e Dissertações

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    A “crise” do café e a ideologia desenvolvimentista no Espírito Santo
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2010) Daré, Raquel; Scarim, Paulo Cesar
    Este trabalho investiga o processo de construção e de circulação da ideia de “crise” do café no Espírito Santo na década de 1960 e busca compreender como essa ideia ganhou força e legitimidade, sendo reproduzida até os dias de hoje. Parte-se do entendimento de que a ideia da “crise” é elemento de uma construção ideológica maior, que buscou inserir as ideias desenvolvimentistas no Espírito Santo. Assim, procurou-se, num primeiro momento, identificar e analisar as articulações políticas, os instrumentos formulados e os documentos e estudos produzidos na década de 1960 que buscaram inserir a ideologia desenvolvimentista no Espírito Santo. Viu-se que ao lado das articulações políticas e dos instrumentos formulados várias ideias foram produzidas nesse período, como estratégia para inserir a ideologia desenvolvimentista no Espírito Santo. A mais forte dessas ideias foi a de que o Espírito Santo estava em “crise”, e a base agrária de pequena propriedade familiar era a causa dessa “crise”. A agricultura familiar também foi identificada como a causa do “atraso” do estado e o Espírito Santo foi localizado na periferia do desenvolvimento nacional. A “diversificação” da estrutura produtiva foi apontada como a solução da “crise”. Em seguida, foram analisados trabalhos acadêmicos produzidos na época e em períodos posteriores, buscando compreender como a ideia da “crise” se inseriu no debate acadêmico. Constatou-se que os autores utilizaram como fontes principais para suas pesquisas os documentos e estudos produzidos na época. Assim, ao fazerem uma leitura pelo ângulo do discurso oficial acabaram reforçando esse discurso, expandindo-o do debate político para o debate acadêmico. Ao se inserir no debate acadêmico, através de teses e dissertações defendidas em importantes Universidades do Brasil, a ideia da “crise” ganhou legitimidade, sendo ainda reproduzida em muitas interpretações sobre o Espírito Santo. Por último, fez-se um apanhado histórico sobre o espaço agrário capixaba,eias contidas nos documentos e trabalhos analisados. Buscou-se trazer a tona evidências que mostram se houve ou não “crise” na estrutura cafeeira do Espírito Santo na década de 1960. A partir daí, apresentou-se uma interpretação da ideia da “crise”, apontando os elementos que levaram a sua construção.